Identidade e Violência - A Ilusão do destino
Amartya Sen, Prémio Nobel da Economia, argumenta neste ensaio que o conflito e a violência são hoje sustentados pela ilusão de que os seres humanos se definem exclusivamente, ou sobretudo, a partir de uma única identidade. Como se o mundo fosse constituído por uma federação de religiões, ou de culturas, ou de civilizações, ignorando-se a relevância de aspectos como o género, a profissão, a língua, a ciência, a política...
Em alternativa ao «choque das civilizações», o autor clarifica que não é forçoso aceitarmos as civilizações como critério primordial de classificação da humanidade, analisando temas tão diversos como o terrorismo, a globalização, o fundamentalismo, o multiculturalismo e o pós-colonialismo. Através da sua perspicaz investigação, Sen salienta a necessidade de uma compreensão clara da liberdade humana e da eficácia de uma voz pública construtiva na sociedade civil global. O mundo, como Sen demonstra, pode ser conduzido para a paz tão firmemente como, em tempos recentes, tem caído numa espiral de violência e guerra.
No «Prefácio» pode ler-se: «É bem provável que as perspectivas de paz no mundo contemporâneo dependam do reconhecimento da pluralidade das nossas afiliações e do uso da reflexão, assumindo-nos enquanto vulgares habitantes de um vasto mundo e não como reclusos encarcerados em pequenos compartimentos.»
| Editora | Tinta da China |
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| Editora | Tinta da China |
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| Autores | Amartya Sen |
Amartya Sen é Professor de Filosofia e Professor de Economia na Universidade de Harvard e dirige a Cátedra Lamon. Foi ainda Mestre da Universidade de Trinity College, Cambridge,no período 1998-2004. Economista de grande relevo, figura intelectual de vasta cultura, a quem foi concedido, em 1998 o Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel, Sen personifica uma intensa convivência com os grandes debates intelectuais das últimas décadas, designadamente quando estão em causa temas como os das escolhas colectivas, da justiça, dos valores, da pobreza, do desenvolvimento, da ética ou da capacitação das pessoas para uma inserção plena na sociedade e na economia. Os seus numerosos livros incluem "Desenvolvimento como Liberdade", "Racionalidade e Liberdade", "O Indiano Argumentativo e Identidade e Violência". Em 2010, a sua mais importante Obra, "A Ideia de Justiça", foi publicada em Portugal pela Edições Almedina.
Vencedor do Prémio Princesa das Astúrias para as Ciências Sociais em 2021.
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A Ideia de JustiçaVencedor do Prémio Nobel de EconomiaSERÁ A JUSTIÇA UM IDEAL, para sempre além do nosso alcance, ou algo que pode de facto guiar as nossas decisões práticas e melhorar as nossas vidas?Nesta obra de grande amplitude, Amartya Sen oferece uma visão alternativa às teorias de justiça dominantes que, apesar de muitas realizações concretas, levaram-nos, em geral, argumenta, no sentido errado.Uma das maiores diferenças entre Sen e os grandes teóricos contemporâneos que reflectem sobre a justiça é que estes se preocuparam essencialmente, por vezes totalmente, em identificar quais seriam os arranjos sociais perfeitamente justos, em vez de clarificarem a forma como diferentes realizações de justiça podem ser comparadas e avaliadas. Enquanto a maioria dos teóricos das principais correntes seguem uma das duas maiores tradições do pensamento Iluminista, nomeadamente a do hipotético "contrato social" perfilhada por Hobbes, Locke, Rousseau, Kant e, nos nossos dias, pelo filósofo político contemporâneo John Rawls, a análise de Sen avança de forma significativa para a outra tradição do Iluminismo que procura reduzir a injustiça, perfilhada de diferentes formas por Smith, Condorcet, Wollstonecraft, Bentham, Mill e Marx.Na base do argumento de Sen está a sua insistência no papel da razão pública que cria aquilo que pode tornar as sociedades menos injustas. Mas está na natureza do raciocínio sobre a justiça, argumenta Sen, não permitir que todas as questões sejam colocadas mesmo em teoria; há escolhas a ter em conta entre avaliações alternativas daquilo que é razoável, cada uma das várias posições, diferentes e concorrentes entre si, pode ser bem defendida. Longe de rejeitar tais pluralidades, ou tentar reduzi-las para lá dos limites da racionalidade, devemos usá-las de forma a construir uma teoria de justiça que possa absorver pontos de vista divergentes. Sen mostra também como as preocupações relativas aos princípios de justiça no mundo moderno devem evitar o paroquialismo e, mais, tratar das questões de injustiça global.Esta energia de visão, acuidade intelectual e natureza humana admirável de dos mais influentes intelectuais politólogos a nível mundial nunca apareceu tão bem revelada como neste livro notável.CREIO QUE A IDEIA DE JUSTIÇA de Amartya Sen é uma das contribuições mais importantes para o tema desde que apareceu a Teoria de Justiça de Rawls, em 1971. A abordagem desse livro foi tentar trabalhar uma base para um Estado-nação idealmente justo. Tendo perfeito conhecimento do caminho de ruptura trilhado por Rawls, Sen laureado com o prémio Nobel em Economia e teoria da escolha social, e um profundo filósofo social , com esta abordagem transcendental, chama a atenção para problemas sérios e argumenta que aquilo que precisamos com urgência, neste nosso mundo conturbado, não é de uma teoria de um Estado idealmente justo, mas de uma teoria que possa fornecer a base para juízos, como a justiça comparativa, juízos que nos digam quando e por que razão estamos a aproximar-nos ou a distanciarmo-nos da concretização da justiça num mundo globalizado.Sen traça com o seu conhecimento em todos os campos que menciono ideias básicas para a tal teoria.Além disso, discute, com iluminado pormenor (e histórica e trans-culturamente informado), questões fundamentais relacionadas com a democracia, os direitos humanos, o desenvolvimento económico e a natureza e os limites da democracia a objectividade ética. Esta é uma obra que merece o maior número de leitores possível.Hilary Putnam, Professor Emérito em Filosofia, dirige a Cátedra Cogan University, na Universidade de Harvard, e é ex-Presidente da Associação de Filosofia AmericanaNUMA PROSA LÚCIDA E DINÂMICA A Ideia de Justiça oferece-nos uma filosofia política mais dedicada à redução da injustiça na Terra do que à criação de castelos no ar idealmente justos. Amartya Sen aplica as suas formidáveis capacidades argumentativas e a sua erudição profunda e sem limites à tarefa de trazer a filosofia política num frente a frente com a aspiração humana e a privação humana no mundo real, para cuja melhoria ele tem devotado a sua vida intelectual.G. A. Cohen, dirige a Cátedra Chicele em Teoria Política e Social, e é Professor Emérito na Universidade de OxfordTENDO EM CONTA A SUA ENERGIA e profundidade intelectual, não surpreende que a análise de Sen do conceito de justiça seja de uma análise e síntese crítica da maior importância.Kenneth Arrow, Professor de Economia, dirige a Cátedra Joan Kenney e é Professor Emérito de Investigação em Operações na Universidade de StanfordPOUCOS PENSADORES CONTEMPORÂNEOS tiveram um impacto tão directo nos acontecimentos mundiais como Amartya Sen. Esta apresentação maravilhosamente lúcida da sua abordagem à justiça marcará um compasso inestimável para todos aqueles que lutam contra a injustiça por todo o mundo.Philppe Van Parijs, dirige a Cátedra Hoover de Ética Económica e Social, na Universidade de LovainNESTE INTRINCADO E INFINDAVELMENTE ESTIMULANTE LIVRO Sen demonstra toda a força do seu pensamento brilhante e juízo moral.Financial TimesPARA QUEM GOSTA DE DISCUSSÕES INTELIGENTES e longe dos lugares comuns.The Sunday TimesESTA ELOQUENTE E ESTIMULANTE NOVA OBRA DE SEN é de certa forma um comentário a Rawls, mas o seu grande refinamento dá-lhe maior aplicabilidade.NewyorkerUM LIVRO VERDADEIRAMENTE IMPORTANTEThe New RepublicSEN É UM DOS GRANDES PENSADORES DA NOSSA ERA The TimesRecortes de Imprensa: Jornal Notícias »» Um guia de conduta para o quotidiano - Elmano Madaíl Diário de Notícias »» Leitura importante nos tempos que correm - João Céu e Silva Jornal de Letras »» Um dos mais relevantes livros lançados em Portugal nos últimos tempos Correio da Manhã »» Fundamental para o debate sobre a justiça - Francisco José ViegasConsulte esta obra por dentroOpen publication - Free publishing - More almedina -
Sobre Ética e EconomiaEste pequeno livro é uma «arca do tesouro» para economistas, filósofos e cientistas políticos interessados nas relações entre a economia contemporânea e a filosofia moral. Redigido num estilo claro, conciso e estimulante, o livro do professor Amartya Sen fornece mais do que uma síntese lapidar da literatura relevante sobre ética e economia. De um modo substancialmente inovador, mostra os contributos que a economia do equilíbrio geral pode dar para o estudo da filosofia moral; os contributos que a filosofia moral e a economia do bem-estar podem dar para a economia contemporânea; e os danos que a utilização incorreta do princípio do comportamento por interesse pessoal causou na qualidade da análise económica.Sen demonstra que houve um grave afastamento entre a economia e a ética, que provocou uma das principais deficiências da teoria económica contemporânea. -
A Ideia de Justiça (Brochado)Vencedor do Prémio Nobel de Economia SERÁ A JUSTIÇA UM IDEAL, para sempre além do nosso alcance, ou algo que pode de facto guiar as nossas decisões práticas e melhorar as nossas vidas? Nesta obra de grande amplitude, Amartya Sen oferece uma visão alternativa às teorias de justiça dominantes que, apesar de muitas realizações concretas, levaram-nos, em geral, argumenta, no sentido errado. Uma das maiores diferenças entre Sen e os grandes teóricos contemporâneos que reflectem sobre a justiça é que estes se preocuparam essencialmente, por vezes totalmente, em identificar quais seriam os arranjos sociais perfeitamente justos, em vez de clarificarem a forma como diferentes realizações de justiça podem ser comparadas e avaliadas. Enquanto a maioria dos teóricos das principais correntes seguem uma das duas maiores tradições do pensamento Iluminista, nomeadamente a do hipotético "contrato social" perfilhada por Hobbes, Locke, Rousseau, Kant e, nos nossos dias, pelo filósofo político contemporâneo John Rawls, a análise de Sen avança de forma significativa para a outra tradição do Iluminismo que procura reduzir a injustiça, perfilhada de diferentes formas por Smith, Condorcet, Wollstonecraft, Bentham, Mill e Marx. Na base do argumento de Sen está a sua insistência no papel da razão pública que cria aquilo que pode tornar as sociedades menos injustas. Mas está na natureza do raciocínio sobre a justiça, argumenta Sen, não permitir que todas as questões sejam colocadas mesmo em teoria; há escolhas a ter em conta entre avaliações alternativas daquilo que é razoável, cada uma das várias posições, diferentes e concorrentes entre si, pode ser bem defendida. Longe de rejeitar tais pluralidades, ou tentar reduzi-las para lá dos limites da racionalidade, devemos usá-las de forma a construir uma teoria de justiça que possa absorver pontos de vista divergentes. Sen mostra também como as preocupações relativas aos princípios de justiça no mundo moderno devem evitar o paroquialismo e, mais, tratar das questões de injustiça global. Esta energia de visão, acuidade intelectual e natureza humana admirável de dos mais influentes intelectuais politólogos a nível mundial nunca apareceu tão bem revelada como neste livro notável. “CREIO QUE A IDEIA DE JUSTIÇA de Amartya Sen é uma das contribuições mais importantes para o tema desde que apareceu a Teoria de Justiça de Rawls, em 1971. A abordagem desse livro foi tentar trabalhar uma base para um Estado-nação idealmente justo. Tendo perfeito conhecimento do caminho de ruptura trilhado por Rawls, Sen – laureado com o prémio Nobel em Economia e teoria da escolha social, e um profundo filósofo social –, com esta abordagem ‘transcendental’, chama a atenção para problemas sérios e argumenta que aquilo que precisamos com urgência, neste nosso mundo conturbado, não é de uma teoria de um Estado idealmente justo, mas de uma teoria que possa fornecer a base para juízos, como a justiça comparativa, juízos que nos digam quando e por que razão estamos a aproximar-nos ou a distanciarmo-nos da concretização da justiça num mundo globalizado. Sen traça com o seu conhecimento em todos os campos que menciono ideias básicas para a tal teoria. Além disso, discute, com iluminado pormenor (e histórica e trans-culturamente informado), questões fundamentais relacionadas com a democracia, os direitos humanos, o desenvolvimento económico e a natureza e os limites da democracia – a objectividade ética. Esta é uma obra que merece o maior número de leitores possível.” Hilary Putnam, Professor Emérito em Filosofia, dirige a Cátedra Cogan University, na Universidade de Harvard, e é ex-Presidente da Associação de Filosofia Americana “NUMA PROSA LÚCIDA E DINÂMICA A Ideia de Justiça oferece-nos uma filosofia política mais dedicada à redução da injustiça na Terra do que à criação de castelos no ar idealmente justos. Amartya Sen aplica as suas formidáveis capacidades argumentativas e a sua erudição profunda e sem limites à tarefa de trazer a filosofia política num frente a frente com a aspiração humana e a privação humana no mundo real, para cuja melhoria ele tem devotado a sua vida intelectual.” G. A. Cohen, dirige a Cátedra Chicele em Teoria Política e Social, e é Professor Emérito na Universidade de Oxford “TENDO EM CONTA A SUA ENERGIA e profundidade intelectual, não surpreende que a análise de Sen do conceito de justiça seja de uma análise e síntese crítica da maior importância.” Kenneth Arrow, Professor de Economia, dirige a Cátedra Joan Kenney e é Professor Emérito de Investigação em Operações na Universidade de Stanford “POUCOS PENSADORES CONTEMPORÂNEOS tiveram um impacto tão directo nos acontecimentos mundiais como Amartya Sen. Esta apresentação maravilhosamente lúcida da sua abordagem à justiça marcará um compasso inestimável para todos aqueles que lutam contra a injustiça por todo o mundo.” Philppe Van Parijs, dirige a Cátedra Hoover de Ética Económica e Social, na Universidade de Lovain “NESTE INTRINCADO E INFINDAVELMENTE ESTIMULANTE LIVRO Sen demonstra toda a força do seu pensamento brilhante e juízo moral.” Financial Times “PARA QUEM GOSTA DE DISCUSSÕES INTELIGENTES e longe dos lugares comuns.” The Sunday Times “ESTA ELOQUENTE E ESTIMULANTE NOVA OBRA DE SEN é de certa forma um comentário a Rawls, mas o seu grande refinamento dá-lhe maior aplicabilidade.” Newyorker “UM LIVRO VERDADEIRAMENTE IMPORTANTE” The New Republic “SEN É UM DOS GRANDES PENSADORES DA NOSSA ERA“ The Times Recortes de Imprensa: • Jornal Notícias »» Um guia de conduta para o quotidiano - Elmano Madaíl • Diário de Notícias »» Leitura importante nos tempos que correm - João Céu e Silva • Jornal de Letras »» Um dos mais relevantes livros lançados em Portugal nos últimos tempos • Correio da Manhã »» Fundamental para o debate sobre a justiça - Francisco José Viegas Consulte esta obra por dentroOpen publication - Free publishing - More almedina -
Escolha Coletiva e Bem-Estar Social"Poderão os valores que os membros individuais da sociedade atribuem a diferentes alternativas ser agregados em valores para a sociedade como um todo, de uma maneira que seja justa e teoricamente sensata? Será o princípio da maioria uma regra praticável para se tomar decisões? Como é que a desigualdade de rendimentos deveria ser medida? Quando e como podemos comparar a distribuição do bem-estar nas diferentes sociedades?" Estas questões, retiradas da citação da Academia Sueca das Ciências, quando Amartya Sen recebeu o Prémio Nobel da Economia, referem-se ao seu trabalho sobre Collective Choice and Social Welfare, o mais importante de todos os seus primeiros livros. As ideias de Sen sobre escolha social, economia do bem-estar, desigualdade, pobreza e direitos humanos continuaram a evoluir desde que o livro foi publicado pela primeira vez. Esta edição expandida, que começa por reproduzir na íntegra a edição original de 1970, apresenta onze novos capítulos com novos argumentos e resultados. -
The Idea Of JusticeIs justice an ideal, forever beyond our grasp, or something that may actually guide our practical decisions and enhance our lives? This title presents an alternative approach to mainstream theories of justice which, despite their many specific achievements have taken us in the wrong direction in general. -
O Desenvolvimento como Liberdade"(...) Sen apresenta uma análise ímpar sobre a interactividade das esferas económica, social e política, na esteira dos seus trabalhos anteriores, a necessidade de enaltecimento das liberdades concretas das pessoas e do empenhamento social na sua promoção." Maria João Cabrita in, Expresso, 06 de Setembro de 2003 -
Pobreza e Fomes - Um Ensaio Sobre Direitos e PrivaçõesPrémio Nobel da Economia 1998 -
Mérito e JustiçaA ideia de meritocracia pode ter várias virtudes, mas a clareza não é uma delas. A falta de clareza pode estar relacionada com o facto, como Sen demonstra, de que o conceito de “mérito” é profundamente contingente na nossa visão de uma boa sociedade. De facto, a noção de mérito é fundamentalmente derivativa e, portanto, não pode ser senão qualificada e contingente. Existe uma tensão clara entre (1) a inclinação para ver o mérito em termos fixos e absolutos e (2) o carácter fundamentalmente instrumental do mérito – a sua dependência no conceito de “bom” na sociedade pertinente. Este contraste básico é intensificado pela tendência, na prática, para caracterizar o “mérito” em formas inflexíveis que reflectem os valores e as prioridades do passado, muitas vezes em acentuado conflito com concepções que seriam necessárias para ver o mérito no contexto dos objectivos e preocupações contemporâneos. -
Escolha Coletiva e Bem-Estar Social"Poderão os valores que os membros individuais da sociedade atribuem a diferentes alternativas ser agregados em valores para a sociedade como um todo, de uma maneira que seja justa e teoricamente sensata? Será o princípio da maioria uma regra praticável para se tomar decisões? Como é que a desigualdade de rendimentos deveria ser medida? Quando e como podemos comparar a distribuição do bem-estar nas diferentes sociedades?" Estas questões, retiradas da citação da Academia Sueca das Ciências, quando Amartya Sen recebeu o Prémio Nobel da Economia, referem-se ao seu trabalho sobre Collective Choice and Social Welfare, o mais importante de todos os seus primeiros livros. As ideias de Sen sobre escolha social, economia do bem-estar, desigualdade, pobreza e direitos humanos continuaram a evoluir desde que o livro foi publicado pela primeira vez. Esta edição expandida, que começa por reproduzir na íntegra a edição original de 1970, apresenta onze novos capítulos com novos argumentos e resultados. -
Em Casa no Mundo - MemóriasHome in the World mostra como a vida de Amartya Sen moldou as suas ideias sobre economia, filosofia, identidade, comunidade, fome, desigualdade de género, escolha social e intervenção na vida pública. Num livro onde o autor invoca alguns dos grandes pensadores do passado e da sua própria época (de Ashoka no século III aC e Akbar no século XVI, a David Hume, Adam Smith, Karl Marx, John Maynard Keynes, Maurice Dobb, Kenneth Arrow e Eric Hobsbawm) destaca-se a importância da formação e da amizade. Sen enfatiza a importância de alargarmos os nossos pontos de vista tanto quanto possível, e os valores da simpatia e compreensão humana, através do tempo e da distância, fazendo do mundo a nossa casa.
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A Esquerda não é WokeSe somos de esquerda, somos woke. Se somos woke, somos de esquerda.Não, não é assim. E este erro é extremamente perigoso.Na sua génese e nas suas pedras basilares, o wokismo entra em conflito com as ideias que guiam a esquerda há mais de duzentos anos: um compromisso com o universalismo, uma distinção objetiva entre justiça e poder, e a crença na possibilidade de progresso. Sem estas ideias, afirma a filósofa Susan Neiman, os wokistas continuarão a minar o caminho até aos seus objetivos e derivarão, sem intenção mas inexoravelmente, rumo à direita. Em suma: o wokismo arrisca tornar-se aquilo que despreza.Neste livro, a autora, um dos nomes mais importantes da filosofia, demonstra que a sua tese tem origem na influência negativa de dois titãs do pensamento do século XXI, Michel Foucault e Carl Schmitt, cuja obra menosprezava as ideias de justiça e progresso e retratava a vida em sociedade como uma constante e eterna luta de «nós contra eles». Agora, há uma geração que foi educada com essa noção, que cresceu rodeada por uma cultura bem mais vasta, modelada pelas ideias implacáveis do neoliberalismo e da psicologia evolutiva, e quer mudar o mundo. Bem, talvez seja tempo de esta geração parar para pensar outra vez. -
Não foi por Falta de Aviso | Ainda o Apanhamos!DOIS LIVROS DE RUI TAVARES NUM SÓ: De um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo Do outro, aquelas que nos apontam o caminho para um Portugal melhor Não foi por Falta de Aviso. Na última década e meia, enquanto o mundo lutava com as sequelas de uma crise financeira e enfrentava uma pandemia, crescia uma ameaça maior à nossa forma democrática de vida. O regresso do autoritarismo estava à vista de todos. Mas poucos o quiseram ver, e menos ainda nomear desde tão cedo. Não Foi por Falta de Aviso é um desses raros relatos. Porque o resto da história ainda pode ser diferente. Ainda o Apanhamos! Nos 50 anos do 25 Abril, que inaugurou o nosso regime mais livre e generoso, é tempo de revisitar uma tensão fundamental ao ser português: a tensão entre pequenez e grandeza, entre velho e novo. Esta ideia de que estamos quase sempre a chegar lá, ou prontos a desistir a meio do caminho. Para desatar o nó, não basta o «dizer umas coisas» dos populistas e não chegam as folhas de cálculo dos tecnocratas. É preciso descrever a visão de um Portugal melhor e partilhar um caminho para lá chegar. SINOPSE CURTA Um livro de Rui Tavares que se divide em dois: de um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo; do outro, as crónicas que apontam o caminho para um Portugal melhor. -
O Fim da Paz PerpétuaO mundo é um lugar cada vez mais perigoso e precisamos de entender porquêCom o segundo aniversário da invasão da Ucrânia, que se assinala a 24 de Fevereiro, e uma outra tragédia bélica em curso no Médio Oriente, nunca neste século o mundo esteve numa situação tão perigosa. A predisposição bélica e as tensões político-militares regressaram em força. A ideia de um futuro pacífico e de cooperação entre Estados, sonhada por Kant, está a desmoronar-se.Este livro reflecte sobre o recrudescimento de rivalidades e conflitos a nível internacional e sobre as grandes incógnitas geopolíticas com que estamos confrontados. Uma das maiores ironias dos tempos conturbados que atravessamos é de índole geográfica. Immanuel Kant viveu em Königsberg, capital da Prússia Oriental, onde escreveu o panfleto Para a Paz Perpétua. Königsberg é hoje Kaliningrado, território russo situado entre a Polónia e a Lituânia, bem perto da guerra em curso no leste europeu. Aí, Putin descerrou em 2005 uma placa em honra de Kant, afirmando a sua admiração pelo filósofo que, segundo ele, «se opôs categoricamente à resolução de divergências entre governos pela guerra».O presidente russo está hoje bem menos kantiano - e o mundo também. -
Manual de Filosofia PolíticaEste Manual de Filosofia Política aborda, em capítulos autónomos, muitas das grandes questões políticas do nosso tempo, como a pobreza global, as migrações internacionais, a crise da democracia, a crise ambiental e a política de ambiente, a nossa relação com os animais não humanos, a construção europeia, a multiculturalidade e o multiculturalismo, a guerra e o terrorismo. Mas fá-lo de uma forma empiricamente informada e, sobretudo, filosoficamente alicerçada, começando por explicar cada um dos grandes paradigmas teóricos a partir dos quais estas questões podem ser perspectivadas, como o utilitarismo, o igualitarismo liberal, o libertarismo, o comunitarismo, o republicanismo, a democracia deliberativa, o marxismo e o realismo político. Por isso, esta é uma obra fundamental para professores, investigadores e estudantes, mas também para todos os que se interessam por reflectir sobre as sociedades em que vivemos e as políticas que queremos favorecer. -
O Labirinto dos PerdidosMaalouf regressa com um ensaio geopolítico bastante aguardado. O autor, que tem sido um guia para quem procura compreender os desafios significativos do mundo moderno, oferece, nesta obra substantiva e profunda, os resultados de anos de pesquisa. Uma reflexão salutar em tempos de turbulência global, de um dos nossos maiores pensadores. De leitura obrigatória.Uma guerra devastadora eclodiu no coração da Europa, reavivando dolorosos traumas históricos. Desenrola-se um confronto global, colocando o Ocidente contra a China e a Rússia. É claro para todos que está em curso uma grande transformação, visível já no nosso modo de vida, e que desafia os alicerces da civilização. Embora todos reconheçam a realidade, ainda ninguém examinou a crise atual com a profundidade que ela merece.Como aconteceu? Neste livro, Amin Maalouf aborda as origens deste novo conflito entre o Ocidente e os seus adversários, traçando a história de quatro nações preeminentes. -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
Introdução ao ConservadorismoUMA VIAGEM À DOUTRINA POLÍTICA CONSERVADORA – SUA ESSÊNCIA, EVOLUÇÃO E ACTUALIDADE «Existiu sempre, e continua a existir, uma carência de elaboração e destilação de princípios conservadores por entre a miríade de visões e experiências conservadoras. Isso não seria particularmente danoso por si mesmo se o conservadorismo não se tivesse tornado uma alternativa a outras ideologias políticas, com as quais muitas pessoas, alguns milhões de pessoas por todo o mundo, se identificam e estão dispostas a dar o seu apoio cívico explícito. Assim sendo, dizer o que essa alternativa significa em termos políticos passa a ser uma tarefa da maior importância.» «O QUE É O CONSERVADORISMO?Uma pergunta tão directa devia ter uma resposta igualmente directa. Existe essa resposta? Perguntar o que é o conservadorismo parece supor que o conservadorismo tem uma essência, parece supor que é uma essência, e, por conseguinte, que é subsumível numa definição bem delimitada, a que podemos acrescentar algumas propriedades acidentais ou contingentes.»