ReConstituição Portuguesa - Um exercício de liberdade poética
UM MANIFESTO QUE TRANSFORMA UM SÍMBOLO DO FASCISMO EM GRITOS POÉTICOS DE LIBERDADE
Inspirados na técnica de blackout poetry, um coletivo de poetas e ilustradores liderado por Viton Araújo e Diego Tórgo aplicou o infame lápis azul sobre as palavras da Constituição fascista de 1933 até que dela se erguessem, apenas, poemas e ilustrações exaltando os valores de Abril: humanidade, liberdade, justiça, igualdade.
No ano em que se celebram 48 anos sobre o 25 de Abril e em que os dias passados em democracia superam, finalmente, os dias sofridos sob o jugo do fascismo, Reconstituição assume-se como um exercício de liberdade poética que celebra um sonho e constrói um futuro: o da liberdade.
Um projeto artístico e político que desconstrói a constituição fascista de 1933, distorcendo e subvertendo as suas palavras, imprimindo-lhe a mesma censura que o Estado Novo exerceu sobre as liberdades dos cidadãos portugueses, até restar apenas a mensagem de Abril.
Participam neste livro: Filipe Homem Fonseca, Gilson Barreto (Dela Mantra), Gisela Casimiro, DJ Huba, João Silveira, Jorgette Dumby, José Anjos, Li Alves, Lila Tiago, Lucerna do Moco, Luís Perdigão, Maria Giulia Pinheiro, Marina Ferraz, Miguel Antunes, Nilson Muniz, Nuno Piteira, Paola D’Agostino, Rita Capucho, Rita Taborda Duarte, Sérgio Coutinho
| Editora | Companhia das Letras |
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| Editora | Companhia das Letras |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Diego Tórgo, Viton Araújo |
Viton Araújo é autor do livro 100 Coisas para Fazer Depois de Morrer (Arte Plural, 2012), Saravá Palavrá (Boca Audiolivros, 2021) e Caderninho (Caixa Alta, 2022). Tem a sua poesia publicada em coletâneas, como o livro “3, 2, 1 Slam!”, bem como diversas publicações. É um dos poetas precursores do movimento de Poetry Slam em Portugal. Trabalha como Director Criativo na agência de publicidade FCB Lisboa.
Diego Tórgo é diretor de Arte luso-brasileiro, apaixonado por criatividade e com mais de 18 anos de experiência no mercado publicitário. Atualmente é supervisor criativo na agência FCB Lisboa.
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NovidadeSaravá PalavráSaravá Palavrá é um emaranhado poético de rezas envoltas em batuques, capaz de unir a cultura oral do povo iorubá a uma língua portuguesa cada vez mais viva. Viva nos terreiros de Salvador. Viva nas esplanadas de Lisboa. Viva nas ruas de Luanda. Viva em Saravá Palavrá também está a mitologia do Candomblé que serve como pano de fundo para o eterno embate entre o corpo, a palavra escrita, e a alma, a palavra falada.Livro + CD -
NovidadeCaderninhoConcisos, sempre pungentes, nos insurreição, amor, abismo, ironia, poética e língua, política e ideologia, colecção LetradeMáquina, cujos livros de escrever, e nasceu de uma Erika 5 Viton Araújo é um dos mais interessantes poetas e diseurs brasileiros dos nossos dias. Este é o segundo livro de poesia que assina, após a edição de Saravá Palavrá (Boca Audiolivros, 2021). Com Diego Tórgo, criou e organizou Reconstituição Portuguesa (Companhia das Letras, 2022),
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NovidadeTal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
NovidadeNocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
NovidadePrimeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
NovidadeHorácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
NovidadeUm Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
NovidadeAlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
NovidadeFronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira
