História da Arte em Portugal - O Modernismo
Neste sexto volume, o professor José Augusto França, sob o título genérico de "modernismo", que marcou a sua primeira fase e depois evoluiu nas polémicas de movimentos estéticos contemporâneos, trata da criação do século na arquitectura, na pintura, na escultura e em artes de nova definição plástica, até à actualidade mais contestatária. As correntes culturais afins e as situações sociais e políticas da História de Portugal deste período são necessariamente implicadas na discussão de uma produção artística em que se sobressaem os nomes mais representativos de Amadeo e Almada, de Viana e Eloy, dos Surrealistas e dos Abstraccionistas e já da geração que se afirmou a partir de 1970, incluindo as práticas arquitectónicas desde o "capitólio" de Cristino, até Siza Vieira e Taveira.
| Editora | Presença |
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| Coleção | Biblioteca da Arte |
| Categorias | |
| Editora | Presença |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | José-Agusto França |
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Memórias do Conselheiro Adalberto Martins de Sousa (1880-1890)O Conselheiro Adalberto Martins de Sousa (1829-1890) deixou inédito um manuscrito de Memórias, muitas vezes diariamente consignadas, entre 1880, quando das comemorações do Centenário de Camões, e 1890, «anno horribilis» do Ultimatum britânico.Viúvo, banqueiro, homem de sociedade e de cultura, ele foi fiel partidário de Fontes Pereira de Melo. Retratado por Columbano, amigo de Rafael Bordalo Pinheiro e de Ramalho Ortigão, admirador de Eça de Queiroz e de Oliveira Martins, grande amador de teatro e «dilettante» do São Carlos, o Conselheiro Adalberto viveu (nas 150 datas aqui selecionadas) diversos acontecimentos políticos, económicos, literários, artísticos, teatrais, musicais e mundanos, que descreve e interpreta pessoalmente, neste panorama sociocultural assim estudado ludicamente, de um decénio de fundamental importância na vida nacional. No qual «se terá jogado o futuro, ao menos imediato, de Portugal por não ter o País podido então assumir o presente internacional, na mudança social e política do século» José-Augusto França tratou (aliás inventou) o manuscrito que diz ter-lhe sido confiado pelos descendentes do Conselheiro, como especialista que é deste período da nossa História ? ao qual, desde 1975, já consagrou seis «estudos de factos socioculturais».Ver por dentro: -
Lisboa Pombalina e o IluminismoNo ano em que se assinala o centenário de nascimento de José-Augusto França, um dos mais notáveis intelectuais portugueses e um dos mais destacados historiadores de arte — de renome internacional — dos séculos XX e XXI, a Imprensa Nacional publica Lisboa Pombalina e o Iluminismo, o 4.º volume da coleção «Biblioteca José Augusto-França».«Lisboa Pombalina e o Iluminismo é uma obra-prima. Livro de referência da cultura portuguesa com impacto à escala internacional, confirma o escritor genial, o crítico acutilante, e sobretudo revela o historiador fascinante que se afirma a partir daí. Tradução da tese de doutoramento em História com o título original Une Ville des Lumières: La Lisbonne de Pombal, defendida por JoséAugusto França em março de 1962 na Universidade de Paris, na École Pratique des Hautes Études, Lisboa Pombalina e o Iluminismo é o texto fundador da história da arte em Portugal que situa com segurança a valia urbanística do plano de reconstrução da cidade de 1758. De facto, é com este trabalho fundamental de José-Augusto França que a historiografia atribui a devida importância ao fenómeno cultural baixa pombalina na sua dimensão nacional e internacional.» In Prefácio de Ana Tostões.Esta edição inclui ainda o texto Lisboa Pombalina e a Estética do Iluminismo e conta com o prefácio de Ana Tostões intitulado «O Iluminismo segundo José-Augusto França»
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Arte, Religião e Imagens em Évora no tempo do Arcebispo D. Teodósio de Bragança, 1578-1601D. Teotónio de Bragança (1530-1602), Arcebispo de Évora entre 1578 e 1602, foi um grande mecenas das artes sob signo do Concílio de Trento. Fundou o Mosteiro de Scala Coeli da Cartuxa, custeou obras relevantes na Sé e em muitas paroquiais da Arquidiocese, e fez encomendas em Lisboa, Madrid, Roma e Florença para enriquecer esses espaços. Desenvolveu um novo tipo de arquitectura, ser- vindo-se de artistas de formação romana como Nicolau de Frias e Pero Vaz Pereira. Seguiu com inovação um modelo «reformado» de igrejas-auditório de novo tipo com decoração integral de interiores, espécie de ars senza tempo pensada para o caso alentejano, onde pintura a fresco, stucco, azulejo, talha, imaginária, esgrafito e outras artes se irmanam. Seguiu as orientações tridentinas de revitalização das sacrae imagines e enriqueceu-as com novos temas iconográficos. Recuperou lugares de culto matricial paleo-cristão como atestado de antiguidade legitimadora, seguindo os princípios de ‘restauro storico’ de Cesare Baronio; velhos cultos emergem então, caso de São Manços, São Jordão, São Brissos, Santa Comba, São Torpes e outros alegadamente eborenses. A arte que nasce em Évora no fim do século XVI, sob signo da Contra-Maniera, atinge assim um brilho que rivaliza com os anos do reinado de D. João III e do humanista André de Resende. O livro reflecte sobre o sentido profundo da sociedade de Évora do final de Quinhentos, nas suas misérias e grandezas. -
Cartoons - 1969-1992O REGRESSO DOS ICÓNICOS CARTOONS DE JOÃO ABEL MANTA Ao fim de 48 anos, esta é a primeira reedição do álbum Cartoons 1969‑1975, publicado em Dezembro de 1975, o que significa que levou quase tanto tempo a que estes desenhos regressassem ao convívio dos leitores portugueses como o que durou o regime derrubado pela Revolução de Abril de 1974.Mantém‑se a fidelidade do original aos cartoons, desenhos mais ou menos humorísticos de carácter essencialmente político, com possíveis derivações socioculturais, feitos para a imprensa generalista. Mas a nova edição, com alguns ajustes, acrescenta «todos os desenhos relevantes posteriores a essa data e todos os que, por razões que se desconhece (mas sobre as quais se poderá especular), foram omitidos dessa primeira edição», como explica o organizador, Pedro Piedade Marques, além de um aparato de notas explicativas e contextualizadoras. -
Constelações - Ensaios sobre Cultura e Técnica na ContemporaneidadeUm livro deve tudo aos que ajudaram a arrancá-lo ao grande exterior, seja ele o nada ou o real. Agora que o devolvo aos meandros de onde proveio, escavados por todos sobre a superfície da Terra, talvez mais um sulco, ou alguma água desviada, quero agradecer àqueles que me ajudaram a fazer este retraçamento do caminho feito nestes anos de crise, pouco propícios para a escrita. […] Dá-me alegria o número daqueles a que precisei de agradecer. Se morremos sozinhos, mesmo que sejam sempre os outros que morrem — é esse o epitáfio escolhido por Duchamp —, só vivemos bem em companhia. Estes ensaios foram escritos sob a imagem da constelação. Controlada pelo conceito, com as novas máquinas como a da fotografia, a imagem libertou-se, separou-se dos objectos que a aprisionavam, eles próprios prisioneiros da lógica da rendibilidade. Uma nova plasticidade é produzida pelas imagens, que na sua leveza e movimento arrastam, com leveza e sem violência, o real. O pensamento do século XX propôs uma outra configuração do pensar pela imagem, desenvolvendo métodos como os de mosaico, de caleidoscópio, de paradigma, de mapa, de atlas, de arquivo, de arquipélago, e até de floresta ou de montanha, como nos ensinou Aldo Leopoldo. Esta nova semântica da imagem, depois de milénios de destituição pelo platonismo, significa estar à escuta da máxima de Giordano Bruno de que «pensar é especular com imagens». Em suma, a constelação em acto neste livro é magnetizada por uma certa ideia da técnica enquanto acontecimento decisivo, e cada ensaio aqui reunido corresponde a uma refracção dessa ideia num problema por ela suscitado, passando pela arte, o corpo, a fotografia e a técnica propriamente dita. Tem como único objectivo que um certo pensar se materialize, que este livro o transporte consigo e, seguindo o seu curso, encontre os seus próximos ou não. [José Bragança de Miranda] -
Esgotar a Dança - A Perfomance e a Política do MovimentoDezassete anos após sua publicação original em inglês, e após sua tradução em treze línguas, fica assim finalmente disponível aos leitores portugueses um livro fundamental para os estudos da dança e seminal no campo de uma teoria política do movimento.Nas palavras introdutórias à edição portuguesa, André Lepecki diz-nos: «espero que leitores desta edição portuguesa de Exhausting Dance possam encontrar neste livro não apenas retratos de algumas performances e obras coreográficas que, na sua singularidade afirmativa, complicaram (e ainda complicam, nas suas diferentes sobrevidas) certas noções pré-estabelecidas, certos mandamentos estéticos, do que a dança deve ser, do que a dança deve parecer, de como bailarines se devem mover e de como o movimento se deve manifestar quando apresentado no contexto do regime da 'arte' — mas espero que encontrem também, e ao mesmo tempo, um impulso crítico-teórico, ou seja, político, que, aliado que está às obras que compõem este livro, contribua para o pensar e o fazer da dança e da performance em Portugal hoje.» -
Siza DesignUma extensa e pormenorizada abordagem à obra de design do arquiteto Álvaro Siza Vieira, desde as peças de mobiliário, de cerâmica, de tapeçaria ou de ourivesaria, até às luminárias, ferragens e acessórios para equipamentos, apresentando para cada uma das cerca de 150 peças selecionadas uma detalhada ficha técnica com identificação, descrição, materiais, empresa distribuidora e fotografias, e integrando ainda um conjunto de esquissos originais nunca publicados e uma entrevista exclusiva ao arquiteto.CoediçãoArteBooks DesignCoordenação Científica + EntrevistaJosé Manuel PedreirinhoDesign GráficoJoão Machado, Marta Machado -
A Vida das Formas - Seguido de Elogio da MãoEste continua a ser o livro mais acessível e divulgado de Focillon. Nele o autor expõe em pormenor o seu método e a sua doutrina. Ao definir o carácter essencial da obra de arte como uma forma, Focillon procura sobretudo explicitar o carácter original e independente da representação artística recusando a interferência de condições exteriores ao acto criativo. Afastando-se simultaneamente do determinismo sociológico, do historicismo e da iconologia, procura demonstrar que a arte constitui um mundo coerente, estável e activo, animado por um movimento interno próprio, no fundo do qual a história política ou social apenas serve de quadro de referência. Para Focillon a arte é sempre o ponto de partida ou o ponto de chegada de experiências estéticas ligadas entre si, formando uma espécie de genealogias formais complexas que ele designa por metamorfoses. São estas metamorfoses que dão à obra de arte o seu carácter único e a fazem participar da evolução universal das formas.

