O Antigo Regime e a Revolução
O Antigo Regime e a Revolução, publicado em 1856, é um livro fundamental para compreender a Revolução Francesa e as suas origens no Antigo Regime. Alexis de Tocqueville, que se considerava um homem de pensamento mais do que de acção, começou, em 1850, a idear um livro que combinasse a história e a filosofia da história. Como tema escolheu a Revolução Francesa, um acontecimento tão inevitável quanto imprevisto, e a sua relação com o Antigo Regime: «O livro que publico neste momento não é uma história da Revolução, história que foi escrita com muito brilho para que eu pense em reescrevê-la; é um estudo sobre essa Revolução.» Tocqueville defende que a revolução surgiu «naturalmente» daquilo que a precedera, e que «o objectivo fundamental e final da Revolução não era, como se acreditou, destruir o poder religioso e debilitar o poder político». O autor mostra como as diferenças entre as classes sociais, ao invés de terem sido aniquiladas pela Revolução de 1789, «desabavam em ruínas» ao longo de séculos por toda a Europa, e como «a destruição da liberdade política e a separação de classes causaram quase todas as doenças de que o Antigo Regime morreu». Depois da morte de Tocqueville, em 1859, o livro teve sucessivas edições em França e em Inglaterra. Publica-se pela primeira vez em Portugal esta obra-chave do pensamento político ocidental.
| Editora | Imprensa da Universidade de Lisboa |
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| Editora | Imprensa da Universidade de Lisboa |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Alexis de Tocqueville |
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Quinze Dias no Deserto AmericanoEm Julho de 1831, Tocqueville lança-se com Beaumont na exploração do «deserto» americano, na proximidade dos Grandes Lagos, ou seja, a floresta, ainda quase virgem, na qual a instalação dos primeiros colonos ameaça já as sociedades indígenas.Esta jornada que dura quinze dias suscita um relato colorido, na tradição do indianismo de Chateaubriand e Fenimore Cooper.Tocqueville pressente aí a confrontação inevitável entre a «civilização extrema», vinda das cidades, e a «natureza abandonada a si mesma», numa análise premonitória do poderio americano do futuro. -
Da Democracia na AméricaTocqueville surge-nos hoje como um dos primeiros teóricos da modernidade. Quer se trate da filosofia, da política ou da sociologia, a sua principal obra,Da Democracia na América, surge-nos como referência obrigatória. Editada em Paris pela primeira vez em 1835,Da Democracia na América tornou célebre o jovem autor, considerado de imediato um herdeiro de Montesquieu devido à capacidade de observação, elegância de estilo e serenidade de pensamento. Foi isso que levou Dilthey a considerar, alguns anos depois, Tocqueville como «o maior pensador político desde Aristóteles e Maquiavel». São dois os temas fundamentais abordados em Da Democracia na América. A parte inicial trata das instituições norte-americanas como expressão dos costumes e do estilo de vida e aborda os princípios em que se baseia um Estado democrático. Descreve o funcionamento dos três poderes da União, a estrutura e fundamentos do poder judicial, os corpos legislativos e a organização do poder executivo federal. Examina o sistema bipartidário, a importância das associações, o poder da maioria e as suas consequências. Esta primeira parte termina com uma série de capítulos destinados a avaliar a influência dos costumes e da religião na organização do sistema democrático. Na segunda parte do livro, elabora-se uma teoria do Estado democrático que é o grande contributo de Tocqueville para a filosofia política. O aspecto decisivo está, segundo Tocqueville, na igualdade de condições que impera na sociedade norte-americana: «como ninguém difere dos seus semelhantes, ninguém poderá exercer um poder tirânico, pois, neste caso, os homens serão perfeitamente livres, porque serão de todo iguais; e serão perfeitamente iguais, porque serão de todo livres». A igualdade e a causa da liberdade estão indissociavelmente ligadas. Quase dois séculos depois da sua primeira edição, Da Democracia na América continua a demonstrar a sua indiscutível actualidade na ciência política. -
Da Democracia na AméricaPela primeira vez em português o texto integral da mais famosa obra de Alexis de Tocqueville. Desde a sua primeira publicação, em 1835 que Da Democracia na América é indispensável a todos os que se interessam e estudam a democracia. Através de uma análise minuciosa que atravessa diversos domínios como o da História, da Filosofia, da Sociologia e da Ciência Política, Tocqueville oferece-nos um retrato lúcido, cada vez mais intemporal, da democracia americana de meados do século XIX: da sua organização política e administrativa, onde destaca, o sistema federal e as comunidades locais; da importância das boas leis, dos hábitos e costumes; dos efeitos da moral e da religião; das consequências do desenvolvimento comercial e industrial. Mas vai mais longe, e, com enorme acuidade, analisa também o homem democrático, as suas tendências e paixões e a sua complexa relação com a liberdade e a igualdade. No fundo, e tendo sempre presente o seu país de origem, Tocqueville está também a interrogar-se porque são tão evidentes as diferenças entre os regimes democráticos francês e americano, porque razão na América a sociedade democrática é liberal, e, em contraposição, a democracia francesa demonstra tantas dificuldades em manter um regime político de liberdade. João Carlos Espada escreve um ensaio introdutório onde apresenta o autor e a obra, sublinhando a importância deste livro na história do pensamento politico. -
Da Democracia na AméricaDepois de esgotado vários anos, lançamos de novo a edição do texto integral em português da mais famosa obra de Alexis de Tocqueville, Da Democracia na América, um clássico indispensável a todos quantos que se interessam pelo estudo da democracia. Numa análise minuciosa, Tocqueville oferece-nos um retrato lúcido, cada vez mais intemporal, da democracia americana de meados do século XIX. Mas vai mais longe, e, com enorme acuidade, analisa também o homem democrático, as suas tendências e paixões e a sua complexa relação com a liberdade e a igualdade. Tocqueville reflecte ainda sobre a evidência das diferenças entre os regimes democráticos francês e americano e a razão pela qual, na América, a sociedade democrática é liberal, revelando por seu lado a democracia francesa tantas dificuldades em manter um regime político de liberdade.
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?