Martim Moniz - Como o Desentalar e Passar a Admirar
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A Praça Martim Moniz foi como que amaldiçoada ao longo da história, sujeita a remodelações, destruições e reconstruções. Do colorido das noras e laranjais a desejada melhor porta lisboeta para o norte, a atravancado urbanístico, por fim a praça derrubada e vazia. Agora que é retomada para discussão pública, renasce uma dúvida: o que fazer com esta vítima de sucessivos faz e desfaz? O presente retrato é uma viagem a esta praça confusa e fascinante, do ribeiro de Arroios a polo do fado e do cinema português, dos marialvas e artistas. Um relato de pérolas perdidas e trambolhos urbanos. Da população antiga e, sempre, de recém-chegados. Entre sucessivas mudanças e prudentes ambições, o Martim Moniz saberá, mais uma vez, reinventar-se.
| Editora | Fundação Francisco Manuel dos Santos |
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| Categorias | |
| Editora | Fundação Francisco Manuel dos Santos |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Ferreira Fernandes |
Ferreira Fernandes
Ferreira Fernandes (Luanda, 1948) é um dos mais reputados jornalistas portugueses, tendo colaborado com o Público, o Diário Popular, a Visão e a Sábado, entre outras publicações. Recebeu diversos prémios de reportagem, entre os quais o prémio Bordalo — Jornalista do Ano (Casa da Imprensa) e o prémio Jornalista do Ano (Clube de Jornalistas do Porto). Assina atualmente uma crónica no Diário de Notícias.
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Os Primos da AméricaSinopse Com as eleições presidenciais americanas à porta, a colecção de Carlos Vaz Marques sugere uma viagem à América dos portugueses. Gerações de famílias originárias de Portugal, que ajudaram a construir os Estados Unidos e que forjaram uma identidade própria, tornando-se nesse processo conquistado à custa de espírito de sacrifício e trabalho árduo os nossos primos da América. «No Outono de 1990, viajei pelos Estados Unidos por puro prazer. Foi então que compreendi que ninguém podia visitar a América pela primeira vez. A todo o passo assaltou-me a memória de outras viagens, folheando livros, frequentando salas de cinema. Essa minha América, minha, foi o pano de fundo. [ ]Em San Diego, o boné redondo e branco de um marujo, com palmeiras ao fundo; em Monterey, os cromados de um Chevrolet «Bel Air», 1958; uma flor de hibisco caída no solo negro do Havai; uns garotos a jogar basquete numa quadra de tijolos vermelhos, em Newark; a névoa saindo de um bueiro em Manhattan... Tudo reencontros com lugares onde nunca estivera. Com esse meu lastro, persegui a América dos outros. A América dos luso-americanos.» Ferreira Fernandes Críticas de imprensa «Pessoal, rico, documentado, cheio de vida e saber, escrito num português esmerado melhor, esmerilado -, Os Primos da América reemerge do seu esquecimento [ ] mais de duas décadas depois de chegar às livrarias pela primeira vez, para nos deixar com a estranha sensação de que lê-lo é um prazer raro [ ].» António Rodrigues, Público -
As Eleições que Ninguém Queria GanharDurante o mês de agosto - todos os dias, respeitando o descanso de domingo, porque inventar também cansa - o jornal Diário de Noticias publicou um folhetim de verão contando o setembro que vinha a seguir: As Eleições que Ninguém Queria Ganhar. Como o seu nome indicava não era sobre os mistérios da estrada de Sintra. A trama era inventada, como costume nos folhetins, mas era sobre política. Tratou-se, pois, de uma ficção política. O autor começou por ser Anónimo, mas acabou revelado como Ferreira Fernandes. «É preciso um enorme sentido de responsabilidade do autor para fazer este exercício sem magoar ou ferir, sem manipular ou estragar, sem saturar, e mesmo assim conseguir ser acutilante o suficiente para chamar o leitor dia após dia. Prever é difícil, especialmente o futuro, mas eu diria que o folhetim veio para ficar no Diário de Notícias. Assim se fazem bons jornais. Quanto aos políticos retratados, que atire a primeira pedra aquele que não tenha a justa vaidade de achar que muito do que faz é digno de figurar na melhor literatura. O jornalista Ferreira Fernandes e o Diário de Notícias demonstraram que sim: o que não faltam são boas histórias com grandes e pequenos protagonistas, daí o sentido deste livro. O que é bom merece perdurar.» André Macedo, no Prefácio -
Frases Que Fizeram a HistóriaObra inédita e surpreendente que traz à luz do dia esta espécie de senhas e contra-senhas da nossa identidade, lhes atribui um autor, quando possível, uma data e o contexto em que foram ditas. A matéria-prima é inesgotável. De Viriato a D. João II, passando pelas expressões populares, até chegar aos mais recentes fazedores de frases como Mário Soares e Cavaco Silva. "Só fui à Figueira para fazer a rodagem do meu Automóvel" Cavaco Silva "À grande e à francesa" Expressão popular nascida em 1807 "Sei muito bem o que quero e para onde vou" António de Oliveira Salazar "Voltará numa manhã de nevoeiro" Gonçalo Anes Bandarra -
Madeirenses ErrantesChegado, em 1839, ao Funchal, o escocês Robert Kalley fez a primeira grande evangelização protestante em território português. Se nos primeiros anos a sua acção de médico o popularizou e o tornou bem visto pelas autoridades, o seu proselitismo religioso fez escândalo num país de religião de Estado e única. Foi preso e, no Verão de 1846, a repressão contra os seus seguidores ocasionou uma fuga em massa. Centenas de homens, mulheres crianças, madeirenses protestantes, foram obrigados a refugiar-se em barcos ingleses. Uma diáspora que correu vários mares e pradarias - da Madeira para a ilha da Trindade, das Caraíbas para o Ilinóis, e daí para o arquipélago do Havai. -
Cadernos do Arquivo - Volume 3Voltou aos lugares passados e andou por outros. Teve um hotel, Olofsson, um restaurante, La Belle Créole, uma homenagem à mulher, haitiana, em Israel, uma loja de tecidos exóticos na Praça de Espanha, em Roma. Roger Kahan - ou Coster - foi um trota-mundos por razões várias, mas foi em 1940 que a sua história se cruzou definitivamente com a História, quando, ainda apenas fotógrafo de cinema, francês, já refugiado, tirou as melhores fotografias de outros refugiados, sobretudo judeus, no porto de Lisboa. Esta é a história de um contador de tantas vidas dos outros - de que é epítome maior a velha senhora sentada numa mala num cais do Tejo -, que ao seu próprio destino baralhou-o, como que para se esconder.
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NovidadeAs Lições dos MestresO encontro pessoal entre mestre e discípulo é o tema de George Steiner neste livro absolutamente fascinante, uma sólida reflexão sobre a interacção infinitamente complexa e subtil de poder, confiança e paixão que marca as formas mais profundas de pedagogia. Baseado em conferências que o autor proferiu na Universidade de Harvard, As Lições dos Mestres evoca um grande número de figuras exemplares, nomeadamente, Sócrates e Platão, Jesus e os seus discípulos, Virgílio e Dante, Heloísa e Abelardo, Tycho Brahe e Johann Kepler, o Baal Shem Tov, sábios confucionistas e budistas, Edmund Husserl e Martin Heidegger, Nadia Boulanger e Knute Rockne. Escrito com erudição e paixão, o presente livro é em si mesmo uma lição magistral sobre a elevada vocação e os sérios riscos que o verdadeiro professor e o verdadeiro aluno assumem e partilham. -
Novo Iluminismo RadicalNovo Iluminismo Radical propõe um olhar crítico e uma atitude combativa face à credulidade do nosso tempo. Perante os discursos catastrofistas e solucionistas que dominam as narrativas e uniformizam as linguagens, Marina Garcés interpela-nos: «E se nos atrevêssemos a pensar, novamente, na relação entre saber e emancipação?» Ao defender a capacidade de nos auto‑educarmos, relança a confiança na natureza humana para afirmar a sua liberdade e construir, em conjunto, um mundo mais habitável e mais justo. Uma aposta crítica na emancipação, que precisa de ser novamente explorada. -
NovidadeUm Dedo Borrado de Tinta - Histórias de Quem Não Pôde Aprender a LerCasteleiro, no distrito da Guarda, é uma das freguesias nacionais com maior taxa de analfabetismo. Este livro retrata a vida e o quotidiano de habitantes desta aldeia que não tiveram oportunidade de aprender a ler e a escrever. É o caso de Horácio: sabe como se chama cada uma das letras do alfabeto, até é capaz de as escrever uma a uma, mas, na sua cabeça, elas estão como que desligadas; quando recebe uma carta tem de «ir à Beatriz», funcionária do posto dos correios e juntadora de letras. Na sua ronda, o carteiro Rui nunca se pode esquecer da almofada de tinta, para os que só conseguem «assinar» com o indicador direito. Em Portugal, onde, em 2021, persistiam 3,1% de analfabetos, estas histórias são quase arqueologia social, testemunhos de um mundo prestes a desaparecer. -
Sobre a Ganância, o Amor e Outros Materiais de ConstruçãoTextos de Francisco Keil do Amaral sobre o problema da habitação 1945-1973. Francisco Keil do Amaral (1910-1975), arquitecto português, com obra construída em Portugal e no estrangeiro, destacou-se com os grandes projectos para a cidade de Lisboa de parques e equipamentos públicos, dos quais se destacam o Parque de Monsanto e o Parque Eduardo VII. Foi também autor de diversos artigos que escreveu para a imprensa, obras de divulgação sobre a Arquitectura e o Urbanismo - "A arquitectura e a vida" (1942), "A moderna arquitectura holandesa" (1943) ou "Lisboa, uma cidade em transformação" (1969) - e livros de opinião e memórias - "Histórias à margem de um século de história" (1970) e "Quero entender o mundo" (1974). Apesar da obra pública projectada e construída durante o Estado Novo, Keil do Amaral foi um crítico do regime. Alguns dos textos mais críticos que escreveu e proferiu em público foram dedicados ao Problema da Habitação, título do opúsculo publicado em 1945 que reproduz o texto de uma palestra dada em 1943, e que surge novamente no título da comunicação que faz no 3º Congresso da Oposição Democrática em 1973. São dois dos textos reproduzidos nesta pequena publicação que reúne textos (e uma entrevista) de diferentes períodos da vida de Keil do Amaral. Apesar da distância que medeia os vários textos e aquela que os separa do presente, o problema da habitação de que fala Keil do Amaral parece ser constante, e visível não apenas em Lisboa, seu principal objecto de estudo, como noutras zonas do país e globalmente. -
Problemas de GéneroVinte e sete anos após a sua publicação original, Gender Trouble está finalmente disponível em Portugal. Trata-se de um dos textos mais importantes da teoria feminista, dos estudos de género e da teoria queer. Ao definir o conceito de género como performatividade – isto é, como algo que se constrói e que é, em última análise uma performance – Problemas de Género repensou conceitos do feminismo e lançou os alicerces para a teoria queer, revolucionando a linguagem dos activismos. -
Redes Sociais - Ilusão, Obsessão e ManipulaçãoAs redes sociais tornaram-se salas de convívio global. A amizade subjugou-se a relações algorítmicas e a vida em sociedade passou a ser mediada pela tecnologia. O corpo mercantilizou-se. O Instagram é uma montra de corpos perfeitos e esculpidos, sem espaço para rugas ou estrias. Os influencers tornaram-se arautos da propagação do consumo e da felicidade. Nas redes sociais, não há espaço para a tristeza. Os bancos do jardim, outrora espaços privilegiados para as relações amorosas, foram substituídos pelo Tinder. Os sites de encontros são o expoente de uma banalização e superficialidade de valores essenciais às relações humanas. As nudes são um sinal da promoção do corpo e da vulgarização do espaço privado. Este livro convida o leitor para uma viagem pelas transformações nas relações de sociabilidade provocadas pela penetração das redes sociais nas nossas vidas. O autor analisa e foca-se nos novos padrões de comportamento que daí emergem: a ilusão da felicidade, a obsessão por estar ligado e a ligeireza como somos manipulados pelos gigantes tecnológicos. Nas páginas do livro que tem nas mãos é-lhe apresentada uma visão crítica sobre a ilusão, obsessão e manipulação que ocorre no mundo das redes sociais. -
Manual de Investigação em Ciências SociaisApós quase trinta anos de sucesso, muitas traduções e centenas de milhares de utilizadores em todo o mundo, a presente edição foi profundamente reformulada e complementada para responder ainda melhor às necessidades dos estudantes e professores de hoje.• Como começar uma investigação em ciências sociais de forma eficiente e formular o seu projecto? • Como proceder durante o trabalho exploratório para se pôr no bom caminho?• Quais os princípios metodológicos essenciais que deve respeitar?• Que métodos de investigação escolher para recolher e analisar as informações úteis e como aplicá-las?• Como progredir passo a passo sem se perder pelo caminho?• Por fim, como concluir uma investigação e apresentar os contributos para o conhecimento que esta originou?Estas são perguntas feitas por todos os estudantes de ciências sociais, ciências políticas, comunicação e serviço social que se iniciam na metodologia da investigação e que nela têm de se lançar sozinhos.Esta edição ampliada responde ainda melhor às actuais necessidades académicas: • Os exemplos e as aplicações concretas incidem sobre questões relacionadas com os problemas da actualidade.• A recolha e a análise das informações abrangem tanto os métodos quantitativos como os métodos qualitativos.• São expostos procedimentos indutivos e dedutivos. -
Gramsci - A Cultura, os Subalternos e a EducaçãoGramsci, já universalmente considerado como um autor clássico, foi um homem e um pensador livre. Livre e lúcido, conduzido por uma racionalidade fria e implacável, por um rigor e uma disciplina intelectual verdadeiramente extraordinários. Toda a história da sua vida, a sua prisão nos cárceres fascistas, onde ficou por mais de dez anos, as terríveis provações físicas e morais que suportou até à morte, os confrontos duríssimos com os companheiros de partido, na Itália e na Rússia, o cruel afastamento da mulher e dos filhos, tudo isso é um testemunho da sua extraordinária personalidade e, ao mesmo tempo, da agitada e dramática página da história italiana, que vai do primeiro pós-guerra até à consolidação do fascismo de Mussolini. Gramsci foi libertado em 1937, após um calvário de prisões e graves doenças, que o levaram a morrer em Roma, no dia seguinte ao da sua libertação. Só anos mais tarde, no fim da segunda guerra e com o regresso da Itália à democracia, a sua obra começou a ser trabalhada e publicada.