Todos os Fogos o Fogo
Imagine-se uma dessas longas filas de automóveis parados na auto-estrada às portas de uma grande cidade para desespero dos automobilistas; e que os minutos e as horas de espera se transformam em dias, e estes em semanas e depois em meses, convertendo o espaço circundante numa espécie de não-lugar familiar; neste tempo e lugar suspenso, nascem amizades e disputas, os automóveis transformam-se em hospitais de campanha, em alcovas, em bares, organiza-se uma nova sociedade. É este o tema do famoso conto, «A Auto-estrada do Sul», adaptado ao cinema por Jean-Luc Godard, que abre o presente volume. Seguem-se outros não menos famosos, num total de oito, onde Julio Cortázar demonstra, uma vez mais, a sua enorme mestria em (con)fundir passado e presente, sonho e realidade, criando ambientes ficcionais únicos, onde as tensões e os medos da vida quotidiana se sublimam em aparentes novas realidades.
| Editora | Cavalo de Ferro |
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| Categorias | |
| Editora | Cavalo de Ferro |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Julio Cortázar |
Escritor argentino, Julio Cortazár nasceu a 26 de agosto de 1914, em Bruxelas, na Bélgica, durante uma viagem de negócios empreendida pelos seus pais. Em 1918 a família regressou a Buenos Aires, onde Cortázar veio a estudar, obtendo, em 1935, habilitações como professor do ensino secundário pela Escuela Normal de Professores Mariano Acosta. Ingressou depois na Universidade de Buenos Aires e deu aulas nas escolas secundárias de Bolívar, de Chivilcoy e de Mendonza.
Em 1944 conseguiu uma posição como professor de Literatura Francesa na Universidade de Cuyo, em Mendonza, onde se envolveu numa manifestação contra a política populista e sindicalista de Juan Domingo Peron, pelo que foi encarcerado. Posto em liberdade pouco tempo depois, viu, no entanto, vedada a sua carreira académica. Assumiu então, e em 1946, a direção de uma editora em Buenos Aires, funções que desempenhou até 1948, altura em que completou a sua licenciatura em Direito e Línguas. Cortázar passou então a trabalhar como tradutor.
Em 1949 publicou a sua primeira obra digna de interesse, Los Reyes, um longo poema narrativo em que utilizava arquétipos como o Minotauro e o Labirinto de Creta. Em 1951, época em que o regime de Peron se estabelecia como ditadura, publicou numa revista mantida por Jorge Luis Borges, a Los Anales de Buenos Aires, a sua primeira coletânea de contos, com o título Bestiário (1951).
Nesse mesmo ano, e em resultado das perseguições que lhe foram movidas, o autor optou pelo exílio, mudando para Paris, cidade que não mais abandonaria. A partir de 1952 passou a trabalhar para a UNESCO como tradutor independente.
Continuou a publicar coletâneas de contos, como Final de Juego (1956),Las Armas Secretas (1959), obra que viria a ser adaptada para cinema pelo realizador italiano Michelangelo Antonioni, com o títuloBlow Up, em 1966. Em 1960 consagrou-se também como romancista, com o aparecimento deLos Premios, obra em que contava o rumo de um grupo de pessoas que ganham como prémio de lotaria um cruzeiro-surpresa. O seu romance mais conhecido, Rayuela, seria publicado em 1963. A obra, original e imaginativa, influenciou significativamente a literatura da América Latina.
Em 1973 empreendeu uma longa viagem pela América do Sul, visitando países como o Peru, o Equador, o Chile e a Argentina, como investigador das violações dos direitos humanos no continente, apoiando, com os ganhos resultantes da venda das suas obras, os Sandinistas e as famílias de prisioneiros políticos.
Em 1975 lecionou, como professor convidado, nas Universidades de Oklahoma e do Barnard College de Nova Iorque. Em 1981 tomou a nacionalidade francesa e, dois anos depois, foi-lhe autorizado visitar de novo a Argentina.
Faleceu a 12 de fevereiro de 1984, em Paris. Embora seja geralmente aceite como causa da sua morte uma leucemia, existe também a opinião de que o autor tenha sido vítima de SIDA, nesse tempo ainda não diagnosticável.
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Rayuela - O Jogo do MundoO amor turbulento de Oliveira e da «Maga», os amigos do Clube da Serpente, as caminhadas por Paris em busca do Céu e do Inferno, têm o seu outro lado na aventura simétrica de Oliveira, Talita e Traveler, numa Buenos Aires refém da memória.A publicação de «O jogo do mundo» (Rayuela) em 1963 foi uma verdadeira revolução no romance mundial: pela primeira vez, um escritor levava até às últimas consequências a vontade de transgredir a ordem tradicional de uma história e a linguagem usada para a contar. O resultado é este livro único, cheio de humor, de risco e de uma originalidade sem precedentes.Considerado o romance que melhor retrata as inquietudes e melhor resume o Século XX na visão latino-americana do mundo, desde a sua publicação, gerações de escritores são, de uma maneira ou de outra, devedoras de «O jogo do mundo». -
A Volta ao Dia em 80 MundosPela primeira vez publicado em Portugal, esta obra confirma todo o génio criativo de Julio Cortázar, consubstanciado numa nova forma de fazer Literatura. Cortázar rompe com o modelo clássico da narrativa e apresenta ao leitor, num único volume, uma colectânea de textos literários que abrange o conto, a poesia, o ensaio, o comentário humorístico e autobiográfico, e que tratam temas tão variados como o boxe, a política, técnicas culinárias, sadismo, Paris, entre outros. Tudo alternado com ilustrações e fotografias escolhidas pelo próprio autor. Uma das obras fundamentais da narrativa mundial, e um livro incontornável deste importante autor. -
Papéis InesperadosFestejado como um acontecimento editorial pela crítica e amantes de todo o mundo da obra de Julio Cortázar, «Papéis inesperados - escritos inéditos» é uma deslumbrante colecção de textos inéditos e dispersos escritos pelo autor de Rayuela durante toda a sua vida e recentemente encontrados num móvel da sua casa no XV bairro de Paris. Os protagonistas desta surpreendente história - que recorda o baú de inéditos de Pessoa - são Aurora Bernárdez, a sua viúva e herdeira universal, e o especialista na obra do autor, Carles Álvarez Garriga, responsáveis pela edição do livro.Dividido em 3 partes (prosas, entrevistas perante o espelho, poemas), reúnem-se neste volume contos nunca antes publicados em livro; histórias de cronópios julgadas desaparecidas; um capítulo suprimido de Rayuela; textos sobre literatura, política, viagens, «de emergência», de «palmada-nas-costas»;auto-entrevistas; poemas inéditos, e muitos outros autênticos tesouros que oferecem ao leitor uma visão completa das várias facetas da escrita de Julio Cortázar -
Gostamos tanto da GlendaGostamos tanto da Glenda, originalmente publicado em 1980, e até hoje inédito no nosso país, contém alguns dos mais famosos contos escritos por Julio Cortázar. Histórias onde desfilam os temas que este autor soube, como poucos, converter em literatura: os sonhos, os gatos, o cinema, a música, o tempo; e onde a realidade quotidiana é a primeira a destabilizar a ordem natural das coisas. -
Final do Jogo«Penso que o tema que servirá de base a um bom conto seja sempre excepcional, não querendo com isto afirmar que esse tema deva ser extraordinário, fora do comum, misterioso ou insólito. Pelo contrário, pode tratar-se de uma historieta perfeitamente trivial e quotidiana. A sua excepcionalidade reside numa qualidade comparável àquela do íman: um bom tema atrai todo um sistema de relações interligadas, coagula no autor, e depois no leitor, uma imensidão de conceitos, imagens, sentimentos e até mesmo ideias que flutuavam virtualmente na sua memória ou na sua sensibilidade; um bom tema é como um Sol, um astro em torno ao qual gravita um sistema planetário desconhecido até que o escritor de contos, astrónomo de palavras, revele ao mundo a sua existência.»Julio Cortázar Volume de dezoito contos até hoje inédito no nosso país, Final do Jogo é um dos livros mais celebrados pelos leitores de Julio Cortázar. Contém, entre outras histórias excepcionais, os contos Axolotl, Não se culpe ninguém, Ménades e o autobiográfico, Os Venenos. -
Aulas de Literatura: Berkeley, 1980Berkeley, Universidade da Califórnia, Outono de 1980: no período culminante da sua carreira de escritor e depois de tê-lo recusado durante anos, Julio Cortázar aceita finalmente o convite de uma universidade norte-americana para ali leccionar um curso de literatura. Contudo, ao contrário de outras célebres lições de literatura ministradas por grandes autores, como Nabokov, Borges ou Calvino, também posteriormente editadas com enorme sucesso em formato de livro, as aulas de literatura de Cortázar, tal como não podia deixar de ser, nada têm de ortodoxo ou de catedrático. Todas as quintas-feiras, durante dois meses, perante uma plateia de jovens estudantes cada vez mais numerosa e entusiasta (ao ponto de causar problemas logísticos), o autor argentino conduz um vasto diálogo sobre a criação literária e a sua experiência de escritor, dando a conhecer quais os ingredientes que compõem a boa literatura. São muitos os temas tratados: o fantástico, a musicalidade e o humor, o erotismo e o lúdico em literatura; a intrincada relação entre imaginação e realidade, as armadilhas da linguagem; porém, sobra igualmente tempo para abordar outras suas paixões: a política, a música, o cinema. Tudo isto recheado de exemplos retirados de leituras pessoais ou da sua própria escrita, que analisa de forma natural e sincera, revelando o segredo dos seus contos ou qual a interpretação do seu famoso romance, Rayuela . -
OctaedroNos interstícios da realidade nascem aventuras improváveis: um rosto refletido numa janela, que espoleta o nascer de sentimentos amorosos segundo uma lógica combinatória relacionada com os percursos da rede do metropolitano; mortos que voltam a morrer na viscosidade ilusória dos sonhos; personagens irreais que procuram a sua existência através de dolorosas mentiras — Morte, amor, relações humanas, a presença constante e imperturbável do inexplicável, todas as faces da existência humana e a certeza que fica, no final, de que nenhuma delas pode ser encarada somente através de um único prisma. O octaedro de oito contos publicado originalmente em 1974 e, até hoje, inteiramente inéditos em Portugal, é um dos livros mais representativos e celebrados de Cortázar, em que a audácia estilística se equipara ao desafio constante perante os determinismos e previsibilidade da vida quotidiana. -
Os PrémiosO primeiro romance publicado de Cortázar, até hoje inédito em Portugal, que antecipou O Jogo do Mundo – Rayuela. Um grupo rumoroso e heterogéneo de personagens, espécie de catálogo representativo da sociedade de Buenos Aires da época, premiado na lotaria nacional com um bilhete para uma viagem luxuosa de cruzeiro, embarca no navio Malcolm, cheio de expectativas. Contudo, entre distrações e atrações iniciais, um clima de mistério faz crescer a tensão entre os passageiros e a tripulação: o navio é colocado em quarentena devido a uma inexplicável doença, a rota e o destino final da viagem são desconhecidos, o capitão não se apresenta e nenhum dos membros da tripulação fala espanhol e, sobretudo, o acesso à popa da embarcação está interdito aos passageiros. Todas estas absurdas circunstâncias constituirão um irresistível desafio para os hóspedes deste navio que os levará a um jogo cada vez mais perigoso e com um final surpreendente. O alternar entre narração e reflexão, a vivacidade dos diálogos, o absurdo e a comicidade das personagens, fazem de Os Prémios um romance desconcertante e uma leitura ímpar, inevitável antecâmara de toda a obra subsequente de Cortázar. -
Histórias de Cronópios e de Famas«A capacidade de Cortázar para nos apresentar os objetos de perspetivas estranhas, como se os tivesse acabado de inventar, proporciona ao leitor uma experiência única.» - Time «Uma imaginação literária de elite.» - The New York Times Review of Books «Os famas são os que embalsamam e catalogam as recordações, que bebem à colherada a virtude com o único propósito de se reconhecerem cheios de vícios, aqueles que, se têm tosse, deitam abaixo um eucalipto em vez de comprarem os rebuçados peitorais Dr. Bayard. Os cronópios são aqueles que ao lavar os dentes à janela espremem todo o conteúdo do tubo só para verem esvoaçar grinaldas de pasta dentífrica cor-de-rosa (…) quando se deparam com uma tartaruga, desenham-lhe uma andorinha. (…) A criação mais feliz e absoluta de Cortázar.» - Do prefácio de Italo Calvino «A capacidade criativa do autor atira-nos exactamente para esse território das situações menos comuns, onde o que às vezes importa é a escrita e os sonhos que ela transporta para defronte dos nossos olhos.» - Fernando Sobral, Jornal de Negócios Nova tradução de Isabel Pettermann -
As Armas SecretasUma mulher que aceita ir a um funeral representar o papel de mãe do falecido. Um homem perdido entre a realidade e o que vê através de uma bola de cristal. Um saxofonista brilhante a tentar descobrir se consegue viver sem que a sua própria música o consuma. Julio Cortázar, que encontrava nos contos um dos mais perfeitos veículos para a sua prodigiosa imaginação, juntou em Armas Secretas algumas das suas mais importantes criações narrativas. Volume que inclui, entre outros, os célebres contos As Babas do Diabo, adaptado ao cinema por Michelangelo Antonioni no filme Blow-up – História de um Fotógrafo, e O Perseguidor, sobre os derradeiros dias de vida do músico Charlie Parker, que o próprio autor considerou ser um dos momentos de definição da sua carreira. «Cortázar deriva com tanta naturalidade no absurdo, sem nunca perder o pé na verosimilhança, que nós, leitores, desistimos rapidamente de questionar o sentido ou a possibilidade. Fruímos apenas.» - João Morales, Jornal Sol
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Vemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
Deus na EscuridãoEste livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. -
O ColecionadorNo mais recente e trepidante thriller de Daniel Silva, autor n.º 1 da lista dos mais vendidos do The New York Times, Gabriel Allon embarca na busca de um quadro roubado de Vermeer e descobre uma conspiração que poderia levar o mundo à beira do Armagedão nuclear.Na manhã seguinte à gala anual da Venice Preservation Society, Gabriel Allon, restaurador de quadros e espião lendário, entra no seu bar preferido da ilha de Murano e aí encontra o general Cesare Ferrari, comandante da Brigada de Arte, que aguarda, ansioso, a sua chegada. Os carabinieri tinham feito uma descoberta assombrosa na villa amalfitana de um magnata sul-africano morto em circunstâncias suspeitas: uma câmara acouraçada secreta que continha uma moldura e um esticador vazios cujas dimensões coincidiam com as do quadro desaparecido mais valioso do mundo. O general Ferrari pede a Gabriel para encontrar discretamente a obra-prima antes que o seu rasto se volte a perder. - Esse não é o vosso trabalho?- Encontrar quadros roubados? Teoricamente, sim. Mas o Gabriel é muito melhor a fazê-lo do que nós.O quadro em questão é O concerto de Johannes Vermeer, uma das treze obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner de Boston, em 1990. Com a ajuda de uma aliada inesperada, uma bela hacker e ladra profissional dinamarquesa, Gabriel não demora a descobrir que o roubo do quadro faz parte de uma tramoia ilegal de milhares de milhões de dólares na qual está implicado um indivíduo cujo nome de código é «o colecionador», um executivo da indústria energética estreitamente vinculado às altas esferas do poder na Rússia. O quadro desaparecido é o eixo de um complô que, caso seja bem-sucedido, poderia submeter o mundo a um conflito de proporções apocalípticas. Para o desmantelar, Gabriel terá de perpetrar um golpe de extrema audácia enquanto milhões de vidas estão presas por um fio. -
O EscritórioDawn Schiff é uma mulher estranha. Pelo menos, é o que toda a gente pensa na Vixed, a empresa de suplementos nutricionais onde trabalha como contabilista. Dawn nunca diz a coisa certa. Não tem amigos. E senta-se todos os dias à secretária, para trabalhar, precisamente às 8h45 da manhã.Talvez seja por isso que, certa manhã, quando Dawn não aparece para trabalhar, a sua colega Natalie Farrell – bonita, popular e a melhor vendedora da empresa há cinco anos consecutivos – se surpreenda. E mais ainda quando o telefone de Dawn toca e alguém do outro lado da linha diz apenas «Socorro».Aquele telefonema alterou tudo… afinal, nada liga tanto duas pessoas como partilhar um segredo. E agora Natalie está irrevogavelmente ligada a Dawn e vê-se envolvida num jogo do gato e do rato. Parece que Dawn não era simplesmente uma pessoa estranha, antissocial e desajeitada, mas estava a ser perseguida por alguém próximo.À medida que o mistério se adensa, Natalie não consegue deixar de se questionar: afinal, quem é a verdadeira vítima? Mas uma coisa é clara: alguém odiava Dawn Schiff. O suficiente para a matar.«NÃO COMECE UM LIVRO DE FREIDA McFADDEN A ALTAS HORAS DA NOITE.NÃO O VAI CONSEGUIR LARGAR!» AMAZON«O ESCRITÓRIO É UM THRILLER TENSO E VICIANTE DA AUTORA MAIS ADORADA DO MOMENTO.» GOODREADS -
Os Meus Dias na Livraria MorisakiEsta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão. -
ManiacMANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI. MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência -
Uma Noite na Livraria Morisaki - Os meus Dias na Livraria Morisaki 2Sim, devemos regressar onde fomos felizes. E à livraria Morisaki, lugar de histórias únicas, voltamos com Takako, para descobrir um dos romances japoneses mais mágicos do ano.Estamos novamente em Tóquio, mais concretamente em Jimbocho, o bairro das livrarias, onde os leitores encontram o paraíso. Entre elas está a livraria Morisaki, um negócio familiar cuja especialidade é literatura japonesa contemporânea, há anos gerida por Satoru, e mais recentemente com a ajuda da mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai tomar conta da livraria quando os tios seguem numa viagem romântica oferecida pela jovem, por ocasião do aniversário de casamento.Como já tinha acontecido, Takako instala-se no primeiro andar da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico, onde os clientes são especiais e as pilhas de livros formam uma espécie de barreira contra as coisas menos boas do mundo. Takako está entusiasmada, como há muito não se sentia, mas… porque está o tio, Satoru, a agir de forma tão estranha? E quem é aquela mulher que continua a ver, repetidamente, no café ao lado da livraria?Regressemos à livraria Morisaki, onde a beleza, a simplicidade e as surpresas estão longe, bem longe de acabar. -
Uma Brancura LuminosaUm homem conduz sem destino. Ao acaso, vira à direita e à esquerda até que chega ao final da estrada na orla da floresta e o seu carro fica atolado. Pouco depois começa a escurecer e a nevar. O homem sai do carro e, em vez de ir à procura de alguém que o ajude, aventura-se insensatamente na floresta escura, debaixo de um céu negro e sem estrelas. Perde-se, quase morre de frio e de cansaço, envolto numa impenetrável escuridão. É então que surge, de repente, uma luz.Uma Brancura Luminosa é a mais recente obra de ficção de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura de 2023. Uma história breve, estranhamente sublime e bela, sobre a existência, a memória e o divino, escrita numa forma literária única capaz de assombrar e comover.Tradução do norueguês de Liliete Martins.Os elogios da crítica:«Uma introdução perfeita à obra de Jon Fosse.» The Telegraph«Inquietante e lírico, este pequeno livro é uma introdução adequadamente enigmática à obra de Fosse e um bom ponto de partida para se enfrentar os seus romances mais vastos e experimentais.» Financial Times - Livro do Ano 2023«Uma Brancura Luminosa é, muito simplesmente, grande literatura.» Dagbladet