Ofício de Vésperas
Relógio d' Água
2007
12,12 €
Envio previsto até
«não procures a palavra: há muito o escrivão
a destruiu com o aço do aparo e a aguada
tinta dos ofícios; há muito o rigor burocrático
afastou dela um rosto, e o som que te dizia
é agora um ruído no papel, o metal de uma frase
interrompido»
| Editora | Relógio d' Água |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Relógio d' Água |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Rui Nunes |
Rui Nunes
Obteve em 1996 o Grau de Doutor em Medicina na área da Bioética, em 2002 o Título de Agregado em Sociologia Médica, e em 2009 o Título de Agregado em Bioética. É Professor Catedrático de Sociologia Médica e Diretor do Departamento de Ciências Sociais e Saúde da Faculdade de Medicina do Porto. É diretor do Doutoramento em Bioética, do Mestrado em Cuidados Paliativos, e da Pós-Graduação em Gestão e Administração Hospitalar. Publicou 21 livros sobre temas relacionados com a bioética, a saúde, a cultura e a sociedade em geral. De salientar as obras Regulação da Saúde, Testamento Vital e GeneÉtica.
Foi Diretor da Escola Superior de Tecnologias da Saúde do Porto, membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, Administrador da Fundação Ciência e Desenvolvimento, fundador do Centro de Inovação Social do Porto, membro da direção da European Health Management Association e em 2004 foi nomeado pelo Conselho de Ministros primeiro Presidente da Entidade Reguladora da Saúde. Na atualidade é Presidente da Associação Portuguesa de Bioética, Coordenador do Programa Porto Cidade de Ciência, Coordenador do Conselho Nacional para o Serviço Nacional de Saúde da Ordem dos Médicos e Presidente do Conselho Consultivo da Entidade Reguladora da Saúde.
Recebeu diversos prémios na sua carreira de que salientam o Prémio Internacional de Deontologia Médica João XXI, o Prémio de Mérito Científico Maria Cândida da Cunha, o Prémio Ensino de Futuro, o Certificate of Appreciation da European Health Management Association, a Medalha de Mérito da Ordem dos Médicos e a Medalha Institucional do Conselho Federal de Medicina (Brasil).
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Democracia e SociedadeDemocracia e sociedade. Trata-se de uma reflexão efetuada ao longo da última década sobre alguns dos temas que estão na génese da construção de uma sociedade moderna e desenvolvida. De facto, a crise que hoje presenciamos obriga a questionar como é que as democracias europeias devem atravessar o Século XXI mantendo a sua identidade histórica e cultural.Esta obra mais não pretende ser do que um singelo contributo para o desenvolvimento e modernização do nosso país e para a construção de uma sociedade verdadeiramente pluralista. Mas, este livro é sobretudo um ato de emancipação social e de defesa dos valores inalienáveis da sociedade Portuguesa. -
A Mão do Oleiro«Há sempre gente a correr, como se tivesse um sítio que a esperasse, gente com o hábito de se lembrar, mas não com o sentimento da lembrança, gente que destrói o passado com uma persistência meticulosa:»Neste seu novo livro, Rui Nunes fala-nos dessa «paisagem de violência sobre a qual se ergue o nosso mundo contemporâneo». -
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Baixo Contínuo«O som da chuva no limoeiro era diferente do som da chuva na laranjeira. E o som da chuva na laranjeira era diferente do som da chuva na romãzeira. Os nomes surgiam quando a chuva começava e desapareciam quando a chuva acabava. Entre dois sons, em simultâneo, há qualquer coisa que se recusa, ou se esconde. Os destroços?» -
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Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
AlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
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