O Super-Homem é Árabe - Sobre Deus, o Casamento, o Machão e outras Invenções Desastrosas
Este não é um manifesto contra os homens em geral. Nem é um manifesto contra os homens árabes em particular. É, todavia, um uivo na cara de uma particular espécie de homens: a espécie macha, o Super-Homem, como eles gostam de se considerar. Mas o Super-Homem é uma mentira. Nesta explosiva sequela de Eu Matei Xerazade, Joumana Haddad examina o sistema patriarcal que continua a dominar o mundo árabe — e não só. Das religiões monoteístas e do conceito de casamento à institucionalização do machismo e do duplo padrão, Joumana reflecte sobre a necessidade vital de uma nova masculinidade nestes tempos de revolução e mudança no Médio Oriente.
| Editora | Sibila Publicações |
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| Coleção | Mulheres de Palavra |
| Categorias | |
| Editora | Sibila Publicações |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Joumana Haddad |
Joumana Haddad é uma premiada escritora, poeta, tradutora literária, editora e jornalista. Em 2008 lançou a primeira revista cultural e erótica do mundo árabe Jasad ("Corpo"), que fez manchetes em todo o mundo. Em 2007 foi eleita como um dos trinta e nove autores de Beirute. Nos últimos anos tem integrado a lista das cem mulheres árabes mais poderosas, iniciativa de uma revista árabe de Economia. "Eu Matei Xerazade — Confissões de Uma Mulher Árabe em Fúria" (Sibila, 2017) foi aclamado pela crítica e traduzido em treze línguas. Vive em Beirute com os seus dois filhos.
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Eu Matei Xerazade - Confissões de uma Mulher Árabe em FúriaEu Matei Xerazade - Confissões de uma Mulher Árabe em Fúria, da escritora libanesa Joumana Haddad (n. 1970) é um livro onde a reflexão sobre a condição das mulheres árabes contemporâneas se mistura com as memórias pessoais da autora, que viveu a infância e a adolescência numa Beirute em guerra, e também com a poesia. Joumana Haddad conta de que forma a leitura clandestina de Sade, que iniciou aos 12 anos de idade, transformou a sua vida e a sua visão do mundo, e a levou a escrever poesia libertina e a fundar, aos quarenta anos, a primeira revista erótica em língua árabe. Escreve Haddad: "Nunca fui uma grande fã de Xerazade – a qual, para piorar as coisas, é enjoativamente acarinhada pelos orientalistas – embora adorasse ler e reler As Mil E Uma Noites. Estou convencida de que a personagem dela é uma conspiração contra as mulheres árabes em particular, e as mulheres em geral. Obviamente, a pobre senhora fez o que tinha de fazer. Não estou a julgá-la por isso. De facto, eu poderia muito bem ter feito o mesmo, se estivesse na sua delicada posição. Apenas estou farta de que as pessoas (especialmente no Ocidente, mas também no mundo árabe) façam dela uma heroína, o símbolo da oposição cultural e feminina árabe e da luta contra a injustiça, a crueldade e a discriminação dos homens. Ela é apenas uma rapariguinha querida com uma grande imaginação e boas capacidades negociais. Precisamos simplesmente de pôr as coisas na perspectiva certa. Portanto, eu matei-a." Publicado em inúmeras línguas, este livro é um vendaval que varre as ideias-feitas sobre as mulheres árabes e reflecte sobre as razões que levaram a que o erotismo, tão presente na literatura e na cultura árabes antigas tenha sido apagado da cultura árabe contemporânea e substituído por livros pretensamente religiosos que apelam à violência e até violação. Os equívocos orientais e ocidentais sobre a religião, a identidade, o patriotismo, a submissão, a liberdade e a igualdade de género são analisados com desassombro neste livro tão ardente como cheio de humor. Sobre esta obra, escreveu Mario Vargas Llosa: " Um livro muitíssimo corajoso e esclarecedor sobre as mulheres no mundo árabe. Abre-nos os olhos, destrói-nos os preconceitos e é muito divertido". Este livro foi publicado nos Estados Unidos da América, no Reino Unido, em França, Itália, Espanha, América Latina, Brasil, Dinamarca, Noruega, Alemanha, Holanda, Croácia, Roménia, Líbano e mundo árabe. -
O Terceiro Sexo - O que Platão me Contou no seu Leito de Morte«Será realmente preciso coragem para discutir aquilo de que temos medo, ou de que temos vergonha? Já ultrapasei essa questão. Agora, quando escrevo, procuro sobretudo escavar mais camadas, aumentar o meu nível de consciência, ajudar os outros e ajudar-me a mim. Não vejo os sinais de proibido, não ouço os avisos, e não me preocupo com as minas que poderão explodir debaixo dos meus pés. Crio emboscadas para mim mesma, lanço-me nelas e arranco todas as minhas camadas de pele até ficar completamente nua no papel. Torno-me, simultaneamente, o voyeur e o exibicionista; o banquete e o seu anfitrião. E sempre que uma bomba me explode na cara, sinto-me em êxtase, porque então posso dar aos leitores pedaços da minha própria carne. Esses pedaços são as minhas verdades, as minhas palavras, os meus humildes presentes para vocês neste livro… e são também as minhas armadilhas.» — Joumana Haddad O Terceiro Sexo — O que Platão me Contou no seu Leito de Morte, terceira e última parte da trilogia iniciada com Eu Matei Xerazade – Confissões de Uma Mulher Árabe Em Fúria e prosseguida com O Super-Homem é Árabe — Sobre Deus, o Casamento, o Machão e Outras Invenções Desastrosas, é um livro em que, como nos anteriores, a autobiografia se cruza com o ensaio e a poesia, o íntimo e o universal se entretecem, nesse estilo reflexivo e criativo, pleno de inteligência, humor, liberdade e autenticidade, que é a marca de Joumana Haddad. A escritora confronta-se e confronta-nos com as nossas fragilidades e preconceitos, além de apontar para uma sociedade em que os artifícios criados pelo dinheiro, pelo poder, pelo género ou pelas etnias sejam superados e a humanidade, enfim, reconhecida como o terceiro e único sexo.
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O Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
A DesobedienteA dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa.Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz ativista de uma jovem que há de ser uma d’As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa atividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem. -
Emílio Rui VilarMemórias do país da ditadura e do alvor da democracia em Portugal. A vida de Emílio Rui Vilar atravessou as principais mudanças da segunda metade do século XX. Contado na primeira pessoa, um percurso fascinante pelo fim do regime de Salazar e Caetano e pela revolução de Abril.Transcrevendo entrevistas realizadas ao longo de vários meses, este livro recolhe o relato na primeira pessoa de uma trajetória que percorreu o início da contestação ao Estado Novo no meio universitário, a Guerra Colonial, a criação da SEDES, o fracasso da “primavera marcelista” e os primeiros anos do novo regime democrático saído do 25 de Abril, onde Emílio Rui Vilar desempenhou funções governativas nos primeiros três Governos Provisórios e no Primeiro Governo Constitucional. No ano em que se celebram cinco décadas de democracia em Portugal, este livro é um importante testemunho sobre dois regimes, sobre o fim de um e o nascimento de outro. -
Oriente PróximoCom a atual guerra em Gaza, este livro, Oriente Próximo ganhou uma premente atualidade. A autora, a maior especialista portuguesa sobre o assunto, aborda o problema não do ponto de vista geral, mas a partir da vida concreta das pessoas judeus, árabes e outras nacionalidades que habitam o território da Palestina. Daí decorre que o livro se torna de leitura fascinante, como quem lê um romance.Nunca se publicou nada em Portugal com tão grande qualidade. -
Inglaterra - Uma ElegiaNeste tributo pungente e pessoal, o filósofo Roger Scruton tece uma elegia à sua pátria, a Inglaterra, que é, ao mesmo tempo, uma esclarecedora e exaltante análise das suas instituições e cultura e uma celebração das suas virtudes.Abrangendo todos os aspectos da herança inglesa e informado por uma visão filosófica única, Inglaterra – Uma Elegia mostra como o seu país possui uma personalidade distinta e como dota os seus nacionais de um ideário moral também ele distinto.Inglaterra – Uma Elegia é uma defesa apaixonada, mas é também um lamento profundamente pessoal pelo perda e desvanecimento dessa Inglaterra da sua infância, da sua complexa relação com o seu pai e uma ampla meditação histórica e filosófica sobre o carácter, a comunidade, a religião, a lei, a sociedade, o governo, a cultura e o campo ingleses. -
Savimbi - Um homem no Seu MartírioSavimbi foi alvo de uma longa e destrutiva campanha de propaganda, desinformação e acções encobertas de segurança com o objectivo de o desacreditar e isolar. Se não aceitasse o exílio ou a sujeição, como foi o objectivo falhado dessa campanha, o fim último era matá-lo, como aconteceu: premeditadamente! Para que a sua «morte em combate» não suscitasse empatia, foi como um chefe terrorista da laia de Bin Laden que a sua morte foi apresentada – artifício da propaganda que tirou partido da memória emocional recente dos atentados da Al Qaeda, na América. Julgado com honestidade, Savimbi nunca foi o «bandido» por que o fizeram passar. O manifesto apreço que personalidades de indiscutível clareza moral, como Mandela, tiveram por ele prova-o. O MPLA elegeu-o como adversário temido e quis apagá-lo do seu caminho! Não pelos crimes a que o associaram. O que o MPLA e o seu regime temiam eram as suas qualidades e carisma, a sua representatividade política e o prestígio externo que granjeara. Como outros grandes da História, Savimbi também tinha defeitos e cometia erros. Mas no deve e haver as suas qualidades eram preponderantes." -
Na Cabeça de MontenegroLuís Montenegro, o persistente.O cargo de líder parlamentar, no período da troika, deu-lhe o estatuto de herdeiro do passismo. Mas as relações com Passos Coelho arrefeceram e o legado que agora persegue é outro e mais antigo. Quem o conhece bem diz que Montenegro é um fiel intérprete da velha tradição do PPD, o partido dos baronatos do Norte. Recusou por três vezes ser governante e por duas vezes foi derrotado em autárquicas. Já fez e desfez alianças, esteve politicamente morto e ressuscitou. Depois de algumas falsas partidas chegou à liderança. Mas tudo tem um preço e é o próprio a admitir que se questiona com frequência: será que vale a pena? -
Na Cabeça de VenturaAndré Ventura, o fura-vidas.Esta é a história de uma espécie de Fausto português, que foi trocando aquilo em que acreditava por tudo o que satisfizesse a sua ambição. André Ventura foi um fura-vidas. A persona mediática que criou nasceu na CMTV como comentador de futebol. Na adolescência convertera-se ao catolicismo, a ponto de se tornar um fundamentalista religioso. Depois de ganhar visibilidade televisiva soube pô-la ao serviço da sua ambição de notoriedade. Passou pelo PSD e foi como candidato do PSD que descobriu que havia um mercado eleitoral populista e xenófobo à espera de alguém que viesse representá-lo em voz alta. Assim nasceu o Chega.