Poesia - João-Maria Vilanova
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Mais de três décadas depois de surgirem Vinte Canções para Ximinha, (1971) e Caderno dum Guerrilheiro, chegou a hora da republicação desta poesia de João-Maria Vilanova. Um acto de justiça elementar a um injustiçado poeta angolano da modernidade.
| Editora | Editorial Caminho |
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| Categorias | |
| Editora | Editorial Caminho |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | José Luandino Vieira |
José Luandino Vieira
JOSÉ LUANDINO VIEIRA nasceu na Lagoa do Furadouro (Portugal) em 1935 mas é cidadão angolano pela sua participação no movimento de libertação nacional e contribuição no nascimento da República Popular de Angola. Passou toda a infância e juventude em Luanda. Preso diversas vezes por motivos políticos, foi libertado em 1972, em regime de residência vigiada em Lisboa. Iniciou então a publicação da sua obra na grande maioria escrita nas diversas prisões por onde passou.
Depois da independência de Angola exerceu vários cargos públicos. Após 1992, passou a dedicar-se exclusivamente à Literatura.
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Luuanda - estóriasEm 1965, o júri da Sociedade Portuguesa de Escritores atribuiu o Grande Prémio da Novelística a um jovem escritor, então desconhecido. A obra era o livro de contos Luuanda, e José Luandino Vieira o seu autor. Com a particularidade de, na altura da atribuição do galardão, o autor estar prisioneiro num campo de concentração, a cumprir uma pena de 14 anos por «práticas terroristas». Luuanda viria a ser publicado por Edições 70 em 1972 a sua 2.ª edição seria mesmo apreendida e a Editora multada em 30 mil escudos, por despacho assinado pelo director-geral da Informação. Aliás, a pedido do Editor testemunhariam neste processo Ferreira de Castro e Jorge de Sena, com este último a afirmar «o papel primordial no desenvolvimento da literatura angolana de expressão portuguesa» Cumprem-se, pois, 35 anos da publicação do texto em Portugal. Obra ímpar pelo seu estilo que inovava no uso da língua, fortemente marcada pelo português falado em Angola, como afirmaria Augusto Abelaira (Presidente do Júri que votou o prémio), pela capacidade de criação literária, pela feitura de um universo novelístico, Luuanda foi, na altura, o texto que revelou um autor que se conta hoje entre os maiores da literatura de expressão portuguesa. Graças a uma preciosa colaboração com a Editorial Caminho, é com o maior prazer que Edições 70 apresenta esta edição fac-similada, feita com base no texto de 1972, magnificamente ilustrado por José Rodrigues. -
No Antigamente, na VidaObra complexa e multilinear, com uma escrita onírica, em que os personagens aparecem sem razão, agem segundo desígnios inexplicáveis e não chegam a lado algum. Mas estas características, que podiam anular o próprio acto de escrita, tornam-na inexplicavelmente enigmática e desafiam-nos a tentar descortinar os seus propósitos. José Luandino Vieira, cidadão angolano com um percurso tumultuoso de luta, escreveu a sua obra nas diversas prisões por onde passou. O livro obedece a um ritmo quase de "stream of consciousness", duro, pungente, imparável e encriptado. São três histórias dominadas por recordações de infância, de tons, sabores e acções há muito passadas, transpostas agora para papel. Não é a realidade ali patente que distancia e acaba por entorpecer o leitor, mas sim os fantasmas e as vivências nubulosas do autor que as narra. -
Luuanda (Ed. Comemorativa)Luuanda é um conjunto de três estórias, «Vavó Xíxi e seu neto Zeca Santos», «Estória do ladrão e do papagaio» e «Estória da galinha e do ovo», com que o autor, de forma sublime, retrata as diversas facetas da vida angolana da altura. Tal como diz o Autor: «Quando escrevi Luuanda a minha preocupação era ser o mais fiel possível àquela realidade. Se a fome a exploração, o desemprego, surgem com muita evidência, não se trata de uma atitude preconcebida, de uma atitude consciente. É porque isso era digamos assim o aquário onde os meus personagens e eu circulávamos » Esta edição, de capa dura, é comemorativa da 1ª edição (1965), e do prémio da Associação Portuguesa de Escritores, no mesmo ano. -
Papéis da Prisão: Apontamentos, diário, correspondência (1962-1971)Durante os 12 anos de cárcere efetivo, José Luandino Vieira coligiu um acervo considerável que agora publicamos, graças ao apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e à investigação realizada no Centro de Estudos Sociais, da Universidade de Coimbra, sempre em estreita colaboração com o autor. O processo de escrita destes Papéis tem como termos cronológicos e fronteiras espaciais a entrada do escritor no Pavilhão Prisional da PIDE de São Paulo de Luanda (1961) e a sua saída do Tarrafal (1972). A materialidade destes cadernos é composta por aproximadamente 2000 frágeis folhas manuscritas onde José Luandino Vieira anotou a sua visão do cárcere como observatório excecional da nação angolana, manifestou os seus projetos políticos e literários, evidenciou o projeto comunitário de Angola como o veículo da união e resistência coletiva e expressou as angústias e sonhos pessoais. Os cadernos estão datados e apresentam um assinalável valor humano, literário e político no que diz respeito às lutas de libertação, José Luandino Vieira à nação angolana, ao projeto literário de José Luandino Vieira, a questões de história e literatura angolana. -
A Vida Verdadeira de Domingos Xavier - Livros RTP Nº 18Domingos António Xavier, o tractorista, nunca fizera mal a ninguém. Só queria o bem do seu povo e da sua terra. E por lhes querer bem não falou os assuntos do seu povo nem se vendeu. E por lhes querer bem o mataram. E por isso, no dia da sua morte, ele começou a sua vida de verdade no coração do povo angolano. -
Katubia Ufolo, o Pássaro-SerpenteAqui se conta a história da menina Kadipanda Nzoji que continua à espera de noivo para casar, depois de ter recusado os 3 pretendentes que foram recebidos e enjeitados por Katubia Ufobo, o pássaro serpente. O primeiro pretendente é o 'que só vê o que vai haver', e que fala inglês; o segundo é o 'que vê só o que já não há' e que fala português; o terceiro é o 'que vê só o que há', e que fala quimbundo. [Katubia Ufolo] Fitucou, começou de arrancar todas as penas no corpo. E as penas voavam sem o vento. O sol virou noite. E a noite pariu escamas de todas as cores. Afinal, o pássaro Katubia Ufolo era mas é a serpente arco-íris, a própria, a senhora Kitasele kia Hongolo. Que desceu e engoliu os três pretendentes.Uma 'estória' magistralmente contada por um sábio contador de estórias: Luandino Vieira. O sabor africano do imaginário da história, da ilustração (do próprio Luandino Vieira) e da linguagem tornam este livro aconselhável a todas as Escolas que se preocupam com a interculturalidade. -
No Antigamente, Na VidaPor detrás do espelho, olho amarelo da vida, as crianças deslizam e crescem em silêncio, mestres na arte de praticar o bem e exercer o mal. Correm junto ao chão a espantar a vida, a espantar-se da vida e "levantam os olhos do mundo mínimo" para, no oco do silêncio, nos revelarem o Kinaxixi como centro do mundo, lugar íntimo e secreto de celebração da vida e da morte, por onde todos já passámos um dia, um momento, uma leitura. Aqui, José Luandino Vieira multiplica, em três histórias que se continuam umas nas outras, toda a "sabença" com tempo de raiz e tempo de semente e que não é senão a escrita de que é mestre absoluto. Um inventário do riso cresce nos voos das vozes a que cada palavra acrescenta um rasto de silêncio, acelera o tempo do discurso e põe em germinação uma arte poética em cada frase: "as flores fervem as cores". Rente às palavras e nos limites da água os "surdos corredores da memória" rebentam nas mãos o mapa da cidade vivida, o alumbramento deste antigamente na escrita. Ana Paula TavaresVer por dentro: -
Velhas Estórias«A vida é um rio de complexas águas», afirma um personagem de Luandino. As suas estórias - as velhas, as de dentro, as todas - têm essa força fluvial que é poética e torrencial, em fuga do fácil, do supérfluo. Estas «estórias», sempre novas porque velhas, lembram um quintal angolano onde desfilam os códigos e as dinâmicas de convívio, mas também os trejeitos e os cheiros que só quem soube escutar a realidade pôde assim vir a recriá-la. Profundo peregrino de si próprio, Luandino Vieira faz o que tem de ser feito: nos seus livros renasce a literatura angolana.Ver por dentro: -
Lourentinho Dona Antónia de Sousa Neto & Eu"Duas novelas compõem este livro - «Kinaxixi Kiami» e «Estória de família (Dona Antónia de Sousa Neto)» -, duas novelas que se passam nos últimos anos do colonialismo em Angola e que mostram duas faces a um tempo distintas e interligadas: a do interior do país e a da capital. A primeira apresenta-nos uma natureza pródiga que o homem-colono tenta em vão dominar (daí a tonalidade ecológica, elemento novo na literatura angolana); a segunda centra-se num almoço de pedido de casamento, óptima oportunidade para ilustrar a facúndia patrioteira do anfitrião luandense, amigo dos agentes da PIDE... Estes textos, que datam de 1971 e 1972, foram os últimos que Luandino Vieira produziu no Campo de Concentração do Tarrafal. Correspondem à fase irradiante da sua escrita, em que o leitor, como diante de um quadro de Brueghel, se sente investido de um poder de recomposição e, até, de recriação - um verdadeiro deleite."Ver por dentro: -
A Vida Verdadeira de Domingos Xavier«De todos os cantos da prisão chegaram vultos que se sentaram, silenciosos, à volta do irmão a morrer. Um moço tirou seu velho casaco de fardo e cobriu com ele o peito pisado e rebentado do tractorista. Só a cara estava agora descoberta, banhada na luz da
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
AlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira