Sucesso e abandono no ensino superior em Portugal
19,00 €
Ebook Vitalsource
Ebook em formato adaptável a todos os dispositivos.
Acesso online e offline permanente à sua Biblioteca de Ebooks
Saiba mais
Stock Online Temporariamente Indisponível
Nas últimas décadas o sistema de ensino superior português sofreu profundas mudanças, de cariz quantitativo e qualitativo, pautando-se por uma massificação e por uma democratização quantitativa. Estas tendências estruturais não implicaram, contudo, uma democratização qualitativa do sistema educativo.
O presente livro analisa os fatores associados ao sucesso e ao abandono no ensino superior em Portugal. Os resultados obtidos permitem concluir que o sucesso académico é mais passível de gestão por parte das instituições universitárias do que o abandono. Enquanto o sucesso é sensível a variáveis de natureza dinâmica organizacional (pedagógicas e de reputação), o abandono ancora-se sobretudo em variáveis extramuros, tais como a situação de procura do mercado de trabalho (opções de emprego) ou a preparação prévia dos alunos.
O presente livro analisa os fatores associados ao sucesso e ao abandono no ensino superior em Portugal. Os resultados obtidos permitem concluir que o sucesso académico é mais passível de gestão por parte das instituições universitárias do que o abandono. Enquanto o sucesso é sensível a variáveis de natureza dinâmica organizacional (pedagógicas e de reputação), o abandono ancora-se sobretudo em variáveis extramuros, tais como a situação de procura do mercado de trabalho (opções de emprego) ou a preparação prévia dos alunos.
| Editora | Almedina |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Almedina |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | José Manuel Mendes, José Maria Carvalho Ferreira, António Caetano |
José Manuel Mendes
António Caetano
Doutorado em Sociologia pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, onde exerce as funções de Professor Auxiliar. Investigador do Centro de Estudos Sociais, tem trabalhado nas áreas dos movimentos sociais e ação colectiva e, mais recentemente, nas questões relacionadas com o trauma, o risco e a vulnerabilidade social. É cocoordenador do Observatório do Risco (osiris) e do Centro de Trauma, sediados no Centro de Estudos Sociais. Das suas publicações destacam-se os artigos «Pessoas sem voz, redes indizíveis e grupos descartáveis: os limites da teoria do actor-rede (Prémio Análise Social 2011) e Social Vulnerability Indexes as Planning Tools: Beyond the Preparedness Paradigm, Journal of Risk Research.
José Maria Carvalho Ferreira
Sociólogo e professor catedrático aposentado do ISEG – Universidade Técnica de Lisboa, desde 2013, Universidade de Lisboa. Foi Presidente do SOCIUS (Centro de Investigação em Sociologia Económica e das Organizações) do ISEG-Ulisboa.
António Caetano é doutorado em Psicologia Social e das Organizações. É Professor no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa e Investigador no Centro de Investigação e Intervenção Social (ISCTE).
Tem vários trabalhos publicados em revistas nacionais e internacionais e é co-autor dos livros Psicologia Social (Ed. F. C. Gulbenkian), Psicologia Social das Organizações - Estudos em empresas portuguesas (Ed. Célia) e Psicossociologia das Organizações (Ed. MacGraw-Hill).
As suas áreas de especialização incluem o comportamento organizacional, a avaliação de desempenho e a mudança e inovação organizacional.
Tem participado em projectos de investigação sobre novas tecnologias e mudanças nas organizações, processos de tomadas de decisão, cultura organizacional, avaliação de desempenho, justiça organizacional e avaliação da formação.
Tem colaborado com inúmeras empresas industrais, comerciais e de serviços, nacionais e multinacionais, assim como em organismos de diferentes áreas da Administração Pública.
Livros dos mesmos Autores
Ver Todos
-
Sociedade de ConfiançaO presente livro está estruturado em duas partes distintas. A primeira, composta por três capítulos nucleares, incide essencialmente sobre a teoria e a metodologia aplicada ao estudo da confiança nas sociedades contemporâneas e, mais especificamente, em Portugal. A segunda parte, composta por quatro capítulos resulta de quatro projectos de investigação com origens e especificidades distintas sobre o tema da confiança. -
A Crise no Mundo do TrabalhoEsta coletânea de textos de José Maria Carvalho Ferreira obedece a uma lógica interpretativa e explicativa assente em três pressupostos básicos. Em primeiro lugar a vida quotidiana do autor foi atravessada pelas vicissitudes do mundo do trabalho.Este foi sempre um laboratório de experiências e vivências assentes numa conflitualidade perversa e crítica. Foi esta perceção que catapultou o autor para uma postura comportamental identificada com os pressupostos de uma revolução social no sentido da abolição do trabalho assalariado e do capitalismo.Finalmente, o autor não pode ser considerado como alguém que se enquadra nos paradigmas científicos ou ideológicos prevalecentes nas sociedades contemporâneas. É evidente que esta postura analítica pode resvalar facilmente para o erro e a especulação, todavia o autor prefere ou tenta fugir dos mecanismos de casualidades e efeitos da civilização judaico-cristã, que só se vivifica separando a vida da morte, o bem do mal, e o amor do ódio.esta maneira de analisar a crise do mundo do trabalho permitiu que o seu dilema analítico atual seja polarizado à volta da Economia Virtual-versus- Economia Real. -
Sustentabilidade, Terceiro Setor e Redes SociaisA dimensão dos problemas analíticos da Sustentabilidade, Terceiro Setor e Redes Sociais é de uma pertinência e atualidade extrema. Todos estes fatores afetam de sobremaneira a vida quotidiana da espécie humana em vários domínios. No plano ecológico, na medida em que equaciona as relações da espécie humana com as espécies animais e vegetais e, por outro lado, no plano relacional, identitário e comunicacional inerente à condição-função da espécie humana podemos inferir das contingências resultantes das TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) e da crise do mundo trabalho à escala planetária. -
Avaliação de Desempenho - Metáforas, Conceitos e PráticasNuma época em que os recursos humanos são generalizadamente considerados como um dos principais factores determinantes da competitividade das organizações, a avaliação do desempenho profissional emerge como um dos problemas mais críticos que os processos de gestão têm de resolver. Trata-se de um problema crítico não porque a avaliação das pessoas seja difícil, pois, como todos podem constatar, o desempenho dos colaboradores é quotidianamente objecto de apreciações pontuais e subjectivas, quer por parte das hierarquias e dos subordinados, quer por parte dos colegas e dos clientes. As dificuldades não estão, por conseguinte, na capacidade para fazer julgamentos sobre o desempenho mas sim nas consequências práticas que a emissão desses julgamentos pode ter sobre o funcionamento e a competitividade das organizações. A emissão dos julgamentos, para ser realmente eficaz, terá de se inserir num processo de validação ou legitimação social que envolva a negociação entre avaliadores e avaliados. Apesar do esforço de investigação que tem sido desenvolvido, praticamente desde o princípio do século vinte, com vista a dotar as organizações de sistemas de avaliação que permitam melhorar a gestão dos recursos humanos, a maior parte das organizações persiste em práticas de avaliação prisioneiras de conceitos e formulações teóricas cuja inadequação se confirma ano após ano. Esta obra visa, fundamentalmente, sistematizar os percursos que a avaliação de desempenho tem seguido através da explicitação das metáforas e dos conceitos teóricos que lhe estão subjacentes, assim como das práticas que a gestão de recursos humanos tem instituído na generalidade das organizações, apresentando-se, igualmente, sugestões e propostas de redireccionamento dos sistemas de avaliação. -
Avaliação de DesempenhoNesta obra são apresentados de modo breve e sucinto os principais aspectos que pode comprometer a eficácia dos sistemas de avaliação, bem como alguns resultados de estudos empíricos, e expõem-se os dilemas que a avaliação coloca às organizações. São também aqui descritos quais os principais passos necessários para conceber e concretizar dispositivos de avaliação de desempenho. Uma ferramenta que pode ser adaptada a qualquer contexto organizacional, desde que se integrem as respectivas especificidades. Indispensável para as empresas e organizações que pretendem a excelência e a actualidade. -
Avaliação da FormaçãoEm 2000 o Conselho Europeu definiu como objectivo prioritário tornar a Europa na economia baseada em conhecimento mais competitiva e dinâmica do mundo. Tornou-se entretanto evidente que a Formação é um factor crítico para o desenvolvimento das competências. Mais: que esta constitui a alavanca fundamental para o sucesso empresarial e para a qualidade do emprego. “Avaliação da Formação – Estudos em Organizações Portuguesas” investiga e define temas como: a necessidade da Formação; a “transferência” da Formação, a motivação dos formandos, a análise dos efeitos da formação (se esta transforma as atitudes). Mas o contributo que este conjunto de estudos oferece, consiste principalmente no levantamento de construtos e modelos para a avaliação da Formação apoiada no método científico – de modo a que a avaliação tenha validade e rigor. Esta obra é o resultado de um trabalho de António Caetano (coordenador), em co-autoria com Ana Cláudia Miguel, Maria José Fonseca e Raquel Velada. O presente livro é o terceiro da nova Colecção “Ciências Empresariais” disponível ao público com a chancela da Livros Horizonte. António Caetano – Doutorado em Psicologia Social e das Organizações – é professor no Instituto Superior de Ciências do trabalho e da Empresa. Com experiência de mais de 25 anos em estudos de diagnóstico e de intervenção nas organizações, tem colaborado com empresas nacionais e multinacionais. A sua pesquisa centra-se na Avaliação do Desempenho e na Avaliação de Programas de Intervenção e Avaliação da Formação. -
Setembro Outra VezPoema Cinzao corpo escreve-se com vime. e fica, depoisdo instante, a arborizar o vento.talvez a águaantes do eclipse.abre-se como um mapapor onde os riachos empardecem.vincos, nós, odor a cisco sob a canícula.ou espuma também?toda a terra é memória, lugarà margem,horizonte oscilando no tempoenquanto os pássarosrevoam.enreda-se na ferida das cidadese talha as casas, jáo mundo ardenum navio de cores.vara, por último. negrilho, por exemplo.bordãoencurvandopara a cinza.em redor, outras tardes. tardes ao pé da porta,quem sabe.tardes, moscas, pedras.um jeito de harpaa quebrar-se.e nenhuma música mais.música nenhuma, não. -
O Despir da NévoaEspero por ti nesta varanda sobre o tempo. De pé, frente à vidraça, olhando a cidade. As pregas do cortinado, impressas no entardecer, dão às casas um perfil soturno. Como se as visse através de grades. -
O Homem do Corvo«E, então, começou a ir para a rua com o corvo. Saía de manhã, dava um grande passeio pela cidade, detinha-se a olhar o rio, a ponte, a barca em sobressalto dos pensamentos. Pelo meio-dia, sem pressas, encaminhava- se para o Rossio, assobiando, às vezes calado e taciturno: pássaro na gaiola à justa, viajando na mão esquerda em bandeja ou, quando os músculos se extenuavam, pendendo do indicador-gancho, ossudo, com unha sujíssima e coriácia. Conhecia bem o lugar fresco junto ao chafariz. Limpava o chão, abria, espalmava o jornal retirado do bolso traseiro das calças; sentava, depois, os fundilhos na almofada assim improvisada, afagava os caracóis da barba, o cabelo mesclado de branco, o rebordo da orelha.» -
Ombro, Arma!«Mafra chegou ao fim, escuro exílio. Mafra, o frio de Janeiro tiritando no corpo, a humidade nas paredes, os corredores soturnos onde moram presságios e maldições. Tudo ali é fugaz, predicação de tormenta, manhãs de incerteza e sobressalto, também júbilo e azul — melodias da esperança — , mas a pedra, a abóbada dos tectos, o sombrio dos claustros, perdido o fulgor de outrora, repassam os dias de um torpor longevo. Tudo ali é breve. Mesmo que as horas pesem, a vida hiberne. Mesmo que haja instantes de cristal e levitação. Agora, ao deixar o Quartel e as suas extensões de beleza ao lusco-fusco, a acridez dos silêncios, as coisas desatam o nó dentro das vivências, que começam já a ser outras, solta-se o fio e nada resta. Nada? Os estigmas, a espessura dos constrangimentos, permanecem. E a atmosfera solidária com que defendemos a nossa humanidade ameaçada.» Este é um extracto do belo romance de José Manuel Mendes que a Caminho agora reedita.