«Hoje, os intelectuais não são nem odiados, nem vilipendiados, nem sequer verdadeiramente fustigados, como na época do caso Dreyfus, dos anos 1930 ou da guerra da Argélia. E escusado será dizer que, mesmo que o seu narcisismo sofra com isso, eles atravessam uma crise branda, velada, como que abafada.»
Bernard-Henri Lévy, o sempre polémico líder do movimento dos «novos filósofos», responde à crise do intelectual com este texto-programa que expõe os sintomas da doença e desenha a nova figura do intelectual, insistindo na necessidade do compromisso deste consigo e com o seu pensamento, em detrimento da obediência a partidos políticos ou instituições académicas. Em Elogio do Intelectual, Lévy advoga o dever do intelectual de se mobilizar contra a ditadura da opinião e contra a religião das maiorias e de não ceder à vertigem da simplificação do que é complexo por natureza. Num tempo em que a figura do intelectual se confunde com a do «tudólogo» performativo, urge redescobrir e redefinir o papel do intelectual nas nossas sociedades.
Bernard-Henri Lévy nasceu na Argélia, em 1948, numa família judaica. Escritor e polemista, é uma personalidade mediática sem par na França, assumindo sem pudor o papel de intelectual comprometido. Estudou na École Normale, ensinou epistemologia na Universidade de Estrasburgo e filosofia na instituição onde se formou, antes de se tornar o líder da corrente dos «Novos Filósofos». Editor de inúmeros jornais, escritor prolífico, é também romancista, cineasta e dramaturgo.
Um livro que acorda as consciências
Um hino à liberdade
Em Este Vírus Que Nos Enlouquece, Bernard-Henri Lévy contesta os que querem aproveitar o coronavírus para
arrasar o que a civilização ocidental tem de melhor. Contra os que pretendem ver no vírus uma mensagem, contra o alarmismo do apocalipse, contra os obcecados pelo decrescimento e contra outros defensores da penitência, Lévy contesta a ideia de que no recomeço, após a pandemia, “nada deve ser como antes”. Pelo contrário, contra um mundo refém do medo, temos de voltar à confiança do aperto de mão, dos abraços e das viagens. Neste livro, o filósofo denuncia a tentativa visível de utilização da pandemia pelos usurários da morte e pelos
tiranos da obediência, cujo objectivo é estrangularem a liberdade dos cidadãos a coberto da urgência sanitária e do delírio higienista. Estamos perante o que chama «O Primeiro Medo Mundial» e um vento de loucura assola o planeta: este livro
recorre ao pensamento, à história e à filosofia para nos ajudar a encarar com racionalidade uma pandemia que não é a primeira, nem foi a mais mortífera que a humanidade até hoje conheceu. Um livro em defesa da vida em toda a sua plenitude, convivial, amorosa, política. Um livro em defesa das
portas da liberdade que são aeroportos, viagens, cosmopolitismo e comércio.
«Hoje, os intelectuais não são nem odiados, nem vilipendiados, nem sequer verdadeiramente fustigados, como na época do caso Dreyfus, dos anos 1930 ou da guerra da Argélia. E escusado será dizer que, mesmo que o seu narcisismo sofra com isso, eles atravessam uma crise branda, velada, como que abafada.»
Bernard-Henri Lévy, o sempre polémico líder do movimento dos «novos filósofos», responde à crise do intelectual com este texto-programa que expõe os sintomas da doença e desenha a nova figura do intelectual, insistindo na necessidade do compromisso deste consigo e com o seu pensamento, em detrimento da obediência a partidos políticos ou instituições académicas. Em Elogio do Intelectual, Lévy advoga o dever do intelectual de se mobilizar contra a ditadura da opinião e contra a religião das maiorias e de não ceder à vertigem da simplificação do que é complexo por natureza. Num tempo em que a figura do intelectual se confunde com a do «tudólogo» performativo, urge redescobrir e redefinir o papel do intelectual nas nossas sociedades.
Esta obra é composta por textos que mostram o progresso das reflexões sobre a problemática da identidade da Ciência da Religião. Os ensaios garantem o acesso à sua interrelação temática e lógica subjacente, algo que não se revela pela leitura individual dos textos. Aqui serão esclarecidos e exemplificados os princípios que caracterizam a Ciência da Religião desde o início da sua institucionalização nas últimas décadas do século XIX. Além disso, será discutido em que sentido esses princípios qualificam a disciplina para sua funcionalidade extra-acadêmica. Essa atualização do livro Constituintes da Ciência da Religião (Paulinas, 2006) se entende como uma reação ao desconhecimento das especificidades da Ciência da Religião, não apenas por parte do público em geral, mas também entre estudantes e, até mesmo, docentes da área no Brasil.
«Da ideia de Jesus, anunciada no Antigo Testamento e progressivamente sustentada por imagens ao longo dos séculos de arte cristã, a Bin Laden, que declara guerra de morte ao nosso Ocidente esgotado, é o fresco épico da nossa civilização que aqui proponho. Nele encontramos: monges loucos do deserto, imperadores cristãos sanguinários, muçulmanos a construir o seu "paraíso à sombra das espadas", grandes inquisidores, bruxas montadas em vassouras, julgamentos de animais, índios de penas com Montaigne nas ruas de Bordéus, a ressurreição de Lucrécio, um padre ateu que anuncia a morte de Deus, uma revolução jacobina que mata dois reis, ditadores de esquerda e depois de direita, campos de morte castanhos e vermelhos, um artista que vende os seus excrementos, um escritor condenado à morte por ter escrito um romance, dois rapazes que evocam o islão e degolam um pároco em plena missa - sem esquecer mil outras coisas...»