A ação gira em torno dos membros de três gerações da família Simões e cada um dos seis capítulos do livro é centrado em pessoas, locais ou factos autonomizados, como evidenciam os seus títulos. Sendo um romance e não um conjunto de contos é, porém, natural que as personagens caminhem e se cruzem ao longo das diferentes partes. O narrador, por seu lado, tem pretensões a misturar-se com as personagens e muda frequentemente de voz. E vai do pícaro ao profundo sofrimento, passando pelo circunspecto.
HABILITAÇÕES:
Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, com a classificação de BOM.
Doutorando em Gestão no Programa Doutoral do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), com aprovação na parte lectiva e no projecto de dissertação.
ACTIVIDADE DOCENTE:
Professor Auxiliar Convidado do ISCTE.
Coordenador das cadeiras de Fiscalidade I e II do ISCTE.
Director das pós - graduações em Fiscalidade e em Gestão Fiscal do Overgest/ISCTE.
Docente das cadeiras de Fiscalidade nos mestrados e pós - graduações do INDEG/ISCTE, CEMAF e do Overgest/ISCTE, onde lecciona, entre outros, o módulo Teoria Geral dos Impostos.
Responsável pela formação em Fiscalidade na OROC- Ordem dos Revisores Oficiais de Contas.
OUTRA ACTIVIDADE PROFISSIONAL:
Subinspector Geral da Inspecção - Geral dos Serviços de Justiça.
Jurista Assessor da Direcção Geral dos Impostos (na situação de licença).
Consultor do Fundo Monetário Internacional.
2000-2003 - Vogal do Conselho Directivo da Administração Geral Tributária, responsável pelo Instituto de Formação Tributária e pelo Centro de Estudos e de Apoio às Políticas Tributárias.
1996-2000 - Coordenador do Conselho Económico e Social.
19941996 - Assessor da Comissão para o Desenvolvimento da Reforma Fiscal Comissão Silva Lopes.
1991-1994 - Consultor do Banco Mundial.
LIVROS E OUTRAS PUBLICAÇÕES:
Coordenador e Autor do Guia dos Impostos em Portugal, manual de 700 páginas, sobre toda a fiscalidade portuguesa, publicado desde 1990 e que vai na 17ª edição. Autor de várias dezenas de artigos sobre assuntos tributários publicados nas revistas e jornais da especialidade.
Como refere o Prof. Fernando Rosas no prefácio deste livro, «Américo Brás Carlos estuda a greve dos jornaleiros de Azambuja em 8 de Maio de 1944, fazendo-a preceder de uma síntese muito expressiva do que eram as condições de vida e de trabalho das trabalhadoras e trabalhadores rurais do Ribatejo durante a II Guerra Mundial». Era uma vida de dureza e injustiça hoje inimagináveis. Ao desemprego sazonal do Outono à Primavera e aos salários abaixo das condições de subsistência impostos pelo Governo, juntavam-se a subnutrição crónica e as longuíssimas jornadas de trabalho, de sol a sol, que, a partir de Abril/Maio, iam das seis horas da manhã às nove da noite, a que acresciam as necessárias para ir e vir a pé dos locais de trabalho, quase sempre muito distantes. Não obstante ter determinado a prisão de sete dos trabalhadores rurais grevistas pela polícia política e a sua permanência, por muitos meses, nos cárceres de Caxias, Aljube e Peniche, tinha pousado sobre aquela luta um esquecimento de 75 anos. Américo Brás Carlos conseguiu reconstituir aqueles factos, fazendo justiça à memória dos que, então, lutaram pela sua dignidade e por um futuro melhor.
«Ao contrário de muita da poesia contemporânea, fria, mecânica e desapaixonada, encontro nesta emoção, no meu entendimento o ingrediente número um da poesia. Gosto também porque é eufónica, de uma eufonia externa, digamos, mas também de uma eufonia interior, sempre mais difícil de conseguir. Não significa isto dar prioridade ao "De la musique avant toute chose" de Verlaine, mas significa reconhecer que o ouvido, e não apenas o espírito, também tem direito a participar da fruição da poesia - e no caso de "Adagio, Romanza e Grave" certamente participa.»
(…)
«Trata-se de uma poesia adulta, a lembrar por vezes não apenas o referido Cesário Verde, e a sua poesia do concreto, mas também Vitorino Nemésio e Jorge de Sena.»
A.M. Pires Cabral sobre a poesia de Américo Brás Carlos em "Adágio, Romanza e Grave"
«O que impressiona no livro é, não tanto a eufonia que se encontra em Adágio, Romanza e Grave, e neste parece atenuada, mas a emoção recuperada da infância, numa dialéctica entre a memória e a construção do presente.
É de saudar também um certo erotismo discreto, mitigado e o esforço para dar corpo e valorizar a palavra poética, a busca da palavra certa, que percorre o livro de lés a lés.
A. M. Pires Cabral sobre a poesia de Américo Brás Carlos em As Flores Brancas do Frangipani«Um poeta de autenticidade onde se fundem a ética e a estética. Não há nos seus versos uma imagem que não venha de um lugar habitado, que não tenha sido alimentada por algo vivo, na ideia, no coração ou no instinto.
Existe uma liberdade onde não há lugar para a poesia tida como exercício sisudo e solene:
“Dei por mim / fazendo versos com o mesmo sorriso / com que colava bonecos da bola nas cadernetas”».
Teresa Carvalho in Prefácio
«Deixou-me profunda impressão a leitura desta obra (...). É que há muito não saía a público um tão equilibrado trabalho de síntese sobre a fiscalidade (...) em que se fizesse uma dosagem perfeita entre as exigências técnicas da construção científica e as necessidades práticas da exposição didática. De entre os atributos da obra realço a modernidade da informação, a precisão matemática dos conceitos e a simplicidade elegante do estilo. Pela sua qualidade e (...) pragmatismo a obra extravasa as fronteiras da universidade» - Alberto Xavier, in prefácio
A ação gira em torno dos membros de três gerações da família Simões e cada um dos seis capítulos do livro é centrado em pessoas, locais ou factos autonomizados, como evidenciam os seus títulos. Sendo um romance e não um conjunto de contos é, porém, natural que as personagens caminhem e se cruzem ao longo das diferentes partes. O narrador, por seu lado, tem pretensões a misturar-se com as personagens e muda frequentemente de voz. E vai do pícaro ao profundo sofrimento, passando pelo circunspecto.