Mérito e Justiça
A ideia de meritocracia pode ter várias virtudes, mas a clareza não é uma delas. A falta de clareza pode estar relacionada com o facto, como Sen demonstra, de que o conceito de “mérito” é profundamente contingente na nossa visão de uma boa sociedade. De facto, a noção de mérito é fundamentalmente derivativa e, portanto, não pode ser senão qualificada e contingente. Existe uma tensão clara entre (1) a inclinação para ver o mérito em termos fixos e absolutos e (2) o carácter fundamentalmente instrumental do mérito – a sua dependência no conceito de “bom” na sociedade pertinente. Este contraste básico é intensificado pela tendência, na prática, para caracterizar o “mérito” em formas inflexíveis que reflectem os valores e as prioridades do passado, muitas vezes em acentuado conflito com concepções que seriam necessárias para ver o mérito no contexto dos objectivos e preocupações contemporâneos.
| Editora | Pedago |
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| Editora | Pedago |
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| Autores | Amartya Sen |
Amartya Sen é Professor de Filosofia e Professor de Economia na Universidade de Harvard e dirige a Cátedra Lamon. Foi ainda Mestre da Universidade de Trinity College, Cambridge,no período 1998-2004. Economista de grande relevo, figura intelectual de vasta cultura, a quem foi concedido, em 1998 o Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel, Sen personifica uma intensa convivência com os grandes debates intelectuais das últimas décadas, designadamente quando estão em causa temas como os das escolhas colectivas, da justiça, dos valores, da pobreza, do desenvolvimento, da ética ou da capacitação das pessoas para uma inserção plena na sociedade e na economia. Os seus numerosos livros incluem "Desenvolvimento como Liberdade", "Racionalidade e Liberdade", "O Indiano Argumentativo e Identidade e Violência". Em 2010, a sua mais importante Obra, "A Ideia de Justiça", foi publicada em Portugal pela Edições Almedina.
Vencedor do Prémio Princesa das Astúrias para as Ciências Sociais em 2021.
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A Ideia de JustiçaVencedor do Prémio Nobel de EconomiaSERÁ A JUSTIÇA UM IDEAL, para sempre além do nosso alcance, ou algo que pode de facto guiar as nossas decisões práticas e melhorar as nossas vidas?Nesta obra de grande amplitude, Amartya Sen oferece uma visão alternativa às teorias de justiça dominantes que, apesar de muitas realizações concretas, levaram-nos, em geral, argumenta, no sentido errado.Uma das maiores diferenças entre Sen e os grandes teóricos contemporâneos que reflectem sobre a justiça é que estes se preocuparam essencialmente, por vezes totalmente, em identificar quais seriam os arranjos sociais perfeitamente justos, em vez de clarificarem a forma como diferentes realizações de justiça podem ser comparadas e avaliadas. Enquanto a maioria dos teóricos das principais correntes seguem uma das duas maiores tradições do pensamento Iluminista, nomeadamente a do hipotético "contrato social" perfilhada por Hobbes, Locke, Rousseau, Kant e, nos nossos dias, pelo filósofo político contemporâneo John Rawls, a análise de Sen avança de forma significativa para a outra tradição do Iluminismo que procura reduzir a injustiça, perfilhada de diferentes formas por Smith, Condorcet, Wollstonecraft, Bentham, Mill e Marx.Na base do argumento de Sen está a sua insistência no papel da razão pública que cria aquilo que pode tornar as sociedades menos injustas. Mas está na natureza do raciocínio sobre a justiça, argumenta Sen, não permitir que todas as questões sejam colocadas mesmo em teoria; há escolhas a ter em conta entre avaliações alternativas daquilo que é razoável, cada uma das várias posições, diferentes e concorrentes entre si, pode ser bem defendida. Longe de rejeitar tais pluralidades, ou tentar reduzi-las para lá dos limites da racionalidade, devemos usá-las de forma a construir uma teoria de justiça que possa absorver pontos de vista divergentes. Sen mostra também como as preocupações relativas aos princípios de justiça no mundo moderno devem evitar o paroquialismo e, mais, tratar das questões de injustiça global.Esta energia de visão, acuidade intelectual e natureza humana admirável de dos mais influentes intelectuais politólogos a nível mundial nunca apareceu tão bem revelada como neste livro notável.CREIO QUE A IDEIA DE JUSTIÇA de Amartya Sen é uma das contribuições mais importantes para o tema desde que apareceu a Teoria de Justiça de Rawls, em 1971. A abordagem desse livro foi tentar trabalhar uma base para um Estado-nação idealmente justo. Tendo perfeito conhecimento do caminho de ruptura trilhado por Rawls, Sen laureado com o prémio Nobel em Economia e teoria da escolha social, e um profundo filósofo social , com esta abordagem transcendental, chama a atenção para problemas sérios e argumenta que aquilo que precisamos com urgência, neste nosso mundo conturbado, não é de uma teoria de um Estado idealmente justo, mas de uma teoria que possa fornecer a base para juízos, como a justiça comparativa, juízos que nos digam quando e por que razão estamos a aproximar-nos ou a distanciarmo-nos da concretização da justiça num mundo globalizado.Sen traça com o seu conhecimento em todos os campos que menciono ideias básicas para a tal teoria.Além disso, discute, com iluminado pormenor (e histórica e trans-culturamente informado), questões fundamentais relacionadas com a democracia, os direitos humanos, o desenvolvimento económico e a natureza e os limites da democracia a objectividade ética. Esta é uma obra que merece o maior número de leitores possível.Hilary Putnam, Professor Emérito em Filosofia, dirige a Cátedra Cogan University, na Universidade de Harvard, e é ex-Presidente da Associação de Filosofia AmericanaNUMA PROSA LÚCIDA E DINÂMICA A Ideia de Justiça oferece-nos uma filosofia política mais dedicada à redução da injustiça na Terra do que à criação de castelos no ar idealmente justos. Amartya Sen aplica as suas formidáveis capacidades argumentativas e a sua erudição profunda e sem limites à tarefa de trazer a filosofia política num frente a frente com a aspiração humana e a privação humana no mundo real, para cuja melhoria ele tem devotado a sua vida intelectual.G. A. Cohen, dirige a Cátedra Chicele em Teoria Política e Social, e é Professor Emérito na Universidade de OxfordTENDO EM CONTA A SUA ENERGIA e profundidade intelectual, não surpreende que a análise de Sen do conceito de justiça seja de uma análise e síntese crítica da maior importância.Kenneth Arrow, Professor de Economia, dirige a Cátedra Joan Kenney e é Professor Emérito de Investigação em Operações na Universidade de StanfordPOUCOS PENSADORES CONTEMPORÂNEOS tiveram um impacto tão directo nos acontecimentos mundiais como Amartya Sen. Esta apresentação maravilhosamente lúcida da sua abordagem à justiça marcará um compasso inestimável para todos aqueles que lutam contra a injustiça por todo o mundo.Philppe Van Parijs, dirige a Cátedra Hoover de Ética Económica e Social, na Universidade de LovainNESTE INTRINCADO E INFINDAVELMENTE ESTIMULANTE LIVRO Sen demonstra toda a força do seu pensamento brilhante e juízo moral.Financial TimesPARA QUEM GOSTA DE DISCUSSÕES INTELIGENTES e longe dos lugares comuns.The Sunday TimesESTA ELOQUENTE E ESTIMULANTE NOVA OBRA DE SEN é de certa forma um comentário a Rawls, mas o seu grande refinamento dá-lhe maior aplicabilidade.NewyorkerUM LIVRO VERDADEIRAMENTE IMPORTANTEThe New RepublicSEN É UM DOS GRANDES PENSADORES DA NOSSA ERA The TimesRecortes de Imprensa: Jornal Notícias »» Um guia de conduta para o quotidiano - Elmano Madaíl Diário de Notícias »» Leitura importante nos tempos que correm - João Céu e Silva Jornal de Letras »» Um dos mais relevantes livros lançados em Portugal nos últimos tempos Correio da Manhã »» Fundamental para o debate sobre a justiça - Francisco José ViegasConsulte esta obra por dentroOpen publication - Free publishing - More almedina -
Sobre Ética e EconomiaEste pequeno livro é uma «arca do tesouro» para economistas, filósofos e cientistas políticos interessados nas relações entre a economia contemporânea e a filosofia moral. Redigido num estilo claro, conciso e estimulante, o livro do professor Amartya Sen fornece mais do que uma síntese lapidar da literatura relevante sobre ética e economia. De um modo substancialmente inovador, mostra os contributos que a economia do equilíbrio geral pode dar para o estudo da filosofia moral; os contributos que a filosofia moral e a economia do bem-estar podem dar para a economia contemporânea; e os danos que a utilização incorreta do princípio do comportamento por interesse pessoal causou na qualidade da análise económica.Sen demonstra que houve um grave afastamento entre a economia e a ética, que provocou uma das principais deficiências da teoria económica contemporânea. -
A Ideia de Justiça (Brochado)Vencedor do Prémio Nobel de Economia SERÁ A JUSTIÇA UM IDEAL, para sempre além do nosso alcance, ou algo que pode de facto guiar as nossas decisões práticas e melhorar as nossas vidas? Nesta obra de grande amplitude, Amartya Sen oferece uma visão alternativa às teorias de justiça dominantes que, apesar de muitas realizações concretas, levaram-nos, em geral, argumenta, no sentido errado. Uma das maiores diferenças entre Sen e os grandes teóricos contemporâneos que reflectem sobre a justiça é que estes se preocuparam essencialmente, por vezes totalmente, em identificar quais seriam os arranjos sociais perfeitamente justos, em vez de clarificarem a forma como diferentes realizações de justiça podem ser comparadas e avaliadas. Enquanto a maioria dos teóricos das principais correntes seguem uma das duas maiores tradições do pensamento Iluminista, nomeadamente a do hipotético "contrato social" perfilhada por Hobbes, Locke, Rousseau, Kant e, nos nossos dias, pelo filósofo político contemporâneo John Rawls, a análise de Sen avança de forma significativa para a outra tradição do Iluminismo que procura reduzir a injustiça, perfilhada de diferentes formas por Smith, Condorcet, Wollstonecraft, Bentham, Mill e Marx. Na base do argumento de Sen está a sua insistência no papel da razão pública que cria aquilo que pode tornar as sociedades menos injustas. Mas está na natureza do raciocínio sobre a justiça, argumenta Sen, não permitir que todas as questões sejam colocadas mesmo em teoria; há escolhas a ter em conta entre avaliações alternativas daquilo que é razoável, cada uma das várias posições, diferentes e concorrentes entre si, pode ser bem defendida. Longe de rejeitar tais pluralidades, ou tentar reduzi-las para lá dos limites da racionalidade, devemos usá-las de forma a construir uma teoria de justiça que possa absorver pontos de vista divergentes. Sen mostra também como as preocupações relativas aos princípios de justiça no mundo moderno devem evitar o paroquialismo e, mais, tratar das questões de injustiça global. Esta energia de visão, acuidade intelectual e natureza humana admirável de dos mais influentes intelectuais politólogos a nível mundial nunca apareceu tão bem revelada como neste livro notável. “CREIO QUE A IDEIA DE JUSTIÇA de Amartya Sen é uma das contribuições mais importantes para o tema desde que apareceu a Teoria de Justiça de Rawls, em 1971. A abordagem desse livro foi tentar trabalhar uma base para um Estado-nação idealmente justo. Tendo perfeito conhecimento do caminho de ruptura trilhado por Rawls, Sen – laureado com o prémio Nobel em Economia e teoria da escolha social, e um profundo filósofo social –, com esta abordagem ‘transcendental’, chama a atenção para problemas sérios e argumenta que aquilo que precisamos com urgência, neste nosso mundo conturbado, não é de uma teoria de um Estado idealmente justo, mas de uma teoria que possa fornecer a base para juízos, como a justiça comparativa, juízos que nos digam quando e por que razão estamos a aproximar-nos ou a distanciarmo-nos da concretização da justiça num mundo globalizado. Sen traça com o seu conhecimento em todos os campos que menciono ideias básicas para a tal teoria. Além disso, discute, com iluminado pormenor (e histórica e trans-culturamente informado), questões fundamentais relacionadas com a democracia, os direitos humanos, o desenvolvimento económico e a natureza e os limites da democracia – a objectividade ética. Esta é uma obra que merece o maior número de leitores possível.” Hilary Putnam, Professor Emérito em Filosofia, dirige a Cátedra Cogan University, na Universidade de Harvard, e é ex-Presidente da Associação de Filosofia Americana “NUMA PROSA LÚCIDA E DINÂMICA A Ideia de Justiça oferece-nos uma filosofia política mais dedicada à redução da injustiça na Terra do que à criação de castelos no ar idealmente justos. Amartya Sen aplica as suas formidáveis capacidades argumentativas e a sua erudição profunda e sem limites à tarefa de trazer a filosofia política num frente a frente com a aspiração humana e a privação humana no mundo real, para cuja melhoria ele tem devotado a sua vida intelectual.” G. A. Cohen, dirige a Cátedra Chicele em Teoria Política e Social, e é Professor Emérito na Universidade de Oxford “TENDO EM CONTA A SUA ENERGIA e profundidade intelectual, não surpreende que a análise de Sen do conceito de justiça seja de uma análise e síntese crítica da maior importância.” Kenneth Arrow, Professor de Economia, dirige a Cátedra Joan Kenney e é Professor Emérito de Investigação em Operações na Universidade de Stanford “POUCOS PENSADORES CONTEMPORÂNEOS tiveram um impacto tão directo nos acontecimentos mundiais como Amartya Sen. Esta apresentação maravilhosamente lúcida da sua abordagem à justiça marcará um compasso inestimável para todos aqueles que lutam contra a injustiça por todo o mundo.” Philppe Van Parijs, dirige a Cátedra Hoover de Ética Económica e Social, na Universidade de Lovain “NESTE INTRINCADO E INFINDAVELMENTE ESTIMULANTE LIVRO Sen demonstra toda a força do seu pensamento brilhante e juízo moral.” Financial Times “PARA QUEM GOSTA DE DISCUSSÕES INTELIGENTES e longe dos lugares comuns.” The Sunday Times “ESTA ELOQUENTE E ESTIMULANTE NOVA OBRA DE SEN é de certa forma um comentário a Rawls, mas o seu grande refinamento dá-lhe maior aplicabilidade.” Newyorker “UM LIVRO VERDADEIRAMENTE IMPORTANTE” The New Republic “SEN É UM DOS GRANDES PENSADORES DA NOSSA ERA“ The Times Recortes de Imprensa: • Jornal Notícias »» Um guia de conduta para o quotidiano - Elmano Madaíl • Diário de Notícias »» Leitura importante nos tempos que correm - João Céu e Silva • Jornal de Letras »» Um dos mais relevantes livros lançados em Portugal nos últimos tempos • Correio da Manhã »» Fundamental para o debate sobre a justiça - Francisco José Viegas Consulte esta obra por dentroOpen publication - Free publishing - More almedina -
Escolha Coletiva e Bem-Estar Social"Poderão os valores que os membros individuais da sociedade atribuem a diferentes alternativas ser agregados em valores para a sociedade como um todo, de uma maneira que seja justa e teoricamente sensata? Será o princípio da maioria uma regra praticável para se tomar decisões? Como é que a desigualdade de rendimentos deveria ser medida? Quando e como podemos comparar a distribuição do bem-estar nas diferentes sociedades?" Estas questões, retiradas da citação da Academia Sueca das Ciências, quando Amartya Sen recebeu o Prémio Nobel da Economia, referem-se ao seu trabalho sobre Collective Choice and Social Welfare, o mais importante de todos os seus primeiros livros. As ideias de Sen sobre escolha social, economia do bem-estar, desigualdade, pobreza e direitos humanos continuaram a evoluir desde que o livro foi publicado pela primeira vez. Esta edição expandida, que começa por reproduzir na íntegra a edição original de 1970, apresenta onze novos capítulos com novos argumentos e resultados. -
The Idea Of JusticeIs justice an ideal, forever beyond our grasp, or something that may actually guide our practical decisions and enhance our lives? This title presents an alternative approach to mainstream theories of justice which, despite their many specific achievements have taken us in the wrong direction in general. -
O Desenvolvimento como Liberdade"(...) Sen apresenta uma análise ímpar sobre a interactividade das esferas económica, social e política, na esteira dos seus trabalhos anteriores, a necessidade de enaltecimento das liberdades concretas das pessoas e do empenhamento social na sua promoção." Maria João Cabrita in, Expresso, 06 de Setembro de 2003 -
Pobreza e Fomes - Um Ensaio Sobre Direitos e PrivaçõesPrémio Nobel da Economia 1998 -
Identidade e Violência - A Ilusão do destinoAmartya Sen, Prémio Nobel da Economia, argumenta neste ensaio que o conflito e a violência são hoje sustentados pela ilusão de que os seres humanos se definem exclusivamente, ou sobretudo, a partir de uma única identidade. Como se o mundo fosse constituído por uma federação de religiões, ou de culturas, ou de civilizações, ignorando-se a relevância de aspectos como o género, a profissão, a língua, a ciência, a política... Em alternativa ao «choque das civilizações», o autor clarifica que não é forçoso aceitarmos as civilizações como critério primordial de classificação da humanidade, analisando temas tão diversos como o terrorismo, a globalização, o fundamentalismo, o multiculturalismo e o pós-colonialismo. Através da sua perspicaz investigação, Sen salienta a necessidade de uma compreensão clara da liberdade humana e da eficácia de uma voz pública construtiva na sociedade civil global. O mundo, como Sen demonstra, pode ser conduzido para a paz tão firmemente como, em tempos recentes, tem caído numa espiral de violência e guerra. No «Prefácio» pode ler-se: «É bem provável que as perspectivas de paz no mundo contemporâneo dependam do reconhecimento da pluralidade das nossas afiliações e do uso da reflexão, assumindo-nos enquanto vulgares habitantes de um vasto mundo e não como reclusos encarcerados em pequenos compartimentos.» -
Escolha Coletiva e Bem-Estar Social"Poderão os valores que os membros individuais da sociedade atribuem a diferentes alternativas ser agregados em valores para a sociedade como um todo, de uma maneira que seja justa e teoricamente sensata? Será o princípio da maioria uma regra praticável para se tomar decisões? Como é que a desigualdade de rendimentos deveria ser medida? Quando e como podemos comparar a distribuição do bem-estar nas diferentes sociedades?" Estas questões, retiradas da citação da Academia Sueca das Ciências, quando Amartya Sen recebeu o Prémio Nobel da Economia, referem-se ao seu trabalho sobre Collective Choice and Social Welfare, o mais importante de todos os seus primeiros livros. As ideias de Sen sobre escolha social, economia do bem-estar, desigualdade, pobreza e direitos humanos continuaram a evoluir desde que o livro foi publicado pela primeira vez. Esta edição expandida, que começa por reproduzir na íntegra a edição original de 1970, apresenta onze novos capítulos com novos argumentos e resultados. -
Em Casa no Mundo - MemóriasHome in the World mostra como a vida de Amartya Sen moldou as suas ideias sobre economia, filosofia, identidade, comunidade, fome, desigualdade de género, escolha social e intervenção na vida pública. Num livro onde o autor invoca alguns dos grandes pensadores do passado e da sua própria época (de Ashoka no século III aC e Akbar no século XVI, a David Hume, Adam Smith, Karl Marx, John Maynard Keynes, Maurice Dobb, Kenneth Arrow e Eric Hobsbawm) destaca-se a importância da formação e da amizade. Sen enfatiza a importância de alargarmos os nossos pontos de vista tanto quanto possível, e os valores da simpatia e compreensão humana, através do tempo e da distância, fazendo do mundo a nossa casa.
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As Lições dos MestresO encontro pessoal entre mestre e discípulo é o tema de George Steiner neste livro absolutamente fascinante, uma sólida reflexão sobre a interacção infinitamente complexa e subtil de poder, confiança e paixão que marca as formas mais profundas de pedagogia. Baseado em conferências que o autor proferiu na Universidade de Harvard, As Lições dos Mestres evoca um grande número de figuras exemplares, nomeadamente, Sócrates e Platão, Jesus e os seus discípulos, Virgílio e Dante, Heloísa e Abelardo, Tycho Brahe e Johann Kepler, o Baal Shem Tov, sábios confucionistas e budistas, Edmund Husserl e Martin Heidegger, Nadia Boulanger e Knute Rockne. Escrito com erudição e paixão, o presente livro é em si mesmo uma lição magistral sobre a elevada vocação e os sérios riscos que o verdadeiro professor e o verdadeiro aluno assumem e partilham. -
Novo Iluminismo RadicalNovo Iluminismo Radical propõe um olhar crítico e uma atitude combativa face à credulidade do nosso tempo. Perante os discursos catastrofistas e solucionistas que dominam as narrativas e uniformizam as linguagens, Marina Garcés interpela-nos: «E se nos atrevêssemos a pensar, novamente, na relação entre saber e emancipação?» Ao defender a capacidade de nos auto‑educarmos, relança a confiança na natureza humana para afirmar a sua liberdade e construir, em conjunto, um mundo mais habitável e mais justo. Uma aposta crítica na emancipação, que precisa de ser novamente explorada. -
Um Dedo Borrado de Tinta - Histórias de Quem Não Pôde Aprender a LerCasteleiro, no distrito da Guarda, é uma das freguesias nacionais com maior taxa de analfabetismo. Este livro retrata a vida e o quotidiano de habitantes desta aldeia que não tiveram oportunidade de aprender a ler e a escrever. É o caso de Horácio: sabe como se chama cada uma das letras do alfabeto, até é capaz de as escrever uma a uma, mas, na sua cabeça, elas estão como que desligadas; quando recebe uma carta tem de «ir à Beatriz», funcionária do posto dos correios e juntadora de letras. Na sua ronda, o carteiro Rui nunca se pode esquecer da almofada de tinta, para os que só conseguem «assinar» com o indicador direito. Em Portugal, onde, em 2021, persistiam 3,1% de analfabetos, estas histórias são quase arqueologia social, testemunhos de um mundo prestes a desaparecer. -
Sobre a Ganância, o Amor e Outros Materiais de ConstruçãoTextos de Francisco Keil do Amaral sobre o problema da habitação 1945-1973. Francisco Keil do Amaral (1910-1975), arquitecto português, com obra construída em Portugal e no estrangeiro, destacou-se com os grandes projectos para a cidade de Lisboa de parques e equipamentos públicos, dos quais se destacam o Parque de Monsanto e o Parque Eduardo VII. Foi também autor de diversos artigos que escreveu para a imprensa, obras de divulgação sobre a Arquitectura e o Urbanismo - "A arquitectura e a vida" (1942), "A moderna arquitectura holandesa" (1943) ou "Lisboa, uma cidade em transformação" (1969) - e livros de opinião e memórias - "Histórias à margem de um século de história" (1970) e "Quero entender o mundo" (1974). Apesar da obra pública projectada e construída durante o Estado Novo, Keil do Amaral foi um crítico do regime. Alguns dos textos mais críticos que escreveu e proferiu em público foram dedicados ao Problema da Habitação, título do opúsculo publicado em 1945 que reproduz o texto de uma palestra dada em 1943, e que surge novamente no título da comunicação que faz no 3º Congresso da Oposição Democrática em 1973. São dois dos textos reproduzidos nesta pequena publicação que reúne textos (e uma entrevista) de diferentes períodos da vida de Keil do Amaral. Apesar da distância que medeia os vários textos e aquela que os separa do presente, o problema da habitação de que fala Keil do Amaral parece ser constante, e visível não apenas em Lisboa, seu principal objecto de estudo, como noutras zonas do país e globalmente. -
Problemas de GéneroVinte e sete anos após a sua publicação original, Gender Trouble está finalmente disponível em Portugal. Trata-se de um dos textos mais importantes da teoria feminista, dos estudos de género e da teoria queer. Ao definir o conceito de género como performatividade – isto é, como algo que se constrói e que é, em última análise uma performance – Problemas de Género repensou conceitos do feminismo e lançou os alicerces para a teoria queer, revolucionando a linguagem dos activismos. -
Redes Sociais - Ilusão, Obsessão e ManipulaçãoAs redes sociais tornaram-se salas de convívio global. A amizade subjugou-se a relações algorítmicas e a vida em sociedade passou a ser mediada pela tecnologia. O corpo mercantilizou-se. O Instagram é uma montra de corpos perfeitos e esculpidos, sem espaço para rugas ou estrias. Os influencers tornaram-se arautos da propagação do consumo e da felicidade. Nas redes sociais, não há espaço para a tristeza. Os bancos do jardim, outrora espaços privilegiados para as relações amorosas, foram substituídos pelo Tinder. Os sites de encontros são o expoente de uma banalização e superficialidade de valores essenciais às relações humanas. As nudes são um sinal da promoção do corpo e da vulgarização do espaço privado. Este livro convida o leitor para uma viagem pelas transformações nas relações de sociabilidade provocadas pela penetração das redes sociais nas nossas vidas. O autor analisa e foca-se nos novos padrões de comportamento que daí emergem: a ilusão da felicidade, a obsessão por estar ligado e a ligeireza como somos manipulados pelos gigantes tecnológicos. Nas páginas do livro que tem nas mãos é-lhe apresentada uma visão crítica sobre a ilusão, obsessão e manipulação que ocorre no mundo das redes sociais. -
Manual de Investigação em Ciências SociaisApós quase trinta anos de sucesso, muitas traduções e centenas de milhares de utilizadores em todo o mundo, a presente edição foi profundamente reformulada e complementada para responder ainda melhor às necessidades dos estudantes e professores de hoje.• Como começar uma investigação em ciências sociais de forma eficiente e formular o seu projecto? • Como proceder durante o trabalho exploratório para se pôr no bom caminho?• Quais os princípios metodológicos essenciais que deve respeitar?• Que métodos de investigação escolher para recolher e analisar as informações úteis e como aplicá-las?• Como progredir passo a passo sem se perder pelo caminho?• Por fim, como concluir uma investigação e apresentar os contributos para o conhecimento que esta originou?Estas são perguntas feitas por todos os estudantes de ciências sociais, ciências políticas, comunicação e serviço social que se iniciam na metodologia da investigação e que nela têm de se lançar sozinhos.Esta edição ampliada responde ainda melhor às actuais necessidades académicas: • Os exemplos e as aplicações concretas incidem sobre questões relacionadas com os problemas da actualidade.• A recolha e a análise das informações abrangem tanto os métodos quantitativos como os métodos qualitativos.• São expostos procedimentos indutivos e dedutivos. -
Gramsci - A Cultura, os Subalternos e a EducaçãoGramsci, já universalmente considerado como um autor clássico, foi um homem e um pensador livre. Livre e lúcido, conduzido por uma racionalidade fria e implacável, por um rigor e uma disciplina intelectual verdadeiramente extraordinários. Toda a história da sua vida, a sua prisão nos cárceres fascistas, onde ficou por mais de dez anos, as terríveis provações físicas e morais que suportou até à morte, os confrontos duríssimos com os companheiros de partido, na Itália e na Rússia, o cruel afastamento da mulher e dos filhos, tudo isso é um testemunho da sua extraordinária personalidade e, ao mesmo tempo, da agitada e dramática página da história italiana, que vai do primeiro pós-guerra até à consolidação do fascismo de Mussolini. Gramsci foi libertado em 1937, após um calvário de prisões e graves doenças, que o levaram a morrer em Roma, no dia seguinte ao da sua libertação. Só anos mais tarde, no fim da segunda guerra e com o regresso da Itália à democracia, a sua obra começou a ser trabalhada e publicada.