Marta de Jesus (A Verdadeira)
Marta de Jesus (A Verdadeira) é um romance que se constitui sobre a narrativa bíblica do Novo Testamento. A epígrafe extraída do evangelho de Lucas assinala o comportamento e o perfil antitéticos das irmãs de Lázaro, Maria e Marta. Transpondo para o universo desta Marta o núcleo duro de seguidores do Emanuel bíblico (a mãe Maria Nazaré, Maria Madalena, o grupo dos discípulos), recontextualizando-os temporalmente a partir de meados do século XX (mas prolongando-os até à década de 90) e situando-os no espaço mais ocidental da Europa, a ilha das Flores, Álamo Oliveira constrói um romance cuja leitura obriga a um vaivém recorrente entre o explícito, contemporâneo, do primeiro plano e o implícito, remoto, do segundo plano (isto é, o subtexto evangélico), desafiando o leitor e jogando com as expectativas decorrentes do seu maior ou menor conhecimento bíblico.
O leitor terá, pois, ocasião de atestar a convocação de episódios bíblicos no interior deste romance, de verificar em que medida ela se realiza enquanto repetição e diferença (como é próprio de procedimentos narrativos e textuais do género) e como essas diferenças podem constituir, finalmente, um factor de frustração das expectativas do mesmo leitor. Na realidade, transpondo para a segunda metade do século XX açoriano e português alguns episódios bíblicos, entre eles o projecto messiânico de salvação política do país, o autor condena-os desde logo ao fracasso: porque esta não é uma narrativa tocada pela visão e pela perspectiva do milagre e porque a verdade histórica se opõe a uma libertação situada nesse período de tempo.
| Editora | Companhia das Ilhas |
|---|---|
| Coleção | Obras de Álamo Oliveira |
| Categorias | |
| Editora | Companhia das Ilhas |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Álamo Oliveira |
Álamo Oliveira nasceu na Freguesia do Raminho (Terceira, Açores), em Maio de 1945.
Fez o Curso de Filosofia no Seminário de Angra e o serviço militar na Guiné-Bissau (1967-69). Foi catalogador na Biblioteca Pública e Arquivo de Angra (1970-71). Funcionário Administrativo no Departamento Regional de Estudos e Planeamento. Em 1982, foi transferido para a Direcção Regional da Cultura e, após a aposentação, foi convidado a colaborar, até 2010, na Direcção Regional das Comunidades.
É sócio-fundador do Alpendre-Grupo de Teatro (1976), onde foi director artístico e encenador.
Tem cerca de 40 livros com poesia, romance, conto, teatro e ensaio. Está representado em mais de uma dezena de antologias de poesia e de ficção narrativa.
O seu romance Até Hoje. Memórias de Cão, em 3.ª edição, recebeu, em 1985, o prémio Maré Viva, da Câmara Municipal do Seixal. Em 1999, recebeu o prémio Almeida Garrett/Teatro, com a peça A Solidão da Casa do Regalo.
Tem poesia e prosa traduzidas para inglês, francês, espanhol, italiano, esloveno e croata. O seu romance Já Não Gosto de Chocolates está traduzido e publicado em inglês e em japonês.
Em Abril de 2002, o Portuguese Studies Program, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, convidou-o, na qualidade de «escritor do semestre», para leccionar a sua própria obra aos estudantes de Língua Portuguesa, sendo o primeiro português a receber tal distinção.
Com algumas incursões na área das artes plásticas (exposições individuais e colectivas em Angra, Ponta Delgada, Lisboa, Porto e Guiné-Bissau, nas décadas de 60 a 80), criou mais de uma centena de capas para livros.
Em 2010, foram-lhe conferidas as seguintes distinções: Insígnia Autonómica de Reconhecimento do Governo Regional dos Açores e Grau de Comendador da Ordem de Mérito da Presidência da República.
A Companhia das Ilhas iniciou em 2017 a publicação da sua Obra completa (ficção, teatro, poesia e ensaio
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Contos Contados«Alguns destes Contos (ou todos mesmo) são de antologia na nossa Literatura. Nossa porque escrita aqui, Nossa porque, se muito longe daqui, o açoriano que a escrevesse e sentisse por dentro as ilhas – embora à distância – assim a escreveria. E poderemos dizer, com orgulho, nossa Literatura, se for produzida em qualidade.»João Dias Afonso«Álamo de há muito que diz não às interdições, à moral, à hipocrisia. O escritor resiste, ainda e sempre, às censuras da sociedade. Porque sabe que é preciso que aconteça qualquer coisa de extraordinário numa vida (e numa ilha) onde, em geral, não acontece nada, ele sabe que é preciso substituir ao chato quotidiano um mundo no qual reinem a ousadia do amor, o arrojo da aventura, a liberdade total do sonho.»Victor Rui Dores" -
Poemas VadiosQuase a completar 75 anos de idade, um dos maiores escritores açorianos dá-nos mais uma prova da sua criatividade em novo livro de poemas, “vadios”: «sentado à porta da morte um dia / — quem sabe? — ainda vai tomar juízo.» -
Palco de Textos IPalco de Textos (I) reúne três peças teatrais de Álamo Oliveira: A Solidão da Casa do Regalo; Almeida Garrett – Ninguém; Quatro Prisões Debaixo de Armas.Em A Solidão da Casa do Regalo, a acção decorre no Monte Brasil (Angra do Heroísmo). Voltada para a baía, a casa é um regalo para os olhos. Menos para D. Afonso – o VI –, exilado e espoliado da esposa e do reino. Partilha os dias e as noites com a solidão e com o seu pajem. Coxo, doente, envelhecido, D. Afonso é a máscara de todas as desolações. Álamo Oliveira constrói um teatro dentro do teatro, com uma singular relação entre o rei e o seu pajem…No II Centenário do nascimento de Almeida Garrett, o grupo de teatro Alpendre propôs a produção de um texto que fosse, dentro do possível, uma síntese bio-bibliográfica do autor de Frei Luís de Sousa. Essa proposta deu origem a este Almeida Garrett – Ninguém.Quatro Prisões Debaixo de Armas é a adaptação do célebre conto de Vitorino Nemésio, com o mesmo nome, tendo como figura central o truculento Matesinho. -
Contos D` AméricaContos d’América são uma espécie de vida americana sem sotaque. Isto é: quem não é de lá sonha em fazer casa sua por aquelas bandas e vai-se deixando amarrar por pessoas, propriedades, objectos. Nem sempre se tem o que é preciso porque se dá lugar ao impreciso. Tudo se transforma, embora, muitas vezes, se tenha perdido quase tudo. As figuras destes contos escondem-se atrás do seu próprio carácter. Nem sempre é possível não falar de pobreza (social, económica e cultural), mesmo vivendo na América. De qualquer forma, são contos, meu senhor! Não são rosas! -
Telas & CoresA mostra que aqui se deixa vai de António Dacosta a Rui Melo, passando por outros nomes açorianos ou não, todos eles diferentes na sua relação com as telas e as cores e todos desenvolvendo um discurso plástico que fascina e conduz ao entendimento do Belo com a simplicidade das leituras simples. Na verdade, é o uso diferenciado de uma gramática policromática, que se distinguirá Rui Melo, em contenção continuada das cores, de Manuel Policarpo (Vasco Pereira da Costa), este pela sua exuberante expressão formal. Como também difere o quase hiper-realismo de Deodato Sousa do incansável domador da matéria (suportes de madeira, tela, pele, etc., aos conseguimentos magmáticos de inspiração vulcânica) José Nuno da Câmara Pereira. -
O Sábio da MiragaiaQuando chegares à minha idade, vais sentir qualquer coisa semelhante ao que estou a sentir agora. Se apenas te pareço uma pessoa com muitos anos e com uma casca ainda aceitável, devo dizer-te que, nesta altura da vida, o que parece não é. Ou é?! Como vês já não tenho tantas certezas como as que dou a entender que tenho. Devia ficar por aqui, mas quero aproveitar a tua atenção para dar à língua e dizer-te algumas coisas que, por enquanto, não sabes. A não ser que sejas mais um sábio da Miragaia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Homessa! (...) e perguntas-me quem é o Sábio da Miragaia? Lê o livro até ao fim!O Sábio da Miragaia é o mais recente romance de Álamo Oliveira. É o 12.º volume da sua Obra Completa (ficção, teatro, poesia e ensaio), cuja publicação a Companhia das Ilhas iniciou em 2017. -
Caderno das LetrasQuando a sorte bafeja atrevimentos e os joeira sobre grupos de pessoas que se entregam a movimentos de partilha e de diálogo sobre determinados assuntos, sinto-me favorecido pelas oportunidades surgidas e proveitosamente vividas. Os textos aqui reunidos, todos eles versando as áreas da cultura e das letras, resultaram das tais oportunidades de convivialidade e de partilha de saberes que me foram dando ao longo dos anos. Tive ainda a possibilidade de poder falar para públicos diversos e de tratar temas como literatura açoriana, vida sócio-cultural local e, em sentido mais restrito, as artes plásticas. Foram muitos os espaços de apresentação: Açores, Madeira, Lisboa, Porto, Coimbra, Évora, Bruxelas, mais os principais países da nossa diáspora (Brasil, América, Canadá e Bermuda).Álamo Oliveira -
Palco de Textos (II)Integrado na edição das Obras Completas de Álamo Oliveira, este segundo volume de textos para o palco inclui as peças Manuel, Seis Vezes Pensei em Ti, Missa Terra Lavrada, O Quadrado, Morte ou Vida do Poeta e 1 Quixote. Esta última, foi recebida assim pelo jornalista João Dias Afonso, aquando da realização do espectáculo com esse texto: “Talvez valha a pena transmitir antes de mais nada a quem assistiu ao espectáculo que 1 Quixote foi obtido colectivamente, isto é: estudou-se em conjunto (e desde o início) uma ideia tão informe quanto difusa na sua antevisão. Indo e prosseguindo, chegou-se ao ponto do que ESpetrus apresentou em nível de sucesso; e de sucesso capaz de satisfazera a várias e por vezes urgentes questões e de a todos habilitar com respostas senão afinadamente certas em extensão pelo menos capazes de uma boa aceitação repassada de louvor, sublinhada de admiração e provocando a entrega justificada de aplausos, por razões acumuladas, a quem os grangeava.” -
Palco de Textos (III)Integrado na edição das Obras Completas de Álamo Oliveira, este terceiro volume de textos para o palco inclui as peças Os Sonhos do Infante; Sabeis quem É este João?; Uma Hortênsia para Brianda; Bocas de Mulheres e Enquanto a Roupa Seca. Sobre a peça Os Sonhos do Infante, escreveu o poeta Emanuel Félix: «Por tudo isto e, certamente, por tantas outras coisas que ficam por dizer (e a cada um pertence aprender a seu modo), esta peça concebida e encenada por Álamo Oliveira constitui, a meu ver, o seu melhor texto dramático. Não obstante outros igualmente importantes da sua autoria, este terá ficado, particularmente, a ganhar. Não só pelo aliciante desafio da sua proposição, mas por haver sido escrito por um dramaturgo que é, acima de tudo, um altíssimo Poeta. Porque é verdade que nesta peça demandamos o Infante que nos falta. Predestinado com o dom da inquietude. Com o dom de descobrir as terras descobertas. E porque é, sem dúvida, de esperança que se faz a Poesia.» -
Versos de Todas as Luas - Poesia reunida 1967-2020POESIA REUNIDA DE ÁLAMO OLIVEIRA (1967-2020) «Na poesia, no teatro, na ficção narrativa e até mesmo no ensaio, o nosso poeta apresenta-nos um mundo onde a Humanidade poderá revestir-se de dignidade e justiça. Cada texto é composto por um lirismo que eleva o espírito humano. Em cada um dos seus textos existe um grito profundo que penetra os labirintos mais recônditos da nossa existência. Entre a miríade de temas que o autor tem explorado, a emigração e as marcas profundas na sociedade e na idiossincrasia açorianas têm tido relevo especial. É que Álamo Oliveira continua a ser um escritor do seu povo e do seu lugar e, por isso, um escritor de todos os povos e de todos os lugares.» Diniz Borges
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Vemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
Deus na EscuridãoEste livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. -
O ColecionadorNo mais recente e trepidante thriller de Daniel Silva, autor n.º 1 da lista dos mais vendidos do The New York Times, Gabriel Allon embarca na busca de um quadro roubado de Vermeer e descobre uma conspiração que poderia levar o mundo à beira do Armagedão nuclear.Na manhã seguinte à gala anual da Venice Preservation Society, Gabriel Allon, restaurador de quadros e espião lendário, entra no seu bar preferido da ilha de Murano e aí encontra o general Cesare Ferrari, comandante da Brigada de Arte, que aguarda, ansioso, a sua chegada. Os carabinieri tinham feito uma descoberta assombrosa na villa amalfitana de um magnata sul-africano morto em circunstâncias suspeitas: uma câmara acouraçada secreta que continha uma moldura e um esticador vazios cujas dimensões coincidiam com as do quadro desaparecido mais valioso do mundo. O general Ferrari pede a Gabriel para encontrar discretamente a obra-prima antes que o seu rasto se volte a perder. - Esse não é o vosso trabalho?- Encontrar quadros roubados? Teoricamente, sim. Mas o Gabriel é muito melhor a fazê-lo do que nós.O quadro em questão é O concerto de Johannes Vermeer, uma das treze obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner de Boston, em 1990. Com a ajuda de uma aliada inesperada, uma bela hacker e ladra profissional dinamarquesa, Gabriel não demora a descobrir que o roubo do quadro faz parte de uma tramoia ilegal de milhares de milhões de dólares na qual está implicado um indivíduo cujo nome de código é «o colecionador», um executivo da indústria energética estreitamente vinculado às altas esferas do poder na Rússia. O quadro desaparecido é o eixo de um complô que, caso seja bem-sucedido, poderia submeter o mundo a um conflito de proporções apocalípticas. Para o desmantelar, Gabriel terá de perpetrar um golpe de extrema audácia enquanto milhões de vidas estão presas por um fio. -
O EscritórioDawn Schiff é uma mulher estranha. Pelo menos, é o que toda a gente pensa na Vixed, a empresa de suplementos nutricionais onde trabalha como contabilista. Dawn nunca diz a coisa certa. Não tem amigos. E senta-se todos os dias à secretária, para trabalhar, precisamente às 8h45 da manhã.Talvez seja por isso que, certa manhã, quando Dawn não aparece para trabalhar, a sua colega Natalie Farrell – bonita, popular e a melhor vendedora da empresa há cinco anos consecutivos – se surpreenda. E mais ainda quando o telefone de Dawn toca e alguém do outro lado da linha diz apenas «Socorro».Aquele telefonema alterou tudo… afinal, nada liga tanto duas pessoas como partilhar um segredo. E agora Natalie está irrevogavelmente ligada a Dawn e vê-se envolvida num jogo do gato e do rato. Parece que Dawn não era simplesmente uma pessoa estranha, antissocial e desajeitada, mas estava a ser perseguida por alguém próximo.À medida que o mistério se adensa, Natalie não consegue deixar de se questionar: afinal, quem é a verdadeira vítima? Mas uma coisa é clara: alguém odiava Dawn Schiff. O suficiente para a matar.«NÃO COMECE UM LIVRO DE FREIDA McFADDEN A ALTAS HORAS DA NOITE.NÃO O VAI CONSEGUIR LARGAR!» AMAZON«O ESCRITÓRIO É UM THRILLER TENSO E VICIANTE DA AUTORA MAIS ADORADA DO MOMENTO.» GOODREADS -
Os Meus Dias na Livraria MorisakiEsta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão. -
ManiacMANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI. MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência -
Uma Noite na Livraria Morisaki - Os meus Dias na Livraria Morisaki 2Sim, devemos regressar onde fomos felizes. E à livraria Morisaki, lugar de histórias únicas, voltamos com Takako, para descobrir um dos romances japoneses mais mágicos do ano.Estamos novamente em Tóquio, mais concretamente em Jimbocho, o bairro das livrarias, onde os leitores encontram o paraíso. Entre elas está a livraria Morisaki, um negócio familiar cuja especialidade é literatura japonesa contemporânea, há anos gerida por Satoru, e mais recentemente com a ajuda da mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai tomar conta da livraria quando os tios seguem numa viagem romântica oferecida pela jovem, por ocasião do aniversário de casamento.Como já tinha acontecido, Takako instala-se no primeiro andar da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico, onde os clientes são especiais e as pilhas de livros formam uma espécie de barreira contra as coisas menos boas do mundo. Takako está entusiasmada, como há muito não se sentia, mas… porque está o tio, Satoru, a agir de forma tão estranha? E quem é aquela mulher que continua a ver, repetidamente, no café ao lado da livraria?Regressemos à livraria Morisaki, onde a beleza, a simplicidade e as surpresas estão longe, bem longe de acabar. -
Uma Brancura LuminosaUm homem conduz sem destino. Ao acaso, vira à direita e à esquerda até que chega ao final da estrada na orla da floresta e o seu carro fica atolado. Pouco depois começa a escurecer e a nevar. O homem sai do carro e, em vez de ir à procura de alguém que o ajude, aventura-se insensatamente na floresta escura, debaixo de um céu negro e sem estrelas. Perde-se, quase morre de frio e de cansaço, envolto numa impenetrável escuridão. É então que surge, de repente, uma luz.Uma Brancura Luminosa é a mais recente obra de ficção de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura de 2023. Uma história breve, estranhamente sublime e bela, sobre a existência, a memória e o divino, escrita numa forma literária única capaz de assombrar e comover.Tradução do norueguês de Liliete Martins.Os elogios da crítica:«Uma introdução perfeita à obra de Jon Fosse.» The Telegraph«Inquietante e lírico, este pequeno livro é uma introdução adequadamente enigmática à obra de Fosse e um bom ponto de partida para se enfrentar os seus romances mais vastos e experimentais.» Financial Times - Livro do Ano 2023«Uma Brancura Luminosa é, muito simplesmente, grande literatura.» Dagbladet