O Livro de Cesário Verde (Bolso)
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para a Formação de Adultos, como sugestão de leitura.
José Joaquim Cesário Verde nasceu a 25 de Fevereiro de 1855, em Lisboa, no seio de uma família abastada. Ao concluir a instrução primária, com dez anos, começou a trabalhar nos negócios do pai, que incluíam uma quinta em Linda-a-Pastora, nos arredores da capital.
Publicou os seus primeiros versos aos dezoito anos, no Diário de Notícias e no Diário da Tarde, tendo frequentado durante algum tempo o Curso Superior de Letras — que abandonaria mais tarde —, e onde travou conhecimento com Silva Pinto, seu amigo «para a vida e para a morte». Em 1874, Ramalho Ortigão criticou-o duramente e, nos anos que se seguiram, Cesário Verde foi divulgando a sua obra em revistas de pequena circulação. Desiludido com o fraco acolhimento da sua obra-prima, O Sentimento de Um Ocidental, publicada em 1880, o poeta remete-se a um longo silêncio de quatro anos, passando a dedicar-se cada vez mais aos negócios familiares. Porém, a doença foi-se agravando cada vez mais, tendo Cesário Verde morrido a 19 de Julho de 1886, vítima de tuberculose, com apenas trinta e um anos de idade.
No ano seguinte, o seu grande amigo Silva Pinto organizaria a edição póstuma de O Livro de Cesário Verde, que teve uma tiragem inicial de duzentos exemplares.
| Editora | 11x17 |
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| Editora | 11x17 |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Cesário Verde |
Poeta português da simplicidade, das deambulações e do concreto. Ignorado no seu tempo, os seus poemas publicados no “Diário de Noticias” não foram bem recebidos pelos seus pares. O reconhecimento do seu talento chegou muito tempo depois da sua morte. Ainda assim, foi um dos iniciadores do modernismo em Portugal.
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O Livro de Cesário VerdeEm O Livro de Cesário Verde encontramos um dos universos poéticos mais estimulantes e complexos de toda a literatura portuguesa. A multiplicidade de influências que nele se cruzam não impede a sua afirmação como momento inaugural de um discurso poético de ruptura, já verdadeiramente moderno. O carácter inovador desta poesia de finais de Oitocentos congrega pistas estéticas várias, que foram posteriormente trilhadas pela poesia portuguesa dos finais do século XIX e da primeira metade do século XX, revelando todas as suas potencialidades expressivas. Contrastando com a recepção obtida aquando da sua publicação dispersa em vários jornais e revistas, o reconhecimento da importância desta obra na poesia portuguesa é actualmente unânime. -
Poemas de Cesário VerdeEste volume, Poemas de Cesário Verde, pretende providenciar ao aluno informações que lhe permitam contextualizar historicamente a palavra de Cesário, conhecer a linguagem e as especificidades da sua poesia e, ainda, apresentar-lhe propostas de leitura dos poemas mais emblemáticos da sua produção literária. Tópicos trabalhados: Vida e obra do autor Linguagem e temas centrais Propostas de leitura de poemas Testes de avaliação A Coleção Resumos, organizada por professores de Português, apresenta uma síntese cuidada dos conteúdos relativos às obras do Ensino Secundário previstas pelo Programa. Para além de uma revisão rápida das noções fundamentais, esta coleção garante pistas para o alargamento dos conhecimentos sobre os autores e as obras em estudo e apresenta sugestões para a preparação dos testes e do Exame Nacional. -
O Livro de Cesário VerdeMetas Curriculares de Português Leitura obrigatória para o 11.º ano de escolaridade. Leitura recomendada para o 8.º ano de escolaridade. O Livro de Cesário Verde (uma seleção) Naquele pic-nic de burguesas, Houve uma coisa simplesmente bela, E que, sem ter história nem grandezas, Em todo o caso dava uma aguarela. Cesário Verde, o repórter do quotidiano, consegue, como nenhum outro poeta português, observar os pormenores mais prosaicos da realidade exterior da cidade e do campo , captá-los através de todos os sentidos e representá-los em verdadeiras aguarelas que são os seus poemas. -
O Livro de Cesário Verde, 1873-1866"NOITES GÉLIDASMERINARosto comprido, airosa, angelical, macia,Por vezes, a alemã que eu sigo e que me agrada,Mais alva que o luar de Inverno que me esfria,Nas ruas a que o gás dá noites de balada;Sob os abafos bons que o Norte escolheria,Com seu passinho curto e em suas lãs forrada,Recorda-me a elegância, a graça, a galhardiaDe uma ovelhinha branca, ingénua e delicada." -
O Livro de Cesário Verde e Poesias DispersasCom o fim do romantismo e o início do realismo, Cesário Verde, dividido entre o comércio e a literatura, publica os seus versos em jornais. Só em 1887, já postumamente, é publicado o seu primeiro livro: O Livro de Cesário Verde. Muito influenciado por Charles Baudelaire, o poeta cria um estilo próprio e encontra em Lisboa, caótica e sinistra, a sua grande personagem. Afinal, há poesia no real, no concreto, nos objectos banais, nos gestos, no dia-a-dia. Desfilam novas personagens, que já não musas, mas engomadeiras, varinas e operários. Paralelamente ao binómio cidade-campo, surge a figura feminina, a da mulher citadina, frívola e calculista em confronto com a mulher campestre, doce e pura. Cesário Verde é um dos precursores do modernismo em Portugal. Inventa uma nova poesia quer na forma quer no conteúdo. É um discurso poético de ruptura. O poeta, muito atento ao pormenor, capta as impressões e invoca a realidade. É a poesia do quotidiano, dos sentidos. Outrora desprezado e ostracizado, o reconhecimento do seu valor literário só chega com a geração de Orpheu. Fernando Pessoa chama-lhe «mestre». É hoje reconhecido como um génio pelas suas composições, como «O sentimento dum ocidental», «Num bairro moderno», «Nós». Aceitemos o convite de Mário Cesariny e vamos «todos para casa ler Cesário Verde / que ainda há passeios ainda há poetas cá no país!» ESTA EDIÇÃO INCLUI: Nota introdutória · Obra poética integral de Cesário Verde · «Senhor Verde: empregado de comércio ou poeta?» -
O Livro de Cesário Verde e Poesias DispersasOs campos, a verdura dos prados e dos montes, a liberdade do homem em meio de natureza livre: os seus sonhos amados, as sua realidades amadas. Quando aquele artista delicado, quando aquele poeta de primeira grandeza julgava em raros momentos sacrificar a Arte aos seus gostos de lavrador e de homem prático, sucedia que as coisas do campo, da vida prática, assimilavam a fecundante seiva artística do poeta: e então dos frutos alevantavam-se aromas que disputavam foros de poesia aos aromas das flores. -
O Livro de Cesário Verde e Outros PoemasÉ de 1887 a publicação de um dos mais belos e importantes livros de poesia em língua portuguesa. No ano anterior, 1886, morria, aos 31 anos, o seu autor, vítima de tuberculose e da maior incompreensão e desprezo dos seus pares. Cesário Verde, o homem que viu poesia na sujidade das ruas, no corpo doente da engomadeira, na azáfama dos trabalhadores, revolucionou o cânone e impôs uma nova forma de olhar o real, de o descrever e sentir. Entre a cidade e o campo, o caos e a liberdade, o idílio e a realidade, emerge em Cesário uma nova sensibilidade, transgressora, que privilegia os sentidos e as impressões do quotidiano em detrimento de um sentimentalismo exacerbado que sentia já distante, imposição de uma consciência social preconizadora de um final de século turbulento. Chegaria tarde demais para Cesário o reconhecimento do seu génio e do seu papel determinante na história da poesia portuguesa. Mas não seria tarde demais para quem, graças ao trabalho e dedicação do seu amigo Sousa Pinto, pôde ler os inigualáveis poemas de um dos maiores poetas de língua portuguesa e compreender o alcance da modernidade e inventividade dos versos daquele a quem Fernando Pessoa chamaria «mestre».
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
AlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira

