J. Robert Oppenheimer em 90 Minutos
Julius Robert Oppenheimer é hoje recordando como o «pai da bomba atómica», tenebrosa linha curricular que ensombra a personalidade multifacetada e a polivalência do homem que aqui se procura apresentar. Introvertido e melancólico desde a infância, chegando a ser-lhe diagnosticada demência mental por um psiquiatra, empenhou essas características na sua formação, espiritual e cultural, dispersando-se no estudo das mais variadas línguas, das grandes tradições religiosas e na criação poética. O centro dos estudos, porém, convergiu para a Física e acabou por vir trabalhar com os mais proeminentes investigadores do seu tempo.
As suas capacidades de organização e liderança, traduzidas num extraordinário dom para despertar a criatividade e produtividade nos outros, mais do que os seus feitos científicos (também notáveis) acabaram por o posicionar à cabeça da equipa que concebeu e produziu as primeiras armas atómicas americanas, as quais trouxeram um fim devastador à II Guerra Mundial.
Nesta altura, porém, nem Oppenheimer tinha noção completa do terrífico potencia desta tecnologia.
Paradoxalmente, poucos anos depois, foi perseguido sob a acusação de ser um agente comunista, suspeita de que só o presidente Kennedy o ilibou definitivamente, no mesmo dia em que foi assassinado.
| Editora | Inquérito |
|---|---|
| Coleção | Cientistas em 90 Minutos |
| Categorias | |
| Editora | Inquérito |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Paul Strathern |
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Rise and FallFrom the Akkadian Empire to modern-day America,Rise and Fallcharts the history of the world through its ten greatest empires.Through these we examine humanity's will to power in forms both infamous and poorly understood, and trace the evolution of the imperial impulse as it moves from the blunt military aggression of the ancient empires to the subtle but far-reaching cultural influence of today's superpowers.We encounter empires in all their contradictions - like the Mongol Empire, the largest land empire the world has ever seen, and yet also the most short-lived.Rise and Fallalso reveals striking, often completely unrelated historical parallels: pyramids found not just in Egypt but also in Babylon, Mexico and China; unmistakable echoes of the infant discovered in a basket myth which occur in the Old Testament, the Akkadian origin myth, as well in Hinduism. Above all, we see how the ambition of imperial greatness everywhere - from the Roman emperors to Hitler - is rooted in dreams of utopia and immortality. Every empire contains the seeds of its own destruction: so what precisely is social progress? Who benefits from it, and who suffers?Rise and Fallreminds us that the progress of humankind takes many forms, and that - perhaps - the systems we take for granted today are far from being the only or inevitable course of future civilisation. -
Ascensão e QuedaDez impérios, Sete continentes, Quatro milénios, Uma história… Do Império Acádio aos EUA, este livro percorre a história do mundo por meio dos seus dez maiores impérios. Através deles examina o desejo de poder da humanidade, sob as suas formas mais infames ou mal compreendidas, e traça a evolução do impulso imperial, desde a agressão militar primária dos impérios antigos até à subtil mas eficaz influência cultural das atuais superpotências.Acima de tudo, demonstra-nos que em todo o mundo a ambição de grandeza imperial – dos imperadores romanos a Hitler – se baseia em sonhos de utopia e imortalidade, mas também que todos os impérios contêm a semente da autodestruição desde o primeiro instante.«Uma panorâmica extremamente cativante, sagaz e profunda da história do mundo pelo prisma de dez impérios.» Saul David, historiador -
Bertrand Russell em 90 MinutosRussell moveu-se,ao longo da sua vida,por três grandes paixões:a procura do amor,a busca do conhecimento e a compaixão pelo sofrimento da humanidade.Procurou o amor de forma a escapar a uma solidão insuportável,e porque a felicidade que lhe trazia era tal que,por ele,segundo afirmou,teria de bom grado sacrificado a sua vida.A sua busca de conhecimento era igualmente apaixonada.Sentia a necessidade de saber «porque é que as estrelas brilham»,e de explorar o poder «com que os números pairam,imóveis,enquanto o resto muda». A sua filosofia deu sempre uma grande importância à ciência,um imperativo a que muitos filósofos se esquivaram num século em que esta última transformou o mundo. Tornou-se conhecido,na opinião pública mundial,com a sua obra de divulgação História da Filosofia Ocidental que,juntamente com o papel que sempre desempenhou na defesa dos direitos humanos e da liberdade de expressão,justificou a atribuição do Nobel da Literatura de 1950 a Bertrand Russell. Até ao fim da sua vida esteve na linha da frente de inúmeras batalhas pelos direitos do Homem.Em 1970,já com 97 anos,morreu apelando ao fim da guerra no Vietname. -
Sartre em 90 MinutosJean-Paul Sartre foi o filósofo mais popular da História durante a sua época. A sua obra era conhecida de estudantes, intelectuais, revolucionários e até pelo público leitor em geral, em todo o mundo.Há duas razões principais para esta popularidade sem precedentes, das quais nenhuma tem a ver com as suas capacidades enquanto filósofo. Em primeiro lugar, tornou-se o porta-voz do existencialismo no momento oportuno, na altura em que essa filosofia preencheu a lacuna espiritual deixada entre as ruínas da Europa, no rescaldo da II Guerra Mundial. E em segundo, a sua posterior adopção de uma postura revolucionária contra a autoridade encontrou repercussão na era de Che Guevara, da agitação estudantil por todo o mundo e da solidariedade sentimental para com a Revolução Cultural na China comunista.A sua vida pessoal - uma infância burguesa e mimada que retrata em As Palavras, autobiografia que lhe valeu o prémio Nobel da Literatura em 1964 (que rejeitou), uma participação algo desnorteada na guerra, e uma maturidade iconoclástica e deveras mediática - suscita por isso não menos interesse do que a sua obra escrita, repartida entre obras dramáticas, romance, ensaios metafísicos e textos de intervenção política. -
Aristóteles em 90 MinutosAristóteles foi preceptor de Alexandre, o Grande. A história não tem quaisquer registos deste encontro mas sabe-se que, alguns anos mais tarde, Alexandre esteve prestes a assinar a ordem de morte do filósofo. No entanto, esqueceu-se, e, em vez disso, partiu para a conquista da Índia. Se não fosse este golpe de sorte, teríamos perdido prematuramente o homem cuja filosofia dominou o pensamento europeu nos mil e quinhentos anos que se seguiram. -
Arquimedes Em 90 MinutosTodos conhecemos a história em que Arquimedes saltou do banho e correu nu pelas ruas gritando «Eureka!»Quase tão conhecida é a sua afirmação. «Deem-me um lugar onde me possa apoiar, e conseguirei mover a Terra.» Isto diz respeito aos seus estudos sobre alavancas, mas de certa forma, Arquimedes moveu de facto o mundo. Mudou por completo a visão que dele tínhamos, aproximando-a do limiar do pensamento moderno. -
Arthur Schopenhauer Em 90 MinutosSchopenhauer constitui um caso ímpar na história da Filosofia. Considerado o filósofo do pessimismo e um dos maiores misantropos de sempre, perseguiu desde jovem a fama e a mundaneidade, tratando-as com desprezo quando finalmente as alcançou na última década da sua vida.Reconhecido excêntrico, deixou-se fascinar pela sabedoria ascética indiana, sem contudo prescindir do estilo de vida europeu. Inimigo radical das mulheres (e da sua mãe em primeiro lugar),nunca perdeu o vício de se render aos encantos do belo sexo. Opositor sistemático de Hegel, moveu-lhe uma guerra sem tréguas que perdeu continuamente, esmagado pela popularidade daquele. -
Bento de Espinosa em 90 Minutos«Obra forjada no inferno por um judeu renegado e pelo diabo»; «A hipótese mais monstruosa possível de imaginar»; «Uma hipótese hedionda». Estes alguns dos veredictos emitidos por contemporâneos e críticos da posteridade próxima acerca da obra de Espinosa.Filho de judeus portugueses refugiados na Holanda, em fuga à Inquisição ibérica, Espinosa cedo rompeu com a ortodoxia religiosa do seu meio, sentindo que as suas necessidades espirituais se tinham desenvolvido para além das de uma tribo de nómadas asiáticos pré-históricos. Após alguns confrontos atribulados, acabou banido de forma ostensiva da comunidade judaica, numa grandiosa cerimónia de excomunhão, o que, se pouco o afectava psicologicamente, deixava-o numa posição social e económica pouco invejável. Obrigado a ganhar a vida de forma dura e vivendo em quartos alugados, tornou-se polidor de lentes e coleccionador de aranhas. -
Confúcio Em 90 MinutosNa China de há 2500 anos, num tempo dominado por senhores da guerra, em que o resto da população parecia servir apenas para fazer número nas actividades daqueles (massacres, orgias, disseminação da fome),Confúcio parece ter sido o primeiro, muito antes do nascimento de Cristo, a formular o princípio do amor ao próximo, o sentimento moral mais profundo da humanidade, Segundo ele, uma sociedade deveria funcionar para benefício de todos os membros. Onde existe educação não existem distinções entre classes. -
Sócrates Em 90 MinutosSe bem que as cronologias fixem o início da filosofia ocidental quase dois séculos antes da maturidade de Sócrates,é com este que ela assume a sua forma tradicional que se prolonga nos dias de hoje. Até então, os filósofos, designados físicos, tinham-se preocupado sobretudo em explicar a Natureza através de uma abordagem mais na linhagem da ciência actual. Sócrates introduziu a argumentação dialéctica, o raciocínio palavroso, e assestou os objectivos da filosofia no universo humano, nas ideias e nos valores, ignorando a dimensão naturalista do mundo.
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O Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
A DesobedienteA dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa.Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz ativista de uma jovem que há de ser uma d’As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa atividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem. -
Emílio Rui VilarMemórias do país da ditadura e do alvor da democracia em Portugal. A vida de Emílio Rui Vilar atravessou as principais mudanças da segunda metade do século XX. Contado na primeira pessoa, um percurso fascinante pelo fim do regime de Salazar e Caetano e pela revolução de Abril.Transcrevendo entrevistas realizadas ao longo de vários meses, este livro recolhe o relato na primeira pessoa de uma trajetória que percorreu o início da contestação ao Estado Novo no meio universitário, a Guerra Colonial, a criação da SEDES, o fracasso da “primavera marcelista” e os primeiros anos do novo regime democrático saído do 25 de Abril, onde Emílio Rui Vilar desempenhou funções governativas nos primeiros três Governos Provisórios e no Primeiro Governo Constitucional. No ano em que se celebram cinco décadas de democracia em Portugal, este livro é um importante testemunho sobre dois regimes, sobre o fim de um e o nascimento de outro. -
Oriente PróximoCom a atual guerra em Gaza, este livro, Oriente Próximo ganhou uma premente atualidade. A autora, a maior especialista portuguesa sobre o assunto, aborda o problema não do ponto de vista geral, mas a partir da vida concreta das pessoas judeus, árabes e outras nacionalidades que habitam o território da Palestina. Daí decorre que o livro se torna de leitura fascinante, como quem lê um romance.Nunca se publicou nada em Portugal com tão grande qualidade. -
Savimbi - Um homem no Seu MartírioSavimbi foi alvo de uma longa e destrutiva campanha de propaganda, desinformação e acções encobertas de segurança com o objectivo de o desacreditar e isolar. Se não aceitasse o exílio ou a sujeição, como foi o objectivo falhado dessa campanha, o fim último era matá-lo, como aconteceu: premeditadamente! Para que a sua «morte em combate» não suscitasse empatia, foi como um chefe terrorista da laia de Bin Laden que a sua morte foi apresentada – artifício da propaganda que tirou partido da memória emocional recente dos atentados da Al Qaeda, na América. Julgado com honestidade, Savimbi nunca foi o «bandido» por que o fizeram passar. O manifesto apreço que personalidades de indiscutível clareza moral, como Mandela, tiveram por ele prova-o. O MPLA elegeu-o como adversário temido e quis apagá-lo do seu caminho! Não pelos crimes a que o associaram. O que o MPLA e o seu regime temiam eram as suas qualidades e carisma, a sua representatividade política e o prestígio externo que granjeara. Como outros grandes da História, Savimbi também tinha defeitos e cometia erros. Mas no deve e haver as suas qualidades eram preponderantes." -
Na Cabeça de MontenegroLuís Montenegro, o persistente.O cargo de líder parlamentar, no período da troika, deu-lhe o estatuto de herdeiro do passismo. Mas as relações com Passos Coelho arrefeceram e o legado que agora persegue é outro e mais antigo. Quem o conhece bem diz que Montenegro é um fiel intérprete da velha tradição do PPD, o partido dos baronatos do Norte. Recusou por três vezes ser governante e por duas vezes foi derrotado em autárquicas. Já fez e desfez alianças, esteve politicamente morto e ressuscitou. Depois de algumas falsas partidas chegou à liderança. Mas tudo tem um preço e é o próprio a admitir que se questiona com frequência: será que vale a pena? -
Na Cabeça de VenturaAndré Ventura, o fura-vidas.Esta é a história de uma espécie de Fausto português, que foi trocando aquilo em que acreditava por tudo o que satisfizesse a sua ambição. André Ventura foi um fura-vidas. A persona mediática que criou nasceu na CMTV como comentador de futebol. Na adolescência convertera-se ao catolicismo, a ponto de se tornar um fundamentalista religioso. Depois de ganhar visibilidade televisiva soube pô-la ao serviço da sua ambição de notoriedade. Passou pelo PSD e foi como candidato do PSD que descobriu que havia um mercado eleitoral populista e xenófobo à espera de alguém que viesse representá-lo em voz alta. Assim nasceu o Chega. -
Contra toda a Esperança - MemóriasO livro de memórias de Nadejda Mandelstam começa, ao jeito das narrativas épicas, in media res, com a frase: «Depois de dar uma bofetada a Aleksei Tolstói, O. M. regressou imediatamente a Moscovo.» Os 84 capítulos que se seguem são uma tentativa de responder a uma das perguntas mais pertinentes da história da literatura russa do século XX: por que razão foi preso Ossip Mandelstam na fatídica noite de 1 de Maio de 1934, pouco depois do seu regresso de Moscovo? O presente volume de memórias de Nadejda Mandelstam cobre, assim, um arco temporal que medeia entre a primeira detenção do marido e a sua morte, ou os rumores sobre ela, num campo de trânsito próximo de Vladivostok, algures no Inverno de 1938. Contra toda a Esperançaoferece um roteiro literário e biográfico dos últimos quatro anos de vida de um dos maiores poetas do século XX. Contudo, é mais do que uma narrativa memorialística ou biográfica, e a sua autora é mais do que a viúva mítica, que memorizou a obra proibida do poeta perseguido, conseguindo dessa forma preservar toda uma tradição literária. Na sua acusação devastadora ao sistema político soviético, a obra de Nadejda Mandelstam é apenas igualada por O Arquipélago Gulag. O seu método de composição singular, e a prosa desapaixonada com que a autora sonda o absurdo da existência humana, na esteira de Dostoievski ou de Platónov, fazem de Contra toda a Esperança uma das obras maiores da literatura russa do século XX.