Portugal e o Islão
"Este conjunto de reflexões de Adalberto Alves apresenta, como fundo comum, a busca das complementaridades no ""Outro"", apresentado persistentemente como mero reverso do ""Nós"". Tal olhar de descoberta e fascinação tem a marca da diferença, relativamente ao tipo de abordagens habitualmente feitas, relativamente às matérias aqui abordadas. Realmente, A.A. não assume nunca a postura clássica do orientalista, que analisa o objecto do seu estudo, a partir de uma perspectiva de exterioridade. Antes o contempla a partir de dentro, como alguém que vivência a sua busca de raízes remotas da espiritualidade e da cultura portuguesa como forma de devolver integralidade ao Eu pessoal e colectivo. Os conhecedores da obra de Adalberto Alves sabem que assim é, pois sabem da paixão que dimana dos seus escritos, paixão que jamais põe em causa o rigor científico e o escrúpulo metodológico. Estes textos, que tratam de temas tão diversos, como o do Diálogo Intercultural, a Arabofilia na Literatura Portuguesa, a História do Período Muçulmano no nosso território ou as contribuições e limites da Genética no estudo de tal época, propõem-se trazer uma contribuição singular, a que o leitor não ficará, por certo, indiferente."
| Editora | Teorema |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Teorema |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Adalberto Alves |
Adalberto Alves deve ser dos poucos que, chegados ao Outono da sua vida, sabem que dentro de si arde uma chama de perpétua juventude, a conquista de se ter caminhado a si próprio. Chama que no seu olhar expressa-se com ser melancolia e compreensão, a de quem se reconciliou, depois de uma vida de combates, com o severo olhar do Tempo, pai de todos os deuses... Incansável viajante, árabe de coração e, quem sabe nas suas lembranças,... Enamorado, como todo o místico, dos resplendores da sua própria alma. Na sabedoria dos eremitas do deserto — ou dos morábitos do Portugal islâmico — ou nas entrelinhas do discurso de Krishnamurti, no qual desaparecem Amante e Amado, mestre e discípulo, ficando o homem desnudo envolto pelo silêncio.
-
NovidadeIstmos - Do Terror, do Amor e Algo Mais«Esta obra reúne um conjunto de ensaios abrangendo uma panóplia de temas que espelham a diversidade dos interesses do Autor ao longo da sua multifacetada carreira intelectual. Tais textos inéditos, que vão desde a filosofia, a mística (sufismo), a história, aliteratura até à história natural e ao terrorismo, são de grande atualidade e concitarão certamente a atenção dos leitores, dadas as perspetivas, sempre especiais, que o Autor costuma introduzir nos assuntos que aborda». -
NovidadeArabesco (da Música Árabe e da Música Portuguesa)Após a publicação de O Meu Coração é Árabe, mais do que um inesperado sucesso editorial, difundiram-se e tornaram-se mais familiares nomes de poetas como Ibn’ Sãra, nascido em Santarém em 1123, de Ibn As-Sid, Silves, 1052, ou do grande Al-Mu’tamid, vindo de Beja em 1040. Adalberto Alves, o responsável por essa antologia propositadamente apelidada de A Poesia Luso-Árabe, apresenta um novo título, ensaiando desta vez os remotos relacionamentos da música árabe e portuguesa. O livro chama-se Arabesco e é tão apaixonante como o primeiro. -
NovidadeAl-Mutamid / Poeta do DestinoAl-Mu’Tamid foi nomeado aos onze anos governador nominal de Huelva e aos treze recebeu ordem do pai para assediar Silves, que conquistou. Mas a fama de Al-Mu’Tamid reside mais na sua excelente poesia do que no facto de ter sido rei. Como o pai e o avô, antes dele, e como a maioria dos seus filhos, depois dele, Al-Mu’Tamid compôs poesia, tendo o seu talento poético excedido, de longe, o dos seus familiares e outros reis Taifas. Através da poesia de Al-Mu’Tamid é possível estudar o seu carácter, escrever a sua biografia e também conhecer a História, pois na sua obra poética, Al-Mu’Tamid refere-se a importantes acontecimentos políticos do seu tempo, tais como a tomada de Córdova e a Batalha de Az-Zallaqa. No fundo, a vida deste poeta está na sua poesia e a sua poesia na sua vida. -
NovidadeIbn'Ammâr al-Andalusî: o drama de um poetaA história dramática do vizir e amigo dilecto de Al-MuTamid, contada pelos versos do próprio Ibn Ammâr, comentados por dois especialistas da poesia do grande poeta de Estômbar. -
NovidadeArabesco: música árabe e música portuguesaA única obra, até hoje, dedicada ao tema e que apresenta numerosas pistas sobre as influências da música árabe na música portuguesa e europeia. -
NovidadeAl-Mu Tamid Poeta do DestinoA obra que deu a conhecer em Portugal, em toda a sua dimensão, histórica, humana e poética, a figura do grande rei-poeta de Beja, cujos versos se encontram imortalizados nas Mil e Uma Noites. -
NovidadeOs Indícios da PalavraUm novo livro de Adalberto Alves que se insere na sua obra poética, espelhando uma voz singular, no panorama da poesia portuguesa contemporânea. Aqui, revisita, uma vez mais, temas que são caros e centrais na sua oficina poética, como sejam a condição humana, a natureza da criação literária e o enfoque metafísico. Os seus versos são sem tempo, nem escola literária específica, e a sua matriz encontra-se na confluência da epistemologia e da ontologia. Todavia, a reflexão filosófica é sempre superada pelo sopro poético do universo interior do Autor. Numa época em que a Literatura busca, como moda, os caminhos da desconstrução, Adalberto Alves, de certa forma, navega em contracorrente, ao procurar reconstruir tudo no interior do Todo.A sua obra poética e ensaística foi premiada, em 2008, pela UNESCO. -
NovidadeA Urgência do ImpossívelO espaço mental está no sul.Não apenas o espaço mental: a dúctil sensibilidade, o gume do alfange, a respiração voluptuosa, o "luxo arrepiante", a representação visual de emoções íntimas, ornadas de arcos, ocultadas por reixas.Há uma delicadeza singular nestes poemas.Porventura a delicadeza das civilizações do oásis: ilhas transfiguradas pelo azul-paraíso sob uma lua crescente, cercadas sem remédio pelo sol mortal do deserto.Aí todo o espaço é tempo medido, gestos inspirados, perfeitos, ainda que sob a exigência de regras absolutas e imperativas: o dogma, a sua recitação incessante, na voz, no branco estuque que, no despojado furor de uma ideia estética, se pode repetir numa emoção infinita.Os poemas deslumbraram-me. a voz é tua. E o que de melhor posso dizer da tua obra?: a ela retorno e encanto-me sempre... com emoção.João Esteves Pinto (Escritor) -
NovidadeO Passo da MontanhaObservando e sentindo a Natureza, o poeta apercebe-se do efémero e do mutável, apercebe-se da harmonia entre as leis que a regem. O ideal de muitos poetas de haiku é atingir uma harmonia interior que seja reflexo da harmonia pressentida na Natureza. Cada haiku é uma centelha. Mais brilhante ou mais discreto, mais intenso ou mais subtil, mais irradiante ou mais interiorizado, o haiku transporta sempre um fio de luz que, por breves instantes ou por longo tempo, ilumina quem o lê. O fascínio do haiku conquista cada vez mais adeptos e mais entusiastas pela prática ou pela leitura desta forma poética legada pelo Oriente. Que o fulgor deste novo livro de Adalberto Alves ilumine os seus leitores! Leonilda Alfarrobinha -
NovidadeO Que Da Pena EscorreEncontramos aqui e mais uma vez, um sujeito poético cujo principal esteio é a sua voz caudalosa e inspirada. Por sua vez, ela não fica a dever nada ao conhecimento das formas poéticas, isto é, da métrica e do ritmo, das figuras de estilo que são por ele profusamente usadas. Uma voz que anuncia ao que vem, desde o primeiro poema, e que se move em crescendo, procurando, através do mergulho incessante na linguagem, mais do que um caminho, um caminhar para fora de si, em movimento de ascensão. A voz lírica espreita a partir do primeiro poema, evidenciando uma vontade de desmesura e embriaguez, assim nos remetendo para o tema do desejo, embora este não seja de ordem carnal e sim de uma outra, espiritual, ou melhor, mística, infinita e insaciável. Maria João Cantinho
-
NovidadeA Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
NovidadeAs Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
NovidadeHistória dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
NovidadeA Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
NovidadeRevolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
NovidadePaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
NovidadeAntes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
NovidadeBaviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?