Cidade Participada: Arquitectura e Democracia. Operações SAAL - Algarve
AO QUARTO VOLUME, A GRANDE COLECÇÃO DEDICADA ÀS OPERAÇÕES SAAL, EXPERIÊNCIA URBANÍSTICA E SOCIAL ÚNICA DO PÓS-25 DE ABRIL, CHEGA AOS ÍNDIOS DA MEIA PRAIA E AO ALGARVE.
«Um dia, no Diário de Lisboa acabado de chegar, vinha mais uma grande notícia: o secretário de Estado da Habitação, arquitecto Nuno Portas, anunciava um programa nacional para eliminar, através de equipas sob responsabilidade de arquitecto, os bairros de barracas improvisadas e insalubres […]
Jornal debaixo do braço e a caminho da Meia Praia, para dar a novidade aos índios da Meia Praia, desconhecidos com quem nunca tinha falado. Eram os dias do 25 de Abril, a revolução não podia esperar, tinha de chegar depressa, para muitos dos seus destinatários acreditarem e assim a consolidarem. No dia seguinte, segunda visita e a intervenção das mulheres, movidas pela esperança, ajudou a quebrar as autodefesas mentais de protecção contra promessas, e os índios da Meia Praia acreditaram e deram os primeiros passos. A novidade correu o Algarve e criou uma dinâmica própria que fez movimentar outras populações.» — José Veloso
Depois dos volumes dedicados a Oeiras, S. Victor e Antas, a colecção Cidade Participada: Arquitectura e Democracia continua a registar de forma inédita os processos, as populações envolvidas e as consequências do grande projecto de habitação democrática do país, que nasceu com o 25 de Abril de 1974.
| Editora | Tinta da China |
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| Editora | Tinta da China |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Ana Alves Costa, Miguel Reimão Costa |
Miguel Reimão Costa (Faro, 1971). Arquitecto pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto em 1995. Doutorado pela mesma faculdade em 2009. Professor auxiliar na Universidade do Algarve. Investigador do Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Património (CEAACP) com projectos de investigação no âmbito da arquitectura popular em Portugal e no Mediterrâneo. Membro perito da Comissão Científica Internacional para a Arquitectura Vernácula (Icomos-Ciav). Membro da Direcção do Campo Arqueológico de Mértola.
Porto(1972) É licenciada (1996) e doutorada em Arquitetura (2016) pela FAUP.
É docente no Mestrado Integrado em Arquitetura da FAUP onde, desde 2003, integra o grupo de Projeto 1.
É investigadora no Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo (CEAU-FAUP), no Grupo Arquitetura: Teoria, Projeto, História (ATPH), onde faz parte do Conselho Editorial do Projeto de Investigação Cidade Participada: Arquitetura e Democracia, dedicado ao Serviço de Apoio Ambulatório Local (SAAL). Exerce igualmente atividade profissional liberal como arquiteta.
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Casas e Montes da Serra Entre as Estremas do Alentejo e do AlgarveNa maior parte dos montes, desde o Baixo Guadiana a Vertente Ocidental, os seus habitantes justificam reiteradamente a génese destes vãos entaipados ao conturbado período da guerra civil de oitocentos quando a Serra serviu de retiro e quartel às guerrilhas miguelistas. Independentemente da veracidade desta narrativa que, como dissemos, se repete em inúmeros e distantes lugares da Serra, ela acaba por traduzir, em cada um destes testemunhos, a ideia de uma grande casa comum. Ainda que apareça associada a circunstâncias históricas muito adversas, esta ideia da grande casa comum constitui uma alegoria do monte entendido enquanto habitação de uma grande família alargada (no sentido genérico do termo) ou, pelo menos, como conjunto edificado inerente a uma comunidade marcada por intricadas relações de parentesco, permitindo-nos compreender, de uma outra forma, a organização característica destes assentamentos no período moderno, desde a escala dos conjuntos edificados até a escala do espaço ì maior do rossio. -
Projecto e Circunstância - A Coerência na Diversidade da Obra de Rogério de AzevedoA prática projetual de Rogério de Azevedo (Porto, 1898-1983), reflexo das diversas condições que, a vários níveis, a moldaram, dificilmente se categoriza. Beaux-arts e art-déco, tradição clássica e modernismo são referências que nela convergem, ainda que manuseadas com liberdade e com sabedoria pelo seu autor. Bastaria citar, a propósito e apenas numa área circunscrita da cidade do Porto, o edifício-sede do jornal O Comércio do Porto, a Garagem para o mesmo cliente, o “arranha-céus” Maurício Macedo ou o Hotel Infante Sagres; em territórios mais distantes, as Pousadas turísticas para o SNI (Marão, Serra da Estrela e Serém); os projectos-tipo regionalizados para as Escolas Primárias do Norte e Centro do país; ou as intervenções sobre o património, onde se destacam as realizadas no Paço dos Duques em Guimarães e na Igreja de S. Pedro de Rates. Apoiada em exemplos paradigmáticos e alicerçada na vasta documentação dispersa que conseguiu reunir, Ana Alves Costa desenvolveu uma rigorosa investigação que lhe permite, agora, propor uma nova perspetiva sobre o conjunto da obra deste arquiteto. Reconhecendo a sua qualidade, comprova a erudição de Rogério de Azevedo e explica a aleatoriedade pela circunstância particular de cada projeto. Uma análise onde se encontram permanências ou constantes que acentuam, afinal, um sentido de unidade e a coerência nessa mesma diversidade.O estudo realizado sobre esta importante figura do panorama da arquitetura portuense do século XX, não só resgata o entendimento da obra de Rogério de Azevedo de uma visão que a nossa historiografia, assente em leituras muitas vezes parciais e incompletas, tem vindo a apresentar, como representa simultaneamente um contributo para a construção de uma imagem um pouco mais completa sobre o passado e o presente da Escola do Porto.
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NovidadeDireito de Cidade - Da «cidade-mundo» à «cidade de 15 minutos»Criador do conceito mundialmente conhecido de «cidade de 15 minutos», Carlos Moreno propõe soluções para responder ao triplo desafio ecológico, económico e social da cidade de amanhã.Em Direito de Cidade, Moreno questiona a nossa relação com os nossos espaços de convivência e com o tempo útil. Na sua visão de uma cidade policêntrica, as seis funções sociais essenciais — habitação, trabalho, compras, cuidados de saúde, educação e desenvolvimento pessoal — devem estar acessíveis num raio de 15 minutos a pé.O autor lançou um debate mundial ao analisar o complexo e vibrante laboratório ao ar livre que é a cidade, onde se exprimem as nossas contradições e se testam as mudanças nos nossos estilos de vida. Concentrando a maior parte da população mundial, mas também as grandes questões do desenvolvimento humano — culturais, ambientais, tecnológicas ou económicas —, os territórios urbanos estão hoje presos aos desafios do século e devem reinventar-se urgentemente.Ao propor uma descodificação sistémica da cidade, Carlos Moreno avalia os meios e os campos de ação do bem-viver e define as implicações das mudanças aceleradas pela urbanização e pela metropolização. -
Alegoria do PatrimónioNeste livro, a autora trata a noção de monumento e de património histórico na sua relação com a história, a memória e o tempo, analisa os excessos deste novo «culto» e descobre as suas ligações profundas com a crise da arquitectura e das cidades. -
Neutra: Complete WorksOriginally from Vienna, Richard Neutra came to America early in his career, settling in California. His influence on postwar architecture is undisputed, the sunny climate and rich landscape being particularly suited to his cool, sleek modern style.Neutra had a keen appreciation for the relationship between people and nature; his trademark plate glass walls and ceilings which turn into deep overhangs have the effect of connecting the indoors with the outdoors. His ability to incorporate technology, aesthetics, science, and nature into his designs brought him to the forefront of Modernist architecture.In this volume, all of Neutra’s works (nearly 300 private homes, schools, and public buildings) are gathered together, illustrated by over 1,000 photographs, including those of Julius Shulman and other prominent photographers. -
Eiffel TowerCommanding by day, twinkling by night, the latticework wonder of the Eiffel Tower has mesmerized Francophiles and lovers, artists and dreamers for over 125 years. Based on an original, limited-edition folio by Gustave Eiffel himself, this book presents design drawings, on-site photographs, and historical documents to explore the making of a..Vários -
As Origens da ArquitecturaA arquitectura é o conjunto dos cenários artificiais, construídos pela família humana durante a sua presença na Terra, desde a pré-história. Hoje, precisamos de toda essa experiência para enfrentar as tarefas actuais. Esta obra é um relato dos primórdios da Arquitectura, desde a Pré-História. É uma interpretação nova, que alarga as fronteiras da disciplina e propõe uma ideia unitária da tradição de que descendemos. -
Popular Architecture in the Communities of the Alentejo“This is a most impressive dissertation on a subject of enormous importance for future developments in architecture and ways of living, especially at this time of recession and of a new and increasing concern with the environment and sustainability, problems of global warming and of reliance on fossil fuels, destruction of natural biodiversity, corals, rainforests, and a range of species. In such a context, this dissertation makes a remarkable contribution to the task of recreating a better way of life and of building. José Baganha has create, l what must be one of the most complete records of regional architecture and urban planning, methods of construction, use of local materials, relation of vernacular buildings to landscape and to ways of life and work. Among the numerous superb illustrations are sketches and photographs, plans and sections, by the author, ranging from distant views of towns such as Monsaraz and Mértola to decorative details like the sgraffito ornament at Évora. His beautiful photograph of the Praça do Giraldo at Évora with its low arcade and great fountain shows more than any words what we need to preserve and recreate. Considering in his dissertation the damage done to these towns and villages from the 1960s, José Baganha modestly expresses the 'hope that it can be an operating manual for all those intending to intervene in the villages, towns, and cities of the Alentejo. In fact, with his numerous wise recommendations ranging from planning and building to the importance of kitchen gardens and orchards, his dissertation will be a source of inspiration far beyond this region of Portugal. DAVID WATKIN Ph.D, Litt.D, Hon. FRIBA, FSAEmeritus Professor of the History of Architecture -
Siza DesignUma extensa e pormenorizada abordagem à obra de design do arquiteto Álvaro Siza Vieira, desde as peças de mobiliário, de cerâmica, de tapeçaria ou de ourivesaria, até às luminárias, ferragens e acessórios para equipamentos, apresentando para cada uma das cerca de 150 peças selecionadas uma detalhada ficha técnica com identificação, descrição, materiais, empresa distribuidora e fotografias, e integrando ainda um conjunto de esquissos originais nunca publicados e uma entrevista exclusiva ao arquiteto.CoediçãoArteBooks DesignCoordenação Científica + EntrevistaJosé Manuel PedreirinhoDesign GráficoJoão Machado, Marta Machado -
A Monumentalidade Crítica de Álvaro SizaEste livro, publicado pela editora Circo de Ideias, com edição de Paulo Tormenta Pinto e Ana Tostões elege o tema da “monumentalidade” na obra de Álvaro Siza como base de um discurso crítico sobre a arquitectura e o papel dos arquictetos em relação à cidade contemporânea. O Pavilhão de Portugal, projectado para a Expo'98, é o ponto de partida desta pesquisa, apresentando-se na sua singularidade como momento central de um processo de renovação urbana, com repercussões na consciência política do final do século XX. Em Portugal, os ecos dessa política prolongaram-se após a exposição de Lisboa, consolidando uma ideia urbanística que vinha sendo teorizada desde o final da década de 1980. A leitura dos territórios num tempo longo e a imersão na cultura arquitectónica são pressupostos invariáveis na abordagem de Siza e alicerces discursivos sobre a “monumentalidade”.