Papéis da Prisão: Apontamentos, diário, correspondência (1962-1971)
35,90 €
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Durante os 12 anos de cárcere efetivo, José Luandino Vieira coligiu um acervo considerável
que agora publicamos, graças ao apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e à investigação
realizada no Centro de Estudos Sociais, da Universidade de Coimbra, sempre em estreita
colaboração com o autor.
O processo de escrita destes Papéis tem como termos cronológicos e fronteiras espaciais a entrada do escritor no Pavilhão Prisional da PIDE de São Paulo de Luanda (1961) e a sua saída do Tarrafal (1972). A materialidade destes cadernos é composta por aproximadamente 2000 frágeis folhas manuscritas onde José Luandino Vieira anotou a sua visão do cárcere como observatório excecional da nação angolana, manifestou os seus projetos políticos e literários, evidenciou o projeto comunitário de Angola como o veículo da união e resistência coletiva e expressou as angústias e sonhos pessoais.
Os cadernos estão datados e apresentam um assinalável valor humano, literário e político no que diz respeito às lutas de libertação, José Luandino Vieira à nação angolana, ao projeto literário de José Luandino Vieira, a questões de história e literatura angolana.
O processo de escrita destes Papéis tem como termos cronológicos e fronteiras espaciais a entrada do escritor no Pavilhão Prisional da PIDE de São Paulo de Luanda (1961) e a sua saída do Tarrafal (1972). A materialidade destes cadernos é composta por aproximadamente 2000 frágeis folhas manuscritas onde José Luandino Vieira anotou a sua visão do cárcere como observatório excecional da nação angolana, manifestou os seus projetos políticos e literários, evidenciou o projeto comunitário de Angola como o veículo da união e resistência coletiva e expressou as angústias e sonhos pessoais.
Os cadernos estão datados e apresentam um assinalável valor humano, literário e político no que diz respeito às lutas de libertação, José Luandino Vieira à nação angolana, ao projeto literário de José Luandino Vieira, a questões de história e literatura angolana.
| Editora | Editorial Caminho |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Editorial Caminho |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | José Luandino Vieira |
José Luandino Vieira
JOSÉ LUANDINO VIEIRA nasceu na Lagoa do Furadouro (Portugal) em 1935 mas é cidadão angolano pela sua participação no movimento de libertação nacional e contribuição no nascimento da República Popular de Angola. Passou toda a infância e juventude em Luanda. Preso diversas vezes por motivos políticos, foi libertado em 1972, em regime de residência vigiada em Lisboa. Iniciou então a publicação da sua obra na grande maioria escrita nas diversas prisões por onde passou.
Depois da independência de Angola exerceu vários cargos públicos. Após 1992, passou a dedicar-se exclusivamente à Literatura.
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Luuanda - estóriasEm 1965, o júri da Sociedade Portuguesa de Escritores atribuiu o Grande Prémio da Novelística a um jovem escritor, então desconhecido. A obra era o livro de contos Luuanda, e José Luandino Vieira o seu autor. Com a particularidade de, na altura da atribuição do galardão, o autor estar prisioneiro num campo de concentração, a cumprir uma pena de 14 anos por «práticas terroristas». Luuanda viria a ser publicado por Edições 70 em 1972 a sua 2.ª edição seria mesmo apreendida e a Editora multada em 30 mil escudos, por despacho assinado pelo director-geral da Informação. Aliás, a pedido do Editor testemunhariam neste processo Ferreira de Castro e Jorge de Sena, com este último a afirmar «o papel primordial no desenvolvimento da literatura angolana de expressão portuguesa» Cumprem-se, pois, 35 anos da publicação do texto em Portugal. Obra ímpar pelo seu estilo que inovava no uso da língua, fortemente marcada pelo português falado em Angola, como afirmaria Augusto Abelaira (Presidente do Júri que votou o prémio), pela capacidade de criação literária, pela feitura de um universo novelístico, Luuanda foi, na altura, o texto que revelou um autor que se conta hoje entre os maiores da literatura de expressão portuguesa. Graças a uma preciosa colaboração com a Editorial Caminho, é com o maior prazer que Edições 70 apresenta esta edição fac-similada, feita com base no texto de 1972, magnificamente ilustrado por José Rodrigues. -
Poesia - João-Maria VilanovaMais de três décadas depois de surgirem Vinte Canções para Ximinha, (1971) e Caderno dum Guerrilheiro, chegou a hora da republicação desta poesia de João-Maria Vilanova. Um acto de justiça elementar a um injustiçado poeta angolano da modernidade. -
No Antigamente, na VidaObra complexa e multilinear, com uma escrita onírica, em que os personagens aparecem sem razão, agem segundo desígnios inexplicáveis e não chegam a lado algum. Mas estas características, que podiam anular o próprio acto de escrita, tornam-na inexplicavelmente enigmática e desafiam-nos a tentar descortinar os seus propósitos. José Luandino Vieira, cidadão angolano com um percurso tumultuoso de luta, escreveu a sua obra nas diversas prisões por onde passou. O livro obedece a um ritmo quase de "stream of consciousness", duro, pungente, imparável e encriptado. São três histórias dominadas por recordações de infância, de tons, sabores e acções há muito passadas, transpostas agora para papel. Não é a realidade ali patente que distancia e acaba por entorpecer o leitor, mas sim os fantasmas e as vivências nubulosas do autor que as narra. -
Luuanda (Ed. Comemorativa)Luuanda é um conjunto de três estórias, «Vavó Xíxi e seu neto Zeca Santos», «Estória do ladrão e do papagaio» e «Estória da galinha e do ovo», com que o autor, de forma sublime, retrata as diversas facetas da vida angolana da altura. Tal como diz o Autor: «Quando escrevi Luuanda a minha preocupação era ser o mais fiel possível àquela realidade. Se a fome a exploração, o desemprego, surgem com muita evidência, não se trata de uma atitude preconcebida, de uma atitude consciente. É porque isso era digamos assim o aquário onde os meus personagens e eu circulávamos » Esta edição, de capa dura, é comemorativa da 1ª edição (1965), e do prémio da Associação Portuguesa de Escritores, no mesmo ano. -
A Vida Verdadeira de Domingos Xavier - Livros RTP Nº 18Domingos António Xavier, o tractorista, nunca fizera mal a ninguém. Só queria o bem do seu povo e da sua terra. E por lhes querer bem não falou os assuntos do seu povo nem se vendeu. E por lhes querer bem o mataram. E por isso, no dia da sua morte, ele começou a sua vida de verdade no coração do povo angolano. -
Katubia Ufolo, o Pássaro-SerpenteAqui se conta a história da menina Kadipanda Nzoji que continua à espera de noivo para casar, depois de ter recusado os 3 pretendentes que foram recebidos e enjeitados por Katubia Ufobo, o pássaro serpente. O primeiro pretendente é o 'que só vê o que vai haver', e que fala inglês; o segundo é o 'que vê só o que já não há' e que fala português; o terceiro é o 'que vê só o que há', e que fala quimbundo. [Katubia Ufolo] Fitucou, começou de arrancar todas as penas no corpo. E as penas voavam sem o vento. O sol virou noite. E a noite pariu escamas de todas as cores. Afinal, o pássaro Katubia Ufolo era mas é a serpente arco-íris, a própria, a senhora Kitasele kia Hongolo. Que desceu e engoliu os três pretendentes.Uma 'estória' magistralmente contada por um sábio contador de estórias: Luandino Vieira. O sabor africano do imaginário da história, da ilustração (do próprio Luandino Vieira) e da linguagem tornam este livro aconselhável a todas as Escolas que se preocupam com a interculturalidade. -
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Velhas Estórias«A vida é um rio de complexas águas», afirma um personagem de Luandino. As suas estórias - as velhas, as de dentro, as todas - têm essa força fluvial que é poética e torrencial, em fuga do fácil, do supérfluo. Estas «estórias», sempre novas porque velhas, lembram um quintal angolano onde desfilam os códigos e as dinâmicas de convívio, mas também os trejeitos e os cheiros que só quem soube escutar a realidade pôde assim vir a recriá-la. Profundo peregrino de si próprio, Luandino Vieira faz o que tem de ser feito: nos seus livros renasce a literatura angolana.Ver por dentro: -
Lourentinho Dona Antónia de Sousa Neto & Eu"Duas novelas compõem este livro - «Kinaxixi Kiami» e «Estória de família (Dona Antónia de Sousa Neto)» -, duas novelas que se passam nos últimos anos do colonialismo em Angola e que mostram duas faces a um tempo distintas e interligadas: a do interior do país e a da capital. A primeira apresenta-nos uma natureza pródiga que o homem-colono tenta em vão dominar (daí a tonalidade ecológica, elemento novo na literatura angolana); a segunda centra-se num almoço de pedido de casamento, óptima oportunidade para ilustrar a facúndia patrioteira do anfitrião luandense, amigo dos agentes da PIDE... Estes textos, que datam de 1971 e 1972, foram os últimos que Luandino Vieira produziu no Campo de Concentração do Tarrafal. Correspondem à fase irradiante da sua escrita, em que o leitor, como diante de um quadro de Brueghel, se sente investido de um poder de recomposição e, até, de recriação - um verdadeiro deleite."Ver por dentro: -
A Vida Verdadeira de Domingos Xavier«De todos os cantos da prisão chegaram vultos que se sentaram, silenciosos, à volta do irmão a morrer. Um moço tirou seu velho casaco de fardo e cobriu com ele o peito pisado e rebentado do tractorista. Só a cara estava agora descoberta, banhada na luz da
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O Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
A DesobedienteA dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa.Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz ativista de uma jovem que há de ser uma d’As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa atividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem. -
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