Prefácios a Folhas de Erva
«Falar dos prefácios de Walt Whitman é falar de Folhas de Erva, fora de Folhas de Erva. É falar do seu criador e, em particular, da sua intenção ao escrever Folhas de Erva, que não é senão um longo poema multifacetado, nas suas mais variadas concretizações, centradas sobre um país em extraordinário crescimento e progressão. Um poema sobre uma epopeia moderna, a dos Estados Unidos, que, tal como Whitman, contém multidões e contradições.
(...) Os Prefácios com que Whitman brinda as edições de 1855, 1872, 1876 e de 1888 e, ainda, a carta a Emerson que Whitman incluiu na edição de 1856, são dignos de toda a atenção, por revelarem a posição de Whitman, perante o desconforto ou, ainda mais do que isso, a autêntica convulsão que o seu livro foi suscitando no meio cultural social, político e religioso dos Estados Unidos, durante as sucessivas edições, ao longo de 37 anos.»
Do Prefácio
Prefácio, introdução e notas: Jaime Becerra da Costa
| Editora | Humus |
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| Categorias | |
| Editora | Humus |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Walt Whitman |
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Canto de Mim MesmoEm Canto de Mim Mesmo, Walt Whitman canta-se e canta o mundo, dando-nos a ver as cores com que ele o pinta. Partilhamos a intimidade, o quotidiano, o pensamento e as palavras. O convite é do próprio autor, que no canto II escreve: “Fica comigo este dia e esta noite e possuirás a origem de todos os poemas,Possuirás o que há de bom na Terra e no Sol (há milhões de sóis),Não terás coisas em segunda ou terceira mão, nem verás pelos olhos dos mortos, nem te alimentarás dos espectros dos livros,Nem através dos meus olhos verás, nem de mim terás as coisas,Escutarás tudo e todos e tudo em ti filtrarás”.Um livro para ler no vagar dos dias, saboreando cada lugar que o autor percorre, percorrendo-os nós mesmos, com a imaginação. -
Cálamo“Cálamo é aqui uma palavra corrente. Trata-se da erva ou juncácea aromática de grande porte que cresce nas zonas pantanosas dos vales, cujo caule mede quase um metro de altura; vulgarmente chama-se sweet-flag; abunda em todos os estados do norte e centro do país. O carácter etéreo e refinado do termo, tal como é utilizado no meu livro, deriva provavelmente do facto de o cálamo ter, entre todas as ervas, o caule maior e mais duro, assim como um fresco, aquático e penetrante aroma.”Carta de Whitman ao seu editor inglês William Rossetti, em 1867. -
Folhas de ErvaQuem foi, então, Walt Whitman? Consideremos uma nota biográfica de Walt Whitman assim ela se intitula que o próprio poeta escreveu e que parcialmente se transcreve, dado que se vão omitir algumas passagens de índole mais circunstancial. Foi ela publicada em 1888, quatro anos antes da sua morte ocorrida em 1892. Curiosamente, logo se verifica como aí se repetem as referências às Folhas de Erva, como se nesta obra estivesse muita da própria existência do seu autor: 1819, 31 de Maio. Nasce em West Hills, Long Island, Estado de New York. Segundo filho de Walter Whitman e de Louisa Van Velsor. 1824. Vai para Brooklyn. Frequenta a escola pública. Em 1831, está empregado num escritório de um advogado. Depois, no consultório de um médico. Em 1834, ingressa numa imprensa para aprender o ofício. 1838. Ensina em escolas de regiões rurais de Suffolk. Depois, publica um semanário, The Long Islander, em Huntingthon. 1840. Regressa à cidade de New York, trabalhando na imprensa. Em 1846 e 47, publica The Eagle, diário de Brooklyn. 1848. Viaja para o Sul e Sudoeste. 1850. Regressa ao Norte. Edita The Freeman, diário de Brooklyn. Trabalha na construção de casas, promovendo a sua venda. 1855. Publica Leaves of Grass, a primeira edição, com 95 páginas. Em 1856, a segunda edição, 384 páginas. Em 1860, a terceira edição, 456 páginas. 1862. Vai para os campos de batalha na guerra de Secessão. Começa o seu serviço de apoio aos feridos nos hospitais, mantendo-se ali durante três anos. 1867. Publica a quarta edição de Leaves of Grass. Em 1871, a quinta edição. 1873. Prostrado pela paralisia em Washington. 1876. Sexta edição de Leaves of Grass. Em 1881, sétima edição. 1882. Oitava edição de Leaves of Grass. 1888. Mr. Whitman tem agora setenta anos. Está quase completamente incapacitado pela paralisia. Mas, segundo soubemos tem agora em impressão um volume de prosa e verso chamado November Boughs. Reside em New Jersey.» -
Visões DemocráticasMais conhecido entre nós como Poeta, Walt Whitman foi também um notável prosador, como o prova este texto, que pela primeira vez se publica em Língua Portuguesa. Partindo de uma reflexão sobre a América, Walt Whitman acaba por fazer uma reflexão sobre a Democracia e as exigências que esta impõe, a par das oportunidades que possibilita. Visões Democráticas é um texto fundamental para compreender o pensamento de Walt Whitman. -
Leaves of GrassFirst published in 1855 and extended by the author over the course of more than three decades, Leaves of Grass embodies Walt Whitman's lifetime ambition to create a new voice that could capture the spirit and vibrancy of the young American nation, while celebrating at the same time “Nature without check with original energy”. Famously written in free verse and brimming with sensuous imagery and an unbridled love of nature and life in all its forms, and containing celebrated poems such as the ebullient 'Song of Myself' – described by Jay Parini as the greatest American poem ever written – and the elegiac 'When Lilacs Last in the Dooryard Bloom'd', Leaves of Grass is not only the finest achievement of a highly unique poet, but a founding text for American literature and modern poetry. Considered one of the most influential poets in American literature and a pioneer of free verse, Walt Whitman (1819–92) was also a prolific writer of essays and articles. Controversial in its time, his sprawling collection Leaves of Grass is regarded as his magnum opus. -
Song of MyselfOne of the best-known and most stirring American poems, brilliantly edited by Stephen Mitchell, now available in the Shambhala Pocket Library series.Song of Myself may be the greatest poem ever written by an American. First published in 1855 as part of Leaves of Grass, it was revised and expanded by Whitman in subsequent editions in ways that sometimes undermined its original freshness and vitality. Stephen Mitchell has gone back to the first edition and painstakingly compared it with the later versions, substituting only those revisions by Whitman that improved the poem. Here is Whitman at his most wild and raw, as large and lusty as life, fulfilling his promise to all future generations: I stand on this spot with my soul. -
Leaves of Grass: Selected PoemsLeaves of Grass is Walt Whitman’s glorious poetry collection, first published in 1855, which he revised and expanded throughout his lifetime. It was ground-breaking in its subject matter and in its direct, unembellished style. Part of the Macmillan Collector’s Library; a series of stunning, clothbound, pocket sized classics with gold foiled edges and ribbon markers. These beautiful books make perfect gifts or a treat for any book lover. This edition is edited and introduced by Professor Bridget Bennett. Whitman wrote about the United States and its people, its revolutionary spirit and about democracy. He wrote openly about the body and about desire in a way that completely broke with convention and which paved the way for a completely new kind of poetry. This new collection is taken from the final version, the Deathbed edition, and it includes his most famous poems such as ‘Song of Myself’ and ‘I Sing the Body Electric’. -
Canto de Mim MesmoUM LIVRO PARA SABOREAR, PARA LER DEVAGAR.Canto de Mim Mesmo é uma introdução perfeita à obra de Walt Whitman. Nele, o poeta celebra-se como pessoa, mas representando toda a gente. Quem fala no poema fala de todas as pessoas e talvez até por elas, sublinhando e engrandecendo e espantosa maravilha da experiência humana. Em tempos de conflito aberto e extraordinariamente preocupante entre Homem e Natureza, as palavras de Whitman, inspiradoras de todo o lirismo moderno, redescobrem significados, explorando a habilidade do ser humano para se unir ao que o rodeia, porém também a devastadora capacidade para o destruir. Escrito com o corpo e com a alma, que o autor tantas vezes nem distingue, numa abordagem tão poética quanto filosófica, Canto de Mim Mesmo é o livro ideal para saborear, para ler devagar, de inclusão lenta, porém tão profunda que pode ficar para sempre. Lê-lo é quase ser Walt Whitman. -
Canto de Mim MesmoCanto de Mim Mesmo é talvez o poema mais importante da obra mais famosa de Whitman, Folhas de Erva, livro, então ignorado e hoje imortal, que revelou um homem de génio.Canto de Mim Mesmo é um poema inovador, tanto pela forma quando pela linguagem e pelos temas que aborda, tendo-lhe valido inclusivamente ser alvo de censura – tão em voga na altura quanto hoje.Este grande poema de Whitman é, à sua maneira, um épico americano que celebra a democracia (e, consequentemente, a igualdade) como forma de vida, o ciclo de crescimento e morte como algo natural, a beleza do indivíduo na sua individualidade e no colectivo que é o universo, assim como a natureza, o sexo e a sexualidade como expressão e fusão do eu com os outros e com a natureza.Este Canto de Mim Mesmo, que faz o elogio do autoconhecimento, da liberdade e da aceitação de «mim mesmo» e de todos os outros, não poderia ser mais actual, num mundo que se fragmenta e se sepulta numa visão de desagregação, o poeta promove a união dos corpos, das almas e do eu. -
The Complete Poems of Walt WhitmanComplete Poems of Whitman by Walt Whitman. Walt Whitman's verse gave the poetry of America a distinctive national voice. It reflects the unique vitality of the new nation, the vastness of the land and the emergence of a sometimes troubled consciousness, communicated in language and idiom regarded by many at the time as shocking. Whitman's poems are organic and free flowing, fit into no previously defined genre and skilfully combine autobiographical, sociological and religious themes with lyrical sensuality. His verse is a fitting celebration of a new breed of American and includes Song of Myself, Crossing Brooklyn Ferry, the celebratory Passage to India, and his fine elegy for the assassinated President Lincoln, When Lilacs Last in the Dooryard Bloom'd.
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NovidadeO Essencial Sobre José Saramago«Aquilo que neste livro se entende como essencial em José Saramago corresponde à sua específica identidade como escritor, com a singularidade e com as propriedades que o diferenciam, nos seus fundamentos e manifestações. Mas isso não é tudo. No autor de Memorial do Convento afirma-se também uma condição de cidadão e de homem político, pensando o seu tempo e os fenómenos sociais e culturais que o conformam. Para o que aqui importa, isso é igualmente essencial em Saramago, até porque aquela condição de cidadão não é estranha às obras literárias com as quais ela interage, em termos muito expressivos.» in Contracapa -
NovidadeConfissões de um Jovem EscritorUmberto Eco publicou seu primeiro romance, O Nome da Rosa, em 1980, quando tinha quase 50 anos. Nestas suas Confissões, escritas cerca de trinta anos depois da sua estreia na ficção, o brilhante intelectual italiano percorre a sua longa carreira como ensaísta dedicando especial atenção ao labor criativo que consagrou aos romances que o aclamaram. De forma simultaneamente divertida e séria, com o brilhantismo de sempre, Umberto Eco explora temas como a fronteira entre a ficção e a não-ficção, a ambiguidade que o escritor mantém para que seus leitores se sintam livres para seguir o seu próprio caminho interpre tativo, bem como a capacidade de gerar neles emoções. Composto por quatro conferências integradas no âmbito das palestras Richard Ellmann sobre Literatura Moderna que Eco proferiu na Universidade Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, Confissões de um jovem escritor é uma viagem irresistível aos mundos imaginários do autor e ao modo como os transformou em histórias inesquecíveis para todos os leitores. O “jovem escritor” revela-se, afinal, um grande mestre e aqui partilha a sua sabedoria sobre a arte da imaginação e o poder das palavras. -
NovidadeSobre as MulheresSobre as Mulheres é uma amostra substancial da escrita de Susan Sontag em torno da questão da mulher. Ao longo dos sete ensaios e entrevistas (e de uma troca pública de argumentos), são abordados relevantes temas, como os desafios e a humilhação que as mulheres enfrentam à medida que envelhecem, a relação entre a luta pela libertação das mulheres e a luta de classes, a beleza, o feminismo, o fascismo, o cinema. Ao fim de cinquenta anos – datam dos primeiros anos da década de 1970 –, estes textos não envelheceram nem perderam pertinência. E, no seu conjunto, revelam a curiosidade incansável, a precisão histórica, a solidez política e o repúdio por categorizações fáceis – em suma, a inimitável inteligência de Sontag em pleno exercício.«É um deleite observar a agilidade da mente seccionando através da flacidez do pensamento preguiçoso.» The Washington Post«Uma nova compilação de primeiros textos de Sontag sobre género, sexualidade e feminismo.» Kirkus Reviews -
Para Tão Curtos Amores, Tão Longa VidaNuma época e num país como o nosso, em que se regista um número muito elevado de divórcios, e em que muitos casais preferem «viver juntos» a casar-se, dando origem nas estatísticas a muitas crianças nascidas «fora do casamento», nesta época e neste país a pergunta mais próxima da realidade não é por que duram tão pouco tantos casamentos, mas antes: Por que é que há casamentos que duram até à morte dos cônjuges? Qual é o segredo? Há um segredo nisso? Este novo livro de Daniel Sampaio, que traz o título tão evocativo: Para Tão Curtos Amores, Tão Longa Vida, discute as relações afetivas breves e as prolongadas, a monogamia e a infidelidade, a importância da relação precoce com os pais e as vicissitudes do amor. Combinando dois estilos, o ficcional e o ensaístico, que domina na perfeição, o autor traz perante os nossos olhos, de modo muito transparente e sem preconceitos, tão abundantes nestas matérias, os problemas e dificuldades dos casais no mundo de hoje, as suas vitórias e derrotas na luta permanente para manterem viva a sua união.Um livro para todos nós porque (quase) todos nós, mais tarde ou mais cedo, passamos por isso. -
NovidadeA Vida na SelvaHá quem nasça para o romance ou para a poesia e se torne conhecido pelo seu trabalho literário; e quem chegue a esse ponto depois de percorrer um longo caminho de vida, atravessando os escolhos e a complexidade de uma profissão, ou de uma passagem pela política, ou de um reconhecimento público que não está ligado à literatura. Foi o caso de Álvaro Laborinho Lúcio, que publicou o seu primeiro e inesperado romance (O Chamador) em 2014.Desde então, em leituras públicas, festivais, conferências e textos com destinos vários, tem feito uma viagem de que guarda memórias, opiniões, interesses, perguntas e respostas, perplexidades e reconhecimentos. Estes textos são o primeiro resumo de uma vida com a literatura – e o testemunho de um homem comprometido com as suas paixões e o diálogo com os outros. O resultado é comovente e tão inesperado como foi a publicação do primeiro romance. -
Almoço de DomingoUm romance, uma biografia, uma leitura de Portugal e das várias gerações portuguesas entre 1931 e 2021. Tudo olhado a partir de uma geografia e de uma família.Com este novo romance de José Luís Peixoto acompanhamos, entre 1931 e 2021, a biografia de um homem famoso que o leitor há de identificar — em paralelo com história do país durante esses anos. No Alentejo da raia, o contrabando é a resistência perante a pobreza, tal como é a metáfora das múltiplas e imprecisas fronteiras que rodeiam a existência e a literatura. Através dessa entrada, chega-se muito longe, sem nunca esquecer as origens. Num percurso de várias gerações, tocado pela Guerra Civil de Espanha, pelo 25 de abril, por figuras como Marcelo Caetano ou Mário Soares e Felipe González, este é também um romance sobre a idade, sobre a vida contra a morte, sobre o amor profundo e ancestral de uma família reunida, em torno do patriarca, no seu almoço de domingo.«O passado tem de provar constantemente que existiu. Aquilo que foi esquecido e o que não existiu ocupam o mesmo lugar. Há muita realidade a passear-se por aí, frágil, transportada apenas por uma única pessoa. Se esse indivíduo desaparecer, toda essa realidade desaparece sem apelo, não existe meio de recuperá-la, é como se não tivesse existido.» «Os motoristas estão à espera, o brado da multidão mistura-se com o rugido dos motores. Antes de entrarmos, o Mário Soares aproxima-se de mim, correu tudo tão bem, e abraça-me com um par estrondosas palmadas no centro das costas. A coluna de carros avança devagar pelas ruas da vila. Tenho a garganta apertada, não consigo falar. Como me orgulha que Campo Maior seja a capital da península durante este momento.»«Autobiografia é um romance que desafia o leitor ao diluir fronteiras entre o real e o ficcional, entre espaços e tempos, entre duas personagens de nome José, um jovem escritor e José Saramago. Este é o melhor romance de José Luís Peixoto.»José Riço Direitinho, Público «O principal risco de Autobiografia era esgotar-se no plano da mera homenagem engenhosa, mas Peixoto evitou essa armadilha, ao construir uma narrativa que se expande em várias direções, acumulando camadas de complexidade.»José Mário Silva, Expresso -
NovidadeElectra Nº 23A Atenção, tema de que se ocupa o dossier central do número 23 da revista Electra, é um recurso escasso e precioso e por isso objecto de uma guerra de concorrência sem tréguas para conseguir a sua captura. Nunca houve uma tão grande proliferação de informação, de produtos de consumo, de bens culturais, de acontecimentos que reclamam a atenção. Ela é a mercadoria da qual depende o valor de todas as mercadorias, sejam materiais ou imateriais, reais ou simbólicas. A Atenção é, pois, uma questão fundamental do nosso tempo e é um tópico crucial para o compreendermos. Sobre ela destacam-se neste dossier artigos e entrevistas de Yves Citton, Enrico Campo, Mark Wigley, Georg Franck e Claire Bishop. Nesta edição, na secção “Primeira Pessoa”, são publicadas entrevistas à escritora, professora e crítica norte-americana Svetlana Alpers (por Afonso Dias Ramos), cujo trabalho pioneiro redefiniu o campo da história da arte nas últimas décadas, e a Philippe Descola (por António Guerreiro), figura central da Antropologia, que nos fala de temas que vão desde a produção de imagens e das tradições e dos estilos iconográficos à questão da oposição entre natureza e cultura. A secção “Furo” apresenta um conjunto de desenhos e cartas inéditos da pintora Maria Helena Vieira da Silva. Em 1928, tinha vinte anos. Havia saído de Portugal para estudar arte em Paris e, de França, foi a Itália numa viagem de estudo. Durante esse percurso desenhou num caderno esboços rápidos do que via, e ao mesmo tempo, escrevia cartas à mãe para lhe contar as suas impressões e descobertas. Uma selecção destes desenhos e destas cartas, que estabelecem entre si um diálogo íntimo e consonante, é agora revelada. Na Electra 23, é publicada, na secção “Figura”, um retrato do grande poeta grego Konstandinos Kavafis, feito pelo professor e tradutor Nikos Pratsinis, a partir de oito perguntas capitais; é comentada, pelo escritor Christian Salmon, na secção “Passagens”, uma reflexão sobre a história trágica da Europa Central do consagrado romancista e ensaísta checo, Milan Kundera. Ainda neste número, o ensaísta e jornalista Sergio Molino dá-nos um mapa pessoal da cidade de Saragoça, em que a história e a geografia, a literatura e a arte se encontram; o jornalista e colunista brasileiro Marcelo Leite trata das investigações em curso desde os anos 90, com vista ao uso farmacológico e terapêutico dos psicadélicos; a escritora e veterinária María Sanchez constrói um diário que é atravessado por procuras e encontros, casas e viagens, livros e animais, terras e mulheres, amor e amizade; o arquitecto, investigador e curador chileno Francisco Díaz aborda a relação entre solo e terreno, a partir do projecto da Cidade da Cultura de Santiago de Compostela, da autoria de Peter Eisenman; o artista e ensaísta João Sousa Cardoso escreve sobre a obra do escultor Rui Chafes, revisitando três exposições e um livro apresentados durante o ano de 2023; e o dramaturgo Miguel Castro Caldas comenta a palavra “Confortável”.Vários -
NovidadeDiário SelvagemEste «Diário Selvagem», «até aqui quase integralmente inédito, é um livro mítico, listado e discutido em inúmeras cartas e cronologias do autor, a que só alguns biógrafos e estudiosos foram tendo acesso».