Visões Democráticas
Opera Omnia
2012
19,61 €
Envio previsto até
Mais conhecido entre nós como Poeta, Walt Whitman foi também um notável prosador, como o prova este texto, que pela primeira vez se publica em Língua Portuguesa.
Partindo de uma reflexão sobre a América, Walt Whitman acaba por fazer uma reflexão sobre a Democracia e as exigências que esta impõe, a par das oportunidades que possibilita.
Visões Democráticas é um texto fundamental para compreender o pensamento de Walt Whitman.
| Editora | Opera Omnia |
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| Categorias | |
| Editora | Opera Omnia |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Walt Whitman |
Walt Whitman
Considerado o grande poeta da Revolução Americana – ou até mesmo o maior poeta de toda a literatura americana – o nova-iorquino Walt Whitman (1819-1892) destacou-se no estilo do verso livre, sem restrições métricas, mas também com um pensamento que dessa forma funcionava: sem limites e regras.
Dele escreveu Fernando Pessoa: «Introduziu uma nova subjetividade na conceção poética e fez da sua poesia um hino à vida.»
Whitman foi, no verdadeiro e justo entendimento do termo, um visionário. Celebrou o homem e a natureza, incentivando pelas suas palavras os mais nobres ideais de comunhão, de partilha e de participação democrática nos Estados Unidos da América.
Se fosse vivo, talvez Walt Whitman hoje escrevesse coisas parecidas às de outrora, de tão imutáveis que parecem ser os sentimentos que descreveu, de tão evidente que era, para o autor, a delicadeza da condição humana, do amor, do sexo, da vida em comunhão nas cidades e dos caminhos difíceis que juntos continuamos a percorrer.
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Canto de Mim MesmoEm Canto de Mim Mesmo, Walt Whitman canta-se e canta o mundo, dando-nos a ver as cores com que ele o pinta. Partilhamos a intimidade, o quotidiano, o pensamento e as palavras. O convite é do próprio autor, que no canto II escreve: “Fica comigo este dia e esta noite e possuirás a origem de todos os poemas,Possuirás o que há de bom na Terra e no Sol (há milhões de sóis),Não terás coisas em segunda ou terceira mão, nem verás pelos olhos dos mortos, nem te alimentarás dos espectros dos livros,Nem através dos meus olhos verás, nem de mim terás as coisas,Escutarás tudo e todos e tudo em ti filtrarás”.Um livro para ler no vagar dos dias, saboreando cada lugar que o autor percorre, percorrendo-os nós mesmos, com a imaginação. -
Cálamo“Cálamo é aqui uma palavra corrente. Trata-se da erva ou juncácea aromática de grande porte que cresce nas zonas pantanosas dos vales, cujo caule mede quase um metro de altura; vulgarmente chama-se sweet-flag; abunda em todos os estados do norte e centro do país. O carácter etéreo e refinado do termo, tal como é utilizado no meu livro, deriva provavelmente do facto de o cálamo ter, entre todas as ervas, o caule maior e mais duro, assim como um fresco, aquático e penetrante aroma.”Carta de Whitman ao seu editor inglês William Rossetti, em 1867. -
Folhas de ErvaQuem foi, então, Walt Whitman? Consideremos uma nota biográfica de Walt Whitman assim ela se intitula que o próprio poeta escreveu e que parcialmente se transcreve, dado que se vão omitir algumas passagens de índole mais circunstancial. Foi ela publicada em 1888, quatro anos antes da sua morte ocorrida em 1892. Curiosamente, logo se verifica como aí se repetem as referências às Folhas de Erva, como se nesta obra estivesse muita da própria existência do seu autor: 1819, 31 de Maio. Nasce em West Hills, Long Island, Estado de New York. Segundo filho de Walter Whitman e de Louisa Van Velsor. 1824. Vai para Brooklyn. Frequenta a escola pública. Em 1831, está empregado num escritório de um advogado. Depois, no consultório de um médico. Em 1834, ingressa numa imprensa para aprender o ofício. 1838. Ensina em escolas de regiões rurais de Suffolk. Depois, publica um semanário, The Long Islander, em Huntingthon. 1840. Regressa à cidade de New York, trabalhando na imprensa. Em 1846 e 47, publica The Eagle, diário de Brooklyn. 1848. Viaja para o Sul e Sudoeste. 1850. Regressa ao Norte. Edita The Freeman, diário de Brooklyn. Trabalha na construção de casas, promovendo a sua venda. 1855. Publica Leaves of Grass, a primeira edição, com 95 páginas. Em 1856, a segunda edição, 384 páginas. Em 1860, a terceira edição, 456 páginas. 1862. Vai para os campos de batalha na guerra de Secessão. Começa o seu serviço de apoio aos feridos nos hospitais, mantendo-se ali durante três anos. 1867. Publica a quarta edição de Leaves of Grass. Em 1871, a quinta edição. 1873. Prostrado pela paralisia em Washington. 1876. Sexta edição de Leaves of Grass. Em 1881, sétima edição. 1882. Oitava edição de Leaves of Grass. 1888. Mr. Whitman tem agora setenta anos. Está quase completamente incapacitado pela paralisia. Mas, segundo soubemos tem agora em impressão um volume de prosa e verso chamado November Boughs. Reside em New Jersey.» -
Prefácios a Folhas de Erva«Falar dos prefácios de Walt Whitman é falar de Folhas de Erva, fora de Folhas de Erva. É falar do seu criador e, em particular, da sua intenção ao escrever Folhas de Erva, que não é senão um longo poema multifacetado, nas suas mais variadas concretizações, centradas sobre um país em extraordinário crescimento e progressão. Um poema sobre uma epopeia moderna, a dos Estados Unidos, que, tal como Whitman, contém multidões e contradições.(...) Os Prefácios com que Whitman brinda as edições de 1855, 1872, 1876 e de 1888 e, ainda, a carta a Emerson que Whitman incluiu na edição de 1856, são dignos de toda a atenção, por revelarem a posição de Whitman, perante o desconforto ou, ainda mais do que isso, a autêntica convulsão que o seu livro foi suscitando no meio cultural social, político e religioso dos Estados Unidos, durante as sucessivas edições, ao longo de 37 anos.»Do PrefácioPrefácio, introdução e notas: Jaime Becerra da Costa -
Leaves of GrassFirst published in 1855 and extended by the author over the course of more than three decades, Leaves of Grass embodies Walt Whitman's lifetime ambition to create a new voice that could capture the spirit and vibrancy of the young American nation, while celebrating at the same time “Nature without check with original energy”. Famously written in free verse and brimming with sensuous imagery and an unbridled love of nature and life in all its forms, and containing celebrated poems such as the ebullient 'Song of Myself' – described by Jay Parini as the greatest American poem ever written – and the elegiac 'When Lilacs Last in the Dooryard Bloom'd', Leaves of Grass is not only the finest achievement of a highly unique poet, but a founding text for American literature and modern poetry. Considered one of the most influential poets in American literature and a pioneer of free verse, Walt Whitman (1819–92) was also a prolific writer of essays and articles. Controversial in its time, his sprawling collection Leaves of Grass is regarded as his magnum opus. -
Song of MyselfOne of the best-known and most stirring American poems, brilliantly edited by Stephen Mitchell, now available in the Shambhala Pocket Library series.Song of Myself may be the greatest poem ever written by an American. First published in 1855 as part of Leaves of Grass, it was revised and expanded by Whitman in subsequent editions in ways that sometimes undermined its original freshness and vitality. Stephen Mitchell has gone back to the first edition and painstakingly compared it with the later versions, substituting only those revisions by Whitman that improved the poem. Here is Whitman at his most wild and raw, as large and lusty as life, fulfilling his promise to all future generations: I stand on this spot with my soul. -
Leaves of Grass: Selected PoemsLeaves of Grass is Walt Whitman’s glorious poetry collection, first published in 1855, which he revised and expanded throughout his lifetime. It was ground-breaking in its subject matter and in its direct, unembellished style. Part of the Macmillan Collector’s Library; a series of stunning, clothbound, pocket sized classics with gold foiled edges and ribbon markers. These beautiful books make perfect gifts or a treat for any book lover. This edition is edited and introduced by Professor Bridget Bennett. Whitman wrote about the United States and its people, its revolutionary spirit and about democracy. He wrote openly about the body and about desire in a way that completely broke with convention and which paved the way for a completely new kind of poetry. This new collection is taken from the final version, the Deathbed edition, and it includes his most famous poems such as ‘Song of Myself’ and ‘I Sing the Body Electric’. -
Canto de Mim MesmoUM LIVRO PARA SABOREAR, PARA LER DEVAGAR.Canto de Mim Mesmo é uma introdução perfeita à obra de Walt Whitman. Nele, o poeta celebra-se como pessoa, mas representando toda a gente. Quem fala no poema fala de todas as pessoas e talvez até por elas, sublinhando e engrandecendo e espantosa maravilha da experiência humana. Em tempos de conflito aberto e extraordinariamente preocupante entre Homem e Natureza, as palavras de Whitman, inspiradoras de todo o lirismo moderno, redescobrem significados, explorando a habilidade do ser humano para se unir ao que o rodeia, porém também a devastadora capacidade para o destruir. Escrito com o corpo e com a alma, que o autor tantas vezes nem distingue, numa abordagem tão poética quanto filosófica, Canto de Mim Mesmo é o livro ideal para saborear, para ler devagar, de inclusão lenta, porém tão profunda que pode ficar para sempre. Lê-lo é quase ser Walt Whitman. -
Canto de Mim MesmoCanto de Mim Mesmo é talvez o poema mais importante da obra mais famosa de Whitman, Folhas de Erva, livro, então ignorado e hoje imortal, que revelou um homem de génio.Canto de Mim Mesmo é um poema inovador, tanto pela forma quando pela linguagem e pelos temas que aborda, tendo-lhe valido inclusivamente ser alvo de censura – tão em voga na altura quanto hoje.Este grande poema de Whitman é, à sua maneira, um épico americano que celebra a democracia (e, consequentemente, a igualdade) como forma de vida, o ciclo de crescimento e morte como algo natural, a beleza do indivíduo na sua individualidade e no colectivo que é o universo, assim como a natureza, o sexo e a sexualidade como expressão e fusão do eu com os outros e com a natureza.Este Canto de Mim Mesmo, que faz o elogio do autoconhecimento, da liberdade e da aceitação de «mim mesmo» e de todos os outros, não poderia ser mais actual, num mundo que se fragmenta e se sepulta numa visão de desagregação, o poeta promove a união dos corpos, das almas e do eu. -
The Complete Poems of Walt WhitmanComplete Poems of Whitman by Walt Whitman. Walt Whitman's verse gave the poetry of America a distinctive national voice. It reflects the unique vitality of the new nation, the vastness of the land and the emergence of a sometimes troubled consciousness, communicated in language and idiom regarded by many at the time as shocking. Whitman's poems are organic and free flowing, fit into no previously defined genre and skilfully combine autobiographical, sociological and religious themes with lyrical sensuality. His verse is a fitting celebration of a new breed of American and includes Song of Myself, Crossing Brooklyn Ferry, the celebratory Passage to India, and his fine elegy for the assassinated President Lincoln, When Lilacs Last in the Dooryard Bloom'd.
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A Crise da Narração«Qualquer ação transformadora do mundo pressupõe uma narrativa. O storytelling, por seu lado, conhece uma única forma de vida, a consumista.» É a partir das narrativas que se estabelecem laços, se formam comunidades e se transformam sociedades. Mas, hoje, o storytelling tende a converter-se numa ferramenta de promoção de valores consumistas, insinuando-se por todo o lado devido à falta de sentido característica da atual sociedade de informação. Com ela, os valores da narração diluem-se numa corrente de informações que poucas vezes formam conhecimento e confirmam a existência de indivíduos isolados que, como Byung-Chul Han já mostrou em A Sociedade do Cansaço, têm como objetivo principal aumentar o seu rendimento e a autoexploração. E, no entanto, certas formas de narração continuam a permitir-nos partilhar experiências significativas, contribuindo para a transformação da sociedade. -
Inglaterra - Uma ElegiaNeste tributo pungente e pessoal, o filósofo Roger Scruton tece uma elegia à sua pátria, a Inglaterra, que é, ao mesmo tempo, uma esclarecedora e exaltante análise das suas instituições e cultura e uma celebração das suas virtudes.Abrangendo todos os aspectos da herança inglesa e informado por uma visão filosófica única, Inglaterra – Uma Elegia mostra como o seu país possui uma personalidade distinta e como dota os seus nacionais de um ideário moral também ele distinto.Inglaterra – Uma Elegia é uma defesa apaixonada, mas é também um lamento profundamente pessoal pelo perda e desvanecimento dessa Inglaterra da sua infância, da sua complexa relação com o seu pai e uma ampla meditação histórica e filosófica sobre o carácter, a comunidade, a religião, a lei, a sociedade, o governo, a cultura e o campo ingleses. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
As Fronteiras do ConhecimentoEm tempos muito recentes, a humanidade aprendeu muito sobre o universo, o passado e sobre si mesma. E, através dos nossos notáveis sucessos na aquisição de conhecimento, aprendemos o quanto ainda temos para aprender: a ciência que temos, por exemplo, abrange apenas 5% do universo; a pré-história ainda está a ser estudada, com muito por revelar, milhares de locais históricos ainda a serem explorados; e as novas neurociências da mente e do cérebro estão ainda a dará os primeiros passos. O que sabemos e como o sabemos? O que sabemos agora que não sabemos? E o que aprendemos sobre os obstáculos para saber mais? Numa época de batalhas cada vez mais profundas sobre o significado do conhecimento e da verdade, estas questões são mais importantes o que nunca. As Fronteiras do Conhecimento dá resposta a estas questões através de três campos cruciais de investigação: ciência, história e psicologia. Uma história notável da ciência, da vida na Terra e da própria mente humana, este é um tour de force convincente e fascinante, escrito com verve, clareza e uma amplitude deslumbrante de conhecimento. -
A Religião WokeUma onda de loucura e intolerância está a varrer o mundo ocidental. Com origem nas universidades americanas, a religião woke está a varrer tudo à sua passagem: universidades, escolas, empresas, meios de comunicação social e cultura.Esta religião, propagandeia, em nome da luta contra a discriminação, dogmas no mínimo inauditos:A «teoria de género» professa que o sexo e o corpo não existem e que a consciência é que importa.A «teoria crítica da raça» afirma que todos os brancos são racistas, mas que nenhuma pessoa «racializada» o é.A «epistemologia do ponto de vista» defende que todo o conhecimento é «situado» e que não existe ciência objectiva, nem mesmo as ciências exactas.O objectivo dos wokes é «desconstruir» todo o património cultural e científico e pôr-se a postos para a instauração de uma ditadura em nome do «bem» e da «justiça social».É tudo isto e muito mais que Braunstein explica e contextualiza neste A Religião Woke, apoiado por textos, teses, conferências e ensaios, que cita e explica longamente, para denunciar esta nova religião que destrói a liberdade.Um ensaio chocante e salutar. -
O que é a Filosofia?A VERSÃO EM LIVRO DO «CONTAGIANTE» PODCAST DE FILOSOFIA, COM PROTAGONISTAS COMO PLATÃO, ARISTÓTELES, AGOSTINHO, KANT, WITTGENSTEIN E HEIDEGGER. A PARTIR DO CICLO GRAVADO PELO CCB. Não há ninguém que não tenha uma «filosofia», achando-a tão pessoal que passa a ser «a minha filosofia». Há também quem despreze a filosofia e diga que é coisa de «líricos» — as pessoas de acção que acham que a filosofia nada tem que ver com a vida. Há ainda a definição mais romântica: a filosofia é a amizade pelo saber. E para todo este conjunto de opiniões há já teses filosóficas, interpretações, atitudes, mentalidades, modos de ser. Mas então afinal: O que é a filosofia? É essa a pergunta que aqui se faz a alguns protagonistas da sua história, sem pretender fazer história. A filosofia é uma actividade que procura descobrir a verdade sobre «as coisas», «o mundo», os «outros», o «eu». Não se tem uma filosofia. Faz-se filosofia. A filosofia é uma possibilidade. E aqui começa já um problema antigo. Não é a possibilidade menos do que a realidade? Não é o possível só uma ilusão? Mas não é o sonho, como dizia Valéry, que nos distingue dos animais? Aqui fica já uma pista: uma boa pergunta põe-nos na direcção de uma boa resposta, e uma não existe sem a outra, como se verá. «Se, por um lado, a erudição do professor António de Castro Caeiro é esmagadora, o entusiasmo dele pela filosofia e por estes temas em geral é bastante contagiante.» Recomendação de Ricardo Araújo Pereira no Governo Sombra -
Caminhar - Uma FilosofiaExperiência física e simultaneamente mental, para Frédéric Gros, caminhar não é um desporto, mas uma fuga, uma deriva ao acaso, um exercício espiritual. Exaltada e praticada por Thoreau, Rimbaud, Nietzsche e Gandhi, revestiu-se, desde a Antiguidade até aos dias de hoje, de muitas formas: errância melancólica ou marcha de protesto, imersão na natureza ou pura evasão. Do Tibete ao México, de Jerusalém às florestas de Walden, CAMINHAR (2008) inspira-nos a sair de casa e mostra como, pelo mundo inteiro, esta arte aparentemente simples de «pôr um pé à frente do outro» tem muito a oferecer e a revelar sobre o ser humano. -
Sobre a Brevidade da Vida - Edição EspecialAgora numa edição especial em capa dura.Um livro sobre o desperdício da própria existência. Escrito há dois mil anos para ser entendido agora.Com data de escrita normalmente situada no ano 49, Sobre a Brevidade da Vida, do filósofo romano Séneca, versa sobre a natureza do tempo, sobre a forma como é desaproveitado com pensamentos e tarefas que se afastam de princípios éticos de verdadeiro significado.Ainda que anotado no dealbar da era cristã, este tratado reinventa a sua própria atualidade e parece aplicável com clareza aos tempos de hoje, vividos numa pressa informativa, no contacto exagerado, tantas vezes a respeito de nada que importe, proporcionado pelas redes sociais.Sobre a Brevidade da Vida está longe de ser um livro dentro dos conceitos atuais de autoajuda. É, talvez bem pelo contrário, um texto duro, arrojado, incomodativo, como que escrito por um amigo que nos diz o que não queremos ouvir, por o saber necessário.Chegar ao fim do nosso tempo e senti-lo desperdiçado, eis a grande tragédia, segundo Séneca.