Machado de Castro
O presente volume de ensaios procura dar a conhecer a vida e obra do escultor Joaquim Machado de Castro numa nova perspectiva pluridisciplinar e em contexto internacional. Partindo do domínio próprio da História da Arte, procurou-se estabelecer igualmente o seu itinerário criativo e profissional como referência nos planos político, social e científico do seu tempo, através do cruzamento de pontos de vista complementares desenvolvidos pelos melhores especialistas daquelas áreas historiográficas.
| Editora | Caleidoscópio |
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| Editora | Caleidoscópio |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Miguel Figueira de Faria |
Professor Catedrático do Departamento de História, Artes e Humanidades da Universidade Autónoma de Lisboa (DHAH-UAL). Investigador do Instituto de História da Arte (IHA FCSH-NOVA) e do Centro de Investigação em Ciências Históricas (CICH-UAL).
Tem obras publicadas nas áreas de História da Arte e da Imagem, Urbanismo, Património, Estudos Olisiponenses, História do Livro e da Edição, História do Brasil Colonial e História Empresarial e do Empreendedorismo.
Neste último domínio, funda no ano 2000, o Centro de Estudos de História Empresarial (CEHE), unidade orientada para a investigação aplicada, do qual é director. Nesta área publicou e coordenou, entre outros, os seguintes títulos: Marconi: da TSF às Comunicações Globais, Banco Comercial Português: a Primeira Década 1985-1995, Lisnave: Contributos para a História da Indústria Naval em Portugal.
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José Manuel de Mello: a cultura da uniãoJosé Manuel de Mello (1927-2009), que o Expresso apelidou de «o empresário sem medo», foi um empreendedor notável e de grande visão para sempre ligado no imaginário português à LISNAVE. Herdeiro dos destinos da Companhia União Fabril (CUF), que o Avô Alfredo da Silva fundara, e da sua cultura empresarial. Viu o 25 de Abril chegar numa altura em que o grupo que liderava era o maior de Portugal e um dos maiores da Europa. Com as nacionalizações, a família perdeu o património e saiu do país. Nos anos 90, José Manuel de Mello regressa a Portugal e funda um novo grupo, alicerçado nos princípios familiares, mas necessariamente voltado para o futuro, dinâmico e inovador. Nesta biografia exaustiva e bem documentada, Miguel Figueira de Faria traça o percurso e os marcos decisivos da vida deste empresário português da CUF ao Grupo José de Mello. -
Do Terreiro do Paço à Praça do Comércio - História de um Espaço UrbanoA presente obra, coordenada por Miguel Figueira de Faria, procura compreender a progressiva metamorfose do Terreiro do Paço/Praça do Comércio como referente da cultura urbanística de Lisboa. Organizado numa linha de escrutínio evolutivo das soluções arquitetónicas e monumentais que se sucederam e da utilização quotidiana que, entre os séculos XVI e XIX, se deu a este espaço nobre da cidade de Lisboa, Do Terreiro do Paço à Praça do Comércio oferece ao público um conjunto de ensaios que constituem uma fonte segura de informação e consulta. -
Praças Reais: Passado, Presente e FuturoO presente volume corresponde ao crescente interesse que as praças reais, vêm registando como elemento cultural de primeira ordem na história do urbanismo e do património europeus. O colóquio Praças Reais: Passado, Presente e Futuro, estruturou-se em dois blocos autónomos. O primeiro destinado à análise do modelo da praça real, onde se procurou fixar a respectiva tipologia a par do impacto da sua difusão internacional. No segundo fez-se uma reflexão sobre a situação actual das praças reais, projectando cenários sobre a vocação futura destes espaços. Procurámos associar os interessados no passado das praças reais, a par dos envolvidos na respectiva leitura dinâmica do presente, tendo em vista a conservação e reabilitação vocacional, que estes espaços naturalmente equacionam, ao serem perspectivados olhando o futuro. Historiadores, Arquitectos, incluindo os paisagistas, Geógrafos e Urbanistas debateram durante três dias os temas eleitos contribuindo com as suas competências para uma consistente visão pluridisciplinar. -
Machado de Castro (1731-1822)O presente volume procura contribuir para a renovação dos estudos sobre Joaquim Machado de Castro preenchendo uma lacuna evidente na actual oferta editorial. Celebrando-se os 250 anos do início da reconstrução de Lisboa após o terramoto de 1755 impunha-se evocar o autor do principal conjunto escultórico, a estátua equestre a D. José da Praça do Comércio, que qualifica simbolicamente a reedificação da cidade. Machado de Castro foi igualmente o responsável pela criação da Escola de Escultura de Lisboa cuja tradição, de geração em geração, chegou até aos nossos dias. O presente conjunto de estudos procura oferecer ao público uma visão mais completa do grande escultor revendo e ampliando o conhecimento sobre as suas facetas de pedagogo, escultor régio e criador militante na secular luta pela emancipação do estatuto do Artista. -
Alfredo da Silva: Uma BiografiaAlfredo da Silva: Biografia constitui o primeiro volume de uma trilogia comemorativa do 150.º aniversário do nascimento de Alfredo da Silva que se encontrava esgotado há bastante tempo e que agora se disponibiliza, em nova edição, ao leitor.A reedição da presente biografia de um dos mais marcantes empresários portugueses do século xx advém da importância de dar a conhecer esta personalidade excepcional da sociedade e economia nacionais, que se revelou ímpar pelo seu estilo de liderança e pela sua capacidade empreendedora, materializada num legado reconhecido mesmo por aqueles que o contestaram.Alfredo da Silva: Biografia revela o percurso completo de uma vida dedicada a construir um vasto império empresarial: da indústria química à reparação e construção naval, aos transportes, banca, seguros, indústrias alimentar e tabaqueira. A CUF (Companhia União Fabril), a Tabaqueira, o Estaleiro da Rocha de Conde de Óbidos, a Carris, o Banco Totta ou a Companhia de Seguros Império são empresas cuja história ficará inequivocamente ligada ao nome de Alfredo da Silva.Completam esta trilogia comemorativa as obrasAlfredo da Silva e a I República e Alfredo da Silva e Salazar. -
Alfredo da Silva e SalazarAlfredo da Silva e Salazar inicia-se com o período de exílio do industrial em Madrid, cobrindo o seu relacionamento com a Ditadura Militar; as dificuldades que enfrentou ao tentar regressar a Portugal; a sua aproximação ao regime; os efeitos da Grande Depressão em Portugal; as implicações dos grandes conflitos internacionais; até à última carta escrita a Salazar, duas semanas antes da sua morte, a 22 de Agosto de 1942.São analisados com minúcia os anos da consolidação do império que Alfredo da Silva iniciara antes do exílio, onde se destacam o concurso dos caminhos-de-ferro, a fundação da Tabaqueira, a crise da Casa Totta, o investimento na construção naval, entre outros. Durante todo este período, esteve presente a relação, nem sempre fácil, entre as duas personalidades - o industrial audaz e empreendedor e o presidente do Ministério -, que deixou a sua marca no balanço entre a Economia e a Política nos anos de formação e consolidação do Estado Novo. -
Alfredo da Silva e a I RepúblicaAlfredo da Silva e a I República é o segundo volume da trilogia composta pelas obras Alfredo da Silva: Biografia e Alfredo da Silva e Salazar, e fecha o conjunto de estudos dedicados ao grande industrial ao longo de mais de duas décadas de investigação.É durante este período, entre o final do regime monárquico e o colapso da I República, que Alfredo da Silva põe em marcha o seu projecto para a CUF e lhe dá a configuração de um grupo económico de expressão internacional.Este percurso alicerçou-se em três eixos fundamentais: a emancipação empresarial, através da metamorfose de um pequeno accionista no grande patrão da CUF; a revolução industrial tardia, que introduziu em Portugal, ao nível do modelo fabril, das tecnologias e dos métodos de trabalho em contraciclo com o despertar dos movimentos sindicais e do operariado em tempo da implantação da República e da Revolução Russa; e o lançamento do triângulo de referência de um conglomerado com incidência na indústria, nos transportes e na banca, que constituiria a base do crescimento futuro do Grupo CUF. -
Caixa dos 3 volumes da Biografia do Alfredo da SilvaTrilogia composta pelas obras Alfredo da Silva e a I República, Alfredo da Silva: Biografia e Alfredo da Silva e Salazar, conjunto de estudos dedicados ao grande industrial ao longo de mais de duas décadas de investigação
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Arte, Religião e Imagens em Évora no tempo do Arcebispo D. Teodósio de Bragança, 1578-1601D. Teotónio de Bragança (1530-1602), Arcebispo de Évora entre 1578 e 1602, foi um grande mecenas das artes sob signo do Concílio de Trento. Fundou o Mosteiro de Scala Coeli da Cartuxa, custeou obras relevantes na Sé e em muitas paroquiais da Arquidiocese, e fez encomendas em Lisboa, Madrid, Roma e Florença para enriquecer esses espaços. Desenvolveu um novo tipo de arquitectura, ser- vindo-se de artistas de formação romana como Nicolau de Frias e Pero Vaz Pereira. Seguiu com inovação um modelo «reformado» de igrejas-auditório de novo tipo com decoração integral de interiores, espécie de ars senza tempo pensada para o caso alentejano, onde pintura a fresco, stucco, azulejo, talha, imaginária, esgrafito e outras artes se irmanam. Seguiu as orientações tridentinas de revitalização das sacrae imagines e enriqueceu-as com novos temas iconográficos. Recuperou lugares de culto matricial paleo-cristão como atestado de antiguidade legitimadora, seguindo os princípios de ‘restauro storico’ de Cesare Baronio; velhos cultos emergem então, caso de São Manços, São Jordão, São Brissos, Santa Comba, São Torpes e outros alegadamente eborenses. A arte que nasce em Évora no fim do século XVI, sob signo da Contra-Maniera, atinge assim um brilho que rivaliza com os anos do reinado de D. João III e do humanista André de Resende. O livro reflecte sobre o sentido profundo da sociedade de Évora do final de Quinhentos, nas suas misérias e grandezas. -
Cartoons - 1969-1992O REGRESSO DOS ICÓNICOS CARTOONS DE JOÃO ABEL MANTA Ao fim de 48 anos, esta é a primeira reedição do álbum Cartoons 1969‑1975, publicado em Dezembro de 1975, o que significa que levou quase tanto tempo a que estes desenhos regressassem ao convívio dos leitores portugueses como o que durou o regime derrubado pela Revolução de Abril de 1974.Mantém‑se a fidelidade do original aos cartoons, desenhos mais ou menos humorísticos de carácter essencialmente político, com possíveis derivações socioculturais, feitos para a imprensa generalista. Mas a nova edição, com alguns ajustes, acrescenta «todos os desenhos relevantes posteriores a essa data e todos os que, por razões que se desconhece (mas sobre as quais se poderá especular), foram omitidos dessa primeira edição», como explica o organizador, Pedro Piedade Marques, além de um aparato de notas explicativas e contextualizadoras. -
Constelações - Ensaios sobre Cultura e Técnica na ContemporaneidadeUm livro deve tudo aos que ajudaram a arrancá-lo ao grande exterior, seja ele o nada ou o real. Agora que o devolvo aos meandros de onde proveio, escavados por todos sobre a superfície da Terra, talvez mais um sulco, ou alguma água desviada, quero agradecer àqueles que me ajudaram a fazer este retraçamento do caminho feito nestes anos de crise, pouco propícios para a escrita. […] Dá-me alegria o número daqueles a que precisei de agradecer. Se morremos sozinhos, mesmo que sejam sempre os outros que morrem — é esse o epitáfio escolhido por Duchamp —, só vivemos bem em companhia. Estes ensaios foram escritos sob a imagem da constelação. Controlada pelo conceito, com as novas máquinas como a da fotografia, a imagem libertou-se, separou-se dos objectos que a aprisionavam, eles próprios prisioneiros da lógica da rendibilidade. Uma nova plasticidade é produzida pelas imagens, que na sua leveza e movimento arrastam, com leveza e sem violência, o real. O pensamento do século XX propôs uma outra configuração do pensar pela imagem, desenvolvendo métodos como os de mosaico, de caleidoscópio, de paradigma, de mapa, de atlas, de arquivo, de arquipélago, e até de floresta ou de montanha, como nos ensinou Aldo Leopoldo. Esta nova semântica da imagem, depois de milénios de destituição pelo platonismo, significa estar à escuta da máxima de Giordano Bruno de que «pensar é especular com imagens». Em suma, a constelação em acto neste livro é magnetizada por uma certa ideia da técnica enquanto acontecimento decisivo, e cada ensaio aqui reunido corresponde a uma refracção dessa ideia num problema por ela suscitado, passando pela arte, o corpo, a fotografia e a técnica propriamente dita. Tem como único objectivo que um certo pensar se materialize, que este livro o transporte consigo e, seguindo o seu curso, encontre os seus próximos ou não. [José Bragança de Miranda] -
Esgotar a Dança - A Perfomance e a Política do MovimentoDezassete anos após sua publicação original em inglês, e após sua tradução em treze línguas, fica assim finalmente disponível aos leitores portugueses um livro fundamental para os estudos da dança e seminal no campo de uma teoria política do movimento.Nas palavras introdutórias à edição portuguesa, André Lepecki diz-nos: «espero que leitores desta edição portuguesa de Exhausting Dance possam encontrar neste livro não apenas retratos de algumas performances e obras coreográficas que, na sua singularidade afirmativa, complicaram (e ainda complicam, nas suas diferentes sobrevidas) certas noções pré-estabelecidas, certos mandamentos estéticos, do que a dança deve ser, do que a dança deve parecer, de como bailarines se devem mover e de como o movimento se deve manifestar quando apresentado no contexto do regime da 'arte' — mas espero que encontrem também, e ao mesmo tempo, um impulso crítico-teórico, ou seja, político, que, aliado que está às obras que compõem este livro, contribua para o pensar e o fazer da dança e da performance em Portugal hoje.» -
Siza DesignUma extensa e pormenorizada abordagem à obra de design do arquiteto Álvaro Siza Vieira, desde as peças de mobiliário, de cerâmica, de tapeçaria ou de ourivesaria, até às luminárias, ferragens e acessórios para equipamentos, apresentando para cada uma das cerca de 150 peças selecionadas uma detalhada ficha técnica com identificação, descrição, materiais, empresa distribuidora e fotografias, e integrando ainda um conjunto de esquissos originais nunca publicados e uma entrevista exclusiva ao arquiteto.CoediçãoArteBooks DesignCoordenação Científica + EntrevistaJosé Manuel PedreirinhoDesign GráficoJoão Machado, Marta Machado -
A Vida das Formas - Seguido de Elogio da MãoEste continua a ser o livro mais acessível e divulgado de Focillon. Nele o autor expõe em pormenor o seu método e a sua doutrina. Ao definir o carácter essencial da obra de arte como uma forma, Focillon procura sobretudo explicitar o carácter original e independente da representação artística recusando a interferência de condições exteriores ao acto criativo. Afastando-se simultaneamente do determinismo sociológico, do historicismo e da iconologia, procura demonstrar que a arte constitui um mundo coerente, estável e activo, animado por um movimento interno próprio, no fundo do qual a história política ou social apenas serve de quadro de referência. Para Focillon a arte é sempre o ponto de partida ou o ponto de chegada de experiências estéticas ligadas entre si, formando uma espécie de genealogias formais complexas que ele designa por metamorfoses. São estas metamorfoses que dão à obra de arte o seu carácter único e a fazem participar da evolução universal das formas.

