Rua de Sentido Único * Crónica Berlinense * Infância Berlinense por volta de 1900
Rua de Sentido Único, Crónica Berlinense e Infância Berlinense por volta de 1900 são peças fundamentais do projecto de crítica da modernidade da multifacetada obra de Walter Benjamin.
As três obras, das quais apenas a primeira foi publicada em forma de livro em vida do autor, são conjuntos virtualmente inesgotáveis de textos poético-ensaísticos. Nestes, a grande metrópole moderna, representada pela cidade de Berlim, é o cenário que oferece à “presença de espírito” do crítico inúmeros indícios, rastos, sinais, que lhe permitem ir muito além da aparente solidez de um mundo com fissuras potencialmente catastróficas.
A abertura incondicional aos espaços da modernidade subverte a noção de interioridade e de subjectividade. É assim que os textos se constituem em local de produção de imagens de pensamento, privilegiando o foco em lugares e objectos mais do que em pessoas e acontecimentos. Como se no mundo das coisas e dos espaços, por mais insignificantes que pareçam, houvesse uma vida secreta que só um olhar excêntrico, materializado, sobretudo nas duas últimas obras, no olhar da criança, consegue captar.
Tomando por base a edição crítica em curso de publicação desde 2008, a tradução de António Sousa Ribeiro incorpora um grande número de textos e fragmentos até ao momento inéditos em português.
| Editora | Relógio d' Água |
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| Coleção | Antropos |
| Categorias | |
| Editora | Relógio d' Água |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Walter Benjamin |
Walter Benjamin nasceu em Berlim em 1892, no seio de uma família judaica. Estudou Filosofia em Berlim, Munique e Freiburg e doutorou-se em Berna (Suíça) no ano de 1919, com a tese A Crítica de Arte no Romantismo Alemão. A ascensão de Hitler e do nazismo obrigaram-no a fugir de Berlim, em 1933. Residiu sobretudo em Paris, com passagens por Itália e por Espanha. O medo de ser entregue à Gestapo e as dificuldades em passar a fronteira entre França e Espanha conduziram-no ao suicídio em 1940. Como legado deixou-nos uma obra filosófica de uma impressionante atualidade, onde se cruzam os assuntos que tentava compreender e estudar: História, Modernidade, Arte, Tecnologia, literatura dos séculos XIX e XX e a ascensão da cultura de massas, assim como numerosas traduções e análises literárias a Baudelaire, Brecht, Hölderlin, Kafka e Proust.
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Origem do Drama Trágico Alemão“A presente edição vem preencher uma imensa lacuna na literatura filosófica em Portugal. De facto, não se pode dizer que Walter Benjamin, um autor cuja obra teve uma difusão e recepção muito alargadas, a partir de finais da década de sessenta, por toda a Europa, nos Estados Unidos e, mais tarde, também no Brasil, alguma vez tenha tido uma presença significativa em Portugal, pelo menos no que se refere à edição dos seus textos fundamentais. Uma rápida consulta à bibliografia organizada por Momme Brodersen (Walter Benjamin. Eine kommentierte Bibliographie. Morsum/ Sylt, Cicero Presse, 1995) é elucidativa da quase ausência de textos de Benjamin traduzidos do original e editados em livro antes da década de noventa. Se é certo que o primeiro texto de Benjamin traduzido por um português (mas não editado em Portugal, na medida em que aparece na revista Humboldt, na altura com redacção em Hamburgo e publicada em alemão, castelhano e português) é já de 1963 – trata-se de "A tarefa do tradutor", numa versão de Fernando Camacho que traz claras marcas das dificuldades que o tradutor teve em compreender e passar para português esse ensaio-chave da metafísica da tradução no século XX –, o facto é que Walter Benjamin só surge em edições autónomas, também elas muito problemáticas, na década de noventa (nomeadamente com os volumes, híbridos e desfigurados na tradução, Rua de Sentido Único e Infância em Berlim por volta de 1900 e Sobre Arte, Técnica, Linguagem e Política, ambos de 1992). De permeio, apenas alguns ensaios e pequenos textos soltos, raramente traduzidos do original. Uma situação editorial paupérrima e catastrófica, se exceptuarmos dois títulos que documentam a produção literária, mas não filosófica, de Walter Benjamin: as Histórias e Contos, com tradução de Telma Costa (1992) e os Sonetos, na versão de Vasco Graça Moura (1999).” João Barrento, no posfácio a esta edição. -
Imagens de Pensamento“Imagens de Pensamento é um conjunto de textos escritos em parte paralelamente a outros de Rua de Sentido Único, e no mesmo espírito deste livro, mas que não foram aí incluídos, ou foram escritos depois de 1928. Tal como aconteceu com a Infância Berlinense, Benjamin não editou em livro esta colectânea, cujos textos foram saindo (entre 1925 e 1934) em jornais e revistas alemães e suíços, sendo alguns, poucos, inéditos antes da inclusão na edição crítica alemã (GS IV/1, 305-438). O título, escolhido pelos organizadores desta edição, retoma o de um dos conjuntos de textos incluídos na obra. Adorno comenta e explica a origem e o sentido deste título, muito característico da forma de pensar o real nas suas dimensões empíricas, oníricas e de memória por Walter Benjamin, bem evidente na abertura de uma das peças do livro, San Gimignano: “Encontrar palavras para aquilo que temos diante dos olhos é qualquer coisa que pode ser muito difícil. Mas quando chegam, batem com pequenos martelos contra o real até arrancarem dele a imagem, como de uma chapa de cobre.” Segundo Adorno (em Über Walter Benjamin [Sobre W. Benjamin], Frankfurt/ Main, 1968, p. 55), o termo “imagem de pensamento” remonta a Stefan George, que o usou em 1907 no livro de poesia Der siebente Ring [O Sétimo Anel] com referência a Mallarmé, que “sangrou pela sua imagem de pensamento”. Adorno comenta ainda: “[na noção de Denkbild/ imagem de pensamento] intervém uma concepção de Platão oposta à dos neokantianos, segundo a qual a ideia não é uma mera representação, mas um ente em si que, ainda que releve puramente do espírito, possui uma realidade sensível”."João Barrento -
A Modernidade"Com muitos anos de atraso é finalmente editado em português um conjunto significativo de textos do pensador alemão Walter Benjamin."Nuno Crespo (Público) "... a sua recepção em vários países da Europa e nos Estados Unidos tinha uma longa história, ao longo da qual ganhou a dimensão de uma das grandes figuras intelectuais do século XX, porventura aquela que melhor soube perceber as convulsões políticas, sociais e culturais do século e tornar visível o rosto arcaico da época."António Guerreiro (Expresso)Foi atribuído a João Barrento, ex aequo, o Prémio de Tradução Científica e Técnica em Língua Portuguesa - União Latina/FCT, pela tradução de Origem do Drama Trágico Alemão, também de Walter Benjamin.A edição deste livro insere-se num plano editorial mais vasto, e inédito em Portugal, de traduzir toda a obra de Walter Benjamin. -
O Anjo da HistóriaHá um quadro de Klee intitulado Angelus Novus. Representa um anjo que parece preparar-se para se afastar de qualquer coisa que olha fixamente. Tem os olhos esbugalhados, a boca escancarada e as asas abertas.O anjo da história deve ter este aspecto. Voltou o rosto para o passado. A cadeia defactos que aparece diante dos nossos olhos é para ele uma catástrofe sem fim, que incessantemente acumula ruínas sobre ruínas e lhas lança aos pés.Ele gostaria de parar para acordar os mortos e reconstituir, a partir dos seus fragmentos, aquilo que foi destruído. Mas do paraíso sopra um vendaval que se enrodilha nas suas asas, e que é tão forte queo anjo já as não consegue fechar. Este vendaval arrasta-o imparavelmente para o futuro, a que ele volta costas, enquanto o monte de ruínas à sua frente cresce até ao céu. Aquilo a que chamamos o progresso é este vendaval.» -
Sobre o Haxixe e Outras DrogasUm dos primeiros sinais de que o haxixe começou a actuar «é uma vaga sensação de premonição e angústia; qualquer coisa de estranho e de inevitável se aproxima Surgem imagens e séries de imagens, recordações há muito tempo soterradas, regressam cenas e situações que começam por suscitar interesse, às vezes prazer, e finalmente, quando não conseguimos libertar-nos delas, cansaço e dor. Somos surpreendidos e assaltados por tudo o que acontece, também por aquilo que dizemos e fazemos. O riso, tudo o que dizemos, atingem-nos como acontecimentos vindos de fora. Chegamos também a experiências próximas da inspiração, da iluminação O espaço pode dilatar-se, o chão inclinar- se, surgem sensações atmosféricas: névoa, opacidade, pesadez do ar; as cores tornam-se mais claras, mais luminosas, e os objectos mais belos, ou então mais toscos e ameaçadores Tudo isto não acontece de forma contínua; o mais comum é uma mudança ininterrupta entre estados oníricos e de vigília, um vaivém constante, e por fim esgotante, entre diversos estados de consciência; este afundamento e esse emergir podem dar-se no meio de uma frase De tudo isto o tomador de haxixe dá conta numa forma que a maior parte das vezes se afasta muito da norma. Devido ao corte frequente entre cada lembrança e a precedente, o nexo entre as coisas torna-se difícil de estabelecer, o pensamento não ganha forma de palavra, a situação pode tornar-se tão irresistivelmente hilariante que o consumidor de haxixe durante minutos não consegue fazer mais nada a não ser rir A lembrança do estado de êxtase é surpreendentemente nítida.» -
Linguagem, Tradução, LiteraturaWalter Benjamin move-se, nos ensaios e fragmentos que integram este volume, em territórios que serão os seus desde o início: a filosofia da linguagem, a teoria da tradução, a história e a crítica literárias. A par de textos conhecidos e quase clássicos o ensaio sobre «A linguagem em geral e a linguagem humana», «A tarefa do tradutor» ou «O contador de histórias» traduzem-se e apresentam-se aqui pela primeira vez importantes núcleos de fragmentos sobre filosofia da linguagem e epistemologia, sobre a tradução e sobre a crítica literária, estes últimos de uma flagrante atualidade. Este volume contém, ainda, uma desenvolvida secção de comentário e aparato crítico. Essa secção, tal como a tradução, esteve a cargo de João Barrento. -
Ensaios Sobre LiteraturaEste volume reúne os mais significativos ensaios de Walter Benjamin sobre obras e autores das literaturas de língua alemã e francesa, escritos ao longo de quase toda a vida literária do autor, entre 1914 e 1936. Aí iremos encontrar, para além de outros, os grandes ensaios sobre Kafka ou o Surrealismo, Proust ou o teatro épico de Brecht, a poesia de Hölderlin ou o grande romance de Goethe As Afinidades Electivas . O traço porventura mais marcante destes ensaios será certamente, ainda hoje, o da originalidade dos pontos de vista e do método de abordagem de alguns dos grandes nomes da literatura europeia. Esse método, como o próprio autor explicita na abertura do maior ensaio do livro (sobre As Afinidades Electivas ), é o da crítica filosófica, mais do que o do simples comentário. Por outras palavras, quem aqui escreve é mais um alquimista do que o simples comentador. -
Imagens de PensamentoOs três conjuntos de textos que compõem este volume nasceram todos, com intuitos diferentes, na década que medeia entre 1924 e 1934. Um traço comum os aproxima na sua diversidade, anunciando uma forma de escrita e pensamento que marcará a partir de agora grande parte da Obra do autor: a forma breve, do aforismo, do fragmento, da pequena crónica, diversamente vazada num «pensamento feito de imagens» e numa «linguagem imediata... capaz de responder activamente às solicitações do momento». Se Rua de Sentido Único é em grande parte uma leitura dos tempos, já a Infância Berlinense será, segundo Benjamin, uma «despedida» pessoal da Berlim da viragem do século, através de «imagens nas quais se evidencia a experiência da grande cidade por uma criança da classe burguesa». Por sua vez, as Imagens de Pensamento, que deram o título ao volume, são registos de um coleccionador de lugares e objectos, mas também de memórias e sonhos, com palavras que — diz Adorno — «quando chegam batem com pequenos martelos contra o real até arrancarem dele a imagem, como de uma chapa de cobre». -
As Passagens de ParisHá grandes livros que nunca chegaram a sê-lo propriamente, obras que vivem do inconcluso e do fragmentário, como o Livro do Desassossego ou O Homem sem Qualidades. As Passagens de Paris fazem parte dessa constelação do inacabamento, apesar de terem ocupado intensamente o seu autor durante treze anos, entre 1927 e 1940, e gerado alguns dos grandes ensaios de Walter Benjamin sobre Baudelaire, a arte e a fotografia.Trata-se de um projecto ambicioso, que propõe uma original leitura histórico-filosófica do século XIX, tomando como referências a evolução histórica e civilizacional de Paris e a obra de Baudelaire como grande paradigma poético desse processo. Em última análise, o projecto das Passagens de Paris acabaria por resultar num grande mar de reflexões e materiais fragmentários por onde navega já o que seria a proto-história do nosso próprio tempo.
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As Lições dos MestresO encontro pessoal entre mestre e discípulo é o tema de George Steiner neste livro absolutamente fascinante, uma sólida reflexão sobre a interacção infinitamente complexa e subtil de poder, confiança e paixão que marca as formas mais profundas de pedagogia. Baseado em conferências que o autor proferiu na Universidade de Harvard, As Lições dos Mestres evoca um grande número de figuras exemplares, nomeadamente, Sócrates e Platão, Jesus e os seus discípulos, Virgílio e Dante, Heloísa e Abelardo, Tycho Brahe e Johann Kepler, o Baal Shem Tov, sábios confucionistas e budistas, Edmund Husserl e Martin Heidegger, Nadia Boulanger e Knute Rockne. Escrito com erudição e paixão, o presente livro é em si mesmo uma lição magistral sobre a elevada vocação e os sérios riscos que o verdadeiro professor e o verdadeiro aluno assumem e partilham. -
Novo Iluminismo RadicalNovo Iluminismo Radical propõe um olhar crítico e uma atitude combativa face à credulidade do nosso tempo. Perante os discursos catastrofistas e solucionistas que dominam as narrativas e uniformizam as linguagens, Marina Garcés interpela-nos: «E se nos atrevêssemos a pensar, novamente, na relação entre saber e emancipação?» Ao defender a capacidade de nos auto‑educarmos, relança a confiança na natureza humana para afirmar a sua liberdade e construir, em conjunto, um mundo mais habitável e mais justo. Uma aposta crítica na emancipação, que precisa de ser novamente explorada. -
Um Dedo Borrado de Tinta - Histórias de Quem Não Pôde Aprender a LerCasteleiro, no distrito da Guarda, é uma das freguesias nacionais com maior taxa de analfabetismo. Este livro retrata a vida e o quotidiano de habitantes desta aldeia que não tiveram oportunidade de aprender a ler e a escrever. É o caso de Horácio: sabe como se chama cada uma das letras do alfabeto, até é capaz de as escrever uma a uma, mas, na sua cabeça, elas estão como que desligadas; quando recebe uma carta tem de «ir à Beatriz», funcionária do posto dos correios e juntadora de letras. Na sua ronda, o carteiro Rui nunca se pode esquecer da almofada de tinta, para os que só conseguem «assinar» com o indicador direito. Em Portugal, onde, em 2021, persistiam 3,1% de analfabetos, estas histórias são quase arqueologia social, testemunhos de um mundo prestes a desaparecer. -
Sobre a Ganância, o Amor e Outros Materiais de ConstruçãoTextos de Francisco Keil do Amaral sobre o problema da habitação 1945-1973. Francisco Keil do Amaral (1910-1975), arquitecto português, com obra construída em Portugal e no estrangeiro, destacou-se com os grandes projectos para a cidade de Lisboa de parques e equipamentos públicos, dos quais se destacam o Parque de Monsanto e o Parque Eduardo VII. Foi também autor de diversos artigos que escreveu para a imprensa, obras de divulgação sobre a Arquitectura e o Urbanismo - "A arquitectura e a vida" (1942), "A moderna arquitectura holandesa" (1943) ou "Lisboa, uma cidade em transformação" (1969) - e livros de opinião e memórias - "Histórias à margem de um século de história" (1970) e "Quero entender o mundo" (1974). Apesar da obra pública projectada e construída durante o Estado Novo, Keil do Amaral foi um crítico do regime. Alguns dos textos mais críticos que escreveu e proferiu em público foram dedicados ao Problema da Habitação, título do opúsculo publicado em 1945 que reproduz o texto de uma palestra dada em 1943, e que surge novamente no título da comunicação que faz no 3º Congresso da Oposição Democrática em 1973. São dois dos textos reproduzidos nesta pequena publicação que reúne textos (e uma entrevista) de diferentes períodos da vida de Keil do Amaral. Apesar da distância que medeia os vários textos e aquela que os separa do presente, o problema da habitação de que fala Keil do Amaral parece ser constante, e visível não apenas em Lisboa, seu principal objecto de estudo, como noutras zonas do país e globalmente. -
Problemas de GéneroVinte e sete anos após a sua publicação original, Gender Trouble está finalmente disponível em Portugal. Trata-se de um dos textos mais importantes da teoria feminista, dos estudos de género e da teoria queer. Ao definir o conceito de género como performatividade – isto é, como algo que se constrói e que é, em última análise uma performance – Problemas de Género repensou conceitos do feminismo e lançou os alicerces para a teoria queer, revolucionando a linguagem dos activismos. -
Redes Sociais - Ilusão, Obsessão e ManipulaçãoAs redes sociais tornaram-se salas de convívio global. A amizade subjugou-se a relações algorítmicas e a vida em sociedade passou a ser mediada pela tecnologia. O corpo mercantilizou-se. O Instagram é uma montra de corpos perfeitos e esculpidos, sem espaço para rugas ou estrias. Os influencers tornaram-se arautos da propagação do consumo e da felicidade. Nas redes sociais, não há espaço para a tristeza. Os bancos do jardim, outrora espaços privilegiados para as relações amorosas, foram substituídos pelo Tinder. Os sites de encontros são o expoente de uma banalização e superficialidade de valores essenciais às relações humanas. As nudes são um sinal da promoção do corpo e da vulgarização do espaço privado. Este livro convida o leitor para uma viagem pelas transformações nas relações de sociabilidade provocadas pela penetração das redes sociais nas nossas vidas. O autor analisa e foca-se nos novos padrões de comportamento que daí emergem: a ilusão da felicidade, a obsessão por estar ligado e a ligeireza como somos manipulados pelos gigantes tecnológicos. Nas páginas do livro que tem nas mãos é-lhe apresentada uma visão crítica sobre a ilusão, obsessão e manipulação que ocorre no mundo das redes sociais. -
Manual de Investigação em Ciências SociaisApós quase trinta anos de sucesso, muitas traduções e centenas de milhares de utilizadores em todo o mundo, a presente edição foi profundamente reformulada e complementada para responder ainda melhor às necessidades dos estudantes e professores de hoje.• Como começar uma investigação em ciências sociais de forma eficiente e formular o seu projecto? • Como proceder durante o trabalho exploratório para se pôr no bom caminho?• Quais os princípios metodológicos essenciais que deve respeitar?• Que métodos de investigação escolher para recolher e analisar as informações úteis e como aplicá-las?• Como progredir passo a passo sem se perder pelo caminho?• Por fim, como concluir uma investigação e apresentar os contributos para o conhecimento que esta originou?Estas são perguntas feitas por todos os estudantes de ciências sociais, ciências políticas, comunicação e serviço social que se iniciam na metodologia da investigação e que nela têm de se lançar sozinhos.Esta edição ampliada responde ainda melhor às actuais necessidades académicas: • Os exemplos e as aplicações concretas incidem sobre questões relacionadas com os problemas da actualidade.• A recolha e a análise das informações abrangem tanto os métodos quantitativos como os métodos qualitativos.• São expostos procedimentos indutivos e dedutivos. -
Gramsci - A Cultura, os Subalternos e a EducaçãoGramsci, já universalmente considerado como um autor clássico, foi um homem e um pensador livre. Livre e lúcido, conduzido por uma racionalidade fria e implacável, por um rigor e uma disciplina intelectual verdadeiramente extraordinários. Toda a história da sua vida, a sua prisão nos cárceres fascistas, onde ficou por mais de dez anos, as terríveis provações físicas e morais que suportou até à morte, os confrontos duríssimos com os companheiros de partido, na Itália e na Rússia, o cruel afastamento da mulher e dos filhos, tudo isso é um testemunho da sua extraordinária personalidade e, ao mesmo tempo, da agitada e dramática página da história italiana, que vai do primeiro pós-guerra até à consolidação do fascismo de Mussolini. Gramsci foi libertado em 1937, após um calvário de prisões e graves doenças, que o levaram a morrer em Roma, no dia seguinte ao da sua libertação. Só anos mais tarde, no fim da segunda guerra e com o regresso da Itália à democracia, a sua obra começou a ser trabalhada e publicada.
