Pés Nus na Água Fria
Na literatura portuguesa produzida após o 25 de Abril, não abundam os textos de ficção que nos falem do fascismo e da resistência que lhe foi oposta por milhares de portugueses. Menos ainda são os que dessa resistência evocam aqueles que foram os seus mais destacados protagonistas: os militantes comunistas.
Neste quadro, a publicação de um romance que tem como cenário o fascismo e a resistência antifascista, constitui um facto digno de registo – e de aplauso.
Mais ainda quando – como é o caso deste Pés Nus na Água Fria de Domingos Lobo – estamos perante uma história conduzida com notável destreza narrativa, numa prosa poderosa, escorreita, amiúde luminosa – e que se lê de um fôlego e prende o leitor da primeira à última página, como é uso dizer-se nestes casos...
O narrador é também ele personagem do romance, resistente assumido que intervém como tal, desmontando a brutalidade, a mesquinhez, a hipocrisia, a sordidez, a podridão reinantes. Tomando partido. A dizer-nos que o fascismo existiu...
Pés Nus na Água Fria é um romance a saudar. E a ler.
Do prefácio de José Casanova
| Editora | Página a Página |
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| Editora | Página a Página |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Domingos Lobo |
Andei pelos liceus de Lisboa, rebeldia mansa dos anos 1960; pelos corredores das Faculdades de Direito (meu remorso de um semestre), de Letras; pelas salas austeras do Conservatório Nacional a ouvir dos professores, sobre Teatro, o que já havia esquecido e não me interessava – queríamos os interditos: Brecht, Grotovsky, Artaud, Piscator; um mestrado em Administração e Economia Cultural, que utilizei pouco.
Fiz teatro radiofónico e jornalismo em jornais angolanos ao tempo colonial, depois, como freelancer para cumprir os dias e resgatar uns trocos para livros, filmes, viagens.
Meteram-me, à má fila, no negreiro Vera Cruz, rumo às terras angolanas do Cuando-Cubango. Era a guerra e eu, distraído, bebendo a propaganda salazarenta até à imbecilidade, acordei em sobressalto numa noite de bazucas e kalachnikovs, de costureirinhas trespassando os pássaros da noite, frémitos e perplexidade. Chana e capim a perder de vista. Escrevi um livro sobre o tema que anda por aí em estudos académicos, pelas histórias da literatura de guerra e em 2 edições catitas: Os Navios Negreiros Não Sobem o Cuando. Foi a estreia nestas coisas de escreviver. Outros 4 romances se lhe seguiram, mais 3 livros de contos; 5 de poesia; peças de teatro; ensaio, antologias.
Fundei com outros companheiros e dirigi três grupos de Teatro: GATO – Grupo de Acção Teatral de Oeiras; Grupo de Animação Teatral de Salvaterra de Magos e SOBRETÁBUAS - Grupo de Teatro de Benavente; encenei uma vintena de peças, com Tchekov, Strindberg e Santareno como referências pendulares desse labor; chefe de redação do Jornal do Vale do Tejo. Fui programador cultural na Câmara Municipal de Benavente; autarca em Salvaterra de Magos, durante 32 anos (tenho por lá uma rua com o meu nome, o que me sossega de vã eternidade); Presidente do Conselho Fiscal da APE, desde 2000.
Participei na II Bienal de Silves, onde proferi a "lição de sapiência" sobre a obra de Urbano Tavares Rodrigues, e na III Bienal, dedicada à obra de Pedro Tamen; em 3 edições dos ENCONTROS LUSÓFONOS, organizados pela CM de Odivelas; na ESCRITARIA/Penafiel, em 2008, ano em que o evento foi dedicado a Urbano Tavares Rodrigues e em 2013, ano de homenagem a Mário de Carvalho e no III Encontro Internacional de Poetas (Ponta Delgada/2019).
Tenho colaboração crítica e ensaística dispersa por várias publicações: Jornal do Brasil, Vértice, As Artes Entre as Letras, Revista Alentejo, O Escritor, Foro das Letras, Seara Nova, Revista Cultura, EntreLetras, Nova Síntese (da Associação Promotora do Museu do Neo-realismo), Avante! e Gazeta Literária. Dou aulas em Universidades de 3.ª. idade; tenho 22 livros publicados e outros em gestação; vários prémios literários e medalhas para polir o ego.
Ainda não estou cansado.
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Palavras que RespiramTrata-se de um livro de livros, um olhar atento a partir de espólios vários. É uma recolha de textos dispersos por jornais, revistas, colectâneas e prefácios e de mais de dez anos de actividade literária e de actos públicos. Um escritor a dar testemunhos de comparsas seus. -
Os Dias DesarmadosO mais recente livro de poesia de Domingos Lobo, que «não teme as palavras, nem hesita ao apresentá-las assim brutais», como diz no prefácio Francisco Duarte Mangas, quando retrata as memórias da guerra colonial. -
Cenas de um TerramotoHá em Cenas de um Terramoto, todo em exame da história do espaço público da sociedade dos princípios do século XX, numa tentativa de não deixar no vazio mesmo o mais pequeno pormenor. Os diálogos expressivos e directos, de linguagem simples, transmitem plenamente as vivências das gentes da "borda-d´água" . -
Lisboa Modos de Habitar: Topografia ÍntimaLisboa, Modos de Habitar, de Domingos Lobo, um breviário afectivo da cidade, constituído por um significativo conjunto de poemas que levam por título lugares de que a memória se mostra prisioneira. Um itinerário de sombras pessoais, com alguns flashes festivos que a revisitação da infância faz vir à superfície, como na espinha dorsal do livro, os 7 poemas com o título geral de «O eléctrico da Rua do Arco do Cego» (acrescidos de um último olhar sob o signo da cegueira), a partir da imagem do eléctrico, símbolo de um tempo lento, agente de percursos intermináveis de quem, no fundo, não saía do mesmo sítio. O poeta da recolha que agora se publica traz-nos os registos pessoais e familiares, mas também a perspectiva social e histórica de um tempo de formação, de aprendizagem da vida, da descoberta dos outros, das emoções, do peso da existência e da leveza do sonho. -
As Máscaras Sobre o FogoEm “As Máscaras Sobre o Fogo” Domingos Lobo aprofunda na sua ficção a denúncia do aproveitamento do subproletariado pelo poder fascista, e agora também por novos poderosos do capitalismo liberal, para a prossecução dos seus fins. Num enredo de peripécias e suspense onde evoluem personagens típicas dos estratos marginais da cosmopolita Lisboa, mostrados sobretudo através do vocabulário e sintaxe por eles usados, que Domingos Lobo ouviu, assimilou, e passou a recriar, chegando a distorcer literariamente palavras e frases. -
Para Guardar o Fogo – EpitáfiosPara Guardar o Fogo – Epitáfios, de Domingos Lobo, Prémio Literário Cidade de Almada/2009, é um livro sobre a memória das palavras e dos autores que, nestes poemas, são convocados para uma série de «Conversas Póstumas». Epitáfios que são, sobretudo, uma homenagem que o autor encena sobre os universos poéticos ou pictóricos dos «mortos amados». De Mário-Henrique Leiria a O'Neill, de Ary dos Santos a Ruy Belo, de Fernando Pessoa a José Gomes Ferreira. Uma extensa, ecléctica galeria de nomes, de percursos, de afectos, de difusas memórias, sobre o espaço do real transfigurado, das cidades – de uma identidade que se vivifica nesse húmus, nessa pele, nesse translúcido navio que a poesia, em seu bojo evanescente, transporta. -
O Rosto em RuínasAs palavras para descrever um rosto, o rosto e seus desmandos, suas feridas. O rosto espelho de caminhos, ultrajes, paixões, inquietudes, desânimo. Também a força que há nos músculos, no olhar perscrutando a hulha do devir, ou percorrendo, pelas veredas das rugas, as notícias dos dias amplos, da solidão, do silêncio, dos vazios que enxameiam as estradas do mundo: consciência solidária em busca do lado justo. As marcas que percorrem o rosto, um rosto desabrigado e confuso como a palma da mão. Um percurso de ruínas, pela memória, planando as paixões, os medos, aangústia existencial. Combate absurdo contra os fantasmas que ainda teimam em desarrumar os dias e açoitar as noites. O Amor e os seus lanhos, suas perplexidades. A carga das palavras, tão urgentes como respirar, que transportamos aos ombros e crepitam no escuro, nos limitam em sua efémera transgressão. Poemas sobre o rosto, a idade, o lúcido derruir dos dias da alegria. Sem ilusões nem mágoa. -
Concerto de Miau e Piu Piu - Uma Aventura com Música, Travessuras e outras AventurasO «Concerto de Miau e Piu Piu», é uma parábola sobre a amizade, e as diversas formas de a entender, entre dois animais de espécies diferentes: um gato, com a sua felina natureza e um frágil canário. O gato, façanhudo, vê no desamparado canário apenas um bom petisco para a sua dieta. Acontece que o canário possui um piar virtuoso e arrebatador. Esse melodioso trinado irá conquistar o ser sensível que, afinal, habita o predador gatão. Este livro diz-nos, a rimar, que a Amizade e o respeito mútuo, a aceitação do Outro, é sempre possível quando dois seres, por muito diferentes que sejam, descobrem o que no Outro existe de melhor, de genuíno. O resto desta história é música e sonho. Modos de sonhar com um mundo melhor. -
Origens e Derivações do Neo-Realismo Literário PortuguêsDomingos Lobo tem sido, na crítica literária em Portugal, uma voz única, pelos critérios, pelas leituras, pelas perspectivas. Na amplidão do seu trabalho, entre jornais e revistas, conferências e encontros vários, tem dado também ao Neo-Realismo a importância que esse movimento, sem paralelo na literatura portuguesa - pela fértil produção, pela relevância política, pelo legado histórico -, justifica, tanto mais quando, em regra, vem sendo mais ou menos paulatinamente ignorado. Evidência da multiplicidade e fecundidade do neo-realismo é a lista - uma lista que qualquer leitor atento sabe não ser sequer exaustiva - de autores que Domingos Lobo aborda nesta antologia. Como nos diz Domingos Lobo, «as obras estão aí (livros, filmes, teatro, pintura) para que as possamos usar» nesse projecto transformador que esteve na raiz de toda a criação neo-realista. E este livro é, também ele, portador de sentido(s) e futuro(s). -
A Fome dos Corvos e Outros Pretextos Teatrais«Mais tarde ou mais cedo, os homens hão-de vencer os corvos! Desobedeçam, não se submetam! Só temos uma vida. E é curta para tanta tarefa!» Reúnem-se neste volume quatro peças de teatro de Domingos Lobo: A Fome dos Corvos, A Solidão à Chuva, Filhos de Orfeu e Um Violino na Lama. Se nas primeiras o autor confronta o leitor com a guerra e os mais abjectos sentimentos humanos, quando passam 75 anos sobre o fim da Segunda Guerra Mundial, nas últimas convida-o para uma viagem à literatura portuguesa do século XX, tendo por companheiros Fernando Pessoa, Almada Negreiros, Mário de SáCarneiro, José Gomes Ferreira, Alexandre Pinheiro Torres e Manuel da Fonseca.
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Vemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
Deus na EscuridãoEste livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. -
O ColecionadorNo mais recente e trepidante thriller de Daniel Silva, autor n.º 1 da lista dos mais vendidos do The New York Times, Gabriel Allon embarca na busca de um quadro roubado de Vermeer e descobre uma conspiração que poderia levar o mundo à beira do Armagedão nuclear.Na manhã seguinte à gala anual da Venice Preservation Society, Gabriel Allon, restaurador de quadros e espião lendário, entra no seu bar preferido da ilha de Murano e aí encontra o general Cesare Ferrari, comandante da Brigada de Arte, que aguarda, ansioso, a sua chegada. Os carabinieri tinham feito uma descoberta assombrosa na villa amalfitana de um magnata sul-africano morto em circunstâncias suspeitas: uma câmara acouraçada secreta que continha uma moldura e um esticador vazios cujas dimensões coincidiam com as do quadro desaparecido mais valioso do mundo. O general Ferrari pede a Gabriel para encontrar discretamente a obra-prima antes que o seu rasto se volte a perder. - Esse não é o vosso trabalho?- Encontrar quadros roubados? Teoricamente, sim. Mas o Gabriel é muito melhor a fazê-lo do que nós.O quadro em questão é O concerto de Johannes Vermeer, uma das treze obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner de Boston, em 1990. Com a ajuda de uma aliada inesperada, uma bela hacker e ladra profissional dinamarquesa, Gabriel não demora a descobrir que o roubo do quadro faz parte de uma tramoia ilegal de milhares de milhões de dólares na qual está implicado um indivíduo cujo nome de código é «o colecionador», um executivo da indústria energética estreitamente vinculado às altas esferas do poder na Rússia. O quadro desaparecido é o eixo de um complô que, caso seja bem-sucedido, poderia submeter o mundo a um conflito de proporções apocalípticas. Para o desmantelar, Gabriel terá de perpetrar um golpe de extrema audácia enquanto milhões de vidas estão presas por um fio. -
O EscritórioDawn Schiff é uma mulher estranha. Pelo menos, é o que toda a gente pensa na Vixed, a empresa de suplementos nutricionais onde trabalha como contabilista. Dawn nunca diz a coisa certa. Não tem amigos. E senta-se todos os dias à secretária, para trabalhar, precisamente às 8h45 da manhã.Talvez seja por isso que, certa manhã, quando Dawn não aparece para trabalhar, a sua colega Natalie Farrell – bonita, popular e a melhor vendedora da empresa há cinco anos consecutivos – se surpreenda. E mais ainda quando o telefone de Dawn toca e alguém do outro lado da linha diz apenas «Socorro».Aquele telefonema alterou tudo… afinal, nada liga tanto duas pessoas como partilhar um segredo. E agora Natalie está irrevogavelmente ligada a Dawn e vê-se envolvida num jogo do gato e do rato. Parece que Dawn não era simplesmente uma pessoa estranha, antissocial e desajeitada, mas estava a ser perseguida por alguém próximo.À medida que o mistério se adensa, Natalie não consegue deixar de se questionar: afinal, quem é a verdadeira vítima? Mas uma coisa é clara: alguém odiava Dawn Schiff. O suficiente para a matar.«NÃO COMECE UM LIVRO DE FREIDA McFADDEN A ALTAS HORAS DA NOITE.NÃO O VAI CONSEGUIR LARGAR!» AMAZON«O ESCRITÓRIO É UM THRILLER TENSO E VICIANTE DA AUTORA MAIS ADORADA DO MOMENTO.» GOODREADS -
Os Meus Dias na Livraria MorisakiEsta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão. -
ManiacMANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI. MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência -
Uma Noite na Livraria Morisaki - Os meus Dias na Livraria Morisaki 2Sim, devemos regressar onde fomos felizes. E à livraria Morisaki, lugar de histórias únicas, voltamos com Takako, para descobrir um dos romances japoneses mais mágicos do ano.Estamos novamente em Tóquio, mais concretamente em Jimbocho, o bairro das livrarias, onde os leitores encontram o paraíso. Entre elas está a livraria Morisaki, um negócio familiar cuja especialidade é literatura japonesa contemporânea, há anos gerida por Satoru, e mais recentemente com a ajuda da mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai tomar conta da livraria quando os tios seguem numa viagem romântica oferecida pela jovem, por ocasião do aniversário de casamento.Como já tinha acontecido, Takako instala-se no primeiro andar da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico, onde os clientes são especiais e as pilhas de livros formam uma espécie de barreira contra as coisas menos boas do mundo. Takako está entusiasmada, como há muito não se sentia, mas… porque está o tio, Satoru, a agir de forma tão estranha? E quem é aquela mulher que continua a ver, repetidamente, no café ao lado da livraria?Regressemos à livraria Morisaki, onde a beleza, a simplicidade e as surpresas estão longe, bem longe de acabar. -
Uma Brancura LuminosaUm homem conduz sem destino. Ao acaso, vira à direita e à esquerda até que chega ao final da estrada na orla da floresta e o seu carro fica atolado. Pouco depois começa a escurecer e a nevar. O homem sai do carro e, em vez de ir à procura de alguém que o ajude, aventura-se insensatamente na floresta escura, debaixo de um céu negro e sem estrelas. Perde-se, quase morre de frio e de cansaço, envolto numa impenetrável escuridão. É então que surge, de repente, uma luz.Uma Brancura Luminosa é a mais recente obra de ficção de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura de 2023. Uma história breve, estranhamente sublime e bela, sobre a existência, a memória e o divino, escrita numa forma literária única capaz de assombrar e comover.Tradução do norueguês de Liliete Martins.Os elogios da crítica:«Uma introdução perfeita à obra de Jon Fosse.» The Telegraph«Inquietante e lírico, este pequeno livro é uma introdução adequadamente enigmática à obra de Fosse e um bom ponto de partida para se enfrentar os seus romances mais vastos e experimentais.» Financial Times - Livro do Ano 2023«Uma Brancura Luminosa é, muito simplesmente, grande literatura.» Dagbladet