Supernova
ÍNDICE
ACHAMENTO
Os NAUFRÁGIOS QUEREM-SE LONGE, NO MAR
A CACHOEIRA À FRENTE DO VERDE
BOLA DE FOGO PRIMORDIAL
LUA CRESCENDO EM MONTE PASCOAL
Diz o NEGRO: UMA COISA EU SEI: NÃO sou FILHO DE CABRAL
O COZINHEIRO SENTE-SE A NAVEGAR
VIVEM ENTRE PLANTAS E ASTROS. É UMA AMIZADE QUE TÊM
EXPLICAÇÃO DA CACHOEIRA
AUTORIDADES TAMBÉM DANÇAM
HORIZONTE DE ACONTECIMENTOS
A DESOLAÇÃO COM PADRÃO À VISTA, MAS SEREI FELIZ, VLADIMIR
O QUE SÃO VERSOS? FÓRMULAS PARA A VIDA
SUPERNOVA
SOBRE O AUTOR
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Um grupo de oito excursionistas compra férias no Monte Pascoal, onde Cabral avistou pela primeira vez terra brasileira. Procuram um suplemento de alma que os eleve acima das comezinhas vidas diárias. Uma revelação é a promessa incluída no pacote de três dias de lazer.
Atrás da cachoeira, uma paisagem virgem colocará cada um diante de uma verdade íntima surpreendente.
Um cozinheiro, cronista do lugar, nordestino de origem, uma guia e dois polícias são a estrutura do acolhimento.
Pela voz de um poeta e mais tarde de uma personagem, blocos da Carta de Pêro Vaz de Caminha soam como a fala inesperada de uma memória daquele lugar. Uma fala da paisagem indomada, antes de ser reserva.
E da alma dos Tupiniquins que restará?
Supernova, sol que resulta de uma fusão de estrelas, é um "poema" sobre a vida concreta de criaturas contemporâneas, que procuram nos mitos publicitários o que porventura podem ter à porta de casa.
Fernando Mora Ramos
| Editora | Cena Lusófona |
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| Editora | Cena Lusófona |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Abel Neves |
Abel Neves nasceu em Montalegre, em 1956. Tem uma obra vasta, compreendendo peças de teatro (Amadis, Touro, Terra, Amo-te, Atlântico, Finisterrae, Arbor Mater, Lobo-Wolf, El Gringo, Inter-Rail, Além as estrelas são a nossa casa, Supernova, Fénix e Kota-Kota, A Caminho do Oeste, Amor-Perfeito, Olhando o céu estou em todos os séculos, Provavelmente uma pessoa, Nunca estive em Bagdad, Madressilva, Qaribó, Ubelhas - Mutantes e Transumantes, Vulcão, Querido Che), romances (Corações piegas, Cotovia, 1996; Asas para que vos quero, Cotovia, 1997; Sentimental, Asa, 1999; Centauros - imagens são enigmas, Asa, 2000; Precioso, Dom Quixote, 2006; Cornos da Fonte Fria, Sextante 2007), poesia (Eis o amor a fome e a morte, Cotovia, 1998) e um ensaio que apresenta reflexões em volta do teatro (Algures entre a resposta e a interrogação, Cotovia, 2002).
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Lisboa aos seus amoresUma geografia também é testemunha das cintilações dos seus moradores e, na teia onde se vão urdindo os jogos amorosos, Lisboa oferece-se a cada instante, ainda que às vezes dela se afastem as personagens. Lisboa aos seus amores reúne três obras que revelam histórias de amor em Lisboa são aqui apresentadas duas, Felizes e Aliança, tendo Centauros sido publicado anteriormente. FELIZES: Os amores rolam em Lisboa e o Santo António abençoa todos os gostos. Há infinitos modos de amar, e uma cidade, seja qual for, tem a responsabilidade de ser o abrigo onde os pequenos gestos dão o brilho às confissões e aos compromissos, aos devaneios e às ilusões. Em Felizes, os amorosos têm as suas singularidades, como em todas as histórias de amor, e, como em quase todas estas também, vêem florir em volta a desgraça ou a beleza do enamoramento. ALIANÇA: Em Aliança há um eco do passado que vem de Berlim e anda por Lisboa. Há um feitiço nas mãos de um homem e que uma mulher encontra na praia, e ela deixa-se levar numa história até sentir na pele uma espécie de degradação da humanidade. A lembrança do seu avô, assassinado em Auschwitz, não poderia estar longe das suas aflições, e a sua coragem tornará os dias mais luminosos. -
O Bibliófago e Mais Historietas BrevesQuem quisesse vê-lo era tentar encontrá-lo numa qualquer livraria ou, com mais certeza, no alfarrabista da Rua Nova da Trindade. Era baixo, encorpadito nos seus setenta e cinco anos feitos, de voz quase desconhecida. Os óculos usava-os a tempo inteiro, e luvas. O cabelo ia em ondas brancas, curtas, da frente para trás, no cimo da testa alta e terminando numa virinha ao começar do pescoço decorado com fino lenço azul de seda vindo da Síria. Os olhos eram pequenos, verdes e tormentosos, emoldurados pelas grandes armações de extinta tartaruga de Timor por onde há muito tempo atrás havia passado numa expedição botânica com um amigo doutor falecido. Aí mesmo, no secreto duma noite de chuvada tropical, descobriu o que passou a ser daí para a frente: um bibliófago. -
Um Optimista Acima dos EnxofresHá uma neblina, um orvalho, uma luz, qualquer coisa. É de crer que as palavras se aguentem acima dos enxofres. -
O Espírito das VacasPrémio Literário Bento da Cruz 2018 - ex aequo -
Vistas AéreasEste é o primeiro livro da colecção 12catorze. Contém nas suas 64 páginas oito poemas, três textos sobre teatro, suas 64 páginas oito poemas, três textos sobre teatro, duas peças de teatro e quatro textos de ficção narrativa. 12catorze surgiu como quem não quer a coisa, em amena conversa de quatro amigos, durante uma tarde soalhenta de um Julho caminhense, cuja preocupação única é a Literatura, seu ensino, seus problemas. Literatura, seu ensino, seus problemas. 12catorze é uma colecção que pretende ser uma via aberta para a cultura literária nas suas mais variadas formas: da poesia ao ensaio passando pelo teatro e pela ficção; via também aberta quer para autores em início de carreira quer para aqueles quer para autores em início de carreira quer para aqueles cuja carreira é já um longo caminho.Características? O pequeno formato, pensado para se poder levar para qualquer lado, o número de páginas (até cerca de 60), o preço bem menor que um maço de cigarros ou um bilhete de futebol. Resta dizer que o design é de António Modesto. te de futebol. Resta dizer que o design é de António Modesto. Esperamos que gostem. Francisco Guedes Francisco Guedes -
As Voltas da Lua“As personagens, sonhadoras de universos, vivem frequentemente no fio da navalha, divididas entre força e fragilidade, assumindo uma dupla existência dramatúrgica. Se parecem ter os pés bem assentes na terra, os seus pensamentos projectam-se em espaços mais abertos, mais disponíveis, em busca de harmonia e de absoluto.” [Alexandra Moreira da Silva, sobre “Além as estrelas são a nossa casa”] -
Às Vezes uma Roseira“As personagens, sonhadoras de universos, vivem frequentemente no fio da navalha, divididas entre força e fragilidade, assumindo uma dupla existência dramatúrgica. Se parecem ter os pés bem assentes na terra, os seus pensamentos projectam-se em espaços mais abertos, mais disponíveis, em busca de harmonia e de absoluto.” [Alexandra Moreira da Silva, sobre “Além as estrelas são a nossa casa”] -
Atlântica“As personagens, sonhadoras de universos, vivem frequentemente no fio da navalha, divididas entre força e fragilidade, assumindo uma dupla existência dramatúrgica. Se parecem ter os pés bem assentes na terra, os seus pensamentos projectam-se em espaços mais abertos, mais disponíveis, em busca de harmonia e de absoluto.” [Alexandra Moreira da Silva, sobre “Além as estrelas são a nossa casa”] -
Campos Elísios“As personagens, sonhadoras de universos, vivem frequentemente no fio da navalha, divididas entre força e fragilidade, assumindo uma dupla existência dramatúrgica. Se parecem ter os pés bem assentes na terra, os seus pensamentos projectam-se em espaços mais abertos, mais disponíveis, em busca de harmonia e de absoluto.” [Alexandra Moreira da Silva, sobre “Além as estrelas são a nossa casa”] -
Casino“As personagens, sonhadoras de universos, vivem frequentemente no fio da navalha, divididas entre força e fragilidade, assumindo uma dupla existência dramatúrgica. Se parecem ter os pés bem assentes na terra, os seus pensamentos projectam-se em espaços mais abertos, mais disponíveis, em busca de harmonia e de absoluto.” [Alexandra Moreira da Silva, sobre “Além as estrelas são a nossa casa”]
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Os CavaleirosOs Cavaleiros foram apresentados nas Leneias de 424 por um Aristófanes ainda jovem. A peça foi aceite com entusiasmo e galardoada com o primeiro lugar. A comédia surgiu no prolongamento de uma divergência entre o autor e o político mais popular da época, Cléon, em quem Aristófanes encarna o símbolo da classe indesejável dos demagogos. Denunciar a corrupção que se instaurou na política ateniense, os seus segredos e o seu êxito, eis o que preocupava, acima de tudo, o autor. Discursos, mentiras, falsas promessas, corrupção e condenáveis ambições são apenas algumas das 'virtudes' denunciadas, numa peça vibrante de ritmo que cativou o público ateniense da época e que cativa o público do nosso tempo, talvez porque afinal não tenha havido grandes mudanças na vida da sociedade humana. -
Atriz e Ator Artistas - Vol. I - Representação e Consciência da ExpressãoNas origens do Teatro está a capacidade de inventar personagens materiais e imateriais, de arquitetar narrativas que lancem às personagens o desafio de se confrontarem com situações e dificuldades que terão de ultrapassar. As religiões roubaram ao Teatro as personagens imateriais. Reforçaram os arquétipos em que tinham de se basear para conseguirem inventariar normas de conduta partilháveis que apaziguassem as ansiedades das pessoas perante o mundo desconhecido e o medo da morte.O Teatro ficou com as personagens materiais, representantes não dos deuses na terra, mas de seres humanos pulsionais, contraditórios, vulneráveis, que, apesar de perdidos nos seus percursos existenciais, procuram dar sentido às suas escolhas.Aos artesãos pensadores do Teatro cabe o desígnio de ir compreendendo a sua função ao longo dos tempos, inventando as ferramentas, esclarecendo as noções que permitam executar a especificidade da sua Arte. Não se podem demitir da responsabilidade de serem capazes de transmitir as ideias, as experiências adquiridas, às gerações vindouras, dando continuidade à ancestralidade de uma profissão que perdura. -
As Mulheres que Celebram as TesmofóriasEsta comédia foi apresentada por Aristófanes em 411 a. C., no festival das Grandes Dionísias, em Atenas. É, antes de mais, de Eurípides e da sua tragédia que se trata em As Mulheres que celebram as Tesmofórias. Aristófanes, ao construir uma comédia em tudo semelhante ao estilo de Eurípides, procura caricaturá-lo. Aristófanes dedica, pela primeira vez, toda uma peça ao tema da crítica literária. Dois aspectos sobressaem na presente caricatura: o gosto obsessivo de Eurípides pela criação de personagens femininas, e a produção de intrigas complexas, guiadas por percalços imprevisíveis da sorte. A somar-se ao tema literário, um outro se perfila como igualmente relevante, e responsável por uma diversidade de tons cómicos que poderão constituir um dos argumentos em favor do muito provável sucesso desta produção. Trata-se do confronto de sexos e da própria ambiguidade nesta matéria. -
A Comédia da MarmitaO pobre Euclião encontra uma marmita cheia de ouro, esconde-a e aferra-se a ela; passa a desconfiar de tudo e de todos. Entretanto, não se apercebe que Fedra, a sua filha, está grávida de Licónides. Megadoro, vizinho rico, apaixonado, pede a mão de Fedra em casamento, e prontifica-se a pagar a boda, já que a moça não tem dote. Euclião aceita e prepara-se o casamento. Ora acontece que Megadouro é tio de Licónides. É assim que começa esta popular peça de Plauto, cheia de peripécias e de mal-entendidos, onde se destaca a personagem de Euclião com a sua desconfiança, e que prende o leitor até ao fim. «O dinheiro não dá felicidade mas uma marmita de ouro, ao canto da lareira, ajuda muito à festa» - poderá ser a espécie de moralidade desta comédia a Aulularia cujo modelo influenciou escritores famosos (Shakespeare e Molière, por exemplo) e que, a seguir ao Anfitrião, se situa entre as peças mais divulgadas de Plauto. -
O Teatro e o Seu Duplo«O Teatro e o Seu Duplo, publicado em 1938 e reunindo textos escritos entre 1931 e 1936, é um ataque indignado em relação ao teatro. Paisagem de combate, como a obra toda, e reafirmação, na esteira de Novalis, de que o homem existe poeticamente na terra.Uma noção angular é aí desenvolvida: a noção de atletismo afectivo.Quer dizer: a extensão da noção de atletismo físico e muscular à força e ao poder da alma. Poderá falar-se doravante de uma ginástica moral, de uma musculatura do inconsciente, repousando sobre o conhecimento das respirações e uma estrita aplicação dos princípios da acupunctura chinesa ao teatro.»Vasco Santos, Posfácio -
Menina JúliaJúlia é uma jovem aristocrata que, por detrás de uma inocência aparente esconde um lado provocador. Numa noite de S. João, Júlia seduz e é seduzida por João, criado do senhor Conde e noivo de Cristina, a cozinheira da casa. Desejo, conflitos de poder, o choque violento das classes sociais e dos sexos que povoam aquela que será uma noite trágica. -
Os HeraclidasHéracles é o nome do deus grego que passou para a mitologia romana com o nome de Hércules; e Heraclidas é o nome que designa todos os seus descendentes.Este drama relata uma parte da história dos Heraclidas, que é também um episódio da Mitologia Clássica: com a morte de Héracles, perseguido pelo ódio de Euristeu, os Heraclidas refugiam-se junto de Teseu, rei de Atenas, o que representa para eles uma ajuda eficaz. Teseu aceita entrar em guerra contra Euristeu, que perece na guerra, junto com os seus filhos. -
A Comédia dos BurrosA “Asinaria” é, no conjunto, uma comédia de enganos equilibrada e com cenas particularmente divertidas, bem ao estilo de Plauto. A intriga - na qual encontramos alguns dos tipos e situações características do teatro plautino (o jovem apaixonado desprovido de dinheiro; o pai rival do filho nos seus amores; a esposa colérica odiada pelo marido; a cínica, esperta e calculadora alcoviteira; e os escravos astutos, hábeis e mentirosos) - desenrola-se em dois tons - emoção e farsa - que, ao combinarem-se, comandam a intriga através de uma paródia crescente até ao triunfo decisivo do tom cómico.