Condor - O Plano Secreto das Ditaduras Sul-Americanas
Condor é um tributo à memória das vítimas da Operação Condor, um plano militar secreto instituído em 1975 por seis países latino-americanos, governados por ditaduras militares de extrema-direita, para eliminar a oposição política. Esta operação resultou na morte de cerca de 60 mil pessoas.
Durante aproximadamente uma década, João Pina viajou de forma extensiva pela Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai para documentar o que restou da época do Condor.
Críticas de imprensa:
«Objeto sóbrio, delicado também, distingue-se por uma coerência editorial que assenta quer na escolha das imagens ? todas elas a preto e branco e na sua maioria em formato quadrado, de resto a opção formal do livro ?, quer no conteúdo editorial quer ainda na definição gráfica, "Condor" assume uma perspetiva alargada historicamente do que foi a operação militar, mas consegue, em contraste, nutrir uma intimidade muito próxima do afeto com todas as histórias narradas na primeira pessoa. Desse cruzamento atípico nasce outro objeto, aquele que cria a empatia necessária com o leitor para que este não se atenha apenas nas imagens publicadas. Não significa isto que as fotografias não tenham o seu peso. Aliás, este é muito provavelmente adensado pelas narrativas e textos informativos, como também por um trabalho de legendagem precisa de cada imagem publicada num booklet em separado.»
Jornal Expresso
«É o lado "esquecido" deste episódio da História contemporânea que este magnífico e inquietante livro de imagens de João Pina procura evocar. Nas fotografias de familiares, de lugares de execuções e câmaras de tortura, ou de lugares onde as pessoas desaparecidas foram vistas pela última vez ? e nos rostos emocionados das suas mães, pais, filhos e amantes ?, João Pina encontra um sentido epitáfio para as pessoas cuja vida lhes foi roubada em segredo, cujos corpos foram feitos desaparecer e, por vezes, cuja própria existência foi deixada em dúvida.»
Jon Lee Anderson, New Yorker
Outras Críticas:
«Todos os esforços e energias são necessários para que os olhares tristes e de dor infinita registados nas impressionantes fotografias de João Pina, neste livro, se transformem em sorrisos de esperança.»
Baltasar Garzón (juiz espanhol)
| Editora | Tinta da China |
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| Editora | Tinta da China |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | João Pina |
Nasceu em Lisboa, em 1980. Em 2005 formou-se no International Center of Photography em Nova Iorque, especializando-se em Fotojornalismo e Fotografia Documental.
Começou a trabalhar como fotógrafo aos 18 anos, tendo passado grande parte da última década trabalhando na América Latina.
Em 2007 publicou em Portugal seu primeiro livro de fotografia (em colaboração com Rui Daniel Galiza, autor dos textos), "Por Teu Livre Pensamento", onde relata as histórias de 25 presos políticos portugueses. Esse trabalho serviu de inspiração a uma campanha publicitária da Amnistia Internacional, a qual ganhou, em 2011, o prémio Lion d´Or no Cannes Lions International Festival of Creativity.
O seu trabalho foi galardoado com vários prémios, bolsas e distinções, entre os quais a bolsa Estação Imagem, o prémio Moving Walls, bem como a sua nomeação para finalista do Henri Nannen Award e do Care Award e o Pierre and Alexandra Boulat Grant.
O trabalho de João Pina tem sido publicado em vários órgãos de comunicação de renome mundial: "New York Times", "New Yorker", "Time Magazine", "Newsweek", "Stern", "GEO", "El Pais", "La Vanguardia", "D Magazine", "Days Japan", "Expresso" e "Visão", entre outros.
As suas fotografias foram expostas em Nova Iorque (Open Society Foundations, International Center of Photography, Point of View Gallery e Howard Greenberg Gallery), Londres (Ian Parry Award), Tóquio (Canon Gallery), Lisboa (KGaleria, Casa Fernando Pessoa e Plataforma Revólver), Porto (Centro Português de Fotografia), Perpignan (Visa pour L´Image), Rio de Janeiro (MAM) e São Paulo (Paço das Artes).
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Apresentações que Falam por Si«O comunicador, enquanto maestro da orquestra, alquimista de momentos únicos, deve ter em conta o turbilhão de emoções que pode e se podem gerar para garantir uma experiência de aprendizagem única aos seus participantes.» João Aragão e Pina Este livro destina-se a qualquer pessoa que necessite de fazer intervenções em público que tenha um genuíno interesse em desenvolver as suas competências enquanto orador. Sustentado em artigos científicos recentes, em autores de referência (Damásio, Le Doux, Goleman, Gardner, Daniel Pink, entre outros) e em comunicadores de excelência (Steve Jobs, Garr Reynolds, Seth Godin, Guy Kawasaki, por exemplo), esta obra apresenta uma abordagem pouco tradicional, escrita numa linguagem simples mas precisa, onde o leitor encontrará inúmeros exemplos e sugestões que poderá colocar em prática já na próxima apresentação, comprovando os seus evidentes benefícios. A aplicação prática do livro: O leitor encontrará inúmeros exemplos e sugestões que poderá por em prática já na sua próxima apresentação. A independência dos capítulos: O livro faz sentido no todo mas, também, em cada capítulo, o que dá uma maior liberdade ao leitor. A consistência científica: As referências que sustentam a obra dão segurança científica a qualquer leitor e constituem pistas para aprofundamento de temas específicos. A atualidade: O livro associa temas atuais como emoções, inteligência emocional, marketing pessoal, estilos de aprendizagem, neuromarketing, entre outros, à arte de bem-fazer uma apresentação. Sem esquecer a importância do retorno do investimento. Inclui anexo com figuras a cores. Pode ainda conhecer a realidade portuguesa através dos resultados de um inquérito à bolsa de formadores do IEFP, representativa das seguintes profissões: Professores; Formadores; Engenheiros; Psicólogos; Enfermeiros; Técnicos Superiores; Consultores; Gestores; Diretores, Advogados e Juristas. -
46750Novo livro do fotógrafo João Pina após o impacto político, social e comercial de Condor.Enquanto o Rio de Janeiro se preparava para o Mundial de Futebol e os Jogos Olímpicos de 2016, esperava-se que acontecesse uma imensa transformação na dita «Cidade Maravilhosa». 46750 é o número de homicídios que ocorreram na região metropolitana do Rio de Janeiro entre 2007 e 2016, durante essa tal transformação, e foi a partir desse número, e de tudo o que ele representa, que João Pina concebeu este livro.O fotógrafo percorreu a cidade ao longo de vários anos, e particularmente entre 2013 e 2016, documentando o Rio de Janeiro mais invisível nos anos de todas as promessas. Foi às favelas, aos estaleiros das imensas infra-estruturas construídas para os dois maiores eventos desportivos do mundo, esteve no centro das barricadas — físicas e simbólicas —, ouviu histórias de ambos os lados. Este livro retrata uma cidade em mutação, mas que apesar de disso não se livra da sua histórica violência, das clivagens sociais, do espírito de improvisação e de um quotidiano imprevisível.Fotografias vencedoras do Grande Prémio Estação Imagem 2017.
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?