Snapshots
O cenário é o estúdio de Miss Mara: um ecrã negro, onde são projectados materiais videográficos, ocupa o fundo de cena e o chão é uma piscina de fotografias. Miss Mara anda sempre com uma máquina fotográfica e fotografa sem olhar - é a mão que vê. Miss Mara tenta construir possibilidades ficcionais a partir do material fotográfico e cénico disponível.
| Editora | Bicho do Mato |
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| Editora | Bicho do Mato |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Carlos J. Pessoa |
Nasceu em Lisboa, em 1966.
Encenador e dramaturgo, é docente da Licenciatura em Teatro da ESTC e coordenador pedagógico-artístico do Mestrado em Teatro, especialização em Encenação, da mesma escola. Foi Director do Departamento de Teatro da ESTC entre 2004 e 2010 e Presidente da mesma instituição em 2011. Tem o título de Especialista em Teatro – Encenação, atribuído pelo IPL. Fez a pós-graduação e o curso de doutoramento em Ciências da Comunicação, Variante Comunicação e Artes, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa. É co-fundador e Director Artístico do Teatro da Garagem. Desde 1989, foi o autor e encenador da quase totalidade dos 100 espectáculos que a companhia apresentou. Tem publicadas e traduzidas diversas peças de teatro, artigos e textos críticos. O seu trabalho artístico recebeu vários prémios a nível nacional e internacional. Em 1992 recebeu uma Menção Honrosa do prémio Madalena de Azeredo Perdigão, pela encenação de A Cidade de Fausto; em 1993 recebeu o prémio Texto de Teatro do Teatro na Década do Clube Português de Artes e Ideias, pela peça Café Magnético; em 2000 foi-lhe atribuído o Prémio CyberKyoske99 – Género Drama, pela peça Desertos – evento didáctico seguido de um poema grátis; em 2003, recebeu uma Menção Especial, pelo o espectáculo Circo, pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro; em 2009 foi-lhe atribuído o Prémio Melhor Texto Original Português do Guia dos Teatros pelo texto On the Road, ou a hora do arco-íris; em 2014, o texto Finge, de sua autoria, foi nomeado na Categoria de Teatro – Melhor Texto Português Representado, para o Prémio Autores da Sociedade Portuguesa de Autores; em 2016, o texto Para uma encenação de Hamlet, de Jorge Listopad, na adaptação e encenação de Carlos J. Pessoa, obteve o Prémio Autores na Categoria de Teatro – Melhor Texto Português Representado atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores; em 2016, o texto de sua autoria Ela Diz foi seleccionado pela Rede Europeia de Tradução Teatral – EURODRAM; 2018, o espectáculo Black Stars, com texto e encenação de Carlos J. Pessoa, recebeu a distinção de Menção Honrosa – Prémio do Júri no Prémio Internacional Il Teatro Nudo di Teresa Pomodoro [Júri Internacional composto por: Peter Stein, Eugenio Barba, Lluís Pasqual, Tadashi Suzuki, Lev Dodin, Stathis Livatinos, Ludovic Lagarde, Ruth Heynen, Enzo Moscato e Oskaras Korsunovas].
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AceleraçãoC1 O que é o teatro?C3 Teatro é estar aqui a contar histórias.C2 Que histórias é que estamos a contar?C3 Histórias de pessoas, histórias de pessoas que sereconciliam.C4 O que é que significa reconciliar?Simone Pessoas que se reconciliam são pessoas quefazem as pazes; que terminam a guerra…C4 Que voltam a ser amigas?Todos Sim.C5 E podemos ser todos amigos?Todos Sim. -
Teatro (In)Completo. Volume 1Depois de em 2018 ter publicado na Companhia das Ilhas Três Textos Excêntricos, Carlos J. Pessoa (Teatro da garagem) volta à editora com o primeiro volume do seu teatro (in)completo. Nas suas palavras: «No meu debate com a violência, resultam peças de teatro, palcos de conflitos, o lamber de feridas e o retomar dos princípios, de liberdade e democracia (hoje em dia, nunca é demais relembrar o que parece óbvio), em que se funda a boa vontade e o entendimento entre as pessoas. Os enredos são indirectos e intersectados, histórias dentro de histórias, hiper-histórias; os assuntos múltiplos, concatenados ou não, evanescentes; o estilo resume-se em diversão, toca-e-foge, denso e quotidiano, filosofia e conversa de táxi. Há nestas peças de teatro, uma grande liberdade, uma auto-suficiência balançada por auto-crítica, uma autoria que se desautoriza, como se só assim fosse razoável o exercício de escrita/encenação. A própria ideia de uma escrita com reticências para o palco, uma escrita incompleta, que se assume assim, decorre dessa ética indissociável da estética, como se o palco fosse a moldura passível de julgar as palavras. E nesse julgamento, o julgamento de mim próprio, sim, mas sobretudo a possibilidade de um processo de conhecimento. Auto-conhecimento, inter-conhecimento, nascer com o mundo e com os outros, nascer com o paradoxo. Cada peça de teatro é um sopro de vida, a hipótese que me acusa, condena, mas também me reabilita. E na reabilitação estão as achas de um novo incêndio.» -
Teatro (In)Completo. Volume 2Este livro contém peças de TeatroMaterial perigoso e, eventualmente, explosivoPodem ler, mas o melhor mesmoÉ fazerem Teatro. Usem os textosAbusem deles, o autor não se importa. Carlos J. Pessoa Teatro (In) Completo Volume II, de Carlos J. Pessoa, reúne cinco peças escritas pelo autor e levadas à cena entre 1994 e 1998: A Gesta Marítima, A Nossa Aldeia, Os Piratas, Esboço Sobre a Ansiedade e História de um Tropeçar. Aborda temas como a expansão ultramarina portuguesa, o Portugal contemporâneo, a complexidade das relações humanas ou a dificuldade em arranjar um trabalho.Carlos J. Pessoa é docente na Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC) e é co-fundador e Director Artístico do Teatro da Garagem.Desde 1989, escreveu mais de 100 espectáculos que a Companhia apresentou, com diversas peças publicadas. -
Teatro (In)Completo - Vol. IIITeatro (In)Completo - Vol. III, de Carlos J. Pessoa, reúne cinco peças do autor: O Pavilhão dos Náufragos; Mudanças; In(sub)missão; Ernesto; O Pai. Carlos J. Pessoa é docente na Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC) e co-fundador e Director Artístico do Teatro da Garagem.
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Os CavaleirosOs Cavaleiros foram apresentados nas Leneias de 424 por um Aristófanes ainda jovem. A peça foi aceite com entusiasmo e galardoada com o primeiro lugar. A comédia surgiu no prolongamento de uma divergência entre o autor e o político mais popular da época, Cléon, em quem Aristófanes encarna o símbolo da classe indesejável dos demagogos. Denunciar a corrupção que se instaurou na política ateniense, os seus segredos e o seu êxito, eis o que preocupava, acima de tudo, o autor. Discursos, mentiras, falsas promessas, corrupção e condenáveis ambições são apenas algumas das 'virtudes' denunciadas, numa peça vibrante de ritmo que cativou o público ateniense da época e que cativa o público do nosso tempo, talvez porque afinal não tenha havido grandes mudanças na vida da sociedade humana. -
Atriz e Ator Artistas - Vol. I - Representação e Consciência da ExpressãoNas origens do Teatro está a capacidade de inventar personagens materiais e imateriais, de arquitetar narrativas que lancem às personagens o desafio de se confrontarem com situações e dificuldades que terão de ultrapassar. As religiões roubaram ao Teatro as personagens imateriais. Reforçaram os arquétipos em que tinham de se basear para conseguirem inventariar normas de conduta partilháveis que apaziguassem as ansiedades das pessoas perante o mundo desconhecido e o medo da morte.O Teatro ficou com as personagens materiais, representantes não dos deuses na terra, mas de seres humanos pulsionais, contraditórios, vulneráveis, que, apesar de perdidos nos seus percursos existenciais, procuram dar sentido às suas escolhas.Aos artesãos pensadores do Teatro cabe o desígnio de ir compreendendo a sua função ao longo dos tempos, inventando as ferramentas, esclarecendo as noções que permitam executar a especificidade da sua Arte. Não se podem demitir da responsabilidade de serem capazes de transmitir as ideias, as experiências adquiridas, às gerações vindouras, dando continuidade à ancestralidade de uma profissão que perdura. -
As Mulheres que Celebram as TesmofóriasEsta comédia foi apresentada por Aristófanes em 411 a. C., no festival das Grandes Dionísias, em Atenas. É, antes de mais, de Eurípides e da sua tragédia que se trata em As Mulheres que celebram as Tesmofórias. Aristófanes, ao construir uma comédia em tudo semelhante ao estilo de Eurípides, procura caricaturá-lo. Aristófanes dedica, pela primeira vez, toda uma peça ao tema da crítica literária. Dois aspectos sobressaem na presente caricatura: o gosto obsessivo de Eurípides pela criação de personagens femininas, e a produção de intrigas complexas, guiadas por percalços imprevisíveis da sorte. A somar-se ao tema literário, um outro se perfila como igualmente relevante, e responsável por uma diversidade de tons cómicos que poderão constituir um dos argumentos em favor do muito provável sucesso desta produção. Trata-se do confronto de sexos e da própria ambiguidade nesta matéria. -
A Comédia da MarmitaO pobre Euclião encontra uma marmita cheia de ouro, esconde-a e aferra-se a ela; passa a desconfiar de tudo e de todos. Entretanto, não se apercebe que Fedra, a sua filha, está grávida de Licónides. Megadoro, vizinho rico, apaixonado, pede a mão de Fedra em casamento, e prontifica-se a pagar a boda, já que a moça não tem dote. Euclião aceita e prepara-se o casamento. Ora acontece que Megadouro é tio de Licónides. É assim que começa esta popular peça de Plauto, cheia de peripécias e de mal-entendidos, onde se destaca a personagem de Euclião com a sua desconfiança, e que prende o leitor até ao fim. «O dinheiro não dá felicidade mas uma marmita de ouro, ao canto da lareira, ajuda muito à festa» - poderá ser a espécie de moralidade desta comédia a Aulularia cujo modelo influenciou escritores famosos (Shakespeare e Molière, por exemplo) e que, a seguir ao Anfitrião, se situa entre as peças mais divulgadas de Plauto. -
O Teatro e o Seu Duplo«O Teatro e o Seu Duplo, publicado em 1938 e reunindo textos escritos entre 1931 e 1936, é um ataque indignado em relação ao teatro. Paisagem de combate, como a obra toda, e reafirmação, na esteira de Novalis, de que o homem existe poeticamente na terra.Uma noção angular é aí desenvolvida: a noção de atletismo afectivo.Quer dizer: a extensão da noção de atletismo físico e muscular à força e ao poder da alma. Poderá falar-se doravante de uma ginástica moral, de uma musculatura do inconsciente, repousando sobre o conhecimento das respirações e uma estrita aplicação dos princípios da acupunctura chinesa ao teatro.»Vasco Santos, Posfácio -
Menina JúliaJúlia é uma jovem aristocrata que, por detrás de uma inocência aparente esconde um lado provocador. Numa noite de S. João, Júlia seduz e é seduzida por João, criado do senhor Conde e noivo de Cristina, a cozinheira da casa. Desejo, conflitos de poder, o choque violento das classes sociais e dos sexos que povoam aquela que será uma noite trágica. -
Os HeraclidasHéracles é o nome do deus grego que passou para a mitologia romana com o nome de Hércules; e Heraclidas é o nome que designa todos os seus descendentes.Este drama relata uma parte da história dos Heraclidas, que é também um episódio da Mitologia Clássica: com a morte de Héracles, perseguido pelo ódio de Euristeu, os Heraclidas refugiam-se junto de Teseu, rei de Atenas, o que representa para eles uma ajuda eficaz. Teseu aceita entrar em guerra contra Euristeu, que perece na guerra, junto com os seus filhos. -
A Comédia dos BurrosA “Asinaria” é, no conjunto, uma comédia de enganos equilibrada e com cenas particularmente divertidas, bem ao estilo de Plauto. A intriga - na qual encontramos alguns dos tipos e situações características do teatro plautino (o jovem apaixonado desprovido de dinheiro; o pai rival do filho nos seus amores; a esposa colérica odiada pelo marido; a cínica, esperta e calculadora alcoviteira; e os escravos astutos, hábeis e mentirosos) - desenrola-se em dois tons - emoção e farsa - que, ao combinarem-se, comandam a intriga através de uma paródia crescente até ao triunfo decisivo do tom cómico.