Volvidos quase 10 anos depois da 1.ª edição do Direito dos Contratos Públicos e Administrativos, muitas foram as alterações legislativas, as evoluções jurisprudenciais e as publicações resultantes do labor doutrinal que impactaram nas soluções então apresentadas na referida obra. O próprio ensino da disciplina na Faculdade de Direito de Lisboa, ao nível do Mestrado e, por vezes, da Licenciatura, aconselhou o desenvolvimento de alguns temas e a reformulação da abordagem e conteúdo de outros. Fez-se, portanto, um esforço de reformulação do texto e também de actualização, com a preciosa ajuda de colaboradores. O significativo aumento do texto inicial, que daí resultou, determinou a opção de separação em dois volumes, um primeiro dedicado aos conceitos do contrato público e do contrato administrativo e suas tipologias, bem como aos regimes inerentes aos procedimentos pré-contratuais, que ora se publica, e um segundo, de continuação, que abordará o regime dos contratos administrativos ao nível da execução e o contencioso associado ao mesmo. Espera-se que seja obra viva e que continue o diálogo simultaneamente académico e prático que presidiu ao seu propósito inicial.
ÍNDICE (abreviado)
Título I – Introdução 1.º Capítulo – Objeto, Método e Razão de Ordem 2.º Capítulo – Os Conceitos de Contrato de Direito Público e de Contrato Administrativo; Fontes e Traços Fundamentais do seu Regime 1.ª Secção – O conceito de contrato de direito público 2.ª Secção – O conceito de contrato administrativo no direito comparado 3.ª Secção – O conceito de contrato administrativo na história do ordenamento jurídico português 4.ª Secção – Regime do contrato administrativo e publicização dos contratos de direito privado 5.ª Secção – Parceria público-privada 6.ª Secção – Tipos de contratos
Título II – Os procedimentos pré-contratuais 1.º Capítulo – Dados de Direito Comparado e Enquadramento Internacional 1.º Subcapítulo – Direito comparado 1.ª Secção – Direito norte-americano 2.ª Secção – Direito brasileiro 3.ª Secção – Procedimentos de ordenamentos da União Europeia 2.º Capítulo – Tipos de Procedimentos, os Critérios de escolha do Procedimento e Aplicabilidade dos Princípios de Direito da União aos Contratos e Actos não Abrangidos pelas Directivas Europeias 1.º Subcapítulo – O âmbito de aplicação do regime da contratação pública 1.º Subcapítulo – Critérios de escolha do procedimento 1.ª Secção – Concurso público, concurso limitado por prévia qualificação 2.ª Secção – Ajuste direto e consulta prévia 2.º Subcapítulo – Aplicabilidade dos princípios de Direito da União aos contratos não sujeitos às directivas 3.º Subcapítulo – Instrumentos procedimentais especiais 4.º Subcapítulo – Aplicação aos actos administrativos 3.º Capítulo – Princípios Gerais do Procedimento 1.º Subcapítulo – A prossecução de políticas horizontais ou transversais na contratação pública 4.º Capítulo – Tramitação do Procedimento 1.º Subcapítulo – Fases do procedimento 2.º Subcapítulo – Tramitação em especial – Tramitação do Concurso Público 1.ª Secção – Fase da preparação e início do procedimento 2.ª Secção – Requisitos de participação 3.ª Secção – Fase de apresentação de propostas 3.ª Secção – Avaliação (e ordenação) das propostas 4.ª Secção – Fase do relatório preliminar 5.ª Secção – Fase do relatório final 6.ª Secção – Fase da adjudicação 7.ª Secção – Preparação da celebração do contrato e celebração do contrato 3.º Subcapítulo – Outros procedimentos do CCP 1.ª Secção – Ajuste direto 2.ª Secção – Consulta Prévia 3.ª Secção – Diálogo Concorrencial 4.ª Secção – Concurso limitado por prévia qualificação 5.ª Secção – Procedimento de negociação 6.ª Secção – Parceria para a inovação 4.º Subcapítulo – Procedimentos especiais. Outros procedimentos 1.ª Secção – Jogos de fortuna e azar 2.ª Secção – Sector militar 3.ª Secção – Sector da energia 4.ª Secção – Sector das águas e resíduos 5.ª Secção – Contratos relativos a imóveis do Estado e outros entes públicos 6.ª Secção – Contratos em matéria urbanística
Adopção de terminologia. Enquadramento da União Europeia para os contratos de direito público (inseridos no poder executivo) influenciado pelos modelos administrativos diversos dos seus Estados-Membros. Conceito de Administração europeia não corresponde ao conceito nacional de administração e explica-se pela íntima conexão entre o conceito de Administração da União Europeia, com as suas singularidades, e as especificidades das formas de actuação administrativa da União Europeia; pelo pouco tratamento doutrinal; e pela conveniência de se recortar com rigor o conceito de Administração da União Europeia, uma vez que se exclui do objecto do nosso estudo, os contratos de direito público celebrados pelas administrações nacionais, mesmo que celebrados em nome e por conta da União Europeia.
Adopção de terminologia. Enquadramento da União Europeia para os contratos de direito público (inseridos no poder executivo) influenciado pelos modelos administrativos diversos dos seus Estados-Membros. Conceito de Administração europeia não corresponde ao conceito nacional de administração e explica-se pela íntima conexão entre o conceito de Administração da União Europeia, com as suas singularidades, e as especificidades das formas de actuação administrativa da União Europeia; pelo pouco tratamento doutrinal; e pela conveniência de se recortar com rigor o conceito de Administração da União Europeia, uma vez que se exclui do objecto do nosso estudo, os contratos de direito público celebrados pelas administrações nacionais, mesmo que celebrados em nome e por conta da União Europeia.
Nota prévia à 2.ª Edição
Volvidos cerca de seis anos após a publicação da 1.ª Edição, e considerando as relevantes alterações legais ocorridas no sector, bem como a escassez de
elementos doutrinários sobre a matéria, considera-se adequado proceder a esta 2.ª Edição que servirá, bem assim, de texto de apoio nos cursos de Mestrado e de Pós-Graduação em que estou envolvido. índice (abreviado)
Introdução
A - ENQUADRAMENTO
I. Direito da Energia e Direito Administrativo da Energia; objecto
II. O quadro internacional e europeu do Direito da Energia
1. Direito Internacional da Energia
2. Direito Europeu da Energia
3. A partilha das competências legislativas da União em matéria de energia
I) Necessidade de aplicação integral e imposição rigorosa do cumprimento da legislação em vigor nos setores da energia e conexos
II) Necessidade de diversificação do aprovisionamento de gás a nível da União
III) Necessidade de transparência e de conformidade com a legislação europeia dos acordos intergovernamentais. A Decisão (UE)2017/684 do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 5 de Abril de 2017 IV) Escassez de infraestruturas adequadas e necessidade de novo investimento
V) e VI) Necessidade de revisão daconcepção actual do mercado energético europeu
VII) Reconhecimento da importância das estratégicas regionais de integração do mercado na transição para um mercado ener-gético europeu
VIII) Importância da existência de transparência dos custos e preços da energia na integração do mercado
IX) Objectivo: a União Europeia compromete-se a reduzir o consumo de energia em, pelo menos, 27% até 2030
X) Reconhecimento do potencial dos edifícios em termos de ganhos de eficiência energética
XI) Necessidade de desenvolvimento rápido a nível da União em termos de eficiência energética e descarbonização no sector dos transportes
XII) Necessidade de concretização do acordo alcançado no Conselho Europeu de Outubro de 2014
XIII) Objectivo: 27% de energias renováveis na União até 2030
XIV) Necessidade de desenvolvimento de uma estratégia de inovação em matéria de investigação
XV) Necessidadedeapostanos instrumentos depolítica externa à disposição da União
4. O quadro jurídico da EURATOM
B - SECTORES ESPECIAIS
I. O sector da electricidade
1. Os modelos internacionais do sector da electricidade
2. O regime eléctrico nacional
II. O sector do gás natural
1. O gás natural no direito comparado
2. O quadro regulatório para o transporte e distribuição de gás canalizado na União Europeia
3 A regulamentação nacional
Apresenta-se uma edição revista e atualizada, que contempla as últimas alterações aos diplomas que integram a presente coletânea.Começamos por destacar a profunda alteração ao Estatuto da Ordem dos Advogados, levada a cabo pela Lei nº 6/2024, de 19 de janeiro, adequando-o ao disposto na Lei nº 2/2013, de 10 de janeiro, que estabelece o regime jurídico de criação, organização e funcionamento das associações públicas profissionais, na redação que lhe foi dada pela Lei nº 12/2023, de 28 de março.O regime jurídico da constituição e funcionamento das sociedades de profissionais que estejam sujeitas a associações públicas profissionais, aprovado pela Lei nº 53/2015, de 11 de junho, foi também alterado pela referida Lei nº 12/2023, de 28 de março, e pela Lei nº 64/2023, de 20 de novembro.Uma última nota para Lei nº 10/2024, de 19 de janeiro, que aprovou o regime jurídico dos atos de advogados e solicitadores, revogando Lei nº 49/2004, de 24 de agosto, que define o sentido e o alcance dos atos próprios dos advogados e dos solicitadores e tipifica o crime de procuradoria ilícita.
Após a última edição desta obra, o Código do Procedimento Administrativo foi alterado, em vários dispositivos, pelo Decreto-Lei n.º 11/2023, de 10 de fevereiro, que procedeu à reforma e simplificação dos licenciamentos ambientais.
A presente colectânea de legislação tem como propósito fundamental disponibilizar um conjunto de diplomas estruturantes e relevantes no domínio do Direito Administrativo de forma agregada, destacando-se, muito particularmente, o facto de coligir a legislação que regula o exercício de poderes públicos em matéria de tecnologia. Não obstante poder ter como destinatários advogados, solicitadores, juízes e, em geral, juristas ou não juristas que contactem com o Direito Administrativo, trata-se de uma obra dirigida, essencialmente, aos alunos de licenciatura e mestrado em Direito, destacando-se aqui como destinatários primordiais os alunos da Unidade Curricular de Direito Administrativo I da Universidade Autónoma de Lisboa.
ÍNDICE (abreviado)CAPÍTULO I – ProcuraçõesCAPÍTULO II – AtasCAPÍTULO III – EstatutosCAPÍTULO IV – Contratos de PromessaCAPÍTULO V – Contratos Civis e ComerciaisCAPÍTULO VI – EmpreitadaCAPÍTULO VII – Acordos ParassociaisCAPÍTULO VIII – ArrendamentoCAPÍTULO IX – CondomínioCAPÍTULO X – LaboralCAPÍTULO XI – FamíliaCAPÍTULO XII – Ações JudiciaisCAPÍTULO XIII – Procedimento CautelarCAPÍTULO XV – CrimeCAPÍTULO XVI – ContraordenacionalCAPÍTULO XVII – ExecutivoCAPÍTULO XVIII – Minutas de Interesse Geral
A nova publicação tem em conta os pequenos ajustes introduzidos no CPTA decorrentes da Lei nº 56/2021 de 16 de Agosto, que alterou o artigo 26.º, mandando aplicar à distribuição eletrónica dos processos e demais documentos sujeitos a distribuição, com as necessárias adaptações, o Código de Processo Civil, e da Lei nº 30/2021, de 21 de Maio, que procedeu a alteração dos artigos 102.º e 103.º-A, tendo encurtado alguns dos prazos em sede das ações do contencioso pré-contratual.
Abrangendo a presente obra a maioria das temáticas que rodeiam a disciplina que tem como objecto o Direito Processual Administrativo, a mesma consubstancia um elemento de estudo prático da disciplina de Direito Administrativo II. Em virtude da necessidade de elementos que pudessem auxiliar o nosso ensino na referida disciplina, elaborámos um conjunto de casos – numa solução de compromisso entre a opção pela apresentação de hipóteses resolvidas e uma mera compilação de casos práticos – que viessem a servir de ponto de discussão e análise crítica para a maioria das nossas aulas. A inspiração directa em casos recentes e/ou polémicos da jurisprudência, os quais se encontram aqui compilados, permite, igualmente, aos profissionais que lidem com o Direito Administrativo interessar-se pela texto que agora se dá à estampa.
Esta quarta edição visa atualizar a presente coletânea de legislação na sequência e em consequência da décima segunda ao Código dos Contratos Públicos (Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro), efetuada pelo Decreto-Lei n.º 78/2022, de 7 de novembro, diploma que alterou também a Lei n.º 30/2021, na parte em que aprovou as denominadas medidas especiais de contratação pública, e ainda o Decreto-Lei n.º 60/2018, de 3 de agosto, que procedeu à simplificação de procedimentos administrativos necessários à prossecução de atividades de investigação e desenvolvimento.
A revisão dos quadros legais que regem o Direito dos Contratos Públicos já se tornou habitual entre nós, mesmo volvido apenas um ano após uma revisão expressiva do regime geral de formação e execução de contratos públicos. De registar que, no âmbito do Código dos Contratos Públicos, o Decreto-Lei n.º 78/2022 alterou relevantes disposições legais relativas à formação e à execução dos contratos públicos, introduzindo modificações em diversas matérias: eis o que sucede, inter alia, com os critérios materiais de adoção do ajuste direto, do procedimento de negociação e do diálogo concorrencial; mas também com o regime dos contratos reservados, as causas de exclusão e os casos de possibilidade de suprimento de irregularidades das propostas, os fatores que integram o critério de adjudicação, as obrigações e aos prazos de garantia, a resolução dos contratos pelo contraente público, os trabalhos complementares e o regime laboral dos trabalhadores afetos à execução de contratos de concessão
A presente coletânea de legislação destina-se, no essencial, a fornecer aos alunos os materiais necessários, facilmente transportáveis e manejáveis, para o acompanhamento das matérias lecionadas na(s) unidade(s) curricular(es) de Direito do Urbanismo e/ou do Ambiente. Não obstante, pode igualmente constituir uma importante ferramenta de trabalho para todos os interessados e operadores jurídicos nestas matérias.Dada a finalidade iminentemente pedagógica desta coletânea, e sem prejuízo de outros diplomas igualmente relevantes, as disposições e textos normativos selecionados correspondem, fundamentalmente, ao programa de estudos das referidas unidades curriculares, nesta 2.ª edição, aproveitamos a ocasião para proceder à atualização de disposições e textos normativos, nomeadamente do Regime de Acesso à Informação Administrativa e Ambiental e do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, bem como à adição da nova Lei de Bases do Clima, de singular importância na atualidade.Mercado alvo ou preferencial:
- Estudantes de Direito, Solicitadoria, Geografia e Planeamento e Proteção Civil
- Magistrados
- Juristas
- Advogados
- Solicitadores
- Arquitectos
- Engenheiros