O Ser e o Nada
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O Ser e o Nada (1943), escrito durante a ocupação nazi, é um dos textos fundamentais do século XX. O livro que marcou como nenhum outro uma época a braços com o desmoronamento de uma civilização é ao mesmo tempo a bíblia do existencialismo e o último grande sistema filosófico.
Para Sartre, o sentido das nossas vidas não é predeterminado nem por Deus nem pela natureza, não há nenhuma essência que preceda a existência: o que nos define não é dado a priori, mas decorre das escolhas que fizermos. Primeiro existimos, e só depois nos definimos. Não existe natureza humana à qual tenhamos irresistivelmente de obedecer: estamos condenados a ser livres e somos os únicos responsáveis pelos nossos destinos.
No âmago destas posições, está a conceção sartriana de consciência, influenciada pela fenomenologia de Husserl e pela ontologia de Heidegger. Como a consciência é sempre consciência de alguma coisa, ela própria não é nada enquanto não visa algo fora de si. O ser-para-si, a consciência humana, caracteriza-se por ser permanente projeção para o exterior. Daí os conceitos filosóficos de angústia e de «má-fé», ilustrada pelo famoso exemplo do empregado de mesa, e a problemática relação com os demais, tipificada na investigação sobre o desejo sexual e o «olhar» do Outro.
| Editora | Edições 70 |
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| Categorias | |
| Editora | Edições 70 |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Jean-Paul Sartre |
Jean-Paul Sartre (1905-1980) foi um filósofo e escritor francês reconhecido unanimemente como um dos maiores vultos da corrente existencialista. A sua atividade literária de excelência abrangeu os mais diversos géneros – do teatro ao romance e ensaio – e foi reconhecida pela academia sueca, que o laureou com o Prémio Nobel da Literatura em 1964. Todavia, Sartre foi o primeiro autor a recusar este prémio, pois defendia que «um escritor que adota posições políticas, sociais ou literárias deve agir apenas com os meios que são seus – ou seja, a palavra escrita. Todas as honras que possa receber expõem os seus leitores a uma pressão que não considero desejável.»
Sartre foi presidente do tribunal criado por Bertrand Russell para julgar a conduta militar norte-americana na Indochina em 1967. Apoiou vivamente os ideais do Maio de 68 e em 1970 foi detido por vender propaganda maoista, na altura proibida em França.
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Os Dados Estão LançadosA morte depois da vida e a vida depois da morte. Depois de morrermos é possível voltar à vida? Pierre e Eve tiveram essa oportunidade, que é dada só em casos especiais. Os dois foram assassinados, levaram vidas muito diferentes. Não se encontraram, não tiveram tempo. O ser que rege o Universo e que cuida da vida e da morte, o «Diretor», também comete erros e o artigo 140 existe para reparar possíveis equívocos: «Se em consequência de um erro, um homem e uma mulher destinados um ao outro, não se encontram durante a vida, podem reclamar e obter autorização para voltar à Terra, dentro de certas condições para ir viver ali o amor e a vida em comum que lhes foi indevidamente frustrada.» Os dois têm uma nova oportunidade, mas descobrem que o destino é mais forte que o livre-arbítrio, que por mais que se esforcem, a vida parece estar encaminhada para uma direção determinada. Essa mensagem deixada por Sartre pode provocar duas reações: resignação e alívio, «já que o Destino rege a minha vida, não tenho culpa ou mérito por tudo que me acontece, vou relaxar!»; ou desesperança e temor, «por mais que eu faça e me esforce, a Sorte está lançada, não tenho controlo sobre a minha vida, qual será o meu Destino, então?» -
A NáuseaApós longas aventuras do Norte de África ao Extremo Oriente, o escritor francês Antoine Roquentin fixa-se na cidade provinciana de Bouville, afastado da família, de amigos, de tudo – exceto de si mesmo e das sensações e dos sentimentos que lhe provocam as pessoas, os objetos, os acontecimentos do dia a dia. A Náusea conta, em forma de diário íntimo e impressionista, a sua história, marcada pela presença constante de «uma felicidade modesta, uma felicidadezinha de náusea» que acabará por condicionar todas as suas ações, ou a falta delas. Através dos esforços de Roquentin por compreender a sua própria vida e aquilo que o rodeia, Jean-Paul Sartre constrói aqui, nesta que foi a sua estreia literária, uma análise dos problemas da existência humana, afirmando-o desde logo como um dos mais importantes nomes da filosofia existencialista. Publicado originalmente em 1938, este continua a ser um dos textos mais famosos da literatura francesa do século XX, aqui traduzido por António Coimbra Martins. -
Os Dados Estão LançadosA morte depois da vida e a vida depois da morte. Depois de morrermos é possível voltar à vida? Pierre e Eve tiveram essa oportunidade, que é dada só em casos especiais. Os dois foram assassinados, levaram vidas muito diferentes. Não se encontraram, não tiveram tempo. O ser que rege o Universo e que cuida da vida e da morte, o «Diretor», também comete erros e o artigo 140 existe para reparar possíveis equívocos: «Se em consequência de um erro, um homem e uma mulher destinados um ao outro, não se encontram durante a vida, podem reclamar e obter autorização para voltar à Terra, dentro de certas condições para ir viver ali o amor e a vida em comum que lhes foi indevidamente frustrada.» Os dois têm uma nova oportunidade, mas descobrem que o destino é mais forte que o livre-arbítrio, que por mais que se esforcem, a vida parece estar encaminhada para uma direção determinada. Essa mensagem deixada por Sartre pode provocar duas reações: resignação e alívio, «já que o Destino rege a minha vida, não tenho culpa ou mérito por tudo que me acontece, vou relaxar!»; ou desesperança e temor, «por mais que eu faça e me esforce, a Sorte está lançada, não tenho controlo sobre a minha vida, qual será o meu Destino, então?»VER POR DENTRO Ver página inteira -
As Mãos SujasAs Mãos Sujas, a peça mais célebre de Jean-Paul Sartre, nasce da oposição política de um realista e de um idealista. Um chefe revolucionário colabora com os seus adversários; uma fação do seu próprio partido considera essa tática inoportuna e encarrega um jovem idealista de o assassinar. Este livro reflete principalmente as ideias de Sartre sobre o problema da liberdade. -
As mãos sujasAs Mãos Sujas, a peça mais célebre de Jean-Paul Sartre, nasce da oposição política de um realista e de um idealista. Um chefe revolucionário colabora com os seus adversários; uma fação do seu próprio partido considera essa tática inoportuna e encarrega um jovem idealista de o assassinar. Este livro reflete principalmente as ideias de Sartre sobre o problema da liberdade. -
Os Sequestrados de AltonaFranz von Gerlach é o sequestrado voluntário que sente pesar sobre si a ameaça da vida. Servindo-se do individual, nele Sartre equaciona os problemas fundamentais do homem posto perante si próprio. Von Gerlach não é ex-nazi, é qualquer homem em estado de culpa. -
O Ser e o Nada - Ensaio de Ontologia FenomenológicaO Ser e o Nada, escrito durante a ocupação nazi, é um dos textos fundamentais do século XX. O livro que marcou como nenhum outro uma época a braços com o desmoronamento de uma civilização é, ao mesmo tempo, a bíblia do existencialismo, o último grande sistema filosófico. Para Sartre, o sentido das nossas vidas não é predeterminado nem por Deus nem pela natureza. Não há nenhuma essência que preceda a existência: o que nos define não é dado a priori, mas decorre das escolhas que fizermos. Primeiro existimos, e só depois nos definimos. Não existe natureza humana à qual tenhamos irresistivelmente de obedecer: estamos condenados a ser livres e somos os únicos responsáveis pelos nossos destinos.
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A Identidade da Ciência da ReligiãoEsta obra é composta por textos que mostram o progresso das reflexões sobre a problemática da identidade da Ciência da Religião. Os ensaios garantem o acesso à sua interrelação temática e lógica subjacente, algo que não se revela pela leitura individual dos textos. Aqui serão esclarecidos e exemplificados os princípios que caracterizam a Ciência da Religião desde o início da sua institucionalização nas últimas décadas do século XIX. Além disso, será discutido em que sentido esses princípios qualificam a disciplina para sua funcionalidade extra-acadêmica. Essa atualização do livro Constituintes da Ciência da Religião (Paulinas, 2006) se entende como uma reação ao desconhecimento das especificidades da Ciência da Religião, não apenas por parte do público em geral, mas também entre estudantes e, até mesmo, docentes da área no Brasil. -
Decadência: o declínio do Ocidente«Da ideia de Jesus, anunciada no Antigo Testamento e progressivamente sustentada por imagens ao longo dos séculos de arte cristã, a Bin Laden, que declara guerra de morte ao nosso Ocidente esgotado, é o fresco épico da nossa civilização que aqui proponho. Nele encontramos: monges loucos do deserto, imperadores cristãos sanguinários, muçulmanos a construir o seu "paraíso à sombra das espadas", grandes inquisidores, bruxas montadas em vassouras, julgamentos de animais, índios de penas com Montaigne nas ruas de Bordéus, a ressurreição de Lucrécio, um padre ateu que anuncia a morte de Deus, uma revolução jacobina que mata dois reis, ditadores de esquerda e depois de direita, campos de morte castanhos e vermelhos, um artista que vende os seus excrementos, um escritor condenado à morte por ter escrito um romance, dois rapazes que evocam o islão e degolam um pároco em plena missa - sem esquecer mil outras coisas...»