Os Olhos do Gato
Méduz, a águia, partiu para a caçada. Ela não caça para si, mas para o seu senhor... Uma criança, que do alto da sua torre, contempla a cidade decadente.
Verdadeiro poema visual, de uma simplicidade e crueldade enganadoras, que mostra uma utilização inovadora dos mecanismos narrativos da banda desenhada e do cinema, Os Olhos do Gato é a primeira e a menos convencional das colaborações entre Moebius e Jodorowsky, dupla responsável por obras incontornáveis com a série O Incal, ou A Louca do Sacré Coeur. Uma obra de culto, poética e mística, que, mais de 40 anos após a sua publicação original, mantém intacto todo o seu fascínio.
Obra singular no percurso de dois geniais criadores, Os Olhos do Gato é uma obra única, até na forma como aborda as convenções da BD para as subverter. Uma obra mítica, que, por ter estado indisponível durante muito tempo, foi bastante mais falada do que lida, o que ajudou ao seu estatuto de verdadeiro livro de culto. Um livro imprescindível, que finalmente é editado em Portugal, numa edição num formato ligeiramente maior do que o original, de modo a que o fabuloso trabalho gráfico de Moebius possa ser devidamente apreciado, em mais uma colaboração editorial entre A Seita e a Arte de Autor. A edição portuguesa inclui o prefácio original de Jodorowsky e é enriquecida por um dossier final da autoria de João Miguel Lameiras que traça a história desta obra singular, ilustrado com imagens raras.
“Cada vez que via uma página [de Os Olhos do Gato] o prazer espiritual que sentia era de um nível superior ao de um orgasmo. Diante dos meus olhos, tinha a prova inegável de que a banda desenhada é uma grande arte, merecedora de um respeito semelhante ao dispensado aos quadros expostos nos museus.”
- Alejandro Jodorowsky (do prefácio)
| Editora | Arte de Autor |
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| Categorias | |
| Editora | Arte de Autor |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Alejandro Jodorowsky, Jean Giraud |
Alejandro Jodorowsky nasceu no Chile em 1929, numa família de judeus emigrantes russos. Jodorowsky foi actor, mimo (discípulo de Marcel Marceau), tarólogo de renome, responsável, com Philipe Camoin pela restauração do Tarot de Marselha, criador de uma nova técnica terapêutica, a Psicomagia, poeta, escritor, dramaturgo, encenador, fundador do grupo surrealista Panique (com Fernando Arrabal e Roland Topor), realizador de cinema e principalmente, argumentista de BD.
Jean (Moebius) Giraud. Nascido em 1938 e falecido em 2012, Moebius foi um dos mais importantes nomes da BD europeia. Possivelmente um dos melhores desenhadores realistas que a Banda Desenhada conheceu, com o nome Gir, com que assinava as aventuras do Tenente Blueberry, Giraud, com o pseudónimo de Moebius, foi também um dos mais influentes autores de BD de ficção científica de sempre, co-fundador da revista Métal Hurlant e responsável pela criação de alguns dos mais fantásticos universos da BD, para além de ter emprestado o seu fabuloso traço à BD em histórias surreais, e ao cinema e à publicidade, em magníficas ilustrações marcadas pela originalidade do seu universo e pelo arrojo gráfico do seu traço.
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A Louca do Sacré-CouerMoebius, pseudónimo usado por Jean Giraud, foi um dos mais inovadores artistas de banda desenhada, e encontrou no escritor chileno Alejandro Jodorowsky o parceiro perfeito para desenvolver um estilo muito variado, marcado pelo sentido do real aliado a uma componente onírica e surrealista muito fortes. Juntos, assinaram uma das mais revolucionárias obras de banda desenhada de sempre, a série do "Incal". Nos inícios da década de 1990 voltariam a reunir-se para este livro, talvez o mais singular da obra destes dois autores. Alain Mangel, professor de filosofia na Sorbonne, é seduzido por uma das suas alunas, Elizabeth. Possuída por verdadeiros delírios místicos, ela arrastará o professor para um furacão de acontecimentos inesperados e delirantes que irão pôr à prova a racionalidade de Mangel. Um misto de paródia mítica, farsa sagrada, caminho iniciático e exorcismo, o percurso do protagonista vai levá-lo a abrir os seus olhos para outra realidade.
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Sermão de Santo António aos PeixesO Sermão de Santo António aos Peixes, foi proferido na cidade de São Luís do Maranhão, na sequência de uma disputa com os colonos portugueses no Brasil. Constitui um documento surpreendente de imaginação, habilidade oratória e poder satírico do Padre António Vieira. Com uma construção literária e argumentativa notável, o sermão tem como objetivo louvar algumas virtudes humanas e, principalmente, censurar com severidade alguns vícios dos colonos. O Sermão de Santo António aos Peixes, faz parte das leituras do 11º ano. -
Mafalda - Feminino SingularA Mafalda, a irreverente menina que encantou gerações com a sua visão bem-humorada do mundo em que vivemos, é uma das mais ilustres feministas do nosso tempo. As tiras reunidas neste volume dão bem conta do caráter feminista desta criança que, aos seis anos, questiona o papel da mulher no mundo, e que não está disposta a tornar-se uma dona de casa de classe média dedicada às tarefas domésticas.Sessenta anos após a sua criação, e com a luta pelos direitos das mulheres mais do que nunca no centro das atenções, a leitura que a Mafalda faz do mundo mantém-se extremamente atual. As vinhetas do genial Quino assumem hoje uma força extraordinária e ajudam-nos a tomar consciência do caminho percorrido e a percorrer para alcançar a igualdade entre homens e mulheres. -
Astérix 40 - O Lírio Branco«Para iluminar a floresta, basta a floração de um só íris». O Íris Branco é o nome de uma nova escola de pensamento positivo, vinda de Roma, que começa a propagar-se pelas grandes cidades, de Roma a Lutécia. César decide que este novo método pode ter efeitos benéficos sobre os campos romanos em redor da famosa aldeia gaulesa, mas os preceitos desta escola influenciam igualmente os habitantes da aldeia que com eles se cruzam… Que terá por exemplo acontecido ao nosso chefe gaulês preferido e qual a razão para o seu ar tão carrancudo? Descobre esta nova aventura de Astérix em 26 de outubro de 2023! -
Blake & Mortimer - A Arte da GuerraPhilip Mortimer e Francis Blake viajam até Nova Iorque, onde o Professor Blake irá falar em nome do Reino Unido no último dia da Conferência Internacional de Paz na sede da ONU nova sede ao lado do East River. O propósito da Conferência é diminuir a tensão entre Oriente e Ocidente que ameaça a paz mundial. O objetivo é louvável mas é frustrado na mesma noite em que os homens chegam, quando a polícia prende um homem por vandalizar o famoso Cippus of Horus, a estrela exposta na arte egípcia Departamento do Museu Metropolitano. O lema ""PAR HORUS DEM"", esculpido numa estela de pedra de 2.000 anos traz de volta memórias dolorosas para Blake e Mortimer; e quando descobrem que o vândalo não é outro senão o Coronel Olrik, que perdeu sua própria memória, o espanto deles transforma-se em apreensão. -
MensagemPublicado apenas um ano antes da morte do autor, Mensagem é o mais célebre dos livros de Fernando Pessoa. A obra trata do glorioso passado de Portugal de forma apologética e tenta encontrar um sentido para a antiga grandeza e a decadência existente na época em que o livro foi escrito. Glorifica acima de tudo o estilo camoniano e o valor simbólico dos heróis do passado, como os Descobrimentos portugueses. É apontando as virtudes portuguesas que Fernando Pessoa acredita que o país deva se ""regenerar"", ou seja, tornar-se grande como foi no passado através da valorização cultural da nação. O poema mais famoso do livro é Mar Português. Contém 44 poemas agrupados em 3 partes, representando as três etapas do Império Português: Nascimento, Realização e Morte, seguida de um renascimento. -
Farsa de Inês PereiraInês Pereira é uma jovem caprichosa, ambiciosa e emancipada, sabe ler e escrever, procura um marido que a faça feliz não ouvindo os concelhos que a mãe lhe dá, não quer ter uma vida submissa, acabando por se casar com o homem que quer, mas fica desencantada e desiludida, transformando-se na esposa infiel do segundo marido. A Farsa de Inês Pereira ilustra o ditado “antes quero burro que me leve que cavalo que me derrube”, de forma bastante caricata e viva. -
Quentin por Tarantino“Os filmes de Tarantino serão vistos sob uma nova luz após a leitura deste livro !”Este livro mergulha no cérebro de Quentin Tarantino que, com a sua produtora de filmes independentes durante a década de 1990, realizaram uma verdadeira revolução no cinema. Tendo ganho fama internacional logo com as suas duas primeiros longas-metragens, ""Reservoir Dogs"" (1992) e ""Pulp Fiction"" (1994), premiado com o Palma de Ouro em Cannes.Amazing Ameziane conta neste livro, e na primeira pessoa, a vida, os começos, filmes, influências e opiniões de um dos mais talentosos diretores e roteiristas contemporâneos. O estilo de Tarantino é inconfundível: diálogo elaborado, referências recorrentes à cultura pop,cenas altamente estéticas, mas extremamente violentas, inspiradas na exploração filmes de artes marciais ou westerns spaghetti...Este livro conta com os nove filmes já produzidos por Tarantino e numa altura em que se aguarda com expectativa se ele realmente irá produzir o seu décimo e ultimo filme. -
Patos: Dois Anos nas Areias PetrolíferasAntes de Kate Beaton, cartoonista de Hark! A Vagrant, existia Katie Beaton dos Beatons de Cabo Bretão, especificamente de Mabou, uma comunidade à beira-mar onde as lagostas são tão abundantes como as praias, os violinos e as canções folclóricas gaélicas. Com o objetivo de pagar os seus empréstimos estudantis, Katie viaja para o Oeste para aproveitar a corrida ao petróleo em Alberta — parte da longa tradição dos habitantes da Costa Leste que procuram um emprego lucrativo noutro lugar quando não o encontram na terra natal que amam. Katie depara-se com a dura realidade da vida nas areias petrolíferas, onde o trauma é ocorrência quotidiana, mas nunca é discutido. A habilidade natural de Kate Beaton para o desenho torna-se evidente ao retratar maquinaria colossal em cenários sublimes de Alberta, com vida selvagem, auroras e orestas boreais. A sua primeira narrativa gráfica longa, Patos: Dois Anos nas Areias Petrolíferas, é uma história desconhecida de um país que se orgulha do seu ethos igualitário e da sua beleza natural, enquanto simultaneamente explora tanto as riquezas da sua terra quanto a humanidade do seu povo.