Quatro Paredes Nuas
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Único livro de contos de Augusto Abelaira, Quatro Paredes Nuas , ilustra a reiterada afirmação de Abelaira segundo a qual um autor escreve sempre o mesmo romance. As sete narrativas aqui reunidas fazem eco dos seus livros anteriores, não só pela repetição do nome de personagens e de alguns motivos, como por terem com eles uma clara afinidade temática e de estilo de escrita.
| Editora | Minotauro |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Minotauro |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Augusto Abelaira |
Augusto Abelaira
Augusto Abelaira (1926-2003) foi um escritor, professor e jornalista português- Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas pela Universidade de Lisboa, foi diretor de programas da RTP e presidente da Associação Portuguesa de Escritores. Foi diretor das revistas Seara Nova e Vida Mundial. Autor situado numa segunda geração neorrealista, incutiu ao romance de intenção social uma dimensão de autocrítica geracional, complexificando os processos de representação da realidade.
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A Cidade das Flores«A Cidade das Flores» encena, na Florença dos anos 30, as vidas de um grupo de jovens que luta pelos seus ideais e se debate com as inevitáveis contradições entre os seus impulsos juvenis e as limitações impostas pelo governo de Mussolini. A tomada de consciência de cada um dos protagonistas é, assim, delicada, pura e heróica, como só nessa idade é possível, por vezes com uma carga verdadeiramente trágica, mas nunca deixando de irradiar o esplendor renascentista da cidade onde vivem. O amor, a arte, a amizade, o valor da intervenção, da luta política, a solidariedade são temas que atravessam todo este romance. -
A Cidade das Flores«A Cidade das Flores» encena, na Florença dos anos 30, as vidas de um grupo de jovens que luta pelos seus ideais e se debate com as inevitáveis contradições entre os seus impulsos juvenis e as limitações impostas pelo governo de Mussolini. A tomada de consciência de cada um dos protagonistas é, assim, delicada, pura e heróica, como só nessa idade é possível, por vezes com uma carga verdadeiramente trágica, mas nunca deixando de irradiar o esplendor renascentista da cidade onde vivem. O amor, a arte, a amizade, o valor da intervenção, da luta política, a solidariedade são temas que atravessam todo este romance. -
Os DesertoresOs Desertores é a segunda obra de Augusto Abelaira, publicada em 1960, dois anos depois de A Cidade das Flores. Apesar de menos bem recebido pela crítica, o aproveitamento das potencialidades da técnica novelística é aqui ampliado. Por um lado, uma narração maioritariamente feita na terceira pessoa, e muito assente no diálogo, é reforçada pela inclusão de indicações cénicas - como se de uma peça de teatro se tratasse - que ajudam à visualização das cenas descritas e permitem a explicitação das emoções das personagens. Por outro, o foco narrativo desloca-se entre as várias personagens através de dois mecanismos técnicos: o discurso indireto livre, que revela o seu íntimo, passando do interior de uma ao de outra por vezes sem qualquer interrupção; e a interferência de vozes de fundo nos diálogos das personagens principais. Mais do que uma descrição racional das ações e das personagens, o que Abelaira busca é mostrar o mundo como é sentido por uma classe jovem, lisboeta e burguesa que perdeu a esperança trazida pelo pós-guerra. É uma classe que deserta da intervenção pública e justifica a sua inação com a de todos os outros, mas nunca deixa de procurar realizar o desejo de pleno e de futuro, próprio da juventude. Como referiu Óscar Lopes, o que Abelaira faz «de melhor [...] foi sempre representar, uma vez e outra vez, o momento em que fomos jovens e namorados». O desejo de juventude, evidenciado pela atração de Berenice por César, ou de cortar as amarras do passado e de renascer para uma vida nova, como Ramiro tenta em Itália, mostram-se em tensão com a vida em Lisboa, condicionada pelo imobilismo, pela família e pela censura. -
Os Desertores«Os Desertores» é a segunda obra de Augusto Abelaira, publicada em 1960, dois anos depois de «A Cidade das Flores». Apesar de menos bem recebido pela crítica, o aproveitamento das potencialidades da técnica novelística é aqui ampliado. Por um lado, uma narração maioritariamente feita na terceira pessoa, e muito assente no diálogo, é reforçada pela inclusão de indicações cénicas - como se de uma peça de teatro se tratasse - que ajudam à visualização das cenas descritas e permitem a explicitação das emoções das personagens. Por outro, o foco narrativo desloca-se entre as várias personagens através de dois mecanismos técnicos: o discurso indireto livre, que revela o seu íntimo, passando do interior de uma ao de outra por vezes sem qualquer interrupção; e a interferência de vozes de fundo nos diálogos das personagens principais.Mais do que uma descrição racional das ações e das personagens, o que Abelaira busca é mostrar o mundo como é sentido por uma classe jovem, lisboeta e burguesa que perdeu a esperança trazida pelo pós-guerra. É uma classe que deserta da intervenção pública e justifica a sua inação com a de todos os outros, mas nunca deixa de procurar realizar o desejo de pleno e de futuro, próprio da juventude. Como referiu Óscar Lopes, o que Abelaira faz «de melhor [...] foi sempre representar, uma vez e outra vez, o momento em que fomos jovens e namorados». O desejo de juventude, evidenciado pela atração de Berenice por César, ou de cortar as amarras do passado e de renascer para uma vida nova, como Ramiro tenta em Itália, mostram-se em tensão com a vida em Lisboa, condicionada pelo imobilismo, pela família e pela censura. -
As Boas IntençõesO terceiro romance de Augusto Abelaira, publicado em 1963, localiza a ação no período da revolução republicana.Se o enredo gira à volta das relações políticas e amorosas entre Vasco Miroto, Maria Brenda e Bernardo Lória, é a relação com o Tempo o traço narrativo mais original deste romance. -
As Boas IntençõesO terceiro romance de Augusto Abelaira, publicado em 1963, localiza a ação no período da revolução republicana.Se o enredo gira à volta das relações políticas e amorosas entre Vasco Miroto, Maria Brenda e Bernardo Lória, é a relação com o Tempo o traço narrativo mais original deste romance. -
Enseada AmenaO casamento e a infidelidade conjugal são o tema aparente do quarto romance de Augusto Abelaira, publicado pela primeira vez em 1966 e vencedor, nesse mesmo ano, do Prémio de Romance do IV Encontro da Imprensa Cultural.Mas, mais do que tema, a reflexão sobre estes atos íntimos e privados serve antes como pretexto para encenar a preocupação fundamental do livro: a procura da liberdade, individual e coletiva. -
Enseada AmenaO casamento e a infidelidade conjugal são o tema aparente do quarto romance de Augusto Abelaira, publicado pela primeira vez em 1966 e vencedor, nesse mesmo ano, do Prémio de Romance do IV Encontro da Imprensa Cultural.Mas, mais do que tema, a reflexão sobre estes atos íntimos e privados serve antes como pretexto para encenar a preocupação fundamental do livro: a procura da liberdade, individual e coletiva. -
BolorPublicado pela primeira vez em 1968, Bolor foi definido por Augusto Abelaira como um romance de desamor, em que o casamento chega a ser comparado ao fascismo pela personagem principal, Humberto. Se o amor no casamento está gasto pela erosão do quotidiano, o amor adúltero apresenta-se como outra face da mesma moeda, em que também não se alcança a realização plena de que as personagens não querem, apesar de tudo, abdicar. A escrita será, assim, o lugar onde a plenitude estará mais próxima de ser conseguida, onde se tenta um diálogo impossível na vida real. -
BolorPublicado pela primeira vez em 1968, «Bolor» foi definido por Augusto Abelaira como um romance de desamor, em que o casamento chega a ser comparado ao fascismo pela personagem principal, Humberto. Se o amor no casamento está gasto pela erosão do quotidiano, o amor adúltero apresenta-se como outra face da mesma moeda, em que também não se alcança a realização plena de que as personagens não querem, apesar de tudo, abdicar. A escrita será, assim, o lugar onde a plenitude estará mais próxima de ser conseguida, onde se tenta um diálogo impossível na vida real.