Poesia Reunida
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( ) Estamos perante uma visão do mundo de feição romântica, que concentra no amor a justificação da existência. É certo que o romantismo nunca deixou de influenciar a poesia portuguesa, e que os neo-confessionalismos recuperaram o tema do sofrimento passional, mas as poetas têm-se mostrado reticentes a esse discurso que o feminismo estigmatizou, acusando-o de idealizar a mulher ou mitificar o homem, tornando-os criaturas falsas, alienadas. Em autoras mais novas, o lirismo amoroso, mesmo quando é sugerido, vê-se logo ironizado ou sabotado. Nesse sentido, a poética de Maria do Rosário Pedreira parece deslocada no tempo, e assume todos os riscos «intempestivos» de um aparente confessionalismo sentimental. (do Prefácio, de Pedro Mexia).
| Editora | Quetzal |
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| Categorias | |
| Editora | Quetzal |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Maria do Rosário Pedreira |
Maria do Rosário Pedreira
Maria do Rosário Pedreira nasceu em Lisboa em 1959. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Depois de uma breve passagem pelo ensino, que a influenciou a escrever para jovens, ingressou na carreira editorial, sendo hoje editora de literatura portuguesa. A sua obra iniciou-se pela ficção juvenil com duas coleções que foram adaptadas à televisão e venderam cerca de um milhão de exemplares. Embora tenha publicado um romance e contos dispersos em revistas e antologias, é sobretudo conhecida como poeta, tendo publicado quatro livros, hoje coligidos na sua Poesia Reunida, publicada pela Quetzal em 2012 e distinguida com o Prémio da Fundação Inês de Castro. Está traduzida em várias línguas e publicada em volumes independentes, revistas e antologias em diversos países. Tem participado em numerosos encontros de escritores em Portugal e no estrangeiro. É ainda autora de letras para fado e canções e publicou uma biografia de Amália Rodrigues para crianças. Tem um blogue dedicado aos livros e à edição, Horas Extraordinárias, que mantém desde 2010. Escreve regularmente crónicas para a imprensa, algumas delas reunidas no livro Adeus, Futuro, publicado pela Quetzal em 2021.
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A Minha Primeira AmáliaPlano Nacional de Leitura Livro recomendado para o 4º ano de escolaridade, destinado a leitura autónoma. Amália Rodrigues nasceu em Lisboa em 1920, oriunda de uma família modesta, e morreu em 1999, também em Lisboa, depois de ter conquistado fama internacional. Esta cantora invulgarmente brilhante reunia em si tudo aquilo que é necessário para se ser um bom artista: talento, sensibilidade, inteligência e capacidade de trabalho. Muitos consideram que foi a sua voz que levou a cultura e a alma nacionais pelo mundo fora e que o fado não seria hoje Património da Humanidade sem a sua decisiva contribuição. Com este livro, Maria do Rosário Pedreira quis contar aos mais novos quem foi esta portuguesa notável e João Fazenda ilustrou com arte e originalidade todo o texto. -
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Adeus, Futuro"As crónicas de Maria do Rosário Pedreira são momentos de observação do quotidiano de quem gosta de livros - o seu público dominante. E, a partir dos livros, um observatório do mundo.O título genérico das crónicas reunidas no presente volume - Adeus, Futuro - pode levar o leitor desprevenido ao engano, fazendo-o pensar num saudosismo ultrapassado e na recusa categórica do que é novo. Mas o intuito é, na verdade, exactamente o oposto: indo buscar as coisas boas do passado (e o passado teve coisas boas) e contrapondo-as a tudo aquilo que o presente produz de irracional, seguindo tantas vezes a agenda do politicamente correcto, a autora está, no fundo, a defender o Futuro - mas um futuro que inclua e respeite os valores da cultura, do humanismo, da tolerância e do amor ao outro.Pondo o dedo na ferida com argúcia, beleza e humor, estes textos, quase todos publicados originalmente no Diário de Notícias, confirmam Maria do Rosário Pedreira como uma das vozes mais respeitadas da cena literária portuguesa." -
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