«O Sesudo e o Sandeu»: estudo sobre a obra de Luís da Silveira, poeta do “Cancioneiro Geral de Garcia de Resende”
Debruça-se o presente estudo sobre a obra de um poeta português representado no Cancioneiro geral de Garcia de Resende (1516): D. Luís da Silveira, senhor de Góis. Pretende-se analisar, na íntegra, o corpus poético atribuído a este autor, frisando, de uma parte, os aspectos temáticos, formais e estilísticos que o vinculam ao enquadramento epocal e estético em que foi produzido, e, de outra parte, aqueles que consideramos serem elementos de uma poética individual e invulgarmente coerente.
Imprimiu-se ao trabalho um seccionamento analítico de ordem temática, abrangendo, em três etapas, todas as facetas da obra de Luís da Silveira: os textos individuais subordinados a temas religiosos, morais e filosóficos; os textos individuais de conteúdo amoroso; e as participações em poesias colectivas de circunstância, de inspiração satírica ou galante.
Mediante uma reflexão contextualizada acerca da poesia completa deste autor, deseja-se oferecer um modesto mas incentivador contributo aos estudos ‘cancioneiris’ portugueses e ibéricos, agregando-o ao pequeno acervo bibliográfico já produzido a respeito do legado de alguns outros autores maiores do Cancioneiro geral, entre os quais se contam D. Francisco de Portugal, Garcia de Resende, Álvaro de Brito e Anrique da Mota.
Luís da Silveira pertence a uma das gerações poéticas mais recentes contempladas pelo Cancioneiro geral de Garcia de Resende (Almeirim / Lisboa, 1516), e é autor de um conjunto de textos que, se não sobressai pela extensão nem pela celebridade que os séculos posteriores lhe tributaram, revela uma iniludível qualidade literária, que passa, entre outros factores que teremos ensejo de debater, pela notável virtude de assimilar, conjugar e glosar com refinada elegância alguns dos temas e motivos literários de maior fortuna no seu tempo, ou seja, nos primeiros três lustros do século XVI. Assim, ao valor intrínseco da sua obra soma-se ainda o mérito de se apresentar como uma generosa reflexão do contexto estético, mental e cultural em que foi produzida
| Editora | Colibri |
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| Categorias | |
| Editora | Colibri |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | A. Ferreira da Silva |
Entre outras coisas, A. Ferreira da Silva interessa-se por ambas as modalidades a que o convívio com a Literatura se presta: a criativa e a teórica. Para além do trabalho de investigação académica que desenvolve em torno das literaturas ibéricas dos séculos XV a XVII, dedica-se igualmente à tradução, tendo obtido uma menção honrosa no âmbito do Prémio Vasco Graça Moura 2017, pela sua versão portuguesa das Rimas de Guido Cavalcanti. Em 2019 estreou-se na poesia, com os títulos Cancioneiro de D. Luís Gonzaga e O Novo Paladino (este último publicado pela Manufactura); em 2020 publicou O Último Verão, a sua primeira experiência no domínio da prosa ficcional; e em 2022 incorreu num pontual risco dramatúrgico, com O Purgatório de Namorados.
Cronologicamente, porém, Mortalidade Poética é ainda um primeiro livro, por reunir os seus textos mais antigos.
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"En Las Selvas Vive Amor" - Relações Sociais e Humanas em El Pastor de Fílida, de Luis Gálvez de MontalvoFruto de uma engenhosa assimilação de tradições, a novela pastoril de Luis Gálvez de Montalvo veicula, de forma discreta mas irrefutavelmente sugestiva, princípios que permitirão não apenas alargar o espectro de possibilidades estéticas de um género particularmente codificado e reiterativo, mas ainda (e sobretudo) brindar as décadas subsequentes com uma fórmula mais maleável e tão adequada às suas circunstâncias como a trilogia das Dianas o fora em relação à época que a viu nascer. Para além de propor um confronto selectivo com uma secular herança literária, El pastor de Fílida explora ainda as potencialidades alusivas da convenção bucólica, impondo-se como retrato (ou auto-retrato) da sociedade cortesã de Quinhentos, algo idealizado, de resto, como o são todos os retratos em tempos optimistas.No estudo que aqui se apresenta, desenvolver-se-á uma reflexão acerca do hibridismo polifacetado que acabamos de frisar, bem como das suas implicações num contexto poético e ideológico que simultaneamente se assume e se fragiliza. Em última instância, observar-se-á o modo como a proposta aventada por Luis Gálvez de Montalvo, em perfeita sintonia com os valores socio-culturais datáveis a que se subordina, marca uma decisiva inflexão na novela pastoril espanhola do Siglo de Oro, reservando para si, contudo, o privilégio de uma indizível ironia de universalidade. De um modo geral, a obra de Gálvez de Montalvo é mencionada ou até sumariamente discutida em análises mais amplas versando sobre a evolução genológica da novela pastoril ou sobre a expressão transversal de um determinado tópico. As interessantes observações que, nesses trabalhos em que ocupa um lugar secundário, amiúde suscita impõem a urgência de estudar El pastor de Fílida autonomamente, numa tentativa de abranger, de forma (quanto possível) metódica e detida, as inúmeras singularidades que o distinguem. -
O Novo PaladinoO Novo Paladino é um livro de iniciação a passos mínimos, mas com aspirações planisféricas. Trata-se de um conjunto de brevíssimas reflexões poéticas, tomando como ponto de partida (e também de chegada, quando não de puro trânsito) um lugar geográfico, ou talvez a fantasmática impressão de um lugar. Desde a estepe pôntica às ilhas polinésias, desde o fulgor mediterrânicoÀ lonjura da savana, desde a floresta equatorial aos fiordes do Norte, são contemplados revérberos de todos os países do mundo, Numa fixação caleidoscópica e deliberadamente errática. Misto de recordação de viagens efectivas e de prospecção de deslumbramentos imaginários ou por acontecer, esta colecção de fugacidades pretende, todavia, celebrar o atributo comum e perene de que comungam todos os lugares, culturas e existências: a vocação para a beleza. -
O Último VerãoUma sequência de quadros introspectivos é sobreposta pelo itinerário de uma viagem que ameaça converter-se em errância, propendendo para a fuga e para a busca, para o compromisso e para a rejeição, neste O Último Verão, que, tal como o protagonista parece augurar, oferece-se como um relato de primeira pessoa narrado na terceira. -
O Amor nas Novelas Pastoris PortuguesasInsere-se este estudo no âmbito da investigação que tem vindo a ser desenvolvida, de forma intermitente, em torno da novela pastoril em Portugal. Desde cedo, este género literário foi relegado para a categoria das antigualhas livrescas de escasso interesse e proveito, devido, nomeadamente, à sua breve e discreta aparição no panorama nacional, ao considerável distanciamento histórico e idiossincrático que o aparta dos leitores hodiernos, e ainda, porventura, às ressonâncias culturais espanholas que insinua, num momento em que a assunção de tal vínculo não resultou muito grata. A sua análise diligente impõe-se, todavia, e não deve ser encarada enquanto mero gesto de caridade erudita, mas como um acto de justiça para com um acervo textual que quantitativa e qualitativamente justifica a atenção que se lhe possa dispensar. Será aqui abordado o tratamento narrativo que nestes textos se concede ao tema do amor, bem como as problemáticas de índole estética, ideológica e epistemológica que para ele confluem e nele se intersectam. Urge a reconsideração de uma vasta panóplia de questões, que vão desde a reelaboração ficcional à qual são submetidos materiais literários e ideológicos precedentes, passando pela articulação entre um difuso aparato de conceitos atinentes ao amor e a sua concretização narratológica, até à subtil interrogação retórica endereçada, por diversas vias, à validade de tais conceitos e dos substratos que os compõem, num universo ficcional que se encontra já a uma distância considerável das convenções matriciais das quais deflui. Simultaneamente explorado como inexaurível manancial romanesco e apresentado como factor ambiental, digamos, definitório dos vectores filosóficos e literários implicados nos textos que analisaremos, o amor impõe-se como um objecto de estudo imperativo para o justo entendimento da novela pastoril portuguesa e ibérica. Em vasta medida, para o tema do amor confluem múltiplas outras problemáticas ancilares contempladas no corpus, pelo que o sóbrio equacionamento da sua expressão pode servir como um ponto de partida para indagações noutros sentidos. -
Mortalidade PoéticaEste livro é um tributo singelo que o Autor faz ao filho. Escrito com a leveza do amor e o entusiasmo das paixões, tentando compreender o mundo do autismo, cheio de interrogações e labirintos fascinantes.Não se trata de um trabalho científico nem de um ensaio, com apresentação regrada e bibliografia complementar devidamente referenciada. Tão pouco é um romance, daqueles em que ficamos suspensos à espera do capítulo seguinte ou do desfecho final. Trata-se de um “testemunho comprometido. Não será uma biografia porque lhe falta o rigor do tempo e da prova, será antes um tributo de amor em que, ao longo das páginas do livro, demonstram-se e sublinham-se certas reacções, sobretudo comportamentais, que fazem do Henrique (ou Cocas, de Henricocas, como carinhosamente é chamado amiúde) uma pessoa muito estimada e querida, tanto no seio da família, como fora dela. Basta conviver com ele algumas horas e ficamos cativos da sua inocência e da sua ingenuidade.EsquissoAs ondas do mar soçobram o horizonte.As ondas do mar sobrevivem ao horizonte.As ondas matam o horizonte.As ondas emulam o avolumar das baleias.As ondas fingem ser baleias.As ondas são baleias.As ondas planam sobre o mar.As ondas singram como um sonho em que se voa.As ondas são um sonho de voar.O horizonte foi morto pelos sonhos de voo das baleias.
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O Essencial Sobre José Saramago«Aquilo que neste livro se entende como essencial em José Saramago corresponde à sua específica identidade como escritor, com a singularidade e com as propriedades que o diferenciam, nos seus fundamentos e manifestações. Mas isso não é tudo. No autor de Memorial do Convento afirma-se também uma condição de cidadão e de homem político, pensando o seu tempo e os fenómenos sociais e culturais que o conformam. Para o que aqui importa, isso é igualmente essencial em Saramago, até porque aquela condição de cidadão não é estranha às obras literárias com as quais ela interage, em termos muito expressivos.» in Contracapa -
Confissões de um Jovem EscritorUmberto Eco publicou seu primeiro romance, O Nome da Rosa, em 1980, quando tinha quase 50 anos. Nestas suas Confissões, escritas cerca de trinta anos depois da sua estreia na ficção, o brilhante intelectual italiano percorre a sua longa carreira como ensaísta dedicando especial atenção ao labor criativo que consagrou aos romances que o aclamaram. De forma simultaneamente divertida e séria, com o brilhantismo de sempre, Umberto Eco explora temas como a fronteira entre a ficção e a não-ficção, a ambiguidade que o escritor mantém para que seus leitores se sintam livres para seguir o seu próprio caminho interpre tativo, bem como a capacidade de gerar neles emoções. Composto por quatro conferências integradas no âmbito das palestras Richard Ellmann sobre Literatura Moderna que Eco proferiu na Universidade Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, Confissões de um jovem escritor é uma viagem irresistível aos mundos imaginários do autor e ao modo como os transformou em histórias inesquecíveis para todos os leitores. O “jovem escritor” revela-se, afinal, um grande mestre e aqui partilha a sua sabedoria sobre a arte da imaginação e o poder das palavras. -
Sobre as MulheresSobre as Mulheres é uma amostra substancial da escrita de Susan Sontag em torno da questão da mulher. Ao longo dos sete ensaios e entrevistas (e de uma troca pública de argumentos), são abordados relevantes temas, como os desafios e a humilhação que as mulheres enfrentam à medida que envelhecem, a relação entre a luta pela libertação das mulheres e a luta de classes, a beleza, o feminismo, o fascismo, o cinema. Ao fim de cinquenta anos – datam dos primeiros anos da década de 1970 –, estes textos não envelheceram nem perderam pertinência. E, no seu conjunto, revelam a curiosidade incansável, a precisão histórica, a solidez política e o repúdio por categorizações fáceis – em suma, a inimitável inteligência de Sontag em pleno exercício.«É um deleite observar a agilidade da mente seccionando através da flacidez do pensamento preguiçoso.» The Washington Post«Uma nova compilação de primeiros textos de Sontag sobre género, sexualidade e feminismo.» Kirkus Reviews -
Para Tão Curtos Amores, Tão Longa VidaNuma época e num país como o nosso, em que se regista um número muito elevado de divórcios, e em que muitos casais preferem «viver juntos» a casar-se, dando origem nas estatísticas a muitas crianças nascidas «fora do casamento», nesta época e neste país a pergunta mais próxima da realidade não é por que duram tão pouco tantos casamentos, mas antes: Por que é que há casamentos que duram até à morte dos cônjuges? Qual é o segredo? Há um segredo nisso? Este novo livro de Daniel Sampaio, que traz o título tão evocativo: Para Tão Curtos Amores, Tão Longa Vida, discute as relações afetivas breves e as prolongadas, a monogamia e a infidelidade, a importância da relação precoce com os pais e as vicissitudes do amor. Combinando dois estilos, o ficcional e o ensaístico, que domina na perfeição, o autor traz perante os nossos olhos, de modo muito transparente e sem preconceitos, tão abundantes nestas matérias, os problemas e dificuldades dos casais no mundo de hoje, as suas vitórias e derrotas na luta permanente para manterem viva a sua união.Um livro para todos nós porque (quase) todos nós, mais tarde ou mais cedo, passamos por isso. -
A Vida na SelvaHá quem nasça para o romance ou para a poesia e se torne conhecido pelo seu trabalho literário; e quem chegue a esse ponto depois de percorrer um longo caminho de vida, atravessando os escolhos e a complexidade de uma profissão, ou de uma passagem pela política, ou de um reconhecimento público que não está ligado à literatura. Foi o caso de Álvaro Laborinho Lúcio, que publicou o seu primeiro e inesperado romance (O Chamador) em 2014.Desde então, em leituras públicas, festivais, conferências e textos com destinos vários, tem feito uma viagem de que guarda memórias, opiniões, interesses, perguntas e respostas, perplexidades e reconhecimentos. Estes textos são o primeiro resumo de uma vida com a literatura – e o testemunho de um homem comprometido com as suas paixões e o diálogo com os outros. O resultado é comovente e tão inesperado como foi a publicação do primeiro romance. -
Almoço de DomingoUm romance, uma biografia, uma leitura de Portugal e das várias gerações portuguesas entre 1931 e 2021. Tudo olhado a partir de uma geografia e de uma família.Com este novo romance de José Luís Peixoto acompanhamos, entre 1931 e 2021, a biografia de um homem famoso que o leitor há de identificar — em paralelo com história do país durante esses anos. No Alentejo da raia, o contrabando é a resistência perante a pobreza, tal como é a metáfora das múltiplas e imprecisas fronteiras que rodeiam a existência e a literatura. Através dessa entrada, chega-se muito longe, sem nunca esquecer as origens. Num percurso de várias gerações, tocado pela Guerra Civil de Espanha, pelo 25 de abril, por figuras como Marcelo Caetano ou Mário Soares e Felipe González, este é também um romance sobre a idade, sobre a vida contra a morte, sobre o amor profundo e ancestral de uma família reunida, em torno do patriarca, no seu almoço de domingo.«O passado tem de provar constantemente que existiu. Aquilo que foi esquecido e o que não existiu ocupam o mesmo lugar. Há muita realidade a passear-se por aí, frágil, transportada apenas por uma única pessoa. Se esse indivíduo desaparecer, toda essa realidade desaparece sem apelo, não existe meio de recuperá-la, é como se não tivesse existido.» «Os motoristas estão à espera, o brado da multidão mistura-se com o rugido dos motores. Antes de entrarmos, o Mário Soares aproxima-se de mim, correu tudo tão bem, e abraça-me com um par estrondosas palmadas no centro das costas. A coluna de carros avança devagar pelas ruas da vila. Tenho a garganta apertada, não consigo falar. Como me orgulha que Campo Maior seja a capital da península durante este momento.»«Autobiografia é um romance que desafia o leitor ao diluir fronteiras entre o real e o ficcional, entre espaços e tempos, entre duas personagens de nome José, um jovem escritor e José Saramago. Este é o melhor romance de José Luís Peixoto.»José Riço Direitinho, Público «O principal risco de Autobiografia era esgotar-se no plano da mera homenagem engenhosa, mas Peixoto evitou essa armadilha, ao construir uma narrativa que se expande em várias direções, acumulando camadas de complexidade.»José Mário Silva, Expresso -
Electra Nº 23A Atenção, tema de que se ocupa o dossier central do número 23 da revista Electra, é um recurso escasso e precioso e por isso objecto de uma guerra de concorrência sem tréguas para conseguir a sua captura. Nunca houve uma tão grande proliferação de informação, de produtos de consumo, de bens culturais, de acontecimentos que reclamam a atenção. Ela é a mercadoria da qual depende o valor de todas as mercadorias, sejam materiais ou imateriais, reais ou simbólicas. A Atenção é, pois, uma questão fundamental do nosso tempo e é um tópico crucial para o compreendermos. Sobre ela destacam-se neste dossier artigos e entrevistas de Yves Citton, Enrico Campo, Mark Wigley, Georg Franck e Claire Bishop. Nesta edição, na secção “Primeira Pessoa”, são publicadas entrevistas à escritora, professora e crítica norte-americana Svetlana Alpers (por Afonso Dias Ramos), cujo trabalho pioneiro redefiniu o campo da história da arte nas últimas décadas, e a Philippe Descola (por António Guerreiro), figura central da Antropologia, que nos fala de temas que vão desde a produção de imagens e das tradições e dos estilos iconográficos à questão da oposição entre natureza e cultura. A secção “Furo” apresenta um conjunto de desenhos e cartas inéditos da pintora Maria Helena Vieira da Silva. Em 1928, tinha vinte anos. Havia saído de Portugal para estudar arte em Paris e, de França, foi a Itália numa viagem de estudo. Durante esse percurso desenhou num caderno esboços rápidos do que via, e ao mesmo tempo, escrevia cartas à mãe para lhe contar as suas impressões e descobertas. Uma selecção destes desenhos e destas cartas, que estabelecem entre si um diálogo íntimo e consonante, é agora revelada. Na Electra 23, é publicada, na secção “Figura”, um retrato do grande poeta grego Konstandinos Kavafis, feito pelo professor e tradutor Nikos Pratsinis, a partir de oito perguntas capitais; é comentada, pelo escritor Christian Salmon, na secção “Passagens”, uma reflexão sobre a história trágica da Europa Central do consagrado romancista e ensaísta checo, Milan Kundera. Ainda neste número, o ensaísta e jornalista Sergio Molino dá-nos um mapa pessoal da cidade de Saragoça, em que a história e a geografia, a literatura e a arte se encontram; o jornalista e colunista brasileiro Marcelo Leite trata das investigações em curso desde os anos 90, com vista ao uso farmacológico e terapêutico dos psicadélicos; a escritora e veterinária María Sanchez constrói um diário que é atravessado por procuras e encontros, casas e viagens, livros e animais, terras e mulheres, amor e amizade; o arquitecto, investigador e curador chileno Francisco Díaz aborda a relação entre solo e terreno, a partir do projecto da Cidade da Cultura de Santiago de Compostela, da autoria de Peter Eisenman; o artista e ensaísta João Sousa Cardoso escreve sobre a obra do escultor Rui Chafes, revisitando três exposições e um livro apresentados durante o ano de 2023; e o dramaturgo Miguel Castro Caldas comenta a palavra “Confortável”.Vários -
Diário SelvagemEste «Diário Selvagem», «até aqui quase integralmente inédito, é um livro mítico, listado e discutido em inúmeras cartas e cronologias do autor, a que só alguns biógrafos e estudiosos foram tendo acesso».