Vítor Pomar
Vítor Pomar (Lisboa, 1949) frequentou o curso de Pintura na Escola de Belas Artes do Porto (1966-67) e de Lisboa (1967-69). Teve a primeira exposição individual de gravura em Lisboa (1970), no mesmo ano em que decidiu emigrar para a Holanda, continuando os estudos na Academia de Roterdão e na Academia Livre em Haia, onde estabeleceu o seu primeiro atelier. Foi durante este período que Vítor Pomar consolidou um processo criativo muito próprio, combinando experimentalismo e espiritualidade na sua abordagemexploratória da pintura, e sobretudo nomodo como esta se entrecruza com outras técnicas artísticas a que recorre sistematicamente, como a fotografia, o vídeo, o filme, o desenho ou a escultura. Vítor Pomar vive e trabalha em Assentiz, Rio Maior. Sob o título Uma pátria assim , uma série de 21 pinturas de grande formato, algumas constituindo dípticos e trípticos, ocupa o grande espaço expositivo do Museu da Electricidade, Central Tejo, Lisboa.»
Professor universitário, ensaísta, filósofo, poeta e escritor, Paulo Borges tem procurado, desde meados dos anos 80, revisitar a História de Portugal e os seus mitos fundadores, exaltantes ou encobertos, repensar a “verdade, condição e destino” de Portugal, enquanto Pátria da Saudade e projecto armilar para o mundo, pensando em português questões e problemáticas que, assentes num olhar lusíada e lusófono, são temas de interesse e importância universal. Autor de uma vastíssima obra (tem mais de 60 obras publicadas) – tendo-se detido em especial no pensamento do Padre António Vieira, Teixeira de Pascoaes e Agostinho da Silva –, Paulo Borges tem abordado um vasto leque de áreas e temas como a Saudade, Sebastianismo e Messianismo, Filosofia da Religião, Filosofia e Meditação, Estudos Contemplativos, Filosofia da Consciência, Diálogo Inter-Espiritual e Inter-Religioso, bem assim como a Ecologia Espiritual e a Filosofia da Natureza.Professor do Departamento de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e investigador do Centro de Filosofia da mesma Universidade. Membro correspondente da Academia Brasileira de Filosofia. Sócio-fundador do Instituto de Filosofia Luso- Brasileira. Ex-presidente (2005-2013) e membro da Direcção da Associação Agostinho da Silva. Sócio-fundador e ex-presidente (2002-2014) da Direcção da União Budista Portuguesa. Professor de Meditação, tem realizado centenas de cursos, workshops e retiros em Portugal e no estrangeiro.
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O Teatro da Vacuidade ou a Impossibilidade de Ser Eu - Estudos e ensaios pessoanosNeste livro pensamos com Pessoa alguns dos temas que com ele comungamos: a experiência da vida como teatro heteronímico; a ficcional (im)possibilidade do(s) eu(s) e do mundo como i-lusão ou jogo criador; o vislumbre do entre-ser, isso que (não) há entre uma coisa e outra, consoante a revista Cultura ENTRE Culturas; estados não conceptuais nem intencionais de consciência; os sentidos múltiplos de Portugal, Lusofonia e Quinto Império, na linha de Uma Visão Armilar do Mundo. Pessoa redescoberto pela filosofia, também em diálogo com António Machado, Jorge Luis Borges e Emil Cioran. -
Agostinho da Silva - Uma AntologiaReúnem-se nesta Antologia textos fundamentais de Agostinho da Silva, ordenados temática e cronologicamente, numa introdução cómoda ao seu vasto pensamento e obra.Figura absolutamente ímpar da cultura luso-brasileira, Agostinho da Silva deixou, entre a sua vinda ao mundo, a 13 de Fevereiro de 1906, e a sua partida dele, no Domingo da Ressurreição, em 3 de Abril de 1994, uma vida exemplar e pujante de pensamento e acção: das traduções e estudos clássicos à educação popular, da insubmissão perante o antigo regime à prisão e auto-exílio no Brasil, da fundação de universidades e centros de estudo ao aconselhamento de presidentes, governos e políticas culturais, da criação de vasta rede de amizades em todo o mundo à partilha dos recursos com os mais necessitados, do domínio de múltiplas línguas à publicação de imensa obra pedagógica, cientifica, literária e filosófica, da conversão da casa de Lisboa em tertúlia aberta à intensa e viva presença mediática. Espírito livre, inconformista e original em todos os domínios, colocou as ideias e a vida ao serviço do pleno cumprimento de todas as possibilidades humanas. Em conformidade, e na linha de Luís de Camões, Padre António Vieira, Fernando Pessoa e Jaime Cortesão, instituiu a superior vocação da cultura portuguesa, brasileira e lusófona como a de oferecer ao mundo o seu espírito aberto, fraterno e universalista, contribuindo para a criação de uma comunidade ético-espiritual mundial onde se transcendam e harmonizem as diferenças nacionais, culturais, ideológicas e religiosas. Inspirador da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), antecipou a urgência da ética animal, bem como da consciência ecológica e ecuménica, propondo um verdadeiro diálogo inter e trans-cultural, inter e trans-religioso, entre o Norte e o Sul, o Ocidente e o Oriente, como forma de superar preconceitos e antinomias que sempre resultam em ignorância, opressão e guerra. -
Do Vazio ao Cais Absoluto ou Fernando Pessoa entre Oriente e OcidenteNeste novo livro dedicado a Fernando Pessoa, no qual continuamos a explorar a fecundidade filosófica da sua obra e a pensar a partir dela, reunimos estudos sobre as relações explícitas e implícitas do poeta e pensador português com temas centrais da espiritualidade e da cultura orientais e ocidentais. Dotado de um espírito cosmopolita e universalista, Pessoa dialoga directa e indirectamente com as grandes questões do pensamento e da experiência humanos presentes nas tradições planetárias. Cremos ser fundamental investigar e conhecer esta menos atendida mas central dimensão da obra pessoana para uma compreensão mais ampla do seu pensamento, da sua modernidade da sua fecunda actualidade. No que respeita a esta, cremos que os estudos presentes neste volume mostram como Fernando Pessoa nos lega um poderoso contributo para alguns dos desafios maiores do século XXI, como o conhecimento da natureza e possibilidades profundas da consciência e o encontro e diálogo entre culturas e religiões.Do Vazio ao Cais Absoluto ou Fernando Pessoa entre Oriente e Ocidente é o 1.º título da colecção «Ficções do Interlúdio», coordenada pelo autor Paulo Borges. -
Vazio e Plenitude ou o Mundo às AvessasReunimos aqui um conjunto de estudos e ensaios filosóficos sobre a espiritualidade, religião, diálogo inter-religioso e encontro trans-religioso, com destaque para cruzamentos entre Oriente e Ocidente e particularmente entre budismo e cristianismo. O livro está dividido em duas partes, "Do Oriente ao Ocidente" e "Entre Oriente e Ocidente". Na primeira há um movimento cronológico que é também geográfico desde temas da espiritualidade indiana, chinesa, tibetana e japonesa até temas da espiritualidade neoplatónica grega (embora Plotino seja egípcio-, cristã e sufi islâmica. Na segunda ganham destaque os estudos comparativos, ou que procuram mostrar e estabelecer diálogos e pontes, implícitos e menos evidentes, entre temas, tradições, autores, icones e fenómenos da espiritualidade oriental e ocidental, avultando o budismo e o cristianismo, mas onde também são interlocutores o taoismo, o hinduísmo e o Bön, a tradição tibetana pré-budista. esta segunda parte e o livro culminam uma tentativa de compreender a essência e o sentido das aparições de Fátima à luz de uma fenomenologia da experiência espiritual universal, onde se pode reconhecer que os diálogos e cruzamentos inter-religiosos conduzem ao espaço aberto de um encontro trans-religioso. -
Presença Ausente - A Saudade na Cultura e no Pensamento Portugueses - Nova Teoria da SaudadeA experiência saudosa, como a seu modo o pressentiu e anunciou Teixeira de Pascoaes, embora porventura sem ter claramente visto todo o alcance dos seus próprios vislumbres, é potencialmente o espaço de um novo começo, em termos de abertura e despertar da consciência, de renovada cosmovisão, cosmosensação e cosmovivência e de reorientação da filosofia do domínio da análise lógica, da hermenêutica textual e da especulação teórica para um exercício prático da consciência, indissociavelmente contemplativo e activo, que traz em si uma nova percepção da realidade, uma nova forma de vida, uma nova espiritualidade, uma nova terapia, uma nova cultura e uma nova civilização.Trata-se, no fundo, de viver no e a partir do Infinito que desde sempre tudo é e não ficticiamente separado dele, ignorando-o ou reduzindo-o a vago objecto ou ideal de uma aspiração distante. -
Cancro - Conversando com os Seus FilhosO Cancro é um problema que afeta cada vez mais as famílias portuguesas e mundiais. Acarreta situações muito complexas que merecem, pela sua relevância, serem consideradas, divulgadas e apoiadas num suporte, mesmo que por escrito. É nesse sentido, que resolvemos escrever estes pequenos textos para que possamos contribuir para o suporte emocional de quem sofre diretamente e implicitamente.Nestes trechos, compete-nos explicar alguns assuntos que as famílias ousam omitir ou segredar acerca da doença oncológica. Todavia, tal pode ser generalizado e adaptado a outras situações, pois a comunicação é a base da dinâmica do ser humano em sociedade.Explicar a um filho que um familiar próximo vai ser sujeito a uma intervenção contra o cancro, não é tarefa fácil. Todavia, a faixa etária em que se encontra parece ser muito relevante para que um pai ou uma mãe, ou outra figura significativa, seja professor ou técnico de saúde, o faça de forma clara. Os sentimentos relativos ao diagnóstico criam ansiedade e nervosismo inerentes à doença em si; além disso, junta-se o facto de os pais terem que lidar com as possíveis reações que os seus entes terão, relativamente ao tratamento de quimioterapia ou de radioterapia, que apesar dos avanços da ciência, não afastará o medo e a incerteza. -
O Sorriso do Buda«Que a leitura deste livro e a eventual prática do que nele é sugerido possam ser úteis e benéficas a todos, convertendo-se não em mero conhecimento teórico e intelectual, mas antes numa experiência íntima, transformadora e libertadora.» Tradição espiritual e fi losófi ca que suscita um interesse cada vez maior no mundo ocidental, o budismo tem neste livro uma introdução aprofundada a algumas das suas questões centrais.Esta é uma obra essencial para a compreensão da visão e das ideias budistas, que aborda, nos seus sete capítulos, importantes temas como:a interpretação do enigmático sorriso do Buda Gautama;a doença, o sofrimento e a cura no budismo;a ética na via do Buda;a eco-espiritualidade;acontemplação da vacuidade;a sexualidade e a iluminação no budismo tântrico tibetano;a morte no budismo — não esquecendo o Livro Tibetano dos Mortos.UM MARCO NOS ESTUDOS DO PENSAMENTO ORIENTAL EM PORTUGAL. -
Fernando Pessoa - Escritos de Vicente GuedesEsta edição apresenta os escritos de Vicente Guedes, uma das mais multifacetadas e importantes personalidades literárias de Fernando Pessoa. Embora Vicente Guedes seja comummente associado a uma das fases do Livro do Desassossego, esta personalidade desempenhou muitas outras funções ao longo da construção do universo literário de Fernando Pessoa. Vicente Guedes foi poeta, contista, diarista, tradutor e também o responsável pelo projecto do Livro do Desassossego entre os anos de 1915-1920. No espólio de Fernando Pessoa encontramos numerosos vestígios que nos possibilitam atestar as diferentes facetas que esta personalidade literária foi assumindo no decurso da criação literária de Pessoa. Assim, a presente edição visa dar a conhecer as múltiplas facetas da criação de Vicente Guedes, reunindo, pela primeira vez nos estudos pessoanos, os textos que Vicente Guedes deixou no espólio do autor português. -
Diário do Confinamento - Paris, Março-Maio de 2020Durante o primeiro período de confinamento e dias seguintes enviei a um conjunto restrito de amigos estes textos. São eles que me pedem agora que lhos faça chegar em conjunto.Escrevo estes textos como colagens e como vertigens, puzzles incompletos e saltos em queda-livre — assim é também quando consigo escrever sobre os artistas em total liberdade e não de modo explicativo ou pedagógico. Escrever, assim, é a maneira que tenho para pensar sobre as coisas do mundo — neste caso foi uma maneira de enfrentar estes dias estranhos, de lhes encontrar as forças da vida sem lhes esconder as sombras da Morte. [João Pinharanda]A ideia de pensarmos no progresso, no futuro, mas continuando desesperadamente a olhar o passado, sintetiza muitos momentos do que vivemos, particularmente agora em que cada um desses momentos se assombra com a incerteza dum futuro catastrófico e nos leva a pensar que só um Anjo nos iluminará o caminho. Desejo que venha agora aquele vendaval do Paraíso que nos impeça de fechar as asas — mas só se conseguirmos ser Anjos. [Pedro Calapez] -
Vida Nua - Livro dos LivrosEste é um livro singular, se não mesmo único. Apresentando-se sob a aparência de um volume de pensamentos aforísticos, o sub-título Livro dos Livros e a identificação de cada um dos textos que o constituem (todos eles sob a designação de Livro de…) mostram, todavia, estarmos perante uma verdadeira biblioteca, indexada alfabeticamente, em que cada aforismo pode, em si mesmo, ser considerado como um livro, dado que o olhar que manifesta é uma visão plena sobre a vida e o seu sentido. Em Vida Nua, se bem que o todo seja maior que a soma das partes, cada uma destas é tão rica quanto a totalidade delas. Estamos diante uma obra de sapiência de um autor na plena maturidade do seu pensamento e cosmovisão.
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Arte, Religião e Imagens em Évora no tempo do Arcebispo D. Teodósio de Bragança, 1578-1601D. Teotónio de Bragança (1530-1602), Arcebispo de Évora entre 1578 e 1602, foi um grande mecenas das artes sob signo do Concílio de Trento. Fundou o Mosteiro de Scala Coeli da Cartuxa, custeou obras relevantes na Sé e em muitas paroquiais da Arquidiocese, e fez encomendas em Lisboa, Madrid, Roma e Florença para enriquecer esses espaços. Desenvolveu um novo tipo de arquitectura, ser- vindo-se de artistas de formação romana como Nicolau de Frias e Pero Vaz Pereira. Seguiu com inovação um modelo «reformado» de igrejas-auditório de novo tipo com decoração integral de interiores, espécie de ars senza tempo pensada para o caso alentejano, onde pintura a fresco, stucco, azulejo, talha, imaginária, esgrafito e outras artes se irmanam. Seguiu as orientações tridentinas de revitalização das sacrae imagines e enriqueceu-as com novos temas iconográficos. Recuperou lugares de culto matricial paleo-cristão como atestado de antiguidade legitimadora, seguindo os princípios de ‘restauro storico’ de Cesare Baronio; velhos cultos emergem então, caso de São Manços, São Jordão, São Brissos, Santa Comba, São Torpes e outros alegadamente eborenses. A arte que nasce em Évora no fim do século XVI, sob signo da Contra-Maniera, atinge assim um brilho que rivaliza com os anos do reinado de D. João III e do humanista André de Resende. O livro reflecte sobre o sentido profundo da sociedade de Évora do final de Quinhentos, nas suas misérias e grandezas. -
Cartoons - 1969-1992O REGRESSO DOS ICÓNICOS CARTOONS DE JOÃO ABEL MANTA Ao fim de 48 anos, esta é a primeira reedição do álbum Cartoons 1969‑1975, publicado em Dezembro de 1975, o que significa que levou quase tanto tempo a que estes desenhos regressassem ao convívio dos leitores portugueses como o que durou o regime derrubado pela Revolução de Abril de 1974.Mantém‑se a fidelidade do original aos cartoons, desenhos mais ou menos humorísticos de carácter essencialmente político, com possíveis derivações socioculturais, feitos para a imprensa generalista. Mas a nova edição, com alguns ajustes, acrescenta «todos os desenhos relevantes posteriores a essa data e todos os que, por razões que se desconhece (mas sobre as quais se poderá especular), foram omitidos dessa primeira edição», como explica o organizador, Pedro Piedade Marques, além de um aparato de notas explicativas e contextualizadoras. -
Constelações - Ensaios sobre Cultura e Técnica na ContemporaneidadeUm livro deve tudo aos que ajudaram a arrancá-lo ao grande exterior, seja ele o nada ou o real. Agora que o devolvo aos meandros de onde proveio, escavados por todos sobre a superfície da Terra, talvez mais um sulco, ou alguma água desviada, quero agradecer àqueles que me ajudaram a fazer este retraçamento do caminho feito nestes anos de crise, pouco propícios para a escrita. […] Dá-me alegria o número daqueles a que precisei de agradecer. Se morremos sozinhos, mesmo que sejam sempre os outros que morrem — é esse o epitáfio escolhido por Duchamp —, só vivemos bem em companhia. Estes ensaios foram escritos sob a imagem da constelação. Controlada pelo conceito, com as novas máquinas como a da fotografia, a imagem libertou-se, separou-se dos objectos que a aprisionavam, eles próprios prisioneiros da lógica da rendibilidade. Uma nova plasticidade é produzida pelas imagens, que na sua leveza e movimento arrastam, com leveza e sem violência, o real. O pensamento do século XX propôs uma outra configuração do pensar pela imagem, desenvolvendo métodos como os de mosaico, de caleidoscópio, de paradigma, de mapa, de atlas, de arquivo, de arquipélago, e até de floresta ou de montanha, como nos ensinou Aldo Leopoldo. Esta nova semântica da imagem, depois de milénios de destituição pelo platonismo, significa estar à escuta da máxima de Giordano Bruno de que «pensar é especular com imagens». Em suma, a constelação em acto neste livro é magnetizada por uma certa ideia da técnica enquanto acontecimento decisivo, e cada ensaio aqui reunido corresponde a uma refracção dessa ideia num problema por ela suscitado, passando pela arte, o corpo, a fotografia e a técnica propriamente dita. Tem como único objectivo que um certo pensar se materialize, que este livro o transporte consigo e, seguindo o seu curso, encontre os seus próximos ou não. [José Bragança de Miranda] -
Esgotar a Dança - A Perfomance e a Política do MovimentoDezassete anos após sua publicação original em inglês, e após sua tradução em treze línguas, fica assim finalmente disponível aos leitores portugueses um livro fundamental para os estudos da dança e seminal no campo de uma teoria política do movimento.Nas palavras introdutórias à edição portuguesa, André Lepecki diz-nos: «espero que leitores desta edição portuguesa de Exhausting Dance possam encontrar neste livro não apenas retratos de algumas performances e obras coreográficas que, na sua singularidade afirmativa, complicaram (e ainda complicam, nas suas diferentes sobrevidas) certas noções pré-estabelecidas, certos mandamentos estéticos, do que a dança deve ser, do que a dança deve parecer, de como bailarines se devem mover e de como o movimento se deve manifestar quando apresentado no contexto do regime da 'arte' — mas espero que encontrem também, e ao mesmo tempo, um impulso crítico-teórico, ou seja, político, que, aliado que está às obras que compõem este livro, contribua para o pensar e o fazer da dança e da performance em Portugal hoje.» -
Siza DesignUma extensa e pormenorizada abordagem à obra de design do arquiteto Álvaro Siza Vieira, desde as peças de mobiliário, de cerâmica, de tapeçaria ou de ourivesaria, até às luminárias, ferragens e acessórios para equipamentos, apresentando para cada uma das cerca de 150 peças selecionadas uma detalhada ficha técnica com identificação, descrição, materiais, empresa distribuidora e fotografias, e integrando ainda um conjunto de esquissos originais nunca publicados e uma entrevista exclusiva ao arquiteto.CoediçãoArteBooks DesignCoordenação Científica + EntrevistaJosé Manuel PedreirinhoDesign GráficoJoão Machado, Marta Machado -
A Vida das Formas - Seguido de Elogio da MãoEste continua a ser o livro mais acessível e divulgado de Focillon. Nele o autor expõe em pormenor o seu método e a sua doutrina. Ao definir o carácter essencial da obra de arte como uma forma, Focillon procura sobretudo explicitar o carácter original e independente da representação artística recusando a interferência de condições exteriores ao acto criativo. Afastando-se simultaneamente do determinismo sociológico, do historicismo e da iconologia, procura demonstrar que a arte constitui um mundo coerente, estável e activo, animado por um movimento interno próprio, no fundo do qual a história política ou social apenas serve de quadro de referência. Para Focillon a arte é sempre o ponto de partida ou o ponto de chegada de experiências estéticas ligadas entre si, formando uma espécie de genealogias formais complexas que ele designa por metamorfoses. São estas metamorfoses que dão à obra de arte o seu carácter único e a fazem participar da evolução universal das formas.

