Evoluir
A partir desta perspectiva, Evoluir discute questões tão urgentes como o papel de Portugal na União Europeia, na NATO e na CPLP, ou as relações com um Reino Unido pós-Brexit.
«Este livro não esconde a sua tese: que a política europeia e externa da democracia portuguesa tem evoluído; que precisa de evoluir; que evoluir não é pôr em causa a sua matriz mas, ao invés, fortalecê-la; e que vale a pena reflectirmos e falarmos em conjunto sobre a evolução, quer das estruturas e dos factos, quer das políticas que operam no meio deles e sobre eles.»
| Editora | Tinta da China |
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| Editora | Tinta da China |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Augusto Santos Silva |
Augusto Santos Silva nasceu no Porto, em 1956. É doutorado em sociologia pelo ISCTE‑ IUL e professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade do Porto. A sua investigação incide nas áreas da sociologia da cultura e do desenvolvimento e da teoria política. Membro do Partido Socialista, tem desempenhado diversas funções públicas, designadamente como ministro em várias pastas e como deputado pelos círculos do Porto ou Fora da Europa. É, desde Março de 2022, presidente da Assembleia da República. Até essa data e desde Novembro de 2015, exercera as funções de ministro dos Negócios Estrangeiros. No domínio das relações internacionais, publicou os seguintes livros: Argumentos necessários: contributos para a política europeia e externa de Portugal (Tinta‑ da china, 2018), Evoluir: novos contributos para a política europeia e externa de Portugal (Tinta‑ da china, 2020) e Tempo de agir na Europa: a presidência portuguesa de 2021 (Imprensa Nacional, 2021).
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Os Valores da Esquerda Democrática - Vinte Teses Oferecidas ao Escrutínio CríticoEste Ensaio procura responder a uma pergunta muito frequente: o que é e o que quer a esquerda democrática? Fá-lo por referência à esquerda democrática europeia e através de uma dupla operação: a identificação dos valores que a orientam e a diferença que eles instituem face a outras correntes políticas. Fá-lo sob a forma de teses, isto é, de ideias apresentadas e sujeitas à apreciação crítica. Assim, este ensaio poderá ser útil, quer aos estudiosos da teoria política, quer a todos quantos estão ou querem estar envolvidos no debate democrático. Tábua de Teses I - Marcadores II - Os Valores III - A Identidade IV - As Aprendizagens V - O que se é -
Argumentos Necessários - Contributos para a política europeia e externa de PortugalUM VERDADEIRO MANUAL DA DIPLOMACIA PORTUGUESA Augusto Santos Silva, um dos protagonistas da política externa em Portugal, identifica neste livro as tomadas de posição que o país deve adoptar nas suas relações políticas e diplomáticas com os países estrangeiros, demonstrando que Portugal pode e deve assumir um papel importante (segundo um espírito realista, nem megalómano nem autodiminuidor) para reforçar a coesão da União Europeia, estreitar laços entre a UE e a NATO e alcançar maior equidade e bem-estar transnacionais, e, logo, maior segurança mundial. «Os argumentos são necessários para a política, porque a substância da política tem a ver com a interação informada entre agentes e interesses plurais, não raras vezes conflituantes, em torno de problemas comuns. Uma interação que se faz no espaço público e no quadro de instituições, e que procura determinar comparativamente o mérito e a exequibilidade de propostas publicamente apresentadas e defendidas. A palavra é, pois, essencial; e, para todos aqueles a quem aborrece a demagogia, a palavra deve vir apoiada pela análise, ou seja, pela disposição para examinar factos, confrontar interpretações, trocar ideias, corrigindo e melhorando na medida do possível o que vemos, o que queremos e o que fazemos.» — da Apresentação. -
LigarUM ENSAIO SOBRE O PAPEL MERCURIAL DE PORTUGAL NO MUNDO Partindo da experiência como responsável pela política externa portuguesa ao longo de seis anos, Augusto Santos Silva propõe uma reflexão sobre o posicionamento geopolítico de Portugal e as linhas estratégicas da sua contribuição para a comunidade internacional. Uma contribuição baseada na história, no sistema de alianças, na diáspora, na língua, mas também na constância das grandes orientações políticas e na capacidade de compreender e falar com todos. Essa vocação mercurial dos portugueses, europeus e atlânticos abertos ao mundo, é utilíssima em tempos marcados por tantas fracturas e polarizações. O livro analisa, para o período de 2015 a 2022, os empenhamentos multilaterais de Portugal e as mais importantes relações bilaterais, considerando também a renovação das políticas de comunidades, de cooperação e de internacionalização, assim como a prática diplomática.Não se trata de um inventário, e muito menos é uma justificação de políticas. É uma reflexão conduzida a partir da realidade das coisas e projectada sobre o próximo futuro. Não encontro melhor verbo do que ligar, quando procuro exprimir numa só palavra o que pode ser o valor acrescentado especificamente por Portugal, e através da sua ação externa, ao mundo contemporâneo. Juntando‑ se Mercúrio (esse deus das trocas, deus‑ mensageiro, deus da comunicação, da interpretação) a Marte e Vénus. E os melhores elos de ligação tendem a ser, não os grandes poderes territoriais, económicos, tecnológicos ou militares, mas os atores intersticiais, os mercúrios que se movem entre, os que atravessam espaços, os que medeiam, os que têm algo de Fernão Mendes Pinto, peregrinando física e culturalmente entre regiões a descobrir, e de Fernando Pessoa, identificando em si mesmo a pluralidade dos mundos. -
Singular - Plural Discursos Parlamentares, 2022-2023 de Augusto Santos SilvaPerspetivado nas funções matriciais da Assembleia da República – representação, debate, escrutínio, legislação e legitimação – é feito nesta obra simultaneamente um balanço e uma prestação de contas da função presidencial na primeira sessão legislativa da XV Legislatura.O livro encontra-se dividido em três partes: a primeira engloba os discursos parlamentares proferidos neste período; a segunda parte recolhe intervenções mais reflexivas realizadas em iniciativas organizadas quer pelo Parlamento, quer por outras entidades; na terceira parte encontram-se discursos realizados em tomadas de posse. A obra apresenta assim uma visão panorâmica da atividade do Presidente da Assembleia da República no exercício das duas funções.
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A Esquerda não é WokeSe somos de esquerda, somos woke. Se somos woke, somos de esquerda.Não, não é assim. E este erro é extremamente perigoso.Na sua génese e nas suas pedras basilares, o wokismo entra em conflito com as ideias que guiam a esquerda há mais de duzentos anos: um compromisso com o universalismo, uma distinção objetiva entre justiça e poder, e a crença na possibilidade de progresso. Sem estas ideias, afirma a filósofa Susan Neiman, os wokistas continuarão a minar o caminho até aos seus objetivos e derivarão, sem intenção mas inexoravelmente, rumo à direita. Em suma: o wokismo arrisca tornar-se aquilo que despreza.Neste livro, a autora, um dos nomes mais importantes da filosofia, demonstra que a sua tese tem origem na influência negativa de dois titãs do pensamento do século XXI, Michel Foucault e Carl Schmitt, cuja obra menosprezava as ideias de justiça e progresso e retratava a vida em sociedade como uma constante e eterna luta de «nós contra eles». Agora, há uma geração que foi educada com essa noção, que cresceu rodeada por uma cultura bem mais vasta, modelada pelas ideias implacáveis do neoliberalismo e da psicologia evolutiva, e quer mudar o mundo. Bem, talvez seja tempo de esta geração parar para pensar outra vez. -
Não foi por Falta de Aviso | Ainda o Apanhamos!DOIS LIVROS DE RUI TAVARES NUM SÓ: De um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo Do outro, aquelas que nos apontam o caminho para um Portugal melhor Não foi por Falta de Aviso. Na última década e meia, enquanto o mundo lutava com as sequelas de uma crise financeira e enfrentava uma pandemia, crescia uma ameaça maior à nossa forma democrática de vida. O regresso do autoritarismo estava à vista de todos. Mas poucos o quiseram ver, e menos ainda nomear desde tão cedo. Não Foi por Falta de Aviso é um desses raros relatos. Porque o resto da história ainda pode ser diferente. Ainda o Apanhamos! Nos 50 anos do 25 Abril, que inaugurou o nosso regime mais livre e generoso, é tempo de revisitar uma tensão fundamental ao ser português: a tensão entre pequenez e grandeza, entre velho e novo. Esta ideia de que estamos quase sempre a chegar lá, ou prontos a desistir a meio do caminho. Para desatar o nó, não basta o «dizer umas coisas» dos populistas e não chegam as folhas de cálculo dos tecnocratas. É preciso descrever a visão de um Portugal melhor e partilhar um caminho para lá chegar. SINOPSE CURTA Um livro de Rui Tavares que se divide em dois: de um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo; do outro, as crónicas que apontam o caminho para um Portugal melhor. -
O Fim da Paz PerpétuaO mundo é um lugar cada vez mais perigoso e precisamos de entender porquêCom o segundo aniversário da invasão da Ucrânia, que se assinala a 24 de Fevereiro, e uma outra tragédia bélica em curso no Médio Oriente, nunca neste século o mundo esteve numa situação tão perigosa. A predisposição bélica e as tensões político-militares regressaram em força. A ideia de um futuro pacífico e de cooperação entre Estados, sonhada por Kant, está a desmoronar-se.Este livro reflecte sobre o recrudescimento de rivalidades e conflitos a nível internacional e sobre as grandes incógnitas geopolíticas com que estamos confrontados. Uma das maiores ironias dos tempos conturbados que atravessamos é de índole geográfica. Immanuel Kant viveu em Königsberg, capital da Prússia Oriental, onde escreveu o panfleto Para a Paz Perpétua. Königsberg é hoje Kaliningrado, território russo situado entre a Polónia e a Lituânia, bem perto da guerra em curso no leste europeu. Aí, Putin descerrou em 2005 uma placa em honra de Kant, afirmando a sua admiração pelo filósofo que, segundo ele, «se opôs categoricamente à resolução de divergências entre governos pela guerra».O presidente russo está hoje bem menos kantiano - e o mundo também. -
Manual de Filosofia PolíticaEste Manual de Filosofia Política aborda, em capítulos autónomos, muitas das grandes questões políticas do nosso tempo, como a pobreza global, as migrações internacionais, a crise da democracia, a crise ambiental e a política de ambiente, a nossa relação com os animais não humanos, a construção europeia, a multiculturalidade e o multiculturalismo, a guerra e o terrorismo. Mas fá-lo de uma forma empiricamente informada e, sobretudo, filosoficamente alicerçada, começando por explicar cada um dos grandes paradigmas teóricos a partir dos quais estas questões podem ser perspectivadas, como o utilitarismo, o igualitarismo liberal, o libertarismo, o comunitarismo, o republicanismo, a democracia deliberativa, o marxismo e o realismo político. Por isso, esta é uma obra fundamental para professores, investigadores e estudantes, mas também para todos os que se interessam por reflectir sobre as sociedades em que vivemos e as políticas que queremos favorecer. -
O Labirinto dos PerdidosMaalouf regressa com um ensaio geopolítico bastante aguardado. O autor, que tem sido um guia para quem procura compreender os desafios significativos do mundo moderno, oferece, nesta obra substantiva e profunda, os resultados de anos de pesquisa. Uma reflexão salutar em tempos de turbulência global, de um dos nossos maiores pensadores. De leitura obrigatória.Uma guerra devastadora eclodiu no coração da Europa, reavivando dolorosos traumas históricos. Desenrola-se um confronto global, colocando o Ocidente contra a China e a Rússia. É claro para todos que está em curso uma grande transformação, visível já no nosso modo de vida, e que desafia os alicerces da civilização. Embora todos reconheçam a realidade, ainda ninguém examinou a crise atual com a profundidade que ela merece.Como aconteceu? Neste livro, Amin Maalouf aborda as origens deste novo conflito entre o Ocidente e os seus adversários, traçando a história de quatro nações preeminentes. -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
Introdução ao ConservadorismoUMA VIAGEM À DOUTRINA POLÍTICA CONSERVADORA – SUA ESSÊNCIA, EVOLUÇÃO E ACTUALIDADE «Existiu sempre, e continua a existir, uma carência de elaboração e destilação de princípios conservadores por entre a miríade de visões e experiências conservadoras. Isso não seria particularmente danoso por si mesmo se o conservadorismo não se tivesse tornado uma alternativa a outras ideologias políticas, com as quais muitas pessoas, alguns milhões de pessoas por todo o mundo, se identificam e estão dispostas a dar o seu apoio cívico explícito. Assim sendo, dizer o que essa alternativa significa em termos políticos passa a ser uma tarefa da maior importância.» «O QUE É O CONSERVADORISMO?Uma pergunta tão directa devia ter uma resposta igualmente directa. Existe essa resposta? Perguntar o que é o conservadorismo parece supor que o conservadorismo tem uma essência, parece supor que é uma essência, e, por conseguinte, que é subsumível numa definição bem delimitada, a que podemos acrescentar algumas propriedades acidentais ou contingentes.»