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Sinopse
Os anos oitenta são uma espécie de estratificação das múltiplas experiências anteriores. Para explorarem o domínio da vasta herança que recebem, os artistas têm a possibilidade de o percorrer de um extremo ao outro ou, pelo contrário, de analisar cada experiência independentemente das outras. Por conseguinte, quem decide utilizar os instrumentos tradicionais de pintura, dispõe de um imenso repertório, constituído não só pelos ensinamentos das vanguardas, mas também pela nova linguagem da arte conceptual. Pelo contrário, quem deseja experimenar algo de novo, pode embrenhar-se no mundo da virtualidade. Neste movimento de oscilação livre, os artistas são inevitavelmente levados a passar de um domínio para o outro, dando origem a uma espécie de interdisciplinaridade que, por vezes, talvez possa confundir, mas que, na maioria dos casos, parece capaz de contribuir para ampliar os horizontes. O conceito de pós-modernismo trata-se de um termo criado para descrever fenómenos tão diversificados como os filmes da Guerra das Estrelas, a prática de amostragem digital na música rock, campanhas políticas com recurso aos meios televisivos e as criações de moda de Jean Paul Gaultier e Issey Miyake, e parece constituir o reflexo da vida contemporânea. Contudo, para além de alguns intelectuais académicos dedicados aos Estudos Culturais, poucos há que afirmem com exactidão o significado do termo. Tal como o termo sugere, o Pós-Modernismo pode ter sido constituído como reacção contra os ideais do Modernismo, como o retorno à situação que precedeu o Modernismo, ou até como prolongamento e conclusão de diversas tendências dentro do Modernismo. O Pós-Modernismo constitui o enfant terrible do Modernismo. E dada a própria definição de Modernismo permanecer controversa, não devia ser surpresa que até os defensores mais acérrimos do Pós-Modernismo parecerem incapazes de chegar a um consenso quanto à sua definição exacta.
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