Cálamo
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“Cálamo é aqui uma palavra corrente. Trata-se da erva ou juncácea aromática de grande porte que cresce nas zonas pantanosas dos vales, cujo caule mede quase um metro de altura; vulgarmente chama-se sweet-flag; abunda em todos os estados do norte e centro do país. O carácter etéreo e refinado do termo, tal como é utilizado no meu livro, deriva provavelmente do facto de o cálamo ter, entre todas as ervas, o caule maior e mais duro, assim como um fresco, aquático e penetrante aroma.”
Carta de Whitman ao seu editor inglês William Rossetti, em 1867.
| Editora | Assírio & Alvim |
|---|---|
| Coleção | Gato Maltês |
| Categorias | |
| Editora | Assírio & Alvim |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Walt Whitman |
Walt Whitman
Considerado o grande poeta da Revolução Americana – ou até mesmo o maior poeta de toda a literatura americana – o nova-iorquino Walt Whitman (1819-1892) destacou-se no estilo do verso livre, sem restrições métricas, mas também com um pensamento que dessa forma funcionava: sem limites e regras.
Dele escreveu Fernando Pessoa: «Introduziu uma nova subjetividade na conceção poética e fez da sua poesia um hino à vida.»
Whitman foi, no verdadeiro e justo entendimento do termo, um visionário. Celebrou o homem e a natureza, incentivando pelas suas palavras os mais nobres ideais de comunhão, de partilha e de participação democrática nos Estados Unidos da América.
Se fosse vivo, talvez Walt Whitman hoje escrevesse coisas parecidas às de outrora, de tão imutáveis que parecem ser os sentimentos que descreveu, de tão evidente que era, para o autor, a delicadeza da condição humana, do amor, do sexo, da vida em comunhão nas cidades e dos caminhos difíceis que juntos continuamos a percorrer.
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Canto de Mim MesmoEm Canto de Mim Mesmo, Walt Whitman canta-se e canta o mundo, dando-nos a ver as cores com que ele o pinta. Partilhamos a intimidade, o quotidiano, o pensamento e as palavras. O convite é do próprio autor, que no canto II escreve: “Fica comigo este dia e esta noite e possuirás a origem de todos os poemas,Possuirás o que há de bom na Terra e no Sol (há milhões de sóis),Não terás coisas em segunda ou terceira mão, nem verás pelos olhos dos mortos, nem te alimentarás dos espectros dos livros,Nem através dos meus olhos verás, nem de mim terás as coisas,Escutarás tudo e todos e tudo em ti filtrarás”.Um livro para ler no vagar dos dias, saboreando cada lugar que o autor percorre, percorrendo-os nós mesmos, com a imaginação. -
Folhas de ErvaQuem foi, então, Walt Whitman? Consideremos uma nota biográfica de Walt Whitman assim ela se intitula que o próprio poeta escreveu e que parcialmente se transcreve, dado que se vão omitir algumas passagens de índole mais circunstancial. Foi ela publicada em 1888, quatro anos antes da sua morte ocorrida em 1892. Curiosamente, logo se verifica como aí se repetem as referências às Folhas de Erva, como se nesta obra estivesse muita da própria existência do seu autor: 1819, 31 de Maio. Nasce em West Hills, Long Island, Estado de New York. Segundo filho de Walter Whitman e de Louisa Van Velsor. 1824. Vai para Brooklyn. Frequenta a escola pública. Em 1831, está empregado num escritório de um advogado. Depois, no consultório de um médico. Em 1834, ingressa numa imprensa para aprender o ofício. 1838. Ensina em escolas de regiões rurais de Suffolk. Depois, publica um semanário, The Long Islander, em Huntingthon. 1840. Regressa à cidade de New York, trabalhando na imprensa. Em 1846 e 47, publica The Eagle, diário de Brooklyn. 1848. Viaja para o Sul e Sudoeste. 1850. Regressa ao Norte. Edita The Freeman, diário de Brooklyn. Trabalha na construção de casas, promovendo a sua venda. 1855. Publica Leaves of Grass, a primeira edição, com 95 páginas. Em 1856, a segunda edição, 384 páginas. Em 1860, a terceira edição, 456 páginas. 1862. Vai para os campos de batalha na guerra de Secessão. Começa o seu serviço de apoio aos feridos nos hospitais, mantendo-se ali durante três anos. 1867. Publica a quarta edição de Leaves of Grass. Em 1871, a quinta edição. 1873. Prostrado pela paralisia em Washington. 1876. Sexta edição de Leaves of Grass. Em 1881, sétima edição. 1882. Oitava edição de Leaves of Grass. 1888. Mr. Whitman tem agora setenta anos. Está quase completamente incapacitado pela paralisia. Mas, segundo soubemos tem agora em impressão um volume de prosa e verso chamado November Boughs. Reside em New Jersey.» -
Prefácios a Folhas de Erva«Falar dos prefácios de Walt Whitman é falar de Folhas de Erva, fora de Folhas de Erva. É falar do seu criador e, em particular, da sua intenção ao escrever Folhas de Erva, que não é senão um longo poema multifacetado, nas suas mais variadas concretizações, centradas sobre um país em extraordinário crescimento e progressão. Um poema sobre uma epopeia moderna, a dos Estados Unidos, que, tal como Whitman, contém multidões e contradições.(...) Os Prefácios com que Whitman brinda as edições de 1855, 1872, 1876 e de 1888 e, ainda, a carta a Emerson que Whitman incluiu na edição de 1856, são dignos de toda a atenção, por revelarem a posição de Whitman, perante o desconforto ou, ainda mais do que isso, a autêntica convulsão que o seu livro foi suscitando no meio cultural social, político e religioso dos Estados Unidos, durante as sucessivas edições, ao longo de 37 anos.»Do PrefácioPrefácio, introdução e notas: Jaime Becerra da Costa -
Visões DemocráticasMais conhecido entre nós como Poeta, Walt Whitman foi também um notável prosador, como o prova este texto, que pela primeira vez se publica em Língua Portuguesa. Partindo de uma reflexão sobre a América, Walt Whitman acaba por fazer uma reflexão sobre a Democracia e as exigências que esta impõe, a par das oportunidades que possibilita. Visões Democráticas é um texto fundamental para compreender o pensamento de Walt Whitman. -
Leaves of GrassFirst published in 1855 and extended by the author over the course of more than three decades, Leaves of Grass embodies Walt Whitman's lifetime ambition to create a new voice that could capture the spirit and vibrancy of the young American nation, while celebrating at the same time “Nature without check with original energy”. Famously written in free verse and brimming with sensuous imagery and an unbridled love of nature and life in all its forms, and containing celebrated poems such as the ebullient 'Song of Myself' – described by Jay Parini as the greatest American poem ever written – and the elegiac 'When Lilacs Last in the Dooryard Bloom'd', Leaves of Grass is not only the finest achievement of a highly unique poet, but a founding text for American literature and modern poetry. Considered one of the most influential poets in American literature and a pioneer of free verse, Walt Whitman (1819–92) was also a prolific writer of essays and articles. Controversial in its time, his sprawling collection Leaves of Grass is regarded as his magnum opus. -
Song of MyselfOne of the best-known and most stirring American poems, brilliantly edited by Stephen Mitchell, now available in the Shambhala Pocket Library series.Song of Myself may be the greatest poem ever written by an American. First published in 1855 as part of Leaves of Grass, it was revised and expanded by Whitman in subsequent editions in ways that sometimes undermined its original freshness and vitality. Stephen Mitchell has gone back to the first edition and painstakingly compared it with the later versions, substituting only those revisions by Whitman that improved the poem. Here is Whitman at his most wild and raw, as large and lusty as life, fulfilling his promise to all future generations: I stand on this spot with my soul. -
Leaves of Grass: Selected PoemsLeaves of Grass is Walt Whitman’s glorious poetry collection, first published in 1855, which he revised and expanded throughout his lifetime. It was ground-breaking in its subject matter and in its direct, unembellished style. Part of the Macmillan Collector’s Library; a series of stunning, clothbound, pocket sized classics with gold foiled edges and ribbon markers. These beautiful books make perfect gifts or a treat for any book lover. This edition is edited and introduced by Professor Bridget Bennett. Whitman wrote about the United States and its people, its revolutionary spirit and about democracy. He wrote openly about the body and about desire in a way that completely broke with convention and which paved the way for a completely new kind of poetry. This new collection is taken from the final version, the Deathbed edition, and it includes his most famous poems such as ‘Song of Myself’ and ‘I Sing the Body Electric’. -
Canto de Mim MesmoUM LIVRO PARA SABOREAR, PARA LER DEVAGAR.Canto de Mim Mesmo é uma introdução perfeita à obra de Walt Whitman. Nele, o poeta celebra-se como pessoa, mas representando toda a gente. Quem fala no poema fala de todas as pessoas e talvez até por elas, sublinhando e engrandecendo e espantosa maravilha da experiência humana. Em tempos de conflito aberto e extraordinariamente preocupante entre Homem e Natureza, as palavras de Whitman, inspiradoras de todo o lirismo moderno, redescobrem significados, explorando a habilidade do ser humano para se unir ao que o rodeia, porém também a devastadora capacidade para o destruir. Escrito com o corpo e com a alma, que o autor tantas vezes nem distingue, numa abordagem tão poética quanto filosófica, Canto de Mim Mesmo é o livro ideal para saborear, para ler devagar, de inclusão lenta, porém tão profunda que pode ficar para sempre. Lê-lo é quase ser Walt Whitman. -
Canto de Mim MesmoCanto de Mim Mesmo é talvez o poema mais importante da obra mais famosa de Whitman, Folhas de Erva, livro, então ignorado e hoje imortal, que revelou um homem de génio.Canto de Mim Mesmo é um poema inovador, tanto pela forma quando pela linguagem e pelos temas que aborda, tendo-lhe valido inclusivamente ser alvo de censura – tão em voga na altura quanto hoje.Este grande poema de Whitman é, à sua maneira, um épico americano que celebra a democracia (e, consequentemente, a igualdade) como forma de vida, o ciclo de crescimento e morte como algo natural, a beleza do indivíduo na sua individualidade e no colectivo que é o universo, assim como a natureza, o sexo e a sexualidade como expressão e fusão do eu com os outros e com a natureza.Este Canto de Mim Mesmo, que faz o elogio do autoconhecimento, da liberdade e da aceitação de «mim mesmo» e de todos os outros, não poderia ser mais actual, num mundo que se fragmenta e se sepulta numa visão de desagregação, o poeta promove a união dos corpos, das almas e do eu. -
The Complete Poems of Walt WhitmanComplete Poems of Whitman by Walt Whitman. Walt Whitman's verse gave the poetry of America a distinctive national voice. It reflects the unique vitality of the new nation, the vastness of the land and the emergence of a sometimes troubled consciousness, communicated in language and idiom regarded by many at the time as shocking. Whitman's poems are organic and free flowing, fit into no previously defined genre and skilfully combine autobiographical, sociological and religious themes with lyrical sensuality. His verse is a fitting celebration of a new breed of American and includes Song of Myself, Crossing Brooklyn Ferry, the celebratory Passage to India, and his fine elegy for the assassinated President Lincoln, When Lilacs Last in the Dooryard Bloom'd.
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
AlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira