Eudemim
Prefácio de Leonor Sampaio da Silva
«Eudemim é um livro polifónico e complexo, ao longo do qual acompanhamos o percurso de um homem desde o dia em que celebra o seu trigésimo aniversário até depois da sua morte, através de inúmeras vozes (incluindo a dele próprio), que nos narram as suas origens e descendência, as suas dores e fragilidades, os seus sonhos e conquistas. Bastaria isso para vislumbrar nele um projecto de escrita ambicioso. Acresce ainda ao complexo fio que urde a acção principal vários outros factores que contribuem para a opulência de uma narrativa em que a literatura se alia à pintura, à arquitectura e à filosofia para se mostrar como espaço inclusivo de saberes e sensibilidades. […] No plano geográfico, o arquipélago é o espelho territorial da temática abordada no romance. A ilha espelha o isolamento, e a condição arquipelágica reitera a unidade na multiplicidade, não só por via da proximidade insular, mas pelo tipo de nuvens que povoam o céu açoriano: “Os céus das ilhas são com a maior frequência repletos de nuvens em diversas cores e gradações, o que dá a ideia de espaço ainda maior e desdobrado até ao Eterno.” […] Na esteira do pensamento contemporâneo que aborda o tema complexo da identidade sob a perspectiva dinâmica de um conhecimento que se vai construindo com o tempo, influenciado pelas experiências e as relações interpessoais, recusando o carácter estático e unívoco que, no passado a prendeu a estereótipos, e de um tema (o Duplo) com profundas raízes na tradução literária ocidental (pense-se, por exemplo em Dr. Jekyll and Mr. Hyde, de Robert Louis Stevenson, ou de Orlando, de Virginia Woolf, para só citar dois exemplos) Eudemim convida à visão do Eu como o Outro-Dentro-de-Mim: não um monstro ou uma ameaça, mas uma oportunidade de recomeços infinitos. Em número plural e em nome do pluralismo se tece este romance, que é reflexão filosófica, partilha artística e manifesto a favor da diferença como a face mais promissora do Eu futuro.» [Do Prefácio]
| Editora | Companhia das Ilhas |
|---|---|
| Coleção | Obras de Mário T. Cabral |
| Categorias | |
| Editora | Companhia das Ilhas |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Mário T. Cabral |
-
O Livro dos Anjos(...) Os primeiros poemas de O Livro dos Anjos (...) foram escritos ainda em 1989, quando o autor deixou Lisboa e regressou aos Açores. Deveriam integrar outro livro - Via Sacra - Poemas Místicos - mas, aos poucos, emanciparam-se e tornaram-se um projecto autónomo. Em 1998, isto é, nove anos depois, estava terminada a primeira versão, já de si vista e revista, escrita e rescrita. Mário foi sempre o oposto do poeta espontâneo, arrebatado, sentimental; era racional, cristão, porém grego, apolíneo, que pondera, traça, esculpe, em busca da beleza ou da verdade. A versão derradeira, que encontra nas páginas que se seguem, seria terminada a 13 de Julho de 2017, a quatro semanas da morte. Tinham passado 28 anos desde a redacção do primeiro verso, mais de metade da vida do Mário, toda a carreira profissional e quase toda a vida literária. Que aconteceu a estes poemas ao longo desses 28 anos? Mudaram, várias vezes. Transfiguraram-se, numas ocasiões complexificaram-se, noutras simplificaram-se, viveram, envelheceram. Como o próprio livro diz e no contexto de um tema caro ao autor, “um jardim nunca está pronto”. O mesmo com estes poemas. Nunca estiveram completos nem terminados. Cessam aqui porque cessou a mão que os escrevia, completam-se por impossibilidade de serem mais. Não houve um momento em que tivessem sido melhores nem piores; foram, como as árvores ou as flores, de acordo com a estação da vida, a destreza e a energia do jardineiro. Conheceram várias reencarnações e terminam nestas. São as que o público conhecerá. (…) Nas suas notas no fim do século, o autor definia-o como “um livro religioso, que descreve a morte física do Eu e a ressurreição metafísica do Espírito Santo ou Logos”. Mas a versão de então não o era tanto como a derradeira. Afinal, como se lê nos poemas actuais, o anjo “sabe vinte anos antes o que venho a saber”, “Estou com eles no futuro à minha espera”. Alexandre Borges (do Prefácio) -
As Quatro EstaçõesÉ já uma tese antiga, a de que existimos condicionados a um movimento constante amarrado a uma imobilidade permanente, próxima da solenidade. Primavera, tempo da revolução, dos recomeços brutais e das metamorfoses assíduas, cuja força germinadora emana também do ódio com que «o galo novo mata o galo velho». E se o Verão é a estação do vigor, regente de plenitude tal que pode já antever o seu decrescimento, o Outono, por sua vez, fica a postos para o «rodopio senil» e «o terror existe, efectivamente, ao fim da tarde», num impasse entre claridade e nostalgia. Por fim, no Inverno, lugar da cegueira, «luva sem dedos», não sabemos se estamos confrontados com o fim, se com o perpétuo replantio de novos fins. Quatro Estações pode ser lido como um ensaio poético-filosófico, ou entendido como uma narrativa teleológica, onde, sob o manto em que o caos é o denominador comum, os eventos mínimos quotidiano subjazem sempre, como uma eterna sombra, a uma ordem maior do que a sua aparência. Entrecruzando diferentes artérias literárias num pulsar verbalmente intenso, a voz de Mário T. Cabral encara-nos, neste livro, com todo o seu despojo, clarividência, desassombro, fulgor, beleza -
Para Onde Vamos, Irmãs?Serenidade e urgência, mas nunca medo: no confronto com as revelações implacáveis que a morte lhe traz, o sujeito destes poemas não resvala um só passo. Pelo contrário, mune-se dela. Pressentida e, portanto, desarmada, rendida ao poder criador do verbo, tão indefesa quanto libertadora, como em Antero, tão despida que se abre, a morte reduz-se, como nos célebres versos de Herberto, a nada mais do que uma «porta / para uma nova palavra». Que palavra? Esta parece, de facto, ser a pergunta suscitada pelo título. Para Onde Vamos, Irmãs? reúne textos escritos e reescritos entre 1985 e 2017, ano em que o poeta terceirense «enrolou todo o seu corpo em forma de viagem» e adormeceu como «as sementes que o lavrador atira, de mão em leque». A evidência da passagem e da partida não lhe merece nenhum timbre condoído, nenhum desconsolo encolerizado – à harmonia entre lei e natureza responde com a lucidez de quem «aprendeu a serenar», de quem regressa ao «reino do sol», como quem adquiriu um imperturbável «conhecimento sinestésico», mesmo que todo o conhecimento, já dizia o sábio do Eclesiastes, acarrete tristeza. É a tristeza, todavia, de quem constata estar só quando o sol «lhe entra pela boca» – nada que se compare com a miséria daqueles que querem ficar «vivos para sempre / ressequidos e podres». -
É Preciso que Te Lembres dos Passeios com o Teu Cão - Poesia (1983-2017)Com desenhos e pinturas do Autor. Apresentação de Paulo Borges | Edição de Carlos Alberto Machado | Organização visual de Mariana Martins Matos | Nota editorial de Alexandre Borges Com É PRECISO QUE TE LEMBRES DOS PASSEIOS COM O TEU CÃO conclui a Companhia das Ilhas a publicação da poesia inédita de Mário T Cabral. O presente volume reúne 14 livros que se encontravam nos arquivos do autor em diferentes pontos de evolução – de BESTIÁRIO, PROVINCIANA, HORAS A MEU PAI ou SONETOS, que poderiam, pela sua consistência e dimensão, ser, sem dificuldade, publicados autonomamente, a outros ainda em evidente estado inicial, mas onde são já perceptíveis o conceito e o estilo projectados, em cada caso, pelo poeta. De fora, fica apenas um número residual de poemas, reunidos em conjuntos de forma ainda vaga ou inconsistente, onde ainda não era vislumbrável o caminho de um “livro”. -
O Porta-EstandarteEm O Porta-Estandarte (obra escrita e reescrita desde 1986, a última das quais em 2017, ano da morte prematura do autor), revelam-se diversas camadas onde encontramos gravada alguma da história do seu pensamento. Mas o que importa reter nesta obra, é que a harmonia entre Espírito e Natureza parece ser uma ideia retida e aprofundada na maturidade do autor. Mas essa mesma harmonia encontrada pelo filho do Rei e Rainha (personagens da narrativa) não será sentida pelo seu próprio filho (neto, portanto, do Rei e Rainha), que sente a necessidade de regressar ao povo da Ilha das Flores. Nesta fase final da obra, levanta-se, pois, a questão do que será o verdadeiro porta-estandarte. Aquele que finalmente encontra a harmonia fora do seu povo, num modo de contemplação prática que elimina a tensão entre Espírito e Natureza? Ou aquele que pretende regressar e liderar o seu povo? Deve-se procurar a felicidade individual na contemplação ou, como Platão indica n’A República, voltar à caverna e trazer os concidadãos consigo?Mário T Cabral via o regresso à caverna como uma obrigação moral e política. No seu papel de professor, regressava diariamente à caverna, vindo na camioneta que liga São Mateus a Angra. Chegado ao Liceu, abria todas as janelas da sala de aula pedindo luz. É a luz que aponta a saída da caverna. Paralelamente, ia escrevendo a presente obra, entre tantas outras, seguindo um dos seus horários rigorosos. O Porta-Estandarte é obra de uma vida, escrita por quem foi, nas suas aulas, um porta-estandarte da filosofia nascida na Grécia, tal como preservada pela cultura cristã, e trabalhada por Mário T Cabral numa ilha portuguesa. Cada livro publicado é um reabrir da janela fechada prematuramente em 2017.O autor merece e, se aceitarmos a sua visão da Criação, todos nós também.Nuno Martins, do “Prefácio” -
Meteorologia - Contos para Adultos que não Quiseram ser GrandesDe que «meteorologia» se fala aqui? A questão ganha pertinência se pensarmos num contexto insular em que, durante certo tempo, os factores atmosféricos, climáticos, adquiriram no interior da reflexão literária e cultural algum papel de relevo.Neste particular, os contos de Mário T Cabral oscilam entre a referência explícita e a alusão tangencial que, no seu nível de conhecimento, um leitor de proximidade será capaz, ainda assim, de descodificar. Trata-se, por norma, de uma indicação pontual, sem grandes expansões descritivas, deixando ao leitor a possibilidade de lançar mão da informação empírica à disposição no seu “arquivo” pessoal – ou ainda, num outro plano, constituem os lugares de um território ficcional em que as personagens se movimentam e interagem, por vezes em situação conflituosa. Mais do que ater-se demoradamente aos traços físicos de um determinado espaço, sem a cedência à “tentação” paisagística e etnográfica, o escritor opta pela apresentação de personagens e de situações que no seu desenvolvimento configuram um jogo de experiências colectivas ou individuais e um quadro de relações interpessoais que remetem em último lugar para diferentes facetas de uma condição social.Ora, é preferencialmente sobre espaço açoriano que se recortam as personagens de Cabral. Enquadradas por situações comuns, elas movimentam-se em histórias de um quotidiano comezinho, embora complexo e diversificado, sem heroísmos nem sobressaltos, pautado pela mediania que as vidas miúdas arrastam com elas, e em que diversos caminhos desembocam na religiosidade e nos seus rituais e expressões.Urbano Bettencourt, do “Prefácio -
A Ceia GrandeApresentação de Sandra Garcia «(…) Neste livro emocionamo-nos com a dimensão do amor pelo Filho, de José, que o abre, ao de Maria, que o encerra. Um amor cheio de matizes, humano e divino, terreno e reverente, maior do que as palavras. São vários os personagens que nos vão dando novas leituras e abordagens de Cristo. Na sua maioria, à parte Maria e José, não se trata de personagens principais ou as mais óbvias, mas as que figuraram em segundo plano e que aqui adquirem centralidade e voz própria. (…) A dúvida e a divisão entre o dever de cuidar da casa e da família e entre tudo deixar para segui-Lo que angustiou o jovem herdeiro que não acedeu, de imediato, ao repto: “Vem e Segue-Me», e que depois é reconciliada com a certeza de que «não há nada de mal na posse, quando ela respeita a Lei – embora, mesmo assim, os bens jamais saciem a nossa sede de infinito.” O Mário foi um homem da sua casa, da sua família. Foi da Razão e da Filosofia, como foi da Arte, da Ética e da Estética. E foi também da Fé. Principalmente da Fé. Assim mesmo: sem contradições, por inteiro. Como o jovem herdeiro desde muito cedo que intuiu “que nada de apenas humano me alimentaria a vida”. Teve sempre sede de Infinito. Que possamos também vislumbrá-la e partilhá-la, essa sede de Infinito que nos inquieta, no banquete que é a obra A Ceia Grande.»[Sandra Garcia]
-
Vemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
Deus na EscuridãoEste livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. -
O ColecionadorNo mais recente e trepidante thriller de Daniel Silva, autor n.º 1 da lista dos mais vendidos do The New York Times, Gabriel Allon embarca na busca de um quadro roubado de Vermeer e descobre uma conspiração que poderia levar o mundo à beira do Armagedão nuclear.Na manhã seguinte à gala anual da Venice Preservation Society, Gabriel Allon, restaurador de quadros e espião lendário, entra no seu bar preferido da ilha de Murano e aí encontra o general Cesare Ferrari, comandante da Brigada de Arte, que aguarda, ansioso, a sua chegada. Os carabinieri tinham feito uma descoberta assombrosa na villa amalfitana de um magnata sul-africano morto em circunstâncias suspeitas: uma câmara acouraçada secreta que continha uma moldura e um esticador vazios cujas dimensões coincidiam com as do quadro desaparecido mais valioso do mundo. O general Ferrari pede a Gabriel para encontrar discretamente a obra-prima antes que o seu rasto se volte a perder. - Esse não é o vosso trabalho?- Encontrar quadros roubados? Teoricamente, sim. Mas o Gabriel é muito melhor a fazê-lo do que nós.O quadro em questão é O concerto de Johannes Vermeer, uma das treze obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner de Boston, em 1990. Com a ajuda de uma aliada inesperada, uma bela hacker e ladra profissional dinamarquesa, Gabriel não demora a descobrir que o roubo do quadro faz parte de uma tramoia ilegal de milhares de milhões de dólares na qual está implicado um indivíduo cujo nome de código é «o colecionador», um executivo da indústria energética estreitamente vinculado às altas esferas do poder na Rússia. O quadro desaparecido é o eixo de um complô que, caso seja bem-sucedido, poderia submeter o mundo a um conflito de proporções apocalípticas. Para o desmantelar, Gabriel terá de perpetrar um golpe de extrema audácia enquanto milhões de vidas estão presas por um fio. -
O EscritórioDawn Schiff é uma mulher estranha. Pelo menos, é o que toda a gente pensa na Vixed, a empresa de suplementos nutricionais onde trabalha como contabilista. Dawn nunca diz a coisa certa. Não tem amigos. E senta-se todos os dias à secretária, para trabalhar, precisamente às 8h45 da manhã.Talvez seja por isso que, certa manhã, quando Dawn não aparece para trabalhar, a sua colega Natalie Farrell – bonita, popular e a melhor vendedora da empresa há cinco anos consecutivos – se surpreenda. E mais ainda quando o telefone de Dawn toca e alguém do outro lado da linha diz apenas «Socorro».Aquele telefonema alterou tudo… afinal, nada liga tanto duas pessoas como partilhar um segredo. E agora Natalie está irrevogavelmente ligada a Dawn e vê-se envolvida num jogo do gato e do rato. Parece que Dawn não era simplesmente uma pessoa estranha, antissocial e desajeitada, mas estava a ser perseguida por alguém próximo.À medida que o mistério se adensa, Natalie não consegue deixar de se questionar: afinal, quem é a verdadeira vítima? Mas uma coisa é clara: alguém odiava Dawn Schiff. O suficiente para a matar.«NÃO COMECE UM LIVRO DE FREIDA McFADDEN A ALTAS HORAS DA NOITE.NÃO O VAI CONSEGUIR LARGAR!» AMAZON«O ESCRITÓRIO É UM THRILLER TENSO E VICIANTE DA AUTORA MAIS ADORADA DO MOMENTO.» GOODREADS -
Os Meus Dias na Livraria MorisakiEsta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão. -
ManiacMANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI. MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência -
Uma Noite na Livraria Morisaki - Os meus Dias na Livraria Morisaki 2Sim, devemos regressar onde fomos felizes. E à livraria Morisaki, lugar de histórias únicas, voltamos com Takako, para descobrir um dos romances japoneses mais mágicos do ano.Estamos novamente em Tóquio, mais concretamente em Jimbocho, o bairro das livrarias, onde os leitores encontram o paraíso. Entre elas está a livraria Morisaki, um negócio familiar cuja especialidade é literatura japonesa contemporânea, há anos gerida por Satoru, e mais recentemente com a ajuda da mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai tomar conta da livraria quando os tios seguem numa viagem romântica oferecida pela jovem, por ocasião do aniversário de casamento.Como já tinha acontecido, Takako instala-se no primeiro andar da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico, onde os clientes são especiais e as pilhas de livros formam uma espécie de barreira contra as coisas menos boas do mundo. Takako está entusiasmada, como há muito não se sentia, mas… porque está o tio, Satoru, a agir de forma tão estranha? E quem é aquela mulher que continua a ver, repetidamente, no café ao lado da livraria?Regressemos à livraria Morisaki, onde a beleza, a simplicidade e as surpresas estão longe, bem longe de acabar. -
Uma Brancura LuminosaUm homem conduz sem destino. Ao acaso, vira à direita e à esquerda até que chega ao final da estrada na orla da floresta e o seu carro fica atolado. Pouco depois começa a escurecer e a nevar. O homem sai do carro e, em vez de ir à procura de alguém que o ajude, aventura-se insensatamente na floresta escura, debaixo de um céu negro e sem estrelas. Perde-se, quase morre de frio e de cansaço, envolto numa impenetrável escuridão. É então que surge, de repente, uma luz.Uma Brancura Luminosa é a mais recente obra de ficção de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura de 2023. Uma história breve, estranhamente sublime e bela, sobre a existência, a memória e o divino, escrita numa forma literária única capaz de assombrar e comover.Tradução do norueguês de Liliete Martins.Os elogios da crítica:«Uma introdução perfeita à obra de Jon Fosse.» The Telegraph«Inquietante e lírico, este pequeno livro é uma introdução adequadamente enigmática à obra de Fosse e um bom ponto de partida para se enfrentar os seus romances mais vastos e experimentais.» Financial Times - Livro do Ano 2023«Uma Brancura Luminosa é, muito simplesmente, grande literatura.» Dagbladet