Cultura da Modernidade e Evangelização - Vol. 3
O que liga os textos deste volume 3 das «Obras Escolhidas» de Arnaldo de Pinho é a evangelização dentro da cultura poliédrica da Modernidade. A situação cultural dos tempos em que vivemos, marcada por coordenadas históricas que podem resumir-se no conceito de globalização, é olhada pelo autor a partir duma leitura «moderna» da teologia. A boa teologia é aquela que procura compreender o tempo da sua própria reflexão, sem que isso signifique um afastamento das fontes da revelação, incluindo a tradição e o chamado magistério da Igreja.
Citando o cardeal Martini, o autor afirma no prólogo deste volume que cada tempo novo exige uma evangelização nova. E explica em que consiste essa novidade: «nova, não pelos seus métodos, nem pela sua tensão espiritual ou pelas suas características, que são as de sempre, mas porque é novo o contexto histórico e mental.
Trata-se, portanto, de conseguir uma nova capacidade evangelizadora num contexto que mudou, e dentro do qual devemos cordialmente situar-nos». É essa cordialidade inteligente que ressoa neste volume, da primeira à última página.
| Editora | Letras & Coisas |
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| Editora | Letras & Coisas |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Arnaldo de Pinho |
Nasceu em Arouca em 1942. Depois de completar os estudos teológicos no seminário do Porto, matriculou-se na Universidade de Estrasburgo (entre 1971 e 1976) onde frequentou cursos na área da filosofia e da teologia, do alemão e da cultura francesa, tendo-se doutorado em Ciências Religiosas com uma tese sobre a questão da interpretação da Bíblia e do dogma. Mais tarde doutorou-se também em teologia católica na Universidade Pontifícia de Salamanca com uma tese sobre o pensamento de D. António Ferreira Gomes. Foi professor catedrático na Faculdade de Teologia da UCP – Porto, tendo-se jubilado em 2012. Nesta mesma Universidade foi o 1º director do Centro de Estudos do Pensamento Português, cargo que ocupou até à jubilação.
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Leonardo Coimbra ou o Caminho do Absoluto - Vol. 4No volume 4 das suas Obras Escolhidas, Arnaldo de Pinho dialoga com o pensamento de Leonardo Coimbra a partir duma base teológica. O leitmotiv desse diálogo é a procura do Absoluto. Já na parte conclusiva do texto, Arnaldo de Pinho, utilizando uma metáfora de Péguy, diz que ‘aquele que encontrou a foicinha foi também encarregado de colher o trigo’.Leonardo Coimbra, ao longo do seu percurso de pensamento, encontrou os instrumentos necessários para instaurar a sua reflexão dentro do caminho que vai da memória ao sentido, das formas à vida e do contingente ao transcendente. E, com esses instrumentos, foi capaz de colher da reflexão uma solução para as questões da natureza pela afirmação da centralidade e superioridade da graça e do humanismo.Este caminho foi percorrido num grande esforço de limpidez e coerência e em diálogo com os pensadores do seu tempo, os de cá e os de fora. Estabeleceu como primeiro momento da sua filosofia a realidade da pessoa e a continuidade da vida e da consciência como base mínima e incontestável.Sempre em processo de dialética em espiral, e evitando a coisificação intelectual e moral, Leonardo procura alcançar o Bem o Belo e o Amor como formas de transcendência que a dor, a alegria e a graça comunicam na experiência do homem comum. -
Dispersos - Volume 5Este é o volume V, e último, da Obras Escolhidas, de Arnaldo de Pinho. Nestes 5 volumes foi reunido o mais importante da produção teológica dum dos poucos pensadores portugueses na área da teologia com vasta obra publicada.Sem nunca perder a noção do seu lugar institucional, Arnaldo de Pinho deu sempre mostras dum espírito sagaz e sereno, e por isso crítico, e foi durante o seu magistério académico uma voz respeitada dentro e fora da esfera da teologia, porventura até mais fora da esfera da teologia.Neste volume são reunidos escritos dispersos por vários lugares científicos e académicos, mas também evocações de personalidades tão diversas e importantes como Sophia, José Augusto Seabra, D. António Francisco dos Santos, Paul Ricoeur, etc.Em comum em todos os textos (e na sua obra) o diálogo da teologia com a cultura e a modernidade. -
Jesus, Um Fio de SeduçãoArnaldo de Pinho, recentemente retirado dos trabalhos académicos, é um dos mais destacados teólogos portugueses do pós-Concílio, sobretudo na área da cristologia. A sua longa experiência pedagógica, acompanhada da investigação e do testemunho numa área tão sensível como a teologia da cultura, permite-lhe agora escrever um texto simples e rigoroso. É um trabalho de maturidade que nos leva ao encontro dessa figura viva e apaixonante para os cristãos e incontornável para o pensamento, as artes e a literatura: Jesus Cristo. Em certo momento da sua reflexão, afirma o autor: A pretensão de Jesus ser o horizonte último de todas as referências de se sentar na cadeira de Moisés com autoridade, lá onde, como hoje, sempre se sentam e sentarão pequenos aprendizes, ridículos profetas e palavrosos ególatras, é demasiado frequente nos Evangelhos, para não lhe darmos importância. Jesus sentado na cadeira de Moisés, fazendo a confluência entre as promessas do Antigo Testamento e a sua própria pessoa, torna-se o último horizonte, onde se consumam todos os horizontes, e onde se extingue a soberba de todas as formas, mais ou menos veladas, de fundamentalismo.
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Cartas a um Jovem AteuNo livro Cartas a um Jovem Ateu, Nuno Tovar de Lemos, sj estabelece um diálogo fascinante entre um jovem biólogo e ele próprio, explorando questões de fé e amor. Uma obra cativante, editada pela Frente e Verso, que nos leva a refletir sobre as complexidades da vida e da fé. Ateus ou não, todos temos perguntas sobre Deus, a Igreja, a vida: ser ateu ou agnóstico? Que fazer quando Deus nos desilude? Haverá algo depois da morte? Que se ganha em ter fé? Estas e muitas outras perguntas preenchem as páginas deste livro, dando vida e corpo às cartas que o compõem, num diálogo constante entre o autor e o seu correspondente imaginário. Mais do que simples respostas, estas cartas constituem uma profunda reflexão sobre a vida, o amor, as relações, Deus e cada um de nós. Com o bónus de se lerem como um romance, cheio de revelações sobre os protagonistas. Imperdível! -
Confissões«O êxito, o valor e a sedução das Confissões estão sobretudo no facto de nelas Santo Agostinho «confessar» com sinceridade, humanismo e flagrância os problemas da sua vida de homem religioso e atormentado, que são afinal os problemas de todos nós. As suas dúvidas, interrogações e respostas, sendo ecos da vida humana, refletem também ecos da nossa vida e por isso permanecem vivas e atuais.»Lúcio Craveiro da Silva, S.J.«Talvez que a mais profunda atualidade de Agostinho resida, justamente, no seu fantástico e sublime anacronismo. Queremos dizer, na sua incompatibilidade profunda – ao menos na aparência – com a pulsão cultural que domina hoje não apenas o Ocidente mas o mundo inteiro.»Eduardo Lourenço -
História das Religiões - Da Origem dos Deuses às Religiões do FuturoEste livro é uma viagem. E «viajar é estar vivo»...Por onde vamos viajar? Por uma geografia que se estende da Escandinávia até África e do Brasil até à China, com epicentro na região do Crescente Fértil. A cronologia principia no terceiro milénio a.C. É espantosa a influência que estas tradições religiosas tiveram na nossa cultura. Pense-se nas ideias de Juízo Final, de ressurreição e de Paraíso.Ou nos revivalismos a que algumas deram lugar, como no caso das mundividências celta e escandinava, com a sua celebração da Natureza, visível na obra de Tolkien. Quem não conhece O Senhor dos Anéis?Na primeira parte, são apresentados seis politeísmos antigos: as religiões étnicas (com exemplos de Moçambique e do Brasil); as religiões da Mesopotâmia (em especial, da Suméria); a fabulosa religião do Antigo Egito; os casos dos Celtas e dos Nórdicos; e as religiões da Grécia e da Roma antigas, sementes da ideia de Europa. Há ainda um capítulo sobre o Zoroastrismo - o monoteísmo dual que foi a religião oficial da Pérsia durante doze séculos.Na segunda parte, uma mão experiente propõe-nos uma antevisão dos modelos religiosos do futuro: o teocrático; o da religião oficial nacional; o secular radical; e o multirreligioso. A terceira parte é dedicada ao Taoismo, a joia espiritual da China Antiga. O Tao Te Ching de Laozi é, depois da Bíblia, um dos livros mais traduzidos em todo o mundo. Um seu continuador, Zhuangzi, também maravilhou muitos pensadores ocidentais, de Heraclito a Heidegger.Vale a pena a experiência desta leitura. Como escreveu Tolkien, «nem todos os que vagueiam estão perdidos». Fizemos, por isso, uma obra rigorosa e muito didática. Embarque connosco, porque - dizia Eduardo Lourenço - «mais importante do que o destino é a viagem»! -
Se Deus é Bom, Porque Sofremos?Reflexões intensas e provocadoras sobre o sofrimento e a bondade de Deus: um e outra contradizem-se? Que se entende por bom quando se fala de Deus? Como sofremos e porquê? Perguntas difíceis para respostas exigentes, numa obra que não faz concessões à facilidade. Segundo o autor, "o sofrimento toca a todos", podendo "revoltar alguns e desanimar outros". No entanto, "há sempre um senso comum de que, no fundo, pode não ser assim tão mau. Antes, até nos pode fazer crescer; e vale a pena tentar ajudar outros: pelo menos para que não lhes aconteça coisa pior". Cada leitor é convidado pelo P. Vasco Pinto de Magalhães, a "parar, agradecer a realidade e tentar relê-la com olhos Bons", pondo "por escrito o caminho que fez e vai fazendo: as luzes e as sombras, os sucessos e as crises. Estas, quando partilhadas, podem ajudar muito o próprio e os outros. Não se trata de eliminar o sofrimento, mas de saber viver e crescer com ele. Trata-se de pôr a render, comunicando, a maior riqueza que temos: a nossa realidade, (onde anda Deus!), sem esconder fragilidades". -
Papa Francisco JMJ Lisboa 2023 - Discursos e HomiliasNum mundo abalado por incertezas, escândalos e divisões, surge um convite à unidade, à compreensão mútua e à ação concreta. Independentemente das diferenças que nos separam, somos todos parte de uma única família humana, que partilha sonhos, aspirações e o desejo de um mundo melhor. Francisco apresentou um conjunto de propostas sobre temas que tocam as vidas dos jovens: fé, justiça social, cuidado com o meio ambiente, diálogo inter-religioso e a importância da solidariedade global. Cada página é um testemunho da capacidade de liderança espiritual do Papa, que transcende fronteiras e conecta gerações, inspirando-nos a olhar além das adversidades e a construir um mundo de amor, de compaixão, de tolerância. Uma mensagem de esperança para «todos, todos, todos»! -
Vem para Fora! - A Promessa do Maior Milagre de JesusNeste novo e fascinante livro, o padre James Martin, SJ, explora a história do maior milagre de Jesus – a ressurreição de Lázaro dos mortos. Ele faz uma fusão entre a exegese bíblica com reflexões diferenciadas sobre a história de Lázaro, representada na cultura mais ampla da arte, da literatura, do cinema. Sempre focado sobre o que Jesus quer dizer quando chama cada um de nós a «LEVANTAR-SE». De forma meditativa e cuidadosa, o autor conduz-nos, versículo a versículo, oferecendo reflexões profundas sobre as lições de Jesus sobre amor, família, amizade, tristeza, frustração, medo, raiva, liberdade e alegria. Assim, James Martin ajuda-nos a abandonarmos as crenças limitantes que nos impedem de experienciar a presença de Deus em nossas vidas. Precisamos apenas de nos abrir à história transformadora de Lázaro e confiar que Deus pode usá-la para nos libertar, e darmos início, como Lázaro, a uma nova vida. -
100 Minutos com o AlcorãoO Corão é tão precioso para os Muçulmanos, que muitos conseguem recitá-lo de cor do início ao fim. No entanto, para aqueles que estão fora do Islão, é um livro fechado. Baseado num modelo introduzido por Shah Wali Allah em meados do século XVIII, o presente livro tem por objectivo tornar a profunda orientação do Corão acessível a todos. Ficará certamente surpreendido por ler sobre inúmeras personagens históricas, que poderá também encontrar nos livros Cristãos e Judeus. Para os Muçulmanos, este pequeno livro poderá revelar novos aspectos sobre o Corão. Fácil de ler, torná-lo-á acessível mesmo para os não-Muçulmanos. -
Construindo uma Ponte - Como a Igreja Católica e a Comunidade LGBT podem Estabelecer uma Relação de Respeito, Compaixão e SensibilidadeEste livro constitui um modesto convite para que a Igreja Católica crie uma maior proximidade pastoral relativamente à comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros). Mais especificamente ainda, trata da aproximação entre a Igreja e os católicos LGBT ao mesmo tempo que analisa igualmente de que modo a comunidade LGBT poderá empreender um diálogo mais frutífero com a Igreja institucional. Trata-se de uma «ponte» de dois sentidos, embora o ónus do lançamento da primeira pedra para a construção dessa ponte recaia sobre a Igreja. O papa Francisco assumiu, de múltiplas maneiras, a liderança na construção de pontes: para começar, tornando-se o primeiro Papa a usar a palavra «gay» em público e, a propósito deles, aproveitando para perguntar, porventura na sua declaração mais famosa: «Quem sou eu para julgar?»