Singular - Plural Discursos Parlamentares, 2022-2023 de Augusto Santos Silva
Perspetivado nas funções matriciais da Assembleia da República – representação, debate, escrutínio, legislação e legitimação – é feito nesta obra simultaneamente um balanço e uma prestação de contas da função presidencial na primeira sessão legislativa da XV Legislatura.
O livro encontra-se dividido em três partes: a primeira engloba os discursos parlamentares proferidos neste período; a segunda parte recolhe intervenções mais reflexivas realizadas em iniciativas organizadas quer pelo Parlamento, quer por outras entidades; na terceira parte encontram-se discursos realizados em tomadas de posse. A obra apresenta assim uma visão panorâmica da atividade do Presidente da Assembleia da República no exercício das duas funções.
| Editora | Assembleia da República |
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| Editora | Assembleia da República |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Augusto Santos Silva |
Augusto Santos Silva nasceu no Porto, em 1956. É doutorado em sociologia pelo ISCTE‑ IUL e professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade do Porto. A sua investigação incide nas áreas da sociologia da cultura e do desenvolvimento e da teoria política. Membro do Partido Socialista, tem desempenhado diversas funções públicas, designadamente como ministro em várias pastas e como deputado pelos círculos do Porto ou Fora da Europa. É, desde Março de 2022, presidente da Assembleia da República. Até essa data e desde Novembro de 2015, exercera as funções de ministro dos Negócios Estrangeiros. No domínio das relações internacionais, publicou os seguintes livros: Argumentos necessários: contributos para a política europeia e externa de Portugal (Tinta‑ da china, 2018), Evoluir: novos contributos para a política europeia e externa de Portugal (Tinta‑ da china, 2020) e Tempo de agir na Europa: a presidência portuguesa de 2021 (Imprensa Nacional, 2021).
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Os Valores da Esquerda Democrática - Vinte Teses Oferecidas ao Escrutínio CríticoEste Ensaio procura responder a uma pergunta muito frequente: o que é e o que quer a esquerda democrática? Fá-lo por referência à esquerda democrática europeia e através de uma dupla operação: a identificação dos valores que a orientam e a diferença que eles instituem face a outras correntes políticas. Fá-lo sob a forma de teses, isto é, de ideias apresentadas e sujeitas à apreciação crítica. Assim, este ensaio poderá ser útil, quer aos estudiosos da teoria política, quer a todos quantos estão ou querem estar envolvidos no debate democrático. Tábua de Teses I - Marcadores II - Os Valores III - A Identidade IV - As Aprendizagens V - O que se é -
Argumentos Necessários - Contributos para a política europeia e externa de PortugalUM VERDADEIRO MANUAL DA DIPLOMACIA PORTUGUESA Augusto Santos Silva, um dos protagonistas da política externa em Portugal, identifica neste livro as tomadas de posição que o país deve adoptar nas suas relações políticas e diplomáticas com os países estrangeiros, demonstrando que Portugal pode e deve assumir um papel importante (segundo um espírito realista, nem megalómano nem autodiminuidor) para reforçar a coesão da União Europeia, estreitar laços entre a UE e a NATO e alcançar maior equidade e bem-estar transnacionais, e, logo, maior segurança mundial. «Os argumentos são necessários para a política, porque a substância da política tem a ver com a interação informada entre agentes e interesses plurais, não raras vezes conflituantes, em torno de problemas comuns. Uma interação que se faz no espaço público e no quadro de instituições, e que procura determinar comparativamente o mérito e a exequibilidade de propostas publicamente apresentadas e defendidas. A palavra é, pois, essencial; e, para todos aqueles a quem aborrece a demagogia, a palavra deve vir apoiada pela análise, ou seja, pela disposição para examinar factos, confrontar interpretações, trocar ideias, corrigindo e melhorando na medida do possível o que vemos, o que queremos e o que fazemos.» — da Apresentação. -
EvoluirDescrevendo a evolução da política externa portuguesa sob a forma geométrica de um hexágono, Augusto Santos Silva apresenta nesta reunião de textos seis prioridades: a União Europeia e o seu projecto de integração; o laço transatlântico; a relação especial com os países de língua portuguesa e o conjunto de África e da América Latina; a ligação com as comunidades portuguesas no estrangeiro; a internacionalização da economia, da língua, do sistema de ciência e inovação, da cultura e das artes; e o multilateralismo.A partir desta perspectiva, Evoluir discute questões tão urgentes como o papel de Portugal na União Europeia, na NATO e na CPLP, ou as relações com um Reino Unido pós-Brexit.«Este livro não esconde a sua tese: que a política europeia e externa da democracia portuguesa tem evoluído; que precisa de evoluir; que evoluir não é pôr em causa a sua matriz mas, ao invés, fortalecê-la; e que vale a pena reflectirmos e falarmos em conjunto sobre a evolução, quer das estruturas e dos factos, quer das políticas que operam no meio deles e sobre eles.» -
LigarUM ENSAIO SOBRE O PAPEL MERCURIAL DE PORTUGAL NO MUNDO Partindo da experiência como responsável pela política externa portuguesa ao longo de seis anos, Augusto Santos Silva propõe uma reflexão sobre o posicionamento geopolítico de Portugal e as linhas estratégicas da sua contribuição para a comunidade internacional. Uma contribuição baseada na história, no sistema de alianças, na diáspora, na língua, mas também na constância das grandes orientações políticas e na capacidade de compreender e falar com todos. Essa vocação mercurial dos portugueses, europeus e atlânticos abertos ao mundo, é utilíssima em tempos marcados por tantas fracturas e polarizações. O livro analisa, para o período de 2015 a 2022, os empenhamentos multilaterais de Portugal e as mais importantes relações bilaterais, considerando também a renovação das políticas de comunidades, de cooperação e de internacionalização, assim como a prática diplomática.Não se trata de um inventário, e muito menos é uma justificação de políticas. É uma reflexão conduzida a partir da realidade das coisas e projectada sobre o próximo futuro. Não encontro melhor verbo do que ligar, quando procuro exprimir numa só palavra o que pode ser o valor acrescentado especificamente por Portugal, e através da sua ação externa, ao mundo contemporâneo. Juntando‑ se Mercúrio (esse deus das trocas, deus‑ mensageiro, deus da comunicação, da interpretação) a Marte e Vénus. E os melhores elos de ligação tendem a ser, não os grandes poderes territoriais, económicos, tecnológicos ou militares, mas os atores intersticiais, os mercúrios que se movem entre, os que atravessam espaços, os que medeiam, os que têm algo de Fernão Mendes Pinto, peregrinando física e culturalmente entre regiões a descobrir, e de Fernando Pessoa, identificando em si mesmo a pluralidade dos mundos.
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?