Tratado Sobre a Tolerância
O TRATADO SOBRE A TOLERÂNCIA (1763) constitui porventura um dos escritos mais significativos do combate que, sobretudo a partir de finais da década de 50, Voltaire desenvolve contra o conservadorismo mais radical, o espírito de intolerância religiosa que lhe anda associado e as estruturas judiciais mais arcaicas do Antigo Regime. Tomando a defesa da família Calas, perseguida com a maior crueldade pelas autoridades de Toulouse, Voltaire empenha-se pessoalmente no processo de revisão da sentença que levara Jean Calas ao patíbulo e acaba por redigir um volume cujo alcance excede em muito as circunstâncias que o motivam. Esta obra tornar-se-á assim um clássico da literatura que, para lá de toda a distância histórica, apresenta grande actualidade no nosso tempo: é que o autor dirige o seu combate contra formas concretas de exercício do poder judicial e contra a promiscuidade entre a ideologia e os mecanismos da justiça. Sem perder o sentido da conflitualidade política, sem reduzir o problema da tolerância ao desejo pueril de um horizonte de indiferença apaziguadora, Voltaire coloca-nos perante a ideia de tolerância como combate continuado, como conquista infindável, como prática de transformação de nós mesmos, muito para lá do estrito problema religioso e das localizações geográficas em que possa parecer confinar-se. A tolerância diz respeito a cada um de nós, como forma de se ver a si mesmo e ao outro, enquanto sujeitos de conflitualidade que todos nós somos.
| Editora | Antígona |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Antígona |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Voltaire |
François-Marie Arouet nasceu em Paris no ano de 1694 e foi registado como filho de um bem-sucedido notário parisiense, François Arouet, e da sua esposa, embora ele próprio suspeitasse ser filho da Sra. Arouet e de um poeta menor. Após estudos num colégio jesuíta, no qual apreciou sobretudo as peças de teatro escolares, decidiu lançar-se numa carreira literária e na sociedade: uma e outra lhe valeram duas estadas na prisão da Bastilha (por uns panfletos satíricos primeiro, por uma briga com um nobre depois). Ao sair da prisão deu a si próprio o nome de Senhor de Voltaire. Foi dramaturgo, historiador, filósofo, divulgador científico, homem de negócios, membro da Academia das Ciências de França, agricultor, proprietário, investidor de capital de risco, activista dos direitos civis e humanos, homem da corte desterrado no campo e, sobretudo, o autor mais célebre, admirado e odiado do seu tempo. Morreu em 1778, pouco depois de regressar a Paris após um exílio de mais de 20 anos. A sua obra é extensíssima e nunca foi esgotada numa só colecção. Cândido, ou o Optimismo é uma das melhores novelas da história da literatura e Micromegas é um dos seus famosos «contos filosóficos».
-
Tratado Sobre a TolerânciaJean Calas é considerado um bom pai e tolerante em relação à orientação religiosa da família. Mas o poder judicial cede ao fanatismo popular que o acusa de matar o filho e Jean Calas é executado. O génio de Voltaire consegue extrair do episódio ilações cuja validade permanece até aos nossos dias -
Cândido ou o OtimismoCândido ou o Otimismo é um conto filosófico de Voltaire, publicado pela primeira vez em Genebra em janeiro de 1759. A par de Zadig e Micromégas, é um dos escritos mais famosos de Voltaire, tendo sido reeditado vinte vezes em vida do autor. -
Cândido ou o OptimismoA edição de referência do Cândido, traduzida a partir do original de 1759. -
Diálogo do Frango e da FrangaFrango: Oh, meu Deus, minha galinha, estás tão triste; que tens? A Franga: Meu caro amigo, pergunta-me, antes, pelo que não tenho. Uma maldita criada tomou me entre os joelhos, mergulhou-me uma longa agulha no cu, agarrou a minha matriz, enrolou-a à volta da agulha, arrancou-a e deu-a de comer ao gato. E eis-me incapaz de receber os favores do cantor lírico do dia e de pôr ovos. O Frango: Ai!,minha querida, eu perdi mais do que tu; fizeram-me uma operação duplamente cruel: nem tu nem eu voltaremos a ter consolação neste mundo; fizeram-vos franga e a mim frango. A única ideia que serenou o meu estado deplorável foi a que ouvi, há alguns dias, junto à minha capoeira, debatida entre dois abades italianos a quem tinha sido perpetrado o mesmo ultraje para que pudessem cantar diante do papa com uma voz mais cristalina. -
Zadig ou o DestinoApresentamos neste volume uma seleção de contos de Voltaire, entre os quais se destacam Zadig ou o Destino, com um subtítulo de História Oriental. Na realidade a sua leitura relembra a de "As Mil e Uma Noites", a sua poesia e extravagância porque o autor o apresenta como se fora um texto árabe ou persa. Mais seis contos completam este volume. -
Ficção CompletaNum volume apenas, a prosa ficcional de uma das mentes mais brilhantes da Humanidade. Voltaire, figura de proa do Iluminismo francês, foi um dos escritores mais prolixos do seu tempo: para além das mais de 20.000 cartas, é autor de mais de 2.000 publicações que vão da História à Filosofia, do Teatro à Poesia, do Pensamento político à polémica de qualquer ordem. mas voltaire foi igualmente autor de romances curtos, noverlas e contos e foi inovador em muitos deles. Com o célebre «Cândido» cria um romance filosófico inspirado pelo terramoto de Lisboa, em 1755. Em «Micromégas» mostra-se pioneiro da ficção-científica. Em «A princesa da Babilónia» ou em «Zadig» toma por inspiração os cenários exóticos que inspiravam os orientalistas seus contemporâneos para criar universos fantásticos em que discute filosofia da religião ou filosofia política. Mas neste volume encontrará também o leitor o conto satírico, a fábula moral, o trecho romântico, o romance histórico e muito mais.As traduções deste volume são de João Gaspar Simões, Alexandre Pinheiro Torres, José Marinho, João Paulo Monteiro, A. Serra Lopes, Fernandes Costa ou Jorge Mota, entre outros. -
Miracles And IdolatryThroughout history, some books have changed the world. They have transformed the way we see ourselves - and each other. They have inspired debate, dissent, war and revolution. They have enlightened, outraged, provoked and comforted. They have enriched lives - and destroyed them. Now Penguin brings you the works of the great thinkers, pioneers, radicals and visionaries whose ideas shook civilization and helped make us who we are. Voltaire's short, radical and iconoclastic essays on philosophical ideas from angels to idolatry, miracles to wickedness, make wry observations about human beliefs, and mock hypocrisy and extravagant piety - his call to his fellow men to act with reason and see through the lies they are fed by their leaders has provided inspiration to freethinkers everywhere. -
Memórias"Estava cansado da vida ociosa e turbulenta de Paris, da multidão de sabichões; dos maus livros impressos com aprovação e privilégio do Rei; das cavalas dos homens de letras, das baixezas e do banditismo dos miseráveis que desonravam a literatura" -
Ficção CompletaNum volume apenas a prosa ficcional de uma das mentes mais brilhantes da Humanidade. Voltaire, figura de proa do Iluminismo francês, foi um dos escritores mais prolixos do seu tempo: para além das mais de 20.000 cartas, é autor de mais de 2.000 publicações que vão da História à Filosofia, do Teatro à Poesia, do Pensamento político à polémica de qualquer ordem. mas voltaire foi igualmente autor de romances curtos, noverlas e contos e foi inovador em muitos deles. Com o célebre «Cândido» cria um romance filosófico inspirado pelo terramoto de Lisboa, em 1755. Em «Micromégas» mostra-se pioneiro da ficção-científica. Em «A princesa da Babilónia» ou em «Zadig» toma por inspiração os cenários exóticos que inspiravam os orientalistas seus contemporâneos para criar universos fantásticos em que discute filosofia da religião ou filosofia política. Mas neste volume encontrará também o leitor o conto satírico, a fábula moral, o trecho romântico, o romance histórico e muito mais. As traduções deste volume são de João Gaspar Simões, Alexandre Pinheiro Torres, José Marinho, João Paulo Monteiro, A. Serra Lopes, Fernandes Costa ou Jorge Mota, entre outros. Biografia do Autor: François-Marie Arouet (1694-1778) ficou conhecido para a posteridade pelo pseudónimo "Voltaire". Figura grada do Iluminismo francês, Voltaire foi o mais influente pensador do seu tempo. Através da sua correspondência (mais de 20.000 cartas trocadas com os grandes da Europa, de Catarina, a Grande ao Imperador Frederico, com outros pensadores, cientistas, filósofos, governantes, reformisatas religiosos e outros mais) e das suas obras - que em geral eram, também elas, de alguma forma respostas a escritos e filosofias de outrém - foi o vértice do mundo no seu tempo. O seu pensamento instigou reformas e ditou políticas, movimentos e posições. Autor de mais de 2.000 publicações, Voltaire foi, ao mesmo tempo, um homem do seu tempo e um homem à frente do seu tempo. Polémista notável foi o campeão da causa da separação entre a Igreja e o Estado. grande crítico da Igreja Católica do seu tempo. Inveterado defensor da Liberdade de Expressão e de pensamento, da liberdade religiosa e renovadoras filosofias políticas. Depois de Voltaire mais ninguém voltou a ter uma influência tão abrangente e uma capacidade tão plena de intervir na história da Humanidade usando apenas da palavra. Sobre Autor e Obra: «Não se ser capaz de admirar Voltaire é uma das várias manifestações da estupidez humana.» Jorge Luis Borges «Fosse o universo inteiro inundado por um espírito de confusão e, ainda assim, precisaríamos de cem mil anos para que o nome, as ideias e as obras de Voltaire se perdessem no esquecimento.» Denis Diderot «O que tinha Voltaire de extraordinário? Para além de ser uma das mais agudas inteligências do seu tempo, conseguia escrever com genialidade em todos os estilos e formas literárias conhecidas no seu tempo.» Robert Darnton «Algo de aristotélico atravessa os contos de Voltaite: educar divertindo. Sempre intenso, mordaz, brilhante... Voltaire é o alicerce único da moral moderna.» Roger Peyrefitte «O problema para um leitor de hoje é a incapacidade de abarcar o todo da produção de Voltaire. Talvez a melhor forma seja ler os seus romances e contos, neles reside em boa parte a súmula de muito quanto foi e defendeu o seu Autor.» Xavier Marin «Voltamos sempre a Voltaire...» Slavoj iek «O filósofo francês [Voltaire] foi em si mesmo uma força política ímpar que atravessou a Europa em termos de influência verdadeiramente palpável.» René Pomeau «A via de Voltaire, o bem e o direito.» Gustave Flaubert «Voltaire utilizava o exótico para experimentar no público leitor as suas ideias revolucionárias.» Norman Torrey «A ficção foi sempre, para Voltaire, veículo privilegiado para tornar a sua filosofia em algo vivo e sensorialmente rico. [...] Os universos fantásticos e exóticos que criou são o meio amniótico perfeito para dissolver as dúvidas do leitor mais renitente.» Pierre Milza «Ainda hoje é tão influente que quase ninguém o reconhece, da mesma forma como tudo aquilo que é inerente à civilização ocidental.» Jorge Luis Borges -
A Princesa da BabilóniaTrês reis disputam a mão de Formosanta, a princesa da Babilónia, filha do rei Belo. A meio do cerimonial da disputa, surge inesperadamente um jovem desconhecido montando um licorne e transportando consigo a coisa mais rara do universo: a Fénix. É Amazan, o pastor belo e forte, modelo de homem perfeito. Formosanta e Amazan apaixonam-se, mas um equívoco faz Amazan crer que a princesa lhe foi desleal. Sentindo-se traído, ele resolve correr o mundo e Formosanta sai no seu encalço para desfazer o equívoco e comprovar a sua lealdade. Pelo meio, ambos viverão aventuras extraordinárias em países distantes antes que possam consumar o amor a que estavam predestinados. Voltaire serve-se da peregrinação de Amazan pela Europa e Ásia para criticar com acidez e ironizar o fanatismo e intolerância religiosas, a estupidez e a superstição cultivadas pelos governantes e pelo clero e as leis equívocas. Faz ao mesmo tempo o elogio daqueles países onde reinam a justiça, a igualdade e a tolerância.
-
A Crise da Narração«Qualquer ação transformadora do mundo pressupõe uma narrativa. O storytelling, por seu lado, conhece uma única forma de vida, a consumista.» É a partir das narrativas que se estabelecem laços, se formam comunidades e se transformam sociedades. Mas, hoje, o storytelling tende a converter-se numa ferramenta de promoção de valores consumistas, insinuando-se por todo o lado devido à falta de sentido característica da atual sociedade de informação. Com ela, os valores da narração diluem-se numa corrente de informações que poucas vezes formam conhecimento e confirmam a existência de indivíduos isolados que, como Byung-Chul Han já mostrou em A Sociedade do Cansaço, têm como objetivo principal aumentar o seu rendimento e a autoexploração. E, no entanto, certas formas de narração continuam a permitir-nos partilhar experiências significativas, contribuindo para a transformação da sociedade. -
Inglaterra - Uma ElegiaNeste tributo pungente e pessoal, o filósofo Roger Scruton tece uma elegia à sua pátria, a Inglaterra, que é, ao mesmo tempo, uma esclarecedora e exaltante análise das suas instituições e cultura e uma celebração das suas virtudes.Abrangendo todos os aspectos da herança inglesa e informado por uma visão filosófica única, Inglaterra – Uma Elegia mostra como o seu país possui uma personalidade distinta e como dota os seus nacionais de um ideário moral também ele distinto.Inglaterra – Uma Elegia é uma defesa apaixonada, mas é também um lamento profundamente pessoal pelo perda e desvanecimento dessa Inglaterra da sua infância, da sua complexa relação com o seu pai e uma ampla meditação histórica e filosófica sobre o carácter, a comunidade, a religião, a lei, a sociedade, o governo, a cultura e o campo ingleses. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
As Fronteiras do ConhecimentoEm tempos muito recentes, a humanidade aprendeu muito sobre o universo, o passado e sobre si mesma. E, através dos nossos notáveis sucessos na aquisição de conhecimento, aprendemos o quanto ainda temos para aprender: a ciência que temos, por exemplo, abrange apenas 5% do universo; a pré-história ainda está a ser estudada, com muito por revelar, milhares de locais históricos ainda a serem explorados; e as novas neurociências da mente e do cérebro estão ainda a dará os primeiros passos. O que sabemos e como o sabemos? O que sabemos agora que não sabemos? E o que aprendemos sobre os obstáculos para saber mais? Numa época de batalhas cada vez mais profundas sobre o significado do conhecimento e da verdade, estas questões são mais importantes o que nunca. As Fronteiras do Conhecimento dá resposta a estas questões através de três campos cruciais de investigação: ciência, história e psicologia. Uma história notável da ciência, da vida na Terra e da própria mente humana, este é um tour de force convincente e fascinante, escrito com verve, clareza e uma amplitude deslumbrante de conhecimento. -
A Religião WokeUma onda de loucura e intolerância está a varrer o mundo ocidental. Com origem nas universidades americanas, a religião woke está a varrer tudo à sua passagem: universidades, escolas, empresas, meios de comunicação social e cultura.Esta religião, propagandeia, em nome da luta contra a discriminação, dogmas no mínimo inauditos:A «teoria de género» professa que o sexo e o corpo não existem e que a consciência é que importa.A «teoria crítica da raça» afirma que todos os brancos são racistas, mas que nenhuma pessoa «racializada» o é.A «epistemologia do ponto de vista» defende que todo o conhecimento é «situado» e que não existe ciência objectiva, nem mesmo as ciências exactas.O objectivo dos wokes é «desconstruir» todo o património cultural e científico e pôr-se a postos para a instauração de uma ditadura em nome do «bem» e da «justiça social».É tudo isto e muito mais que Braunstein explica e contextualiza neste A Religião Woke, apoiado por textos, teses, conferências e ensaios, que cita e explica longamente, para denunciar esta nova religião que destrói a liberdade.Um ensaio chocante e salutar. -
O que é a Filosofia?A VERSÃO EM LIVRO DO «CONTAGIANTE» PODCAST DE FILOSOFIA, COM PROTAGONISTAS COMO PLATÃO, ARISTÓTELES, AGOSTINHO, KANT, WITTGENSTEIN E HEIDEGGER. A PARTIR DO CICLO GRAVADO PELO CCB. Não há ninguém que não tenha uma «filosofia», achando-a tão pessoal que passa a ser «a minha filosofia». Há também quem despreze a filosofia e diga que é coisa de «líricos» — as pessoas de acção que acham que a filosofia nada tem que ver com a vida. Há ainda a definição mais romântica: a filosofia é a amizade pelo saber. E para todo este conjunto de opiniões há já teses filosóficas, interpretações, atitudes, mentalidades, modos de ser. Mas então afinal: O que é a filosofia? É essa a pergunta que aqui se faz a alguns protagonistas da sua história, sem pretender fazer história. A filosofia é uma actividade que procura descobrir a verdade sobre «as coisas», «o mundo», os «outros», o «eu». Não se tem uma filosofia. Faz-se filosofia. A filosofia é uma possibilidade. E aqui começa já um problema antigo. Não é a possibilidade menos do que a realidade? Não é o possível só uma ilusão? Mas não é o sonho, como dizia Valéry, que nos distingue dos animais? Aqui fica já uma pista: uma boa pergunta põe-nos na direcção de uma boa resposta, e uma não existe sem a outra, como se verá. «Se, por um lado, a erudição do professor António de Castro Caeiro é esmagadora, o entusiasmo dele pela filosofia e por estes temas em geral é bastante contagiante.» Recomendação de Ricardo Araújo Pereira no Governo Sombra -
Caminhar - Uma FilosofiaExperiência física e simultaneamente mental, para Frédéric Gros, caminhar não é um desporto, mas uma fuga, uma deriva ao acaso, um exercício espiritual. Exaltada e praticada por Thoreau, Rimbaud, Nietzsche e Gandhi, revestiu-se, desde a Antiguidade até aos dias de hoje, de muitas formas: errância melancólica ou marcha de protesto, imersão na natureza ou pura evasão. Do Tibete ao México, de Jerusalém às florestas de Walden, CAMINHAR (2008) inspira-nos a sair de casa e mostra como, pelo mundo inteiro, esta arte aparentemente simples de «pôr um pé à frente do outro» tem muito a oferecer e a revelar sobre o ser humano. -
Sobre a Brevidade da Vida - Edição EspecialAgora numa edição especial em capa dura.Um livro sobre o desperdício da própria existência. Escrito há dois mil anos para ser entendido agora.Com data de escrita normalmente situada no ano 49, Sobre a Brevidade da Vida, do filósofo romano Séneca, versa sobre a natureza do tempo, sobre a forma como é desaproveitado com pensamentos e tarefas que se afastam de princípios éticos de verdadeiro significado.Ainda que anotado no dealbar da era cristã, este tratado reinventa a sua própria atualidade e parece aplicável com clareza aos tempos de hoje, vividos numa pressa informativa, no contacto exagerado, tantas vezes a respeito de nada que importe, proporcionado pelas redes sociais.Sobre a Brevidade da Vida está longe de ser um livro dentro dos conceitos atuais de autoajuda. É, talvez bem pelo contrário, um texto duro, arrojado, incomodativo, como que escrito por um amigo que nos diz o que não queremos ouvir, por o saber necessário.Chegar ao fim do nosso tempo e senti-lo desperdiçado, eis a grande tragédia, segundo Séneca.