O General que Começou o 25 de Abril Dois Meses antes dos Capitães
Cinquenta anos depois do 25 de Abril, e recorrendo a testemunhos inéditos de intervenientes diretos no processo, João Céu e Silva revela-nos como que começou a Revolução que fez cair a ditadura.
Ainda hoje muitos não sabem que foi um livro que deu origem ao acontecimento que mudou o país em 1974 e que bastou ao mais prestigiado general português de então apenas uma frase-choque para derrubar em poucos dias o Regime: «A vitória exclusivamente militar é inviável.» Esta declaração do general António de Spínola no seu livro Portugal e o Futuro, sobre a guerra no Ultramar, arrasou por completo a credibilidade do Governo de Marcello Caetano e provocou um autêntico terramoto no país.
A obra, lançada a 22 de fevereiro de 1974, apresentava uma reflexão demolidora sobre a situação nacional e o futuro das colónias feita por quem melhor os conhecia e teve uma repercussão social e política inédita na sociedade portuguesa. Em poucos dias, os duzentos e trinta mil portugueses que compraram o livro compreenderam que o Estado Novo não tinha soluções para a grave crise que Portugal atravessava e que o Regime estava preso por um fio.
Espalhando-se pelo país como fogo em mato seco, as propostas do general em Portugal e o Futuro abriram o caminho que os capitães de Abril traçariam dois meses depois, no golpe que fez por fim cair o Regime e que o povo português, que acorreu em massa às ruas, transformou numa revolução. Os capitães concederam-lhe a honra de receber o poder das mãos do sucessor de Salazar e nomearam-no presidente da Junta de Salvação Nacional. No entanto, à primeira oportunidade, o general foi descartado, e Spínola não foi capaz de fugir à maldição que lhe estava destinada por se ter antecipado em dois meses ao fazer apenas com palavras um primeiro 25 de Abril.
Um livro surpreendente e polémico que nos mostra os verdadeiros bastidores da Revolução.
| Editora | Contraponto |
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| Editora | Contraponto |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | João Céu e Silva |
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Uma longa viagem com Manuel AlegreUma Longa Viagem com Manuel Alegre é uma obra fundamental para compreender o poeta e prosador que, ao longo de toda a vida, fez da contestação o seu próprio programa político-literário. Uma obra que nos deixa entender quem é o candidato à Presidência da República que, aos 74 anos, assume uma disputa eleitoral à margem da organização política tradicional; que explica porque se sente mais próximo dos movimentos cívicos e menos dos partidos; as dúvidas que teve aquando da filiação no PS em 1974; a conversa onde colocou a Mário Soares as condições para se tornar militante socialista; e a sua célebre intervenção que mudou a história do PS e do seu secretário-geral. Mas também a obra de um poeta cujos poemas ficaram na memória dos portugueses de várias gerações, e de um romancista que passou para as suas histórias as memórias de uma vida intensamente vivida, aparece analisada nesta conversa sem bloqueios de qualquer espécie. Depois das «longas viagens» com José Saramago e António Lobo Antunes, João Céu e Silva dá-nos agora um livro com declarações tão reveladoras como as que tornaram polémicos os seus dois trabalhos anteriores e que nos permite conhecer a vida e a obra daquele que poderá ser o próximo Presidente da República. -
1975 O Ano do Furacão RevoluciQue sabem hoje os portugueses de 1975? Que recordam os mais velhos? Que é que esse ano diz (se ainda diz) aos mais jovens?1975 é um ano que, observado à lupa, como acontece nestas páginas, continua a surpreender, tal é o curso desvairado dos acontecimentos num país em que o primeiro-ministro afirma que o resultado das eleições não é para respeitar, a direita defende que a revolução vá até ao absurdo, a esquerda não aceita ser apeada, e até o presidente da República considera que a marcha da revolução tomou uma aceleração que o povo não tem capacidade de absorver. Um país onde os oficiais das Forças Armadas e os líderes dos partidos combatem ferozmente na praça pública, as forças políticas de extrema-esquerda dão o braço às massas progressistas para instalar o Poder Popular e um Governo chega a fazer greve. É um processo revolucionário inédito na Europa, observado atentamente pelos vizinhos e pelo bloco soviético, manipulado pelos Estados Unidos, e com a intervenção de tropas cubanas em Angola. 1975 - O Ano do Furacão Revolucionário relata o dia-a-dia de um país à beira da guerra civil, recordando os factos históricos e as pequenas histórias que dividiram como nunca os portugueses. -
Fátima: a profecia que assusta o VaticanoA 13 de maio de 1917 três pastorinhos analfabetos tornaram-se o símbolo de uma Mensagem, já comparada pela Igreja aos textos da Sagrada Escritura, e fizeram de Fátima um santuário que atrai milhões de peregrinos todos os anos, superando os grandes centros de fé mundais. Esta mensagem continha uma profecia tão ameaçadora que o papa Pio XII depositou o envelope onde está escrita no Arquivo Secreto do Santo Ofício e proibiu a sua divulgação. O Segredo tem obrigado todos os sumos pontífices (desde a eleição de Paulo VI) a vergarem-se às exigências de Lúcia e a prestarem vassalagem pessoalmente à Senhora da Cova da Iria.Desde então nenhum papa deixou de ir à Praça Branca - assim chamada por oposição à Praça Vermelha de Moscovo -, ou de submeter o seu pontificado à proteção de Nossa Senhora, como fez o papa Francisco nos dias imediatos à sua nomeação. Já antes, enquanto teólogo, Bento XVI elaborara uma polémica explicação para a terceira parte do Segredo.Nesta sua investigação, João Céu e Silva procura explicar Fátima em toda a sua dimensão, enriquecendo-a com depoimentos de teólogos portugueses e estrangeiros, bem como de responsáveis do próprio Santuário. E revela a razão que teima em assustar o Vaticano relativamente à terceira parte do Segredo, que João Paulo II tão bem utilizou para explicar o atentado de que foi vítima. -
A Hora da IlusãoUm arquitecto senta-se no banco da estação ferroviária de Santa Apolónia enquanto aguarda que chegue a hora de partir para o estrangeiro, após responder a um anúncio. Perdeu o emprego e no seu país não consegue encontrar alternativa, por isso aceitou um trabalho como carpinteiro numa propriedade agrícola localizada no hemisfério de baixo...A tarefa para que foi contratado não envolve o desenho de edifícios, mas sim uma estranha sucessão de esculturas em sete pilares de madeira, numa comunidade onde cada um dos membros também foi obrigado a abandonar a sua forma de vida anterior e recomeçar do nada. A odisseia de um desempregado dos tempos modernos. Enquanto isso há um segundo dilúvio em curso. Milhares de anos após a sua primeira operação de salvamento, Noé desiste de construir uma segunda Arca e percorre o planeta num dirigível, recolhendo os sobreviventes a quem irá permitir uma nova vida num pequeno país à beira do Atlântico. «E Xavier não queria iludir-se com a palavra paraíso mais do que já estava a acontecer desde que descera do comboio para evitar desilusões, pois nada seria pior do que ter grandes expetativas para o que não deveria ser mais do que uma nova rotina de viver. Era belo, sim senhor. Era luminoso, era colorido, era suave. Era, sim senhor. Tudo o que poderia esperar da natureza a que regressava após tantos anos a amadurecer numa cidade.» -
Adeus, ÁfricaDez de Novembro de 1975: ao cair da noite, as últimas autoridades militares portuguesas abandonam Angola no paquete Niassa, horas antes da independência. O atirador especial Afonso está nas praias de Porto Amboim a vigiar a chegada de centenas de cubanos e não embarca no navio português que deixa para trás uma presença de quase cinco séculos. Afonso sobreviverá à guerra civil escondido durante onze anos, até ser capturado e repatriado. O psiquiatra que o acompanha no regresso a Lisboa quer saber tudo o que lhe aconteceu durante as sucessivas comissões nos três cenários da Guerra Colonial e não vai descansar enquanto não desvendar a história por detrás do soldado esquecido. Recorrendo a testemunhos de cinco amigos e a consultas com o atirador especial para compreender o passado de quem se vai confrontar no regresso com um país tão distante do império colonial como é o Portugal de 1986, Adeus, África - A História do Soldado Esquecido refaz o mundo brutal dos jovens que foram combater sem saber o que lhes estava reservado - guerras em que matar inocentes e morrer em emboscadas eram situações triviais. Pelo meio, a história de amor a uma mulher que divide dois irmãos, um encontro com Che Guevara, um affaire com a jornalista francesa que encantou Salazar e muitas outras peripécias, numa narrativa baseada em factos e testemunhos reais. -
Uma Longa Viagem Com Álvaro CunhalA carta enviada a 17 de Dezembro de 2003 a Álvaro Cunhal estendia-se por três páginas. Nelas, estava o pedido para uma entrevista e uma sugestão de trabalho que permitisse efectuar uma longa viagem pela sua vida pessoal, politica e intelectual, a ser publicada por ocasião dos trinta anos da Revolução do 25 de Abril de 1974.A espera por uma resposta virou o ano e continuou por mais alguns meses. Nesse espaço de tempo, as novidades sobre o seu estado de saúde confirmavam que a espera iria ser longa ou até mesmo ultrapassada por um final várias vezes anunciado. Apesar de a resposta não chegar, o trabalho jornalístico tinha data marcada e havia que encontrar outra abordagem. Diferente, porque o protagonista Cunhal tem sido «fotografado» por vários ângulos ao longo das muitas décadas da sua vida. E o roteiro para essa longa viagem com Álvaro Cunhal recaiu sobre um dos lados menos conhecidos, o da criação literária, sob o pseudónimo Manuel Tiago. No bloco em que as anotações iam ser feitas, escreveu-se na primeira folha «Em busca de Álvaro Cunhal na prosa de Manuel Tiago», como orientação cardial para o artigo. O encontro com os personagens que tornam real a ficção de Manuel Tiago sugeria que o título final fosse «Os homens da bicicleta» mas, ao fim de vários meses de investigação, só sobrava Uma Longa Viagem com Álvaro Cunhal. -
A Segunda Vida de Fernando PessoaE se Fernando Pessoa voltasse para ganhar o Prémio Nobel? Um homem misterioso e entendido em estudos pessoanos atrai um professor para a sua investigação e leva-o para a aldeia do Freixo, onde investigam a relação de Pessoa com Aleister Crowley, das primeiras correspondências até ao falso suicídio na Boca do Inferno. Sem se aperceber, e através de experiências esotéricas e descobertas perturbadoras, o professor vai sendo moldado física e espiritualmente para encarnar Vicente Guedes, o heterónimo a quem inicialmente foi atribuído “O Livro do Desassossego”, e continuar a obra do poeta, rumo ao Nobel. -
Álvaro Cunhal e as Mulheres que Tomaram Partido«Conhecer mais uma parte de Álvaro Cunhal e entender o papel fundamental das mulheres para a implantação do Partido Comunista durante o regime anterior foi o objectivo desta investigação, que sucede a Uma Longa Viagem com Álvaro Cunhal, e que reúne num mesmo volume o depoimento de 25 mulheres. Cada uma faz, ao seu modo, parte de um retrato de corpo inteiro que desejei o mais completo possível para mostrar o que foi a participação feminina na luta política entre as décadas de 40 e 70. A cada uma foi-se buscar uma faceta: a motivação para mergulhar na clandestinidade; a descoberta da injustiça; o silêncio perante a tortura; a resistência à solidão; a separação dos filhos; a inexistência de uma vida emocional, a admiração por ideias de igualdade; a alfabetização; o aprendizado da teoria política; a responsabilidade em assegurar a segurança das casas de apoio; o exílio... Cada uma destas mulheres deu um pouco de si para mostrar o que era a vida da mulher no Partido e num Portugal fechado ao mundo durante grande parte do séc. XX.»" -
Uma Longa Viagem com Vasco Pulido ValenteO balanço de vida de uma das mais polémicas figuras da cultura portuguesa.«Gostava de me ter dedicado à História do século XIX. Era o que deveria ter feito e nada mais. Deixar uma História completa desse século, que é tão importante para compreender o país que em grande parte ainda hoje somos», confessou Vasco Pulido Valente ao autor, numa das conversas iniciais que compuseram esta longa viagem. Uma viagem que começa com a fuga da família real para o Brasil em 1807 e que percorre mais de dois séculos da História do nosso país, até ser interrompida pela doença e morte daquele que foi uma das mais loquazes, lúcidas e acutilantes vozes da cultura e da comunicação social portuguesa. Em mais de quarenta sessões com o autor ao longo de dois anos, Vasco Pulido Valente fez a análise dos acontecimentos mais marcantes da História e da política portuguesa dos últimos duzentos anos: das invasões francesas à implantação da República, da ascensão de Salazar até ao período pós-25 de Abril e aos dias de hoje. Mas também nos fala da relação com Eanes, com Cunhal e, sobretudo, com Mário Soares, que considera o único fundador da democracia portuguesa; dos tempos do cavaquismo e de O Independente e da sua breve carreira na política, travada com a morte brutal de Francisco Sá Carneiro em Camarate. A esse respeito, confessa: «A minha vida foi cortada ao meio com esse acidente.»Em Uma Longa Viagem com Vasco Pulido Valente, ficamos também a conhecer não só a história como o historiador, o homem através de cujos olhos a vemos, e que aqui faz um balanço da sua vida. Um homem que granjeou muitos inimigos à custa da sua prosa afiada e mordaz e uma das figuras mais polémicas da imprensa dos últimos quarenta anos. -
Adeus, CasablancaE se, finalmente, Hollywood fizesse a continuação do filme Casablanca, o mítico filme que ainda hoje seduz milhões de pessoas em todo o mundo, e a trama girasse em torno do desvio de um avião da TAP, o primeiro grande acto de protesto político aéreo de sempre e que causou a Salazar tantos dissabores quanto o filme Casablanca causou a Hitler?Adeus, Casablanca fala-nos desse evento verídico que servirá de inspiração à argumentista de Hollywood que está a escrever o guião da sequela de Casablanca e para quem o desvio do Super-Constellation se torna uma obsessão e, também, uma revelação.Neste cenário histórico, recorda-se a vigilância da polícia política sobre os exilados portugueses no norte de África, bem como a realização da Conferência de Casablanca, em que se defendia o fim da presença portuguesa nas províncias de África.Neste Adeus, Casablanca não podia faltar a recriação da vida marroquina dos tempos em que Paul Bowles vivia em Tânger, em que a espionagem.
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?