Vento Forte / Foi Assim
Eu escrevo quase sem ponto de partida, sem imagem, sem plano, escrevo só. Vou escrevendo, variações. Há um momento em que tudo tem de se resolver. Se calhar é por isso que as coisas acontecem tão abruptamente no final das minhas peças.
Jon Fosse, Artistas Unidos - Revista, nº 4
Uma edição Artistas Unidos/ Snob com o apoio de NORLA
| Editora | Artistas Unidos |
|---|---|
| Coleção | Livrinhos de Teatro |
| Categorias | |
| Editora | Artistas Unidos |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Jon Fosse |
Jon Fosse (Strandebarm, 1959) é um dos mais importantes e celebrados autores vivos. Escritor e dramaturgo prolífero, estreou-se em 1983 com o romance Raudt, svart [Vermelho, preto], tendo recebido vários prémios ao longo da sua carreira, entre os quais o Prémio Internacional Ibsen, o Prémio Europeu de Literatura e o Prémio de Literatura do Conselho Nórdico. A sua extensa obra, traduzida em mais de cinquenta línguas, inclui romance, teatro, poesia, livros para crianças e ensaio. Septologia é o mais recente projecto romanesco de Jon Fosse, composto por sete partes divididas em três volumes de leitura independente, e representa, segundo a crítica internacional, um dos pontos mais altos da sua carreira. Recebeu o Prémio Nobel de Literatura 2023 «pelas suas peças e prosa inovadoras que dão voz ao indizível».
-
Manhã e Noite"Um menino está prestes a nascer ― chamar-se-á Johannes como o avô e será pescador como o pai. Uma vida boa, é esse o desejo de quem o traz ao mundo, embora este seja um mundo duro, ruim e cruel. Um homem, velho e sozinho, morre ― chama-se Johannes e foi pescador. É o seu melhor amigo que o vem buscar rumo a esse destino onde não há corpos nem palavras, apenas tudo aquilo que se ama. Antes do regresso definitivo ao nada, Johannes revisita o museu da sua vida, longa, simples e quotidiana, confrontando-se paulatinamente com a morte num constante entrelaçamento de real e alucinação, passado e presente.Manhã e Noite é um romance sobre o maravilhoso sonho que é viver e a aceitação do ciclo natural das coisas. Numa linguagem poética e elíptica, inovadora e despojada, Jon Fosse condensa toda uma existência em dois momentos-chave, urdindo uma reflexão encantatória sobre o significado da vida, Deus e a morte." -
Trilogia - Vigília. Os Sonhos de Olav. FadigaLivro Vencedor do Prémio de Literatura do Conselho Nórdico«A escrita de Jon Fosse é poesia pura.» — The Paris ReviewAsle e Alida vagueiam exaustos no frio, na chuva e na escuridão pelas ruas de Bjørgvin em busca de um tecto que os abrigue. Alida está grávida, mas todas as portas se fecham perante as súplicas do jovem casal. O que terá motivado a sua vinda para esta cidade hostil onde ninguém os conhece? De que passado parecem fugir eles? Inseparáveis desde o dia em que se conheceram, quando Asle era tocador de violino e a sua música era como o canto do pai de Alida, sabem que só se têm um ao outro e que o seu amor vencerá o pecado e a morte.«Como poucos, Jon Fosse criou uma forma literária que é sua.» —Júri do Prémio de Literatura do Conselho NórdicoComposta por três novelas — Vigília (2007), Os Sonhos de Olav (2012) e Fadiga (2014) —, escritas numa linguagem simples e inspiradora e que se fundem numa única história, Trilogia é uma parábola de inspiração bíblica sobre o amor, o crime, o castigo e a redenção, que valeu a Jon Fosse, um dos escritores mais celebrados da nossa contemporaneidade, o Prémio Literário do Conselho Nórdico. Autor multipremiado, com destaque para o Prémio Internacional Ibsen, o Prémio Europeu de Literatura e o Prémio de Literatura do Conselho Nórdico.«Jon Fosse é um escritor europeu fundamental.» — Karl Ove KnausgårdTraduzido do norueguês por Liliete Martins. -
O Outro Nome - Septologia I-II«Com Septologia, Fosse descobriu uma nova forma de escrever ficção, diferente de tudo aquilo que escreveu até hoje e - estranhamente, uma vez que o romance cumpre cinco séculos de existência - diferente de tudo aquilo que foi escrito até hoje. Sente-se a novidade em Septologia.» - Harper’s Mais um ano está a findar, e Asle, um velho pintor viúvo e solitário, está parado defronte da sua última tela. Interroga-se se estará pronta, se gosta dela ou se a levará juntamente com as outras treze obras que preparou para a sua próxima exposição em Bjørgvin. É o início de uma longa meditação sobre o seu passado de jovem pintor sem dinheiro, a relação com Ales, a sua falecida mulher, e a conversão tardia ao catolicismo. Porém, existe um outro Asle, tão real quanto aquele, também ele pintor, também ele solitário, mas dependente do álcool. Duas histórias de vida que se cruzam. Luz e sombra. Fé e desespero. Escrito num estilo hipnótico inconfundível, O Outro Nome é o livro inaugural do último projecto romanesco de Jon Fosse. Segundo a crítica, constitui um dos pontos cimeiros da celebrada carreira do autor, que o confirma como um nome essencial da literatura contemporânea.Tradução do norueguês por Liliete Martins.«Há na acumulação rítmica de palavras deste livro algo de encantatório e de auto-aniquilador - algo que soa quase a sagrado.» - Wall Street Journal «A escrita de Jon Fosse é poesia pura.» - The Paris Review «Jon Fosse é um escritor europeu fundamental.» - Karl Ove Knausgård -
A New NameWritten in melodious and hypnotic 'slow prose', A New Name: Septology VI-VII is a transcendent exploration of the human condition by Jon Fosse, and a radically other reading experience - incantatory, hypnotic, and utterly unique. -
A SHININGStrange, haunting and dreamlike, A Shining is the latest work of fiction by Jon Fosse, 'the Beckett of the twenty first century' (Le Monde). A man starts driving without knowing where he is going. He alternates between turning right and left, and finally he gets stuck at the end of a forest road. Soon it gets dark and starts to snow, but instead of going back to find help, he ventures, foolishly, into the dark forest. Inevitably, the man gets lost, and as he grows cold and tired, he encounters a glowing being amid the obscurity. -
I Is AnotherI is Another: Septology III-V, the second instalment in a major new work by Jon Fosse, one of Europe's most celebrated writers, follows the lives of Asle and Asle - two versions of the same person, two versions of the same life, both grappling with existential questions about life, death, love, light and shadow, faith and hopelessness. -
Melancjoly I-IIMelancholy I-II is a fictional invocation of the nineteenth-century Norwegian artist Lars Hertervig, who painted luminous landscapes, suffered mental illness and died poor in 1902. In this wild, feverish narrative, Jon Fosse delves into Hertervig's mind as the events of one day precipitate his mental breakdown. A student of Hans Gude at the Academy of Art in Dusseldorf, Hertervig is paralyzed by anxieties about his talent and is overcome with love for Helene Winckelmann, his landlady's daughter. Marked by inspiring lyrical flights of passion and enraged sexual delusions, Hertervig's fixation on Helene persuades her family that he must leave. Oppressed by hallucinations and with nowhere to go, Hertervig shuttles between a cafe, where he endures the mockery of his more sophisticated classmates, and the Winckelmann's apartment, which he desperately tries to re-enter - a limbo state which leads him inexorably into a state of madness. Published here in one volume in English for the first time, Melancholy I-II is a major novel by 'the Beckett of the twenty-first century' (Le Monde). -
Scenes From a ChildhoodScenes from a Childhood is the latest collection of stories by Jon Fosse, one of Norway's most celebrated authors and playwrights, famed for the minimalist and unsettling quality of his writing. -
The Other Name: Septology I-IIWritten in melodious and hypnotic 'slow prose', The Other Name: Septology I-II is an indelible and poignant exploration of the human condition by Jon Fosse, 'a major European writer' (Karl Ove Knausgaard), in which everything is always there, and past and present flow together. -
Sou o Vento / Sono / O Homem da GuitarraTradução Pedro Porto FernandesLivrinhos de Teatro nº 33 Artistas Unidos / Livros CotoviaDas peças de Jon Fosse emana uma luz muito particular que lembra a dos pintores escandinavos, Munch, por exemplo. Uma luz branca como acontece nos eclipses, mas uma luz que desenha com nitidez os contornos dos objectos e das personagens. Contradição? Não. Porque a ausência de luz corresponde a uma outra ausência: o número das personagens é sempre pequeno: são dois, três, quando muito quatro. Aumenta a concentração, agudiza-se a percepção porque um terceiro fenómeno aparece: e é a dimensão do tempo. O tempo parece ter parado no universo de Fosse. A linguagem simples e repetitiva revela a solidão profunda dos homens. A ausência de luz, o isolamento no espaço e o tempo quieto transformam as peças de Jon Fosse em instantes de grande recolhimento e essa é a finalidade confessa do autor criar momentos em que um anjo passa.
-
Os CavaleirosOs Cavaleiros foram apresentados nas Leneias de 424 por um Aristófanes ainda jovem. A peça foi aceite com entusiasmo e galardoada com o primeiro lugar. A comédia surgiu no prolongamento de uma divergência entre o autor e o político mais popular da época, Cléon, em quem Aristófanes encarna o símbolo da classe indesejável dos demagogos. Denunciar a corrupção que se instaurou na política ateniense, os seus segredos e o seu êxito, eis o que preocupava, acima de tudo, o autor. Discursos, mentiras, falsas promessas, corrupção e condenáveis ambições são apenas algumas das 'virtudes' denunciadas, numa peça vibrante de ritmo que cativou o público ateniense da época e que cativa o público do nosso tempo, talvez porque afinal não tenha havido grandes mudanças na vida da sociedade humana. -
Atriz e Ator Artistas - Vol. I - Representação e Consciência da ExpressãoNas origens do Teatro está a capacidade de inventar personagens materiais e imateriais, de arquitetar narrativas que lancem às personagens o desafio de se confrontarem com situações e dificuldades que terão de ultrapassar. As religiões roubaram ao Teatro as personagens imateriais. Reforçaram os arquétipos em que tinham de se basear para conseguirem inventariar normas de conduta partilháveis que apaziguassem as ansiedades das pessoas perante o mundo desconhecido e o medo da morte.O Teatro ficou com as personagens materiais, representantes não dos deuses na terra, mas de seres humanos pulsionais, contraditórios, vulneráveis, que, apesar de perdidos nos seus percursos existenciais, procuram dar sentido às suas escolhas.Aos artesãos pensadores do Teatro cabe o desígnio de ir compreendendo a sua função ao longo dos tempos, inventando as ferramentas, esclarecendo as noções que permitam executar a especificidade da sua Arte. Não se podem demitir da responsabilidade de serem capazes de transmitir as ideias, as experiências adquiridas, às gerações vindouras, dando continuidade à ancestralidade de uma profissão que perdura. -
As Mulheres que Celebram as TesmofóriasEsta comédia foi apresentada por Aristófanes em 411 a. C., no festival das Grandes Dionísias, em Atenas. É, antes de mais, de Eurípides e da sua tragédia que se trata em As Mulheres que celebram as Tesmofórias. Aristófanes, ao construir uma comédia em tudo semelhante ao estilo de Eurípides, procura caricaturá-lo. Aristófanes dedica, pela primeira vez, toda uma peça ao tema da crítica literária. Dois aspectos sobressaem na presente caricatura: o gosto obsessivo de Eurípides pela criação de personagens femininas, e a produção de intrigas complexas, guiadas por percalços imprevisíveis da sorte. A somar-se ao tema literário, um outro se perfila como igualmente relevante, e responsável por uma diversidade de tons cómicos que poderão constituir um dos argumentos em favor do muito provável sucesso desta produção. Trata-se do confronto de sexos e da própria ambiguidade nesta matéria. -
A Comédia da MarmitaO pobre Euclião encontra uma marmita cheia de ouro, esconde-a e aferra-se a ela; passa a desconfiar de tudo e de todos. Entretanto, não se apercebe que Fedra, a sua filha, está grávida de Licónides. Megadoro, vizinho rico, apaixonado, pede a mão de Fedra em casamento, e prontifica-se a pagar a boda, já que a moça não tem dote. Euclião aceita e prepara-se o casamento. Ora acontece que Megadouro é tio de Licónides. É assim que começa esta popular peça de Plauto, cheia de peripécias e de mal-entendidos, onde se destaca a personagem de Euclião com a sua desconfiança, e que prende o leitor até ao fim. «O dinheiro não dá felicidade mas uma marmita de ouro, ao canto da lareira, ajuda muito à festa» - poderá ser a espécie de moralidade desta comédia a Aulularia cujo modelo influenciou escritores famosos (Shakespeare e Molière, por exemplo) e que, a seguir ao Anfitrião, se situa entre as peças mais divulgadas de Plauto. -
O Teatro e o Seu Duplo«O Teatro e o Seu Duplo, publicado em 1938 e reunindo textos escritos entre 1931 e 1936, é um ataque indignado em relação ao teatro. Paisagem de combate, como a obra toda, e reafirmação, na esteira de Novalis, de que o homem existe poeticamente na terra.Uma noção angular é aí desenvolvida: a noção de atletismo afectivo.Quer dizer: a extensão da noção de atletismo físico e muscular à força e ao poder da alma. Poderá falar-se doravante de uma ginástica moral, de uma musculatura do inconsciente, repousando sobre o conhecimento das respirações e uma estrita aplicação dos princípios da acupunctura chinesa ao teatro.»Vasco Santos, Posfácio -
Menina JúliaJúlia é uma jovem aristocrata que, por detrás de uma inocência aparente esconde um lado provocador. Numa noite de S. João, Júlia seduz e é seduzida por João, criado do senhor Conde e noivo de Cristina, a cozinheira da casa. Desejo, conflitos de poder, o choque violento das classes sociais e dos sexos que povoam aquela que será uma noite trágica. -
Os HeraclidasHéracles é o nome do deus grego que passou para a mitologia romana com o nome de Hércules; e Heraclidas é o nome que designa todos os seus descendentes.Este drama relata uma parte da história dos Heraclidas, que é também um episódio da Mitologia Clássica: com a morte de Héracles, perseguido pelo ódio de Euristeu, os Heraclidas refugiam-se junto de Teseu, rei de Atenas, o que representa para eles uma ajuda eficaz. Teseu aceita entrar em guerra contra Euristeu, que perece na guerra, junto com os seus filhos. -
A Comédia dos BurrosA “Asinaria” é, no conjunto, uma comédia de enganos equilibrada e com cenas particularmente divertidas, bem ao estilo de Plauto. A intriga - na qual encontramos alguns dos tipos e situações características do teatro plautino (o jovem apaixonado desprovido de dinheiro; o pai rival do filho nos seus amores; a esposa colérica odiada pelo marido; a cínica, esperta e calculadora alcoviteira; e os escravos astutos, hábeis e mentirosos) - desenrola-se em dois tons - emoção e farsa - que, ao combinarem-se, comandam a intriga através de uma paródia crescente até ao triunfo decisivo do tom cómico.