Obra Poética (1948-1995)
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Desta edição de Obra Poética, organizada e revista por Luis Manuel Gaspar com a colaboração de David Ferreira, fazem parte todos os livros e conjuntos de poemas organizados e publicados pelo autor, nomeadamente Obra Poética 1948-1988, com introdução de Eduardo Prado Coelho, e a sua obra posterior: Lisboa – Luzes e Sombras (1992), Música de Cama (1994), e Rime Petrose, cinco sonetos publicados na revista Colóquio/Letras em janeiro de 1995. Inclui ainda o Cancioneiro de Natal, iniciado em 1960 e que o autor considerava uma «obra "aberta" ou "em suspenso"», e agora concluído com um poema de 1995, «Som de Natal». Segunda edição revista e aumentada nos textos de apoio, nomeadamente na Cronologia.
| Editora | Assírio & Alvim |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Assírio & Alvim |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | David Mourão-Ferreira |
David Mourão-Ferreira
DAVID MOURÃO-FERREIRA, nasceu em Lisboa, em 1927. Autor multifacetado - poeta, crítico, ensaísta, contista, novelista, romancista, cronista, dramaturgo, tradutor, conferencista, polemista -, nasce para a literatura em 1945, ano em que publica os seus primeiros poemas na revista Seara Nova. Porém, o seu primeiro livro A Secreta Viagem, surgiu apenas em 1950, no mesmo ano em que, de parceria com António Manuel Couto Viana e Luiz de Macedo, lança as folhas de poesia Távola Redonda, que cessariam a sua publicação em 1954. Em 1956, o seu nome aparece no elenco redactorial da revista Graal, onde aliás colabora com notas e recensões, uma novela (E aos Costumes Disse Nada), uma peça de teatro (Contrabando) e um longo ensaio sobre a poesia de Vinícius de Morais. David Mourão Ferreira é uma referência fulcral da história da literatura e da cultura do século XX. Secretário de Estado da Cultura do último governo provisório e dos 1º e 4º governos constitucionais do pós-25 de Abril, a ele se deve, entre outras iniciativas, a criação do Museu Nacional de Literatura, no Porto. O seu primeiro romance Um Amor Feliz (1986), foi galardoado com os prémios: Grande Prémio de Ficção da Associação Portuguesa de Escritores; Prémio Cidade de Lisboa; Prémio Pen Clube e Prémio D. Dinis, da Casa de Mateus. Foi também um divulgador de poesia, tendo publicado vários artigos em jornais e tendo participado nas Tardes Poéticasdo Teatro Nacional e, sobretudo, deixou uma óptima imagem de comunicador, em programas de televisão como Vinte Poetas Contemporâneos ou Imagens da Poesia Contemporânea.Faleceu em 1996, em Lisboa, sem deixar de escrever em Os Ramos e os Remos que Antes de sermos fomos uma sombra / Depois de termos sido que nos resta / É de longe que a vida nos aponta / É de perto que a morte nos aperta.
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Nos Passos de PessoaFernando Pessoa e o Amor. Fernando Pessoa e as suas tácticas de publicação. Fernando Pessoa e a despersonalizante tradição portuguesa do bucolismo. Fernando Pessoa, o Labirinto e o mito de Dédalo. A criação heteronímica de Fernando Pessoa em confronto com a de Valery Larbaud. A possibilidade de se ler Camões à luz do caso de Fernando Pessoa. Estes, alguns dos temas dos nove ensaios aqui reunidos e escritos ao longo de quatro décadas por David Mourão-Ferreira, professor da Faculdade de Letras de Lisboa e director da revista Colóquio/Letras, cujas obras - o romance Um Amor Feliz e os poemas de O Corpo Iluminado (com desenhos de Francisco Simões) - também constituíram lançamentos da Editorial Presença. -
Sob o Mesmo TectoCesário Verde, M. Teixeira-Gomes, António Patrício, António Sérgio, Jaime Cortesão, Aquilino Ribeiro, José de Almada Negreiros, Gilberto Freyre, José Rodrigues Miguéis, Vitorino Nemésio: estes os dez autores de língua portuguesa que - sob o mesmo tecto de uma unidade linguística, temporal e afectiva - diferentemente aparecem iluminados ao longo dos dezasseis estudos do presente livro de David Mourão-Ferreira, onde se encontram, mais amadurecidamente representadas do que nunca, as diversas faces do seu autor como scholar e ensaísta. -
Um Amor Feliz«...a maravilha que deve ser escrever um livro: a invenção dentro da memória; a memória dentro da invenção; e toda essa cavalgada de uma grande fuga, todo esse prodígio de umas poligâmicas núpcias, secretas e arrebatadas, com a feminina multidão das palavras (...)». David Mourão-Ferreira é um dos nomes de referência ao longo das mutações literárias do século XX, e exprime-se assim no seu romance, que continua a ser, ele também, um caso de «amor feliz» entre a escrita e o público como o provam as muitas reedições que nos trazem uma voz que se perpetua num continuado presente. -
Os Amantes e Outros ContosUm livro fascinante onde amor e morte perturbantemente se cruzam, intimamente se confundem; e onde a denúncia da violência ou de arreigados tabus serve de pano de fundo aos mais livres voos da imaginação. Uma linguagem de extrema sugestão poética e simultaneamente muito precisa e despojada, de um como que incandescente rigor. Um clima onírico e ao mesmo tempo uma realidade historicamente referenciada. Os Amantes e Outros Contos, além do mais que se possa encontrar nele ou dizer dele, permanecerá como referência emblemática, inovadora na aventura literária do século XX português, onde David Mourão-Ferreira criou o seu próprio espaço como poeta, ficcionista e ensaísta, como teórico e crítico da literatura. Com um elucidativo Prefácio do autor sobre as duas primeiras edições (1968 e 1974) e com Posfácio de Eduardo Prado Coelho. -
Jogo de EspelhosEis, num só, dois livros. Mas ambos magros, quase reduzidos ao osso: como convém ao actual regime dietético em matéria de leituras. Melhor vê-los como dois espelhos, por acaso reunidos na mesma sala: o primeiro todo voltado para fora; o segundo, em contrapartida, mais esquinado para o interior. O que não quer dizer que os dois espelhos se encontrem de costas um para o outro. Daí o jogo. O Jogo de Espelhos. -
As Quatro EstaçõesQuatro contos, quatro figuras de mulher: o amor como ressaibo de frustração, como descobrimento e expectativa, como recíproco ludíbrio, finalmente como destino.Quatro miniaturas em subtil contraste com o largo painel de «Um Amor Feliz». Mas também quatro trechos de música de câmara executados pelo autor de «Música de Cama». -
Obra Poética 1948 - 1988Nos seus livros mais recentes, a poesia de David Mourão-Ferreira parece organizar-se em forma de incursões no seus ciclos anteriores. Mas cada vez mais, no apuro e mestria de uma arte das palavras, ela é a celebração da própria poesia como a síntese impossível (lugar de contrários,conjugação da água e do fogo, simbiose da terra e do ar, convocação de todas as memórias). Ou da poesia como aproximação da música, não uma viagem em busca do sentido anterior e da mátria perdida, nem viagem de exploração e saque, mas viagem em torno de si própria, comemoração nupcial do indiviso. -
Um Amor Feliz«Abandonar-me, enquanto o não faço, a este sonolento exercício de ir alinhando miragens, propósitos, sonhos, projectos, devaneios, desejos contraditórios.» O único romance publicado (em 1986) por David Mourão-Ferreira recebeu o aplauso geral da crítica, tendo acumulado o Grande Prémio de Romance da Associação Portuguesa de Escritores, o Prémio de Narrativa do Pen Clube Português, o Prémio D. Dinis e o Prémio de Ficção do Município de Lisboa. Essa quase unanimidade foi confirmada por um amplíssimo número de leitores de consecutivas edições. Talvez pela ambiguidade do título, o livro abre-se a uma sedutora pluralidade de interpretações, todas elas deixadas em suspenso: o Amor Feliz será o que se concretiza na relação entre Fernão e Y? Entre o autor e a narratária? Ou antes com essa matéria mais carnalmente incorpórea, a feminina multidão das palavras, as que se entregam e as que se esquivam? -
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
AlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira