Os Impérios do Internacional- Perspectivas, Genealogias e Processos
Almedina
2020
22,90 €
Envio previsto até
Com novos temas, problemas e geografias, este volume desenvolve algumas das reflexões que já se encontram em Os Passados do Presente: Internacionalismo, Imperialismo e a Construção das Sociedades Contemporâneas (Almedina, 2015). Acrescenta, naturalmente, novas preocupações num campo que se tem vindo a fortalecer de forma notável.
Mobilizando uma textura histórica sólida e um suporte empírico rigoroso para as reflexões de natureza teórica, epistemológica e metodológica, o conjunto de textos que compõe. Os impérios do internacional visa repensar, de modo crítico mas sem nunca abdicar de questões de pormenor e de ordem mais acidental, as cronologias, narrativas e as tipologias convencionais utilizadas para compreender o século xx e alguns dos seus legados históricos mais notáveis. Em particular, este volume recupera conscienciosamente a natureza imperial da formação e do desenvolvimento de internacionalismos vários, bem como das dinâmicas internacionais e transnacionais dos contextos políticos, culturais e sociais em que o imperialismo se expandiu, reformou e desintegrou.
Sem prescindir de uma noção deliberadamente alargada e elástica, não fechada em tipologias rígidas, tanto do internacional como do imperial, este livro vem dar deliberadamente mais espaço aos impérios coloniais e formais europeus sem, no entanto, deixar de se debruçar sobre formas imperiais pós-coloniais e as reverberações e legados de um ethos imperial num mundo onde o estado-nação é não só estabelecido como desiderato fundamental mas também como objecto de generalizada celebração.
Mobilizando uma textura histórica sólida e um suporte empírico rigoroso para as reflexões de natureza teórica, epistemológica e metodológica, o conjunto de textos que compõe. Os impérios do internacional visa repensar, de modo crítico mas sem nunca abdicar de questões de pormenor e de ordem mais acidental, as cronologias, narrativas e as tipologias convencionais utilizadas para compreender o século xx e alguns dos seus legados históricos mais notáveis. Em particular, este volume recupera conscienciosamente a natureza imperial da formação e do desenvolvimento de internacionalismos vários, bem como das dinâmicas internacionais e transnacionais dos contextos políticos, culturais e sociais em que o imperialismo se expandiu, reformou e desintegrou.
Sem prescindir de uma noção deliberadamente alargada e elástica, não fechada em tipologias rígidas, tanto do internacional como do imperial, este livro vem dar deliberadamente mais espaço aos impérios coloniais e formais europeus sem, no entanto, deixar de se debruçar sobre formas imperiais pós-coloniais e as reverberações e legados de um ethos imperial num mundo onde o estado-nação é não só estabelecido como desiderato fundamental mas também como objecto de generalizada celebração.
| Editora | Almedina |
|---|---|
| Coleção | Fora de Coleção |
| Categorias | |
| Editora | Almedina |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | José Pedro Monteiro, Miguel Bandeira Jerónimo, Hugo Gonçalves Dores, Ana Filipa Guardião |
Hugo Gonçalves Dores
Ana Filipa Guardião
Miguel Bandeira Jerónimo
José Pedro Monteiro
Hugo Gonçalves Dores é investigador de pós-doutoramento do CES-UC
Ana Filipa Guardião é doutorada em História pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
Miguel Bandeira Jerónimo é doutorado em História pelo King’s College da Universidade de Londres, investigador do CES-UC e professor no programa de doutoramento em Patrimónios de Influência Portuguesa (III/CES);
Doutorando e investigador no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. A sua tese de doutoramento intitula-se Portugal, a Organização Internacional do Trabalho e as políticas de trabalho nativo (1944-1962). É licenciado e mestre em Relações Internacionais, pela Universidade do Minho e Universidade Nova de Lisboa, respectivamente. A sua tese de mestrado, intitulada Portugal, a Organização Internacional do Trabalho e o problema do trabalho nativo: a queixa do Gana recebeu a menção honrosa da Fundação Mário Soares em 2013. Foi Visiting Scholar na Universidade de Brown em 2012. Tem vindo a publicar, em co-autoria ou individualmente, em livros e revistas, nacionais e internacionais. Entre os seus trabalhos mais recentes contam-se os capítulos Internationalism and Empire: The Question of Native Labour in the Portuguese Empire (1929-1962) (em co-autoria) e As dinâmicas internacionais do reformismo imperial português: o caso da transformação das políticas de trabalho nativo (1961-1962). Encontra-se a ultimar um livro de autoria conjunta intitulado Internacionalismo e Império: o problema do trabalho nativo no colonialismo português.
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Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?