O Passo da Montanha
Observando e sentindo a Natureza, o poeta apercebe-se do efémero e do mutável, apercebe-se da harmonia entre as leis que a regem.
O ideal de muitos poetas de haiku é atingir uma harmonia interior que seja reflexo da harmonia pressentida na Natureza.
Cada haiku é uma centelha. Mais brilhante ou mais discreto, mais intenso ou mais subtil, mais irradiante ou mais interiorizado, o haiku transporta sempre um fio de luz que, por breves instantes ou por longo tempo, ilumina quem o lê. O fascínio do haiku conquista cada vez mais adeptos e mais entusiastas pela prática ou pela leitura desta forma poética legada pelo Oriente.
Que o fulgor deste novo livro de Adalberto Alves ilumine os seus leitores!
Leonilda Alfarrobinha
| Editora | Althum |
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| Categorias | |
| Editora | Althum |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Adalberto Alves |
Adalberto Alves deve ser dos poucos que, chegados ao Outono da sua vida, sabem que dentro de si arde uma chama de perpétua juventude, a conquista de se ter caminhado a si próprio. Chama que no seu olhar expressa-se com ser melancolia e compreensão, a de quem se reconciliou, depois de uma vida de combates, com o severo olhar do Tempo, pai de todos os deuses... Incansável viajante, árabe de coração e, quem sabe nas suas lembranças,... Enamorado, como todo o místico, dos resplendores da sua própria alma. Na sabedoria dos eremitas do deserto — ou dos morábitos do Portugal islâmico — ou nas entrelinhas do discurso de Krishnamurti, no qual desaparecem Amante e Amado, mestre e discípulo, ficando o homem desnudo envolto pelo silêncio.
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Istmos - Do Terror, do Amor e Algo Mais«Esta obra reúne um conjunto de ensaios abrangendo uma panóplia de temas que espelham a diversidade dos interesses do Autor ao longo da sua multifacetada carreira intelectual. Tais textos inéditos, que vão desde a filosofia, a mística (sufismo), a história, aliteratura até à história natural e ao terrorismo, são de grande atualidade e concitarão certamente a atenção dos leitores, dadas as perspetivas, sempre especiais, que o Autor costuma introduzir nos assuntos que aborda». -
Arabesco (da Música Árabe e da Música Portuguesa)Após a publicação de O Meu Coração é Árabe, mais do que um inesperado sucesso editorial, difundiram-se e tornaram-se mais familiares nomes de poetas como Ibn’ Sãra, nascido em Santarém em 1123, de Ibn As-Sid, Silves, 1052, ou do grande Al-Mu’tamid, vindo de Beja em 1040. Adalberto Alves, o responsável por essa antologia propositadamente apelidada de A Poesia Luso-Árabe, apresenta um novo título, ensaiando desta vez os remotos relacionamentos da música árabe e portuguesa. O livro chama-se Arabesco e é tão apaixonante como o primeiro. -
Al-Mutamid / Poeta do DestinoAl-Mu’Tamid foi nomeado aos onze anos governador nominal de Huelva e aos treze recebeu ordem do pai para assediar Silves, que conquistou. Mas a fama de Al-Mu’Tamid reside mais na sua excelente poesia do que no facto de ter sido rei. Como o pai e o avô, antes dele, e como a maioria dos seus filhos, depois dele, Al-Mu’Tamid compôs poesia, tendo o seu talento poético excedido, de longe, o dos seus familiares e outros reis Taifas. Através da poesia de Al-Mu’Tamid é possível estudar o seu carácter, escrever a sua biografia e também conhecer a História, pois na sua obra poética, Al-Mu’Tamid refere-se a importantes acontecimentos políticos do seu tempo, tais como a tomada de Córdova e a Batalha de Az-Zallaqa. No fundo, a vida deste poeta está na sua poesia e a sua poesia na sua vida. -
Ibn'Ammâr al-Andalusî: o drama de um poetaA história dramática do vizir e amigo dilecto de Al-MuTamid, contada pelos versos do próprio Ibn Ammâr, comentados por dois especialistas da poesia do grande poeta de Estômbar. -
Arabesco: música árabe e música portuguesaA única obra, até hoje, dedicada ao tema e que apresenta numerosas pistas sobre as influências da música árabe na música portuguesa e europeia. -
Al-Mu Tamid Poeta do DestinoA obra que deu a conhecer em Portugal, em toda a sua dimensão, histórica, humana e poética, a figura do grande rei-poeta de Beja, cujos versos se encontram imortalizados nas Mil e Uma Noites. -
Os Indícios da PalavraUm novo livro de Adalberto Alves que se insere na sua obra poética, espelhando uma voz singular, no panorama da poesia portuguesa contemporânea. Aqui, revisita, uma vez mais, temas que são caros e centrais na sua oficina poética, como sejam a condição humana, a natureza da criação literária e o enfoque metafísico. Os seus versos são sem tempo, nem escola literária específica, e a sua matriz encontra-se na confluência da epistemologia e da ontologia. Todavia, a reflexão filosófica é sempre superada pelo sopro poético do universo interior do Autor. Numa época em que a Literatura busca, como moda, os caminhos da desconstrução, Adalberto Alves, de certa forma, navega em contracorrente, ao procurar reconstruir tudo no interior do Todo.A sua obra poética e ensaística foi premiada, em 2008, pela UNESCO. -
A Urgência do ImpossívelO espaço mental está no sul.Não apenas o espaço mental: a dúctil sensibilidade, o gume do alfange, a respiração voluptuosa, o "luxo arrepiante", a representação visual de emoções íntimas, ornadas de arcos, ocultadas por reixas.Há uma delicadeza singular nestes poemas.Porventura a delicadeza das civilizações do oásis: ilhas transfiguradas pelo azul-paraíso sob uma lua crescente, cercadas sem remédio pelo sol mortal do deserto.Aí todo o espaço é tempo medido, gestos inspirados, perfeitos, ainda que sob a exigência de regras absolutas e imperativas: o dogma, a sua recitação incessante, na voz, no branco estuque que, no despojado furor de uma ideia estética, se pode repetir numa emoção infinita.Os poemas deslumbraram-me. a voz é tua. E o que de melhor posso dizer da tua obra?: a ela retorno e encanto-me sempre... com emoção.João Esteves Pinto (Escritor) -
O Que Da Pena EscorreEncontramos aqui e mais uma vez, um sujeito poético cujo principal esteio é a sua voz caudalosa e inspirada. Por sua vez, ela não fica a dever nada ao conhecimento das formas poéticas, isto é, da métrica e do ritmo, das figuras de estilo que são por ele profusamente usadas. Uma voz que anuncia ao que vem, desde o primeiro poema, e que se move em crescendo, procurando, através do mergulho incessante na linguagem, mais do que um caminho, um caminhar para fora de si, em movimento de ascensão. A voz lírica espreita a partir do primeiro poema, evidenciando uma vontade de desmesura e embriaguez, assim nos remetendo para o tema do desejo, embora este não seja de ordem carnal e sim de uma outra, espiritual, ou melhor, mística, infinita e insaciável. Maria João Cantinho -
Dicionário de Arabismos da Língua PortuguesaO presente DICIONÁRIO DE ARABISMOS DA LÍNGUA PORTUGUESA constitui, a muitos títulos, uma nova e surpreendente abordagem das multisseculares influências árabes no nosso idioma, e é fruto de vários anos de aturada investigação. Em mais de dezoito mil entradas e diversos anexos, uma vasta parcela de étimos e expressões, habitualmente apresentados como «de origem desconhecida ou obscura», é agora explicada claramente através da pista árabe, inclusive os respeitantes à onomástica e à toponímia, o que constitui um impressionante pórtico de reavaliação das raízes da Cultura Portuguesa. José ADALBERTO Coelho ALVES nasceu em Lisboa, em 1939. É poeta, jurista e arabista, tendo numerosas publicações nesses domínios. Entre outras distinções, nacionais e estrangeiras, foi galardoado pela UNESCO, em 2008, com o Prémio Internacional para a Cultura Árabe (Sharjah), pelo conjunto da sua obra.Ver por dentro:
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
AlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira