Henri L´Évêque: artista viajante
Henry L’Évêque, pintor-gravador suíço natural de Genéve, constitui exemplo paradigmático dos artistas viajantes, repórteres de acontecimentos, ambientes e costumes que, numa cadência aventureira, cruzavam a Europa no período conturbado, no final do século XVIII. O presente conjunto de estudos que esta obra contém procura analisar a presença de L’Évêque em Portugal partindo de ângulos diferentes de abordagem, enriquecidos pelos contributos de distintos autores, construindo uma visão multidisciplinar, cruzando a arte, a sociedade e a política, no tempo das revoluções, com particular foco no período das guerras peninsulares, preenchendo uma evidente lacuna de investigação sobre o artista e a suas obras mais relevantes. O início deste projecto de investigação coincidiu com o período comemorativo da partida da corte portuguesa para o Brasil no contexto das Guerras Peninsulares, cujo bicentenário se celebrou em 2007. Foi, então, possível divulgar a existência de dois originais inéditos da autoria de L’Évêque na colecção da Universidade Autónoma de Lisboa (UAL). Um outro momento comemorativo, o da passagem do trigésimo aniversário da fundação da UAL foi, porém, o motivo decisivo para oferecer ao público a presente colectânea de estudos, inscrevendo-a no conjunto de iniciativas que procuraram assinalar fixaram essa feliz efeméride. Neste contexto Henry L’Évêque: artista viajante, que agora oferecemos ao público, constitui o primeiro contributo do Departamento de História, Artes e Humanidades (DHAH) da UAL como forma de se associar às referidas comemorações.
Professor Catedrático do Departamento de História, Artes e Humanidades da Universidade Autónoma de Lisboa (DHAH-UAL). Investigador do Instituto de História da Arte (IHA FCSH-NOVA) e do Centro de Investigação em Ciências Históricas (CICH-UAL).
Tem obras publicadas nas áreas de História da Arte e da Imagem, Urbanismo, Património, Estudos Olisiponenses, História do Livro e da Edição, História do Brasil Colonial e História Empresarial e do Empreendedorismo.
Neste último domínio, funda no ano 2000, o Centro de Estudos de História Empresarial (CEHE), unidade orientada para a investigação aplicada, do qual é director. Nesta área publicou e coordenou, entre outros, os seguintes títulos: Marconi: da TSF às Comunicações Globais, Banco Comercial Português: a Primeira Década 1985-1995, Lisnave: Contributos para a História da Indústria Naval em Portugal.
-
José Manuel de Mello: a cultura da uniãoJosé Manuel de Mello (1927-2009), que o Expresso apelidou de «o empresário sem medo», foi um empreendedor notável e de grande visão para sempre ligado no imaginário português à LISNAVE. Herdeiro dos destinos da Companhia União Fabril (CUF), que o Avô Alfredo da Silva fundara, e da sua cultura empresarial. Viu o 25 de Abril chegar numa altura em que o grupo que liderava era o maior de Portugal e um dos maiores da Europa. Com as nacionalizações, a família perdeu o património e saiu do país. Nos anos 90, José Manuel de Mello regressa a Portugal e funda um novo grupo, alicerçado nos princípios familiares, mas necessariamente voltado para o futuro, dinâmico e inovador. Nesta biografia exaustiva e bem documentada, Miguel Figueira de Faria traça o percurso e os marcos decisivos da vida deste empresário português da CUF ao Grupo José de Mello. -
Machado de CastroO presente volume de ensaios procura dar a conhecer a vida e obra do escultor Joaquim Machado de Castro numa nova perspectiva pluridisciplinar e em contexto internacional. Partindo do domínio próprio da História da Arte, procurou-se estabelecer igualmente o seu itinerário criativo e profissional como referência nos planos político, social e científico do seu tempo, através do cruzamento de pontos de vista complementares desenvolvidos pelos melhores especialistas daquelas áreas historiográficas. -
The Disappointed Writer: selected essaysEsta edição destina-se a um público internacional e é integralmente em inglês. Trata-se de um livro que reúne um conjunto de textos organizados pela autora, que incluem novas perspectivas sobre arte portuguesa dos séculos XVIII e XIX, abordando e entrecruzando as relações entre arte e poder, arte e propaganda, bem como arte produzida em condições periféricas. Este volume, no qual se conjugam um rigoroso trabalho empírico e uma profunda reflexão teórica sobre historiografia, conclui com um último ensaio em que periferia é proposto como conceito-chave operativo para novas narrativas em história da arte. O livro inclui ainda textos que exemplificam o seu interesse pela cultura visual cinematográfica, à qual associou também as suas preocupações em história da arte.«My first encounter with Foteini Vlachou was marked by the qualities that I later found to be definitive of her approach to her life and work: bold intelligence, fearless self-confidence, independence of thought, and absolute commitment to the discipline of art history as a practice of theory that was, in its essence, a worldly, consequential — indeed, political — project. Later, I was to learn of her other great qualities, not least her openness to experience, her warm-hearted generosity, and her committed collegiality. […]As this book demonstrates, Foteini Vlachou had been narrating the periphery for some time, and brilliantly so.»Terry Smith, from the introduction: “Periphrasis: Provinces, Margins, Peripheries, Centres - Foteini Vlachou and the decentring of Art History”Translations by Efi Katsanika (Greek) and Rui Pires Cabral (Portuguese)Revision and editing: Mariana Pinto dos SantosFurther revision (ancient Portuguese translations): Begoña Farré Torras32 pages of figures and colour illustrations -
Do Terreiro do Paço à Praça do Comércio - História de um Espaço UrbanoA presente obra, coordenada por Miguel Figueira de Faria, procura compreender a progressiva metamorfose do Terreiro do Paço/Praça do Comércio como referente da cultura urbanística de Lisboa. Organizado numa linha de escrutínio evolutivo das soluções arquitetónicas e monumentais que se sucederam e da utilização quotidiana que, entre os séculos XVI e XIX, se deu a este espaço nobre da cidade de Lisboa, Do Terreiro do Paço à Praça do Comércio oferece ao público um conjunto de ensaios que constituem uma fonte segura de informação e consulta. -
Praças Reais: Passado, Presente e FuturoO presente volume corresponde ao crescente interesse que as praças reais, vêm registando como elemento cultural de primeira ordem na história do urbanismo e do património europeus. O colóquio Praças Reais: Passado, Presente e Futuro, estruturou-se em dois blocos autónomos. O primeiro destinado à análise do modelo da praça real, onde se procurou fixar a respectiva tipologia a par do impacto da sua difusão internacional. No segundo fez-se uma reflexão sobre a situação actual das praças reais, projectando cenários sobre a vocação futura destes espaços. Procurámos associar os interessados no passado das praças reais, a par dos envolvidos na respectiva leitura dinâmica do presente, tendo em vista a conservação e reabilitação vocacional, que estes espaços naturalmente equacionam, ao serem perspectivados olhando o futuro. Historiadores, Arquitectos, incluindo os paisagistas, Geógrafos e Urbanistas debateram durante três dias os temas eleitos contribuindo com as suas competências para uma consistente visão pluridisciplinar. -
Machado de Castro (1731-1822)O presente volume procura contribuir para a renovação dos estudos sobre Joaquim Machado de Castro preenchendo uma lacuna evidente na actual oferta editorial. Celebrando-se os 250 anos do início da reconstrução de Lisboa após o terramoto de 1755 impunha-se evocar o autor do principal conjunto escultórico, a estátua equestre a D. José da Praça do Comércio, que qualifica simbolicamente a reedificação da cidade. Machado de Castro foi igualmente o responsável pela criação da Escola de Escultura de Lisboa cuja tradição, de geração em geração, chegou até aos nossos dias. O presente conjunto de estudos procura oferecer ao público uma visão mais completa do grande escultor revendo e ampliando o conhecimento sobre as suas facetas de pedagogo, escultor régio e criador militante na secular luta pela emancipação do estatuto do Artista. -
Alfredo da Silva: Uma BiografiaAlfredo da Silva: Biografia constitui o primeiro volume de uma trilogia comemorativa do 150.º aniversário do nascimento de Alfredo da Silva que se encontrava esgotado há bastante tempo e que agora se disponibiliza, em nova edição, ao leitor.A reedição da presente biografia de um dos mais marcantes empresários portugueses do século xx advém da importância de dar a conhecer esta personalidade excepcional da sociedade e economia nacionais, que se revelou ímpar pelo seu estilo de liderança e pela sua capacidade empreendedora, materializada num legado reconhecido mesmo por aqueles que o contestaram.Alfredo da Silva: Biografia revela o percurso completo de uma vida dedicada a construir um vasto império empresarial: da indústria química à reparação e construção naval, aos transportes, banca, seguros, indústrias alimentar e tabaqueira. A CUF (Companhia União Fabril), a Tabaqueira, o Estaleiro da Rocha de Conde de Óbidos, a Carris, o Banco Totta ou a Companhia de Seguros Império são empresas cuja história ficará inequivocamente ligada ao nome de Alfredo da Silva.Completam esta trilogia comemorativa as obrasAlfredo da Silva e a I República e Alfredo da Silva e Salazar. -
Alfredo da Silva e SalazarAlfredo da Silva e Salazar inicia-se com o período de exílio do industrial em Madrid, cobrindo o seu relacionamento com a Ditadura Militar; as dificuldades que enfrentou ao tentar regressar a Portugal; a sua aproximação ao regime; os efeitos da Grande Depressão em Portugal; as implicações dos grandes conflitos internacionais; até à última carta escrita a Salazar, duas semanas antes da sua morte, a 22 de Agosto de 1942.São analisados com minúcia os anos da consolidação do império que Alfredo da Silva iniciara antes do exílio, onde se destacam o concurso dos caminhos-de-ferro, a fundação da Tabaqueira, a crise da Casa Totta, o investimento na construção naval, entre outros. Durante todo este período, esteve presente a relação, nem sempre fácil, entre as duas personalidades - o industrial audaz e empreendedor e o presidente do Ministério -, que deixou a sua marca no balanço entre a Economia e a Política nos anos de formação e consolidação do Estado Novo. -
Alfredo da Silva e a I RepúblicaAlfredo da Silva e a I República é o segundo volume da trilogia composta pelas obras Alfredo da Silva: Biografia e Alfredo da Silva e Salazar, e fecha o conjunto de estudos dedicados ao grande industrial ao longo de mais de duas décadas de investigação.É durante este período, entre o final do regime monárquico e o colapso da I República, que Alfredo da Silva põe em marcha o seu projecto para a CUF e lhe dá a configuração de um grupo económico de expressão internacional.Este percurso alicerçou-se em três eixos fundamentais: a emancipação empresarial, através da metamorfose de um pequeno accionista no grande patrão da CUF; a revolução industrial tardia, que introduziu em Portugal, ao nível do modelo fabril, das tecnologias e dos métodos de trabalho em contraciclo com o despertar dos movimentos sindicais e do operariado em tempo da implantação da República e da Revolução Russa; e o lançamento do triângulo de referência de um conglomerado com incidência na indústria, nos transportes e na banca, que constituiria a base do crescimento futuro do Grupo CUF. -
Caixa dos 3 volumes da Biografia do Alfredo da SilvaTrilogia composta pelas obras Alfredo da Silva e a I República, Alfredo da Silva: Biografia e Alfredo da Silva e Salazar, conjunto de estudos dedicados ao grande industrial ao longo de mais de duas décadas de investigação