Raízes do Tempo: À volta do Padre Américo
| Editora | Tenacitas |
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| Editora | Tenacitas |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Henrique Manuel Pereira |
Doutorado em Cultura, é Professor na Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes (Porto), onde leciona, entre outras, Cultura Portuguesa e Literatura Universal.
Investigador do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (CLEPUL), do Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes (CITAR), do Grupo de Estudos Literários e Culturais da Universidade de Aveiro, é membro do Conselho Científico de revistas académicas e da Cátedra Poesia e Transcendência - Sophia de Mello Breyner Andresen.
Autor de uma vasta bibliografia, em especial no âmbito da cultura portuguesa, de que se destacam os trabalhos sobre Guerra Junqueiro, é também jornalista, argumentista, produtor/realizador (pela New York Film Academy) de curtas e longas-metragens. Durante cerca de vinte anos realizou e apresentou programas radiofónicos (RR, RFM e Antena 2).
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À Volta de Padre Baptista«Calvário» é palavra comum na nossa linguagem e em muitos lugares. Uma vida difícil é um «calvário» e até determinados sítios se chamam assim. Como «Cruz», que desde traço especifico a apelido de família, também, aparece. Mas nem sempre foi assim. Na antiga Roma dava nome a um terrível suplício. Tão terrível que as primeiras gerações cristãs demoraram um tanto a adoptá-la como sinal. Mas era inevitável que o fizessem, por significar, com todo o realismo, o ponto final da vida terrena do Fundador do Cristianismo, ponto inicial da vida da Igreja que vive da Cruz do seu Senhor. Logo o descobriu São Paulo, encontrando aí mesmo a sua glória, na Cruz em que Cristo inteiramente se entregara, fazendo do suplício uma dádiva. Cruz levantada no Calvário, podendo agora toda a terra ser também Calvário, transfigurado pela Cruz: de lugar de sofrimento, tornar-se em fonte de caridade e de paz. Aqui, as palavras comuns passam a comunicar o absoluto. O absoluto do amor de Deus feito um de nós, para nos resgatar duma vida sem Deus. Na verdade, só o amor de Cristo nos redime, qual Cruz luminosa, no Calvário transformado em Éden do homem novo. - Encontrámo-lo em Beire? Há várias décadas que muita gente o confirma. E em todo esse tempo o referem a um nome que também se tornou comum: Padre Baptista. Conheci-o nos anos oitenta, das suas idas ao Seminário dos Olivais. Passavam por lá muitas pessoas e todas tinham coisas para contar, da vida da Igreja e do mundo, da Igreja no mundo. Mas o Padre Baptista não era assim tão comum; nem sequer falava da vida, era mais a vida que falava. A sua vida e a vida de tantos que fizera sua também. Vida e convivência, portanto. Porque o dia-a-dia que nos relatava consistia na atenção constante e mútua que idosos e enfermos prestavam uns aos outros, onde o companheirismo tomava o lugar do assistencialismo. Não teorizava, contava apenas. Como a história do doente quase terminal que acabou por durar anos, só porque lhe deram a oportunidade de jardinar. Como a outra, em que dois homens com grandes limitações físicas punham a mesa comum, complementando os gestos necessários que nenhum poderia fazer sozinho... Mas, por dentro destas histórias, está a densidade que as palavras comuns e as coisas comezinhas só alcançam quando as anima um coração como o de há dois mil anos no Calvário essencial. Obrigado, Padre Baptista! D. Manuel Clemente [Cardeal Patriarca] -
Guerra Junqueiro na Lusofilia Francesa: Traduções (Poesia)O presente livro, deliberadamente circunscrito às relações de Guerra Junqueiro com os lusófilos e tradutores franceses, é, antes de mais, um trabalho de arqueologia literária e um esforço de fixação de memória. Pretende desmontar a convicção vigente de que a figura e obra poética de Guerra Junqueiro nunca penetrou ou teve eco no meio cultural em França. Aqui se abordam, entre outros, autores como: Philéas Lebesgue, Maxime Formont, Achille Millien, Jules Supervielle, Fernand Lambert, Isabel Meyreles e Evelyne Kesteven. -
Fica Junto de MimUma visão de esperança e serenidade sobre a morte, quando somos confrontados com a partida dos nossos seres queridos. Sentimos a partida dos que nos morrem na medida em que os amámos. Dir-se-ia que precisamos deles para respirar, porque não se trata de um eu que chora e de um tu que morreu, mas de um nós, e por isso os sentimos mais próximos do que um abraço. Mas é diferente. Perdemos a possibilidade de os ouvir, de lhes dizer o tanto que devia ainda ser dito. E as lágrimas são-nos necessárias para que a dor nos não sufoque. O autor, Henrique Manuel Pereira, é professor da Universidade Católica e autor de livros e programas de Rádio de grande êxito. -
Paisagens Junqueirianas - Com o Douro ao fundoTudo é, afinal, aproximação, misterioso cerzir de fios, convocação de matéria fragmentária.Incomoda-me a monótona repetibilidade de temas, fontes e perspetivas que paira sobre o universo junqueiriano, quando uma rede de veios corre ainda oculta e confusa. Aqui se reúnem textos de natureza, temática, perspetiva e dimensão desiguais, segundo uma cadência de escrita espaçada no tempo. Refletem, porventura, diferentes metodologias e estratégias. Também eles são fragmento de um imenso todo.
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Cartas a um Jovem AteuNo livro Cartas a um Jovem Ateu, Nuno Tovar de Lemos, sj estabelece um diálogo fascinante entre um jovem biólogo e ele próprio, explorando questões de fé e amor. Uma obra cativante, editada pela Frente e Verso, que nos leva a refletir sobre as complexidades da vida e da fé. Ateus ou não, todos temos perguntas sobre Deus, a Igreja, a vida: ser ateu ou agnóstico? Que fazer quando Deus nos desilude? Haverá algo depois da morte? Que se ganha em ter fé? Estas e muitas outras perguntas preenchem as páginas deste livro, dando vida e corpo às cartas que o compõem, num diálogo constante entre o autor e o seu correspondente imaginário. Mais do que simples respostas, estas cartas constituem uma profunda reflexão sobre a vida, o amor, as relações, Deus e cada um de nós. Com o bónus de se lerem como um romance, cheio de revelações sobre os protagonistas. Imperdível! -
Confissões«O êxito, o valor e a sedução das Confissões estão sobretudo no facto de nelas Santo Agostinho «confessar» com sinceridade, humanismo e flagrância os problemas da sua vida de homem religioso e atormentado, que são afinal os problemas de todos nós. As suas dúvidas, interrogações e respostas, sendo ecos da vida humana, refletem também ecos da nossa vida e por isso permanecem vivas e atuais.»Lúcio Craveiro da Silva, S.J.«Talvez que a mais profunda atualidade de Agostinho resida, justamente, no seu fantástico e sublime anacronismo. Queremos dizer, na sua incompatibilidade profunda – ao menos na aparência – com a pulsão cultural que domina hoje não apenas o Ocidente mas o mundo inteiro.»Eduardo Lourenço -
História das Religiões - Da Origem dos Deuses às Religiões do FuturoEste livro é uma viagem. E «viajar é estar vivo»...Por onde vamos viajar? Por uma geografia que se estende da Escandinávia até África e do Brasil até à China, com epicentro na região do Crescente Fértil. A cronologia principia no terceiro milénio a.C. É espantosa a influência que estas tradições religiosas tiveram na nossa cultura. Pense-se nas ideias de Juízo Final, de ressurreição e de Paraíso.Ou nos revivalismos a que algumas deram lugar, como no caso das mundividências celta e escandinava, com a sua celebração da Natureza, visível na obra de Tolkien. Quem não conhece O Senhor dos Anéis?Na primeira parte, são apresentados seis politeísmos antigos: as religiões étnicas (com exemplos de Moçambique e do Brasil); as religiões da Mesopotâmia (em especial, da Suméria); a fabulosa religião do Antigo Egito; os casos dos Celtas e dos Nórdicos; e as religiões da Grécia e da Roma antigas, sementes da ideia de Europa. Há ainda um capítulo sobre o Zoroastrismo - o monoteísmo dual que foi a religião oficial da Pérsia durante doze séculos.Na segunda parte, uma mão experiente propõe-nos uma antevisão dos modelos religiosos do futuro: o teocrático; o da religião oficial nacional; o secular radical; e o multirreligioso. A terceira parte é dedicada ao Taoismo, a joia espiritual da China Antiga. O Tao Te Ching de Laozi é, depois da Bíblia, um dos livros mais traduzidos em todo o mundo. Um seu continuador, Zhuangzi, também maravilhou muitos pensadores ocidentais, de Heraclito a Heidegger.Vale a pena a experiência desta leitura. Como escreveu Tolkien, «nem todos os que vagueiam estão perdidos». Fizemos, por isso, uma obra rigorosa e muito didática. Embarque connosco, porque - dizia Eduardo Lourenço - «mais importante do que o destino é a viagem»! -
Se Deus é Bom, Porque Sofremos?Reflexões intensas e provocadoras sobre o sofrimento e a bondade de Deus: um e outra contradizem-se? Que se entende por bom quando se fala de Deus? Como sofremos e porquê? Perguntas difíceis para respostas exigentes, numa obra que não faz concessões à facilidade. Segundo o autor, "o sofrimento toca a todos", podendo "revoltar alguns e desanimar outros". No entanto, "há sempre um senso comum de que, no fundo, pode não ser assim tão mau. Antes, até nos pode fazer crescer; e vale a pena tentar ajudar outros: pelo menos para que não lhes aconteça coisa pior". Cada leitor é convidado pelo P. Vasco Pinto de Magalhães, a "parar, agradecer a realidade e tentar relê-la com olhos Bons", pondo "por escrito o caminho que fez e vai fazendo: as luzes e as sombras, os sucessos e as crises. Estas, quando partilhadas, podem ajudar muito o próprio e os outros. Não se trata de eliminar o sofrimento, mas de saber viver e crescer com ele. Trata-se de pôr a render, comunicando, a maior riqueza que temos: a nossa realidade, (onde anda Deus!), sem esconder fragilidades". -
Papa Francisco JMJ Lisboa 2023 - Discursos e HomiliasNum mundo abalado por incertezas, escândalos e divisões, surge um convite à unidade, à compreensão mútua e à ação concreta. Independentemente das diferenças que nos separam, somos todos parte de uma única família humana, que partilha sonhos, aspirações e o desejo de um mundo melhor. Francisco apresentou um conjunto de propostas sobre temas que tocam as vidas dos jovens: fé, justiça social, cuidado com o meio ambiente, diálogo inter-religioso e a importância da solidariedade global. Cada página é um testemunho da capacidade de liderança espiritual do Papa, que transcende fronteiras e conecta gerações, inspirando-nos a olhar além das adversidades e a construir um mundo de amor, de compaixão, de tolerância. Uma mensagem de esperança para «todos, todos, todos»! -
Vem para Fora! - A Promessa do Maior Milagre de JesusNeste novo e fascinante livro, o padre James Martin, SJ, explora a história do maior milagre de Jesus – a ressurreição de Lázaro dos mortos. Ele faz uma fusão entre a exegese bíblica com reflexões diferenciadas sobre a história de Lázaro, representada na cultura mais ampla da arte, da literatura, do cinema. Sempre focado sobre o que Jesus quer dizer quando chama cada um de nós a «LEVANTAR-SE». De forma meditativa e cuidadosa, o autor conduz-nos, versículo a versículo, oferecendo reflexões profundas sobre as lições de Jesus sobre amor, família, amizade, tristeza, frustração, medo, raiva, liberdade e alegria. Assim, James Martin ajuda-nos a abandonarmos as crenças limitantes que nos impedem de experienciar a presença de Deus em nossas vidas. Precisamos apenas de nos abrir à história transformadora de Lázaro e confiar que Deus pode usá-la para nos libertar, e darmos início, como Lázaro, a uma nova vida. -
100 Minutos com o AlcorãoO Corão é tão precioso para os Muçulmanos, que muitos conseguem recitá-lo de cor do início ao fim. No entanto, para aqueles que estão fora do Islão, é um livro fechado. Baseado num modelo introduzido por Shah Wali Allah em meados do século XVIII, o presente livro tem por objectivo tornar a profunda orientação do Corão acessível a todos. Ficará certamente surpreendido por ler sobre inúmeras personagens históricas, que poderá também encontrar nos livros Cristãos e Judeus. Para os Muçulmanos, este pequeno livro poderá revelar novos aspectos sobre o Corão. Fácil de ler, torná-lo-á acessível mesmo para os não-Muçulmanos. -
Construindo uma Ponte - Como a Igreja Católica e a Comunidade LGBT podem Estabelecer uma Relação de Respeito, Compaixão e SensibilidadeEste livro constitui um modesto convite para que a Igreja Católica crie uma maior proximidade pastoral relativamente à comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros). Mais especificamente ainda, trata da aproximação entre a Igreja e os católicos LGBT ao mesmo tempo que analisa igualmente de que modo a comunidade LGBT poderá empreender um diálogo mais frutífero com a Igreja institucional. Trata-se de uma «ponte» de dois sentidos, embora o ónus do lançamento da primeira pedra para a construção dessa ponte recaia sobre a Igreja. O papa Francisco assumiu, de múltiplas maneiras, a liderança na construção de pontes: para começar, tornando-se o primeiro Papa a usar a palavra «gay» em público e, a propósito deles, aproveitando para perguntar, porventura na sua declaração mais famosa: «Quem sou eu para julgar?»