Os Primeiros Poemas
Os primeiros poemas Paul Celan.
Prefácio e tradução de Ivette Kace Centeno com uma fotografia do autor.
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| Autores | Paul Celan |
Paul Celan nasceu em Czernowitz (Bucovina, na Roménia) em 1920, de pais judeus-alemães. Em 1940, Czernowitz é ocupada pelos soviéticos e no ano seguinte pelas tropas alemãs e romenas. Em 1942, os seus pais são deportados para um campo de extermínio, onde morrem poucos meses depois. Apesar de ter sobrevivido ao Holocausto, Celan permaneceu preso, num campo de trabalho, até 1943, ano em que a Bucovina volta a ser tomada pelos soviéticos.
Em 1945, parte para Bucareste onde se torna tradutor e leitor de uma editora e publica os seus primeiros poemas. Em Dezembro de 1947, partirá para Viena, e um ano depois para Paris, onde se fixa e retoma os estudos (Germanística e Linguística). Entre 1950 e 1968, publica vários originais e traduções (Shakespeare, Henri Michaux, Paul Valéry, Pessoa, Mandelstam). Em 1969, um ano antes da sua morte, visita Israel. Suicida-se no Sena, um ano depois.
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Sete Rosas Mais TardePaul Celan (1920-1970), poeta judeu-alemão, é um marco incontornável da literatura do século xx. Sobrevivente do Holocausto, a sua poesia bela, contida e hermética prende-se com o sofrimento e a morte nos campos de concentração, e com a desintegração da linguagem. Com selecção, tradução e introdução de João Barrento, ensaísta e tradutor premiado, e de Y. K. Centeno, autora, tradutora e Catedrática em Literatura Alemã, Sete Rosas Mais Tarde é a obra de referência da poesia de Paul Celan.Edição bilingue.«Ler ou reler Celan, e ainda mais traduzi-lo, aproxima-nos da essência da escrita. Não apenas da sua escrita, mas do acto mesmo da escrita na sua pureza total.»Y. K. Centeno, Paul Celan: o sentido e o tempo -
Arte Poética - O Meridiano e outros textos"As páginas anteriores reúnem quase todos os textos de prosa de Paul Celan até agora publicados (...). (...) uma pequena constelação de textos, breves, mas de brilho intenso: num lacónico discurso de ocasião (Bremen, 1958) ou numa simples carta a um antologiador (Hans Bender, 1960), Celan consegue fixar imagens que iluminam subitamente o Ser da poesia, propor definições de uma pregnância que vale por ensaios inteiros. Mesmo aí, nesses textos de circunstância, a prosa de Celan é sempre sui generis, anti-prosaica: exacta e profunda, imprevisível e associativa, elíptica e híbrida." -
A Morte é Uma Flor - Poemas do Espólio"Este último livro de Paul Celan teve, assim, desde logo uma dupla e ambígua destinação, já que os poemas que o integram, tendo sido destinados ao silêncio, ficaram afinal disponíveis para a revelação (poderíamos aplicar aqui o pensamento final do ensaio de Blumenberg: 'Só virtualmente há últimos livros'). Mas nos poemas do espólio de Paul Celan fala um duplo silêncio, ou manifesta-se um duplo silenciamento: o dos poemas retirados (que a publicação arrancou à sombra do silêncio) e o da linguagem que se retira (se rarefaz) para deixar agigantar-se, sem o lastro diluidor do discursivo, a memória dos mortos e a História dos seus assassinos, na nudez e na dureza de uma linguagem nua, no fio da navalha."Excerto do posfácio de João Barrento, "Memória e silêncio". -
Não Sabemos Mesmo o que Importa: cem poemasTradutor do russo e do francês, Celan é, na opinião de Jorge de Sena, ?um dos grandes poetas alemães do pós-guerra?. -
Arte Poética - O Meridiano e Outros TextosAs páginas anteriores reúnem quase todos os textos de prosa de Paul Celan até agora publicados, se exceptuarmos algumas esparsas notas introdutórias aos poetas russos Ossip Mandelstám (desaparecido nos anos trinta, vítima não se sabe bem se de Estaline, se de Hitler) e Aleksandr Blok.” [Do Posfácio de João Barrento] -
A Morte É Uma Flor“Talvez mais do que todos os que já conhecíamos, este último livro de Paul Celan (que ele, na ambiguidade do gesto de conservar os poemas, quis e não quis que fosse último) gravita à volta de um núcleo de sentido(s) que é o de sempre, mas de onde se destacam, com contornos mais nítidos, dois vectores maiores: a memória e o silêncio (poderíamos também dizer: a História e a Linguagem).” [Do Posfácio de João Barrento] -
Os PoemasPaul Celan, «poeta judeu de língua materna alemã, oriundo de uma região outrora parte do Império Austro-Húngaro, e actualmente parte da Ucrânia, preconizava "uma linguagem mais cinzenta" para os poemas da sua actualidade, acabada de sair dos horrores do Holocausto e eivada de anti-semitismo». Neste volume reúnem-se, pela primeira vez em Portugal, todos os livros publicados em vida, o conjunto de mais de uma centena de poemas não incluídos e dispersos do seu espólio e, ainda, um ciclo fragmentário que o poeta não teve a oportunidade de terminar. Fruto de pesquisas e sucessivas traduções ao longo de 50 anos, Maria Teresa Dias Furtado dá-nos finalmente a oportunidade de ler Paul Celan na íntegra.Vive as vidas, vive-as todas, separa os sonhos uns dos outros, vê, eu subo, vê, eu caio, sou outro, não sou outro. -
Sete Rosas Mais Tarde“O amor está morto na obra de Celan. Perdeu a qualidade redentora. O que dele fica são apenas fragmentos, imagens que não se ordenam numa estrutura superior unificada. Porque esse é o limite que atingem, o limiar que ultrapassam: o da unificação harmoniosa num universo e numa relação de que o amor foi brutalmente cortado.”Da Introdução de Y. K. Centeno“A poesia de Celan começa por tactear caminhos, dolorosamente, num tempo de feridas abertas, exorcizando memórias próximas e debatendo-se com ópios inócuos (‘Verde-bolor é a casa do esquecimento’).”Da Introdução de João Barrento
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
AlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira