Vasco Santana - Tá Bem ou Não Tá?
No processo comemorativo do centenário da Fundação da SPA em 22 de maio de1925 serão recordados nomes e obras e a alguns deles será dado o merecido e inadiável destaque pelo papel que desempenharam na criação de cultura e arte para Portugal.
Estas evocações darão, de forma justa e equilibrada, destaque à música e a outras disciplinas autorais. As duas primeiras homenagens celebram a importância cultural de dois autores essenciais na vida cultural portuguesa. Um deles é o actor, grande produtor de espetáculos e também tradutor Vasco Santana, figura emblemática da cinematografia portuguesa, que foi membro destacado dos corpos sociais da cooperativa.
José Jorge Letria, Presidente da SPA
Quem não se lembra de Vasco Santana? Mas será que o conhecemos verdadeiramente? Este esboço biográfico surge para que se perceba a sua grandeza, aproximandonos de uma personalidade enorme.
| Editora | Glaciar |
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| Categorias | |
| Editora | Glaciar |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Pedro Teixeira Neves |
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Histórias Tais, Animais e Outras MaisMacaquices Macacos me mordam disse um macaco às voltas com um fato-de-macaco. O G Chorão Era uma vez um gavião que perdeu o avião. Ficou o g Que chorou até mais não. -
Como Desenhar Um Castelo PerfeitoUm castelo redondo, no qual tudo é redondo e circular, das barrigas aos pensamentos, dos jogos até às obras de arte. E um castelo quadrado, onde tudo, inversamente, é linear e… qua-dra-do! Onde, imaginem, até mesmo as pessoas que lá moram se deslocam em ângulos rectos. Mas, serão felizes os habitantes que moram nesses castelos tão peculiares? E, se não, como desenhar um castelo perfeito? -
O Rei de Roupa PoucaTremia por todos os lados e já não tinha poder algum sobre o seu povo. Quase nenhuma era também a sua roupa e daí que lhe chamassem o Rei de Roupa Pouca. Disposto a encontrar novo reino, o Rei de Roupa Pouca faz-se ao caminho, cruzando-se com estranhas personagens e figurões. A maior de todas, sem dúvida, um génio há muito adormecido que lhe sai da ponta do sapato! Um génio que, por via disso mesmo, se chama Txu Leh e que por ser génio vai oferecer ao Rei três desejos!... -
Os Trabalhos Mais Levesporquê não sei mas li que ao bispo crisóstomo chamavam «boca de ouro». -
Aqueles Que VencidosVindos na noite, de regresso a casa, criaturas do acaso na cidade já adormecida, vultos em fotografias furtivas, aqueles que passavam por perto olhavam-nos. Era impossível não os olhar, não testemunhar a cena. Eram homens e mulheres, adultos, homens e mulheres como nós, homens e mulheres simples, anónimos, enfrentando um qualquer abismo — como todos nós em certos momentos em que a vida parece guilhotinar-nos. -
O Outro do Meu SangueO tema do duplo na literatura não é novo. O que também não espanta; desde sempre houve vezes em que, olhando-nos ao espelho ou re¬ectindo-nos numa superfície espelhada, não nos reconhecemos. E logo nos questionamos enquanto pessoas. Dostoievski, Stevenson, Oscar Wilde, Pirandello, Daphne du Maurier, Moliére, entre muitos, glosaram esse, no fundo, autoquestionamento perante quem somos, quem julgamos ser ou quem poderíamos ter sido. «Comédia de Erros», de Shakespeare, explora ao limite a questão da dualidade. Um con¬ito de ordem psíquica acende o rastilho da problemática. Assim nesta história de cariz policiesco, em que um momen - to de insânia propicia uma troca de identidades. Com as óbvias consequências imprevisíveis. Um jornalista-escritor com uma vida pacata e apagada, solitário e algo desencantado com a vida, envereda por um novo mundo de aventuras ao vestir a pele de um sósia. Quase no imediato ao seu acto impensado, o protagonista-narrador vê-se envolvido numa estranha rede de adoradores do Belo, conceito estético visto e entendido numa outra perspectiva, a do grotesco, do fantástico, do horrível, de uma estética tétrica, por assim dizer. Pelo meio, descobre as vidas de Phineas T. Barnum, um empresário circense de bizarrias que fez fortuna no século XIX, e a de Joel-Peter Witkin, fotógrafo cuja obra a ninguém deixa indiferente. «O Outro do Meu Sangue» é um livro sobre o lado soturno dos seres humanos, mas também uma declarada homenagem à literatura do fantástico. Noutra perspectiva, é ainda uma re¬exão velada sobre a arte, as suas motivações e a subjectividade do seu entendimento. Por vezes, os silêncios interiores queimam mais do que os do mundo em volta. -
O'Neillianas com a Devida Vânia - (livrómnagem)ensaiava reunir-se digamos respigar o que de si res ta va ou como é comum nos livros dizer de si a possível ‘poesia reunida’ no caso inevitavelmente dis per sa. -
José Afonso - Eu Vou Pôr Lume e Ser de VentoNo processo comemorativo do centenário da Fundação da SPA em 22 de maio de1925 serão recordados nomes e obras e a alguns deles será dado o merecido e inadiável destaque pelo papel que desempenharam na criação de cultura e arte para Portugal.Estas evocações darão, de forma justa e equilibrada, destaque à música e a outras disciplinas autorais. As duas primeiras homenagens celebram a importância cultural de dois autores essenciais na vida cultural portuguesa. Um deles é José Afonso, criador e intérprete da principal canção -senha do Movimento dos Capitães e autor de muitas outras canções que, celebrando a liberdade, a cidadania e a cultura portuguesa, se transformaram num movimento vivo e sempre revisitável da nossa criatividade. José Jorge Letria, Presidente da SPAFigura incontornável da História de Portugal (assim, já em maiúsculas e comparável a reis e rainhas), José Afonso vê aqui apresentado um esboço biográfico para quem quer saber mais sobre a sua figura. Uma obra importante para não esquecermos quem nos fez. -
Amália Rodrigues Não Mais uma Flor AssimNo processo comemorativo do centenário da Fundação da SPA em 22 de maio de1925 serão recordados nomes e obras e a alguns deles será dado o merecido e inadiável destaque pelo papel que desempenharam na criação de cultura e arte para Portugal.Estas evocações darão, de forma justa e equilibrada, destaque à música e a outras disciplinas autorais. As duas primeiras homenagens celebram a importância cultural de dois autores essenciais na vida cultural portuguesa. Um deles é Amália, aquela que um só nome permite identificar como figura única da música e da cultura nacionais. José Jorge Letria - Presidente da SPAAmália não precisa de apelido. Todos sabemos quem foi. Mas todos saberemos quem era? Com este esboço biográfico é possível confirmar que há sempre mais de Amália do que o que esperamos.
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O Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
A DesobedienteA dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa.Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz ativista de uma jovem que há de ser uma d’As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa atividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem. -
Emílio Rui VilarMemórias do país da ditadura e do alvor da democracia em Portugal. A vida de Emílio Rui Vilar atravessou as principais mudanças da segunda metade do século XX. Contado na primeira pessoa, um percurso fascinante pelo fim do regime de Salazar e Caetano e pela revolução de Abril.Transcrevendo entrevistas realizadas ao longo de vários meses, este livro recolhe o relato na primeira pessoa de uma trajetória que percorreu o início da contestação ao Estado Novo no meio universitário, a Guerra Colonial, a criação da SEDES, o fracasso da “primavera marcelista” e os primeiros anos do novo regime democrático saído do 25 de Abril, onde Emílio Rui Vilar desempenhou funções governativas nos primeiros três Governos Provisórios e no Primeiro Governo Constitucional. No ano em que se celebram cinco décadas de democracia em Portugal, este livro é um importante testemunho sobre dois regimes, sobre o fim de um e o nascimento de outro. -
Oriente PróximoCom a atual guerra em Gaza, este livro, Oriente Próximo ganhou uma premente atualidade. A autora, a maior especialista portuguesa sobre o assunto, aborda o problema não do ponto de vista geral, mas a partir da vida concreta das pessoas judeus, árabes e outras nacionalidades que habitam o território da Palestina. Daí decorre que o livro se torna de leitura fascinante, como quem lê um romance.Nunca se publicou nada em Portugal com tão grande qualidade. -
Savimbi - Um homem no Seu MartírioSavimbi foi alvo de uma longa e destrutiva campanha de propaganda, desinformação e acções encobertas de segurança com o objectivo de o desacreditar e isolar. Se não aceitasse o exílio ou a sujeição, como foi o objectivo falhado dessa campanha, o fim último era matá-lo, como aconteceu: premeditadamente! Para que a sua «morte em combate» não suscitasse empatia, foi como um chefe terrorista da laia de Bin Laden que a sua morte foi apresentada – artifício da propaganda que tirou partido da memória emocional recente dos atentados da Al Qaeda, na América. Julgado com honestidade, Savimbi nunca foi o «bandido» por que o fizeram passar. O manifesto apreço que personalidades de indiscutível clareza moral, como Mandela, tiveram por ele prova-o. O MPLA elegeu-o como adversário temido e quis apagá-lo do seu caminho! Não pelos crimes a que o associaram. O que o MPLA e o seu regime temiam eram as suas qualidades e carisma, a sua representatividade política e o prestígio externo que granjeara. Como outros grandes da História, Savimbi também tinha defeitos e cometia erros. Mas no deve e haver as suas qualidades eram preponderantes." -
Na Cabeça de MontenegroLuís Montenegro, o persistente.O cargo de líder parlamentar, no período da troika, deu-lhe o estatuto de herdeiro do passismo. Mas as relações com Passos Coelho arrefeceram e o legado que agora persegue é outro e mais antigo. Quem o conhece bem diz que Montenegro é um fiel intérprete da velha tradição do PPD, o partido dos baronatos do Norte. Recusou por três vezes ser governante e por duas vezes foi derrotado em autárquicas. Já fez e desfez alianças, esteve politicamente morto e ressuscitou. Depois de algumas falsas partidas chegou à liderança. Mas tudo tem um preço e é o próprio a admitir que se questiona com frequência: será que vale a pena? -
Na Cabeça de VenturaAndré Ventura, o fura-vidas.Esta é a história de uma espécie de Fausto português, que foi trocando aquilo em que acreditava por tudo o que satisfizesse a sua ambição. André Ventura foi um fura-vidas. A persona mediática que criou nasceu na CMTV como comentador de futebol. Na adolescência convertera-se ao catolicismo, a ponto de se tornar um fundamentalista religioso. Depois de ganhar visibilidade televisiva soube pô-la ao serviço da sua ambição de notoriedade. Passou pelo PSD e foi como candidato do PSD que descobriu que havia um mercado eleitoral populista e xenófobo à espera de alguém que viesse representá-lo em voz alta. Assim nasceu o Chega. -
Contra toda a Esperança - MemóriasO livro de memórias de Nadejda Mandelstam começa, ao jeito das narrativas épicas, in media res, com a frase: «Depois de dar uma bofetada a Aleksei Tolstói, O. M. regressou imediatamente a Moscovo.» Os 84 capítulos que se seguem são uma tentativa de responder a uma das perguntas mais pertinentes da história da literatura russa do século XX: por que razão foi preso Ossip Mandelstam na fatídica noite de 1 de Maio de 1934, pouco depois do seu regresso de Moscovo? O presente volume de memórias de Nadejda Mandelstam cobre, assim, um arco temporal que medeia entre a primeira detenção do marido e a sua morte, ou os rumores sobre ela, num campo de trânsito próximo de Vladivostok, algures no Inverno de 1938. Contra toda a Esperançaoferece um roteiro literário e biográfico dos últimos quatro anos de vida de um dos maiores poetas do século XX. Contudo, é mais do que uma narrativa memorialística ou biográfica, e a sua autora é mais do que a viúva mítica, que memorizou a obra proibida do poeta perseguido, conseguindo dessa forma preservar toda uma tradição literária. Na sua acusação devastadora ao sistema político soviético, a obra de Nadejda Mandelstam é apenas igualada por O Arquipélago Gulag. O seu método de composição singular, e a prosa desapaixonada com que a autora sonda o absurdo da existência humana, na esteira de Dostoievski ou de Platónov, fazem de Contra toda a Esperança uma das obras maiores da literatura russa do século XX.
